sábado, outubro 31, 2009

Festivais, Salões BD e afins - (Amadora) - 20º Festival/2009 - Prémios Nacionais de Banda Desenhada



Imagens criadas pelo desenhador/artista Luís Henriques, sob argumento de José Carlos Fernandes, para a obra A Metrópole Feérica. Terra Incógnita - Vol. I, galardoada triplamente: Melhor Álbum, Melhor Argumento, Melhor Desenho


Em cima:
Imagens criadas pelo autor/artista de BD,
Edgar Pierre Jacobs (capa do álbum e duas páginas) da sua obra mais carismática, A Marca Amarela
, vencedora, por votação pública, na categoria de Clássicos da 9ª Arte, entre as obras editadas em Portugal em 2008


Em cima:
Imagens da obra A Teoria do Grão de Areia (capa do álbum e páginas), desenhadas por François Schuiten, sob argumento de Benoît Peeters, votado como Melhor Álbum Estrangeiro

PRÉMIOS NACIONAIS DE BANDA DESENHADA
Ver "post" anterior, onde consta a lista das obras e autores nomeados, de que saíram, por votação pública, os itens premiados abaixo indicados:

TROFÉU DE HONRA DA CIDADE DA AMADORA
ARTUR CORREIA

TROFÉU ESPECIAL 20 ANOS
MAURÍCIO DE SOUSA

Melhor Álbum Português
A Metrópole Feérica. Terra Incógnita - vol. 1
Autores: Luís Henrique (desenho), José Carlos Fernandes (arg.) - Ed. Tinta da China

Melhor Argumento para Álbum Português
A Metrópole Feérica. Terra Incógnita - vol.1
Argumentista: José Carlos Fernandes

Melhor Desenho para Álbum Português
A Metrópole Feérica. Terra Incógnita - vol.1
Desenhador: Luís Henriques

Melhor Álbum Estrangeiro
A Teoria do Grão de Areia
Autores: Schuiten (desenho), Peeters (argumento) - Edições ASA
NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA:
François Schuiten e Benoît Peeters estarão na Amadora, para receber os galardões, no próximo domingo, dia 8 de Novembro
Melhor Álbum de Tiras Humorísticas
Cão Fedorento
Autor: Mike Peters - Gradiva Publicações

Melhor Ilustração para Literatura Infantil
Canta o Galo Gordo
Ilustradora: Cristina Sampaio - Editorial Caminho

Clássicos da 9ª ArteA Marca Amarela
Autor: Edgar P. Jacobs - Edições ASA/Público

Fanzine
Venham+5
Editor: Câmara Municipal de Beja/Bedeteca de Beja
Coordenador: Paulo Monteiro

Prémio Juventude
A Teoria do Grão de Areia
Autores: Schuiten (desenho), Peeters (arg.)
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Os visitantes eventualmente interessados em ver as postagens anteriores relacionadas com o tema "Festivais de Banda Desenhada e Prémios espectivos", podem fazê-lo clicando no item indicado aqui por baixo, no rodapé

quinta-feira, outubro 22, 2009

Festivais, Salões BD e afins - (Amadora) - 20º Festival Internacional/2009

AVISO IMPORTANTE
(Texto adicional, afixado em 28 Outubro)
ENTREGA DE PRÉMIOS
A cerimónia de entrega de prémios realiza-se no dia 31 de Outubro, pelas 18h30, nos Recreios da Amadora
Av. Santos Matos, 2 - Venteira
telf. 214998910
Na ocasião, serão entregues os prémios referentes aos
1) Concursos de Ilustração, Banda Desenhada e Cartoon
2) Prémios Nacionais de Banda Desenhada (que premeiam autores, editores e edições, onde se incluem álbuns e fanzines)


20º AmadoraBD 2009
Datas: 23 Out. a 8 Nov.
Tema central: O Grande Vigésimo

INAUGURAÇÕES
23 Outubro - 6ª feira
18h30 - Galeria Municipal Artur Bual: Homenagem a Vasco Granja
19h30 - CNBDI - Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem: Hector Oesterheld, O Homem como Unidade de Medida
21h30 - Fórum Luís de Canões: Inauguração do Núcleo Central do 20º AmadoraBD 2009.
24 Outubro - Sábado
16h30 - Casa Roque Gameiro: Centenário de Adolfo Simões Müller
18h30 - Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos: Revistas de BD no Tempo dos Avós---------------------------------------------------------
E já que se fala do Fórum Luís de Camões, onde se localiza o Núcleo Central do Festival, diga-se que ele comporta 14 exposições:
1) Almanaque
2) Contemporaneidade Portuguesa
3) Colecção CNBDI
4) 20 Anos de Concursos
5) 50 Anos do Astérix
6) Maurício de Souza -
50 anos de carreira

7) José Garcês - História do Jardim Zoológico de Lisboa
8) Giorgio Fratini - Sonno Elefante - As paredes têm ouvidos
9) F.E.V.E.R. - Novela Gráfica, adereços e fotografias
10) Osvaldo Medina - Fórmula da Felicidade e Mucha - duas obras com desenho de Osvaldo Medina, a prineira sob argumento de Nuno Duarte, com colorização de Ana Freitas, a segunda sob argumento de David Soares e arte-finalização de Mário Freitas
11) Colectiva de autores da Polónia
12) Colectiva de autores do Canadá
13) Mangá e Animê - NCreatures - Yosh, Natália Batista, Rita Marques, Cristina Dias, manuela Cardoso
14) 20º Concurso de BD
15) Prémios Nacionais de BD 2008
16) Rui Lacas - retrospectiva da obra
17) António jorge Gonçalves - pranchas da obra Rei, sob argumento de Rui Zink
18) Madalena Matoso e Isabel Munhós Martins - ilustração infantil
19) Emmmanuel Lepage - Muchacho

Outras exposições, outros locais:
Galeria Municipal Artur Bual, Casa Roque Gameiro e CNBDI - ver a rubrica logo no início deste poste, relativa a "Inaugurações".

Recreios da Amadora: Exposição de Cartune, de vários cartunistas

Escola Superior de Teatro e Cinema: Riscos do natural, de José Ruy

Centro Comercial Dolce Vita Tejo
Kidzania
- Em Traços Miúdos, de Ricardo Ferrand, Pedro Leitão e José Abrantes

Nota importante: A todos estes espaços (excepto o Fórum Luís de Camões) o acesso é gratuito.

PROGRAMA ESPECIAL PARA OS MAIS NOVOS
É crucial criar novos públicos para a BD, e as crianças são exactamente a base para a formação de bedéfilos num futuro próximo.Os responsáveis da Amadora BD têm bem essa noção. Já no tempo da muito saudosa Fábrica da Cultura (para os mais novos: assim se chamava o espaço, agora mítico, onde se iniciou este Festival de que aqui se fala), havia exposições em que as pranchas de banda desenhada eram colocadas ao nível dos olhos das crianças.
Os tempos mudaram, as novas tecnologias impõem-se. Não é de estranhar, por conseguinte, que no evento deste ano haja ateliês de música digital, além de haver iniciativas noutras áreas artísticas, como sejam as oficinas de iniciação ao Cinema de Animação, pinturas faciais e escrita de contos.Mas... Comecei por tecer elogios retroactivos, acabo com uma censura para o tempo presente, através de uma interrogação: então e a Banda Desenhada desta vez não tem direito ao menos a um "workshopzito"?
Não reprovo a inclusão do Cinema de Animação, acho positivo fazer interessar as crianças nas várias artes visuais, mas não me parece nada, mesmo nada, correcto, riscar a banda desenhada dessa iniciação artística às crianças... Ou não estamos a falar dum festival centrado essencialmente na BD?

AUTORES ESTRANGEIROS PRESENTES NO AMADORABD 2009
1) Cameron Stewart (Canadá): "Catwoman", "B.P.R.D.", "Hellblazer" e "Seaguy"
2) Karl Kerschl (Canadá): "Adventures of Superman", "Majestic", "The Flash", "Teen Titans: Year One"
3) Ramón Perez (Canadá): "Vengeance of Vampirella", "USA Classified", "Wild Cats"
4) Giorgio Fratini (Itália): "Sono Elefante, as paredes têm ouvidos"
5) C.B.Cebulski (EUA): Argumentista da Marvel: "X-Men", "Marvel Fairy Tales", "Drain", "X-Infernus"
6) Maurício de Souza (Outubro de 1935, faz anos este mês!): Turma da Mônica
7) Javier Isusi (Espanha): "O Cachimbo de Marcos"
8) Yosh (Suécia)
9) Natália Batista (Suécia): "A Song for Elise"
10) Johan de Moor (Bélgica): "Le Dernier Livre de la Jungle", "La vache", "gaspard de la Nuit" (Vi hoje, 26 Out., a caixa de comentários, e soube, pelo Bongop, que Johan de Moor não virá ao Festival).
11) Emmanuel Lepage (França): "Muchacho", "La Terre Sans Mal"
12) Carlos Sampayo (Argentina): argumentista da obra "Sophie", desenhada por José Muñoz
13) Óscar Zarate (Argentina): "Lenin for Beginners", "Freud for Beginners"
14) Agim Sulaj, cartunista (Albânia): "Environment and Human", "My cigarette's smoke is on everyone"

PRÉMIOS NACIONAIS DE BANDA DESENHADA
Após fase de nomeação, realizada por um júri constituído pelos seguintes elementos:
Nelson Dona (Director do Festival); Rui Lacas (autor premiado em 2008 com o Prémio Nacional de BD para o Melhor Álbum português); Luís Salvado (jornalista e especialista bedéfilo); Carlos Gonçalves (coleccionador e amante da 9ª Arte), e Sara Figueiredo Costa (Comissária da Exposição Central), foi posta à votação do público apreciador de BD, constante do abrangente mailing do CNBDI, a seguinte lista:
A) MELHOR ÁLBUM PORTUGUÊS
1) A Essência- O Menino Triste, de João Mascarenhas (Ed. Qual Albatroz)
2) A Fórmula da Felicidade, por Osvaldo Medina (desenho), Nuno Duarte (argumento), Ana Freitas (colorização) (Kingpin Books)
3) A Metrópole Feérica - Terra Incógnita, Vol 1, de Luís Henriques (desenho) e José Carlos Fernandes (argumento)
4) Epifanias do Inimigo Invisível, de Daniel Lima (Ed. Ao Norte)
5) Salúquia, a Lenda de Moura em Banda Desenhada, por vários autores (Ed. Câmara Municipal de Moura)
B) MELHOR ARGUMENTO PARA ÁLBUM PORTUGUÊS
1) Daniel Lima, Epifanias do Inimigo Invisível (Ed. Ao Norte)
2) João Mascarenhas, A Essência - O Menino Triste (Ed. Qual Albatroz)
3) José Carlos Fernandes, A Metrópole Feérica - Terra Incógnita - Vol. I" (Ed. Tinta da China"
4) José Ruy, Mirandês - História de uma Língua e de um Povo (Âncora Editora)
5) Nuno Duarte, A Fórmula da Felicidade (Ed. Kingpin Books)
C) MELHOR DESENHO PARA ÁLBUM PORTUGUÊS
1) João Mascarenhas, A Essência - O Menino Triste (Ed. Qual Albatroz)
2) Jorge Nesbitt,0 Sétimo Selo (Ed. Ao Norte)
3) José Ruy, Mirandês, História de uma Língua e de um Povo (Âncora Editora)
4) Luís Henriques, A Metrópole Feérica-Terra Incógnita - Vol.I " (Ed. Tinta da China)
5) Osvaldo Medina (cor: Ana freitas, Gisela Martins e Jorge Coelho) A Fórmula da Felicidade (Ed. Kingpin Books)
D) MELHOR ÁLBUM DE AUTOR PORTUGUÊS EM LÍNGUA ESTRANGEIRA
Não houve livros a concurso
E) MELHOR ÁLBUM DE AUTOR ESTRANGEIRO
1) Câncer Vixen, de Marisa Acocella Marchetto (Edições ASA)
2) O Cachimbo de Marcos, de Javier Isusi (Edições ASA)
3) O Homem de Washigton, de Achdé e Gerra (Edições ASA)
4) O Principezinho, segundo a obra de Antoine Saint-Exupéry, de Johann Sfar (Editorial Presença)
5) Teoria do Grão de Areia, de Schuiten (desenho) e Peeters (arg.) (Edições ASA)
F) MELHOR ÁLBUM DE TIRAS HUMORÍSTICAS
1) Cão Fedorento, de Mike Peeters (Ed. Gradiva Publicações)
2) Dilbert, Ideias Luminosas, de Scott Adams (Edições ASA)
3) Pierced, de Jim Borgman (desenho) e Jerry Scott (argumento) (Ed. Gradiva Publicações)
G) MELHOR ILUSTRAÇÃO PARA LIVRO INFANTIL
1) As Duas Estradas, de Bernardo Carvalho (Ed. Planeta Tangerina)
2) Sabes, Maria, o Pai Natal não existe, de Luís Henriques (Editorial Caminho)
3) Canta o Galo Gordo, de Cristina Sampaio (Editorial Caminho)
4) O Tapete Voador da Mimi, de Korky Paul (Ed. Gradiva Júnior)
5) O Livro Inclinado, de Peter Newel (Ed. Orfeu Negro)
6) A Incrível História da Menina Pássaro e do Menino Terrível, de Susanne Janssen (Ed. OQO)
H) CLÁSSICOS DA 9ª ARTE (*)
1) A Marca Amarela, de Edgar P. Jacobs (Edições ASA/Jornal Público)
2) Clorofila, de Raymond Macherot (Ed. ASA/Jornal Público)
3) Eternus 9, de Victor Mesquita (Ed. Gradiva Publicações)
4) Jonathan, de Cosey (Edições ASA/Jornal Público)
5) Luc Orient, de Eddy Paape (desenho) e Greg (argumento) (Edições ASA/Jornal Público)

(*) Como muito bem observou o ilustrador "Pampam", depara-se-nos aqui uma mistura bizarra: três séries ("Clorofila", "Jonathan" e "Luc Orient") e 2 álbuns ("A Marca Amarela" e "Eternus 9").
Tens razão, Pedro Morais. De facto, enquanto "Clorofila", "Jonathan" e "Luc Orient", três séries que aparecem em bloco, não separando qualquer dos seus episódios, a série "Blake e Mortimer" foi desmembrada do episódio "Marca Amarela", que aparece quase como obra independente. Isto não faz sentido comparativamente com o restante critério. Depois surge "Eternus 9", até agora obra única (sei que Victor Mesquita está a trabalhar na continuação, mas isso não invalida que seja mais uma uma escolha em critério diferente dos anteriores). Se tivessem escolhido obras únicas, aí encaixariam bem "A Marca Amarela" e "Eternus 9". E das outras séries mencionadas, teriam de ser seleccionados episódios mais relevantes, como fizeram para a série "Blake e Mortimer",de que foi posto à votação um dos seus episódios.
I) FANZINE
1) Venham +5, edição da Câmara Municipal de Beja (*) e Bedeteca de Beja (*), Coordenação de Paulo Monteiro
2) All-Girlz Galore, edição de Daniel Maia, Arga Warga
3) É Fartar Vilanagem!, edição de Paulo Lima e Xana, Maria Macaréu
4) Gambuzine (nº1, 2ª série), edição de Teresa Câmara Pestana, Gambuzine
5) Zona Zero, edição de Luís Lopes "Fil"

(*) Uma publicação editada por instituições não pode ser considerada um fanzine. Por definição, já muito divulgada, um fanzine é editado por um editor amador, um faneditor, ou vários faneditores. Ou ainda por uma associação amadora sem fins lucrativos.
Com todo o respeito e amizade ao Paulo Monteiro, que faz um excelente trabalho, mas que consta como coordenador, na ficha técnica, não como editor; nesta categoria, constam duas entidades institucionais.
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Locais das exposições, endereços e horários
FÓRUM LUÍS DE CAMÕES
Rua Luís Vaz de Camões
Brandoa
2ª,3ª, 4ª, 5ª feiras, domingos e feriados - das 10 às 23h
6ªs feiras e sábados - das 10h às 23h
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CASA ROQUE GAMEIRO
Largo 1º de Dezembro
Venteira
3ª feira a sábado - das 10h às 12h30, e das 14h às 17h30
telf. 21 492 9235
..........................................................
GALERIA MUNICIPAL ARTUR BUAL
Av. MFA - edifício dos Paços do Concelhos
Mina
3ª a 6ª feira - das 10h às 12h30, e das 14h às 18h
telf. 21 436 9066
...............................................................
CNBDI - CENTRO NACIONAL DE BANDA DESENHADA E IMAGEM
Av do Brasil, 52A
Falagueira
2ª a 6ª feira - das 9h30 às 12h30, e das 14h às 18h
sábado e domingo - das 14h às 19h
telf. 21 499 8910
.................................................................
RECREIOS DA AMADORA
Av. Santos Matos
Venteira
3ª feira a domingo - das 14h às 17h30
encerra à 2ª feira
telf. 21 492 73 15
.................................................................

A SESSÃO DE ENTREGA DE PRÉMIOS SERÁ EFECTUADA NO DIA 31 OUTUBRO (SÁBADO), COM INÍCIO ÀS 18H30, NOS RECREIOS DA AMADORA

Banda Desenhada portuguesa nos jornais (CXV) - Jornal i - Autor: Richard Câmara


BD de Richard Câmara in jornal i - 22 Out. 09

Há muito que por cá não se via banda desenhada, editada em papel, de Richard Câmara. Uma das razões é a de que ele vive em Madrid.
Mas hoje, no diário i - decididamente, um jornal que gosta de BD -, antecipando e publicitando o 20º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, ou Amadora BD 2009 - como parece ser a actual preferência da entidade organizadora - o Richard (apesar deste nome, e ter nascido na Bélgica, é português) esgalhou esta "bd muda", intitulada Uma Mosca no Festival (não tenho a certeza se o título foi dado pelo autor ou pelo responsável editorial do jornal i) que resulta em absoluto, quer pela mancha, quer pelo humor subtil.

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Graças à maravilhosa interactividade bloguística, posso acrescentar hoje, dia 26 de Outubro, 2ª feira (4 dias depois do "post" inicial), o seguinte comentário:
Richard Câmara, estive 6ª feira (das 18h30 às 23h00, inicialmente na Galeria Artur Bual, depois do jantar na inauguração do Amadora BD 2009) e as tardes de sábado e domingo (de ambas as vezes até à noite), no Fórum Luís de Camões.
Por isso, só hoje vi o teu amável comentário, onde me esclareces que a bd para o jornal i te foi pedida por Nick Mrozowski (director de arte do jornal, agradeço tb a informação).
E mais fiquei a saber, e igualmente ficará, quem agora passar por este "post", que o título e o texto (ou antes, a ideia, o argumento, visto que a bd é muda) são da responsabilidade do jornal.
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Para ver as 114 postagens anteriores deste tema, basta clicar sobre o item Banda Desenhada portuguesa nos jornais, indicada no rodapé

terça-feira, outubro 20, 2009

Concurso de Banda Desenhada "Celacanto" (nº 2) - Tema: O Lobo


ESTAMOS NA FASE DOS CONCURSOS. CÁ ESTÁ MAIS UM!

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Com idade iniciante aos 18, mas sem limite máximo (eis mais um desafio para os... menos jovens!), portugueses ou estrangeiros, e com a data limite de 30 Novembro, a editora Qual Albatroz quer voltar a editar a sua revista, que considera fanzine (*) e ao qual chama Ecozine (é um título bonito, que remete para os bonitos ideais ecológicos, e até, na defesa das espécies animais em perigo de extinção, neste caso concreto, o lobo).
Quem goste de escrever, de desenhar, de pintar, ou de se expressar por qualquer forma de arte, com suporte em papel, fica desde já convidado a participar neste concurso.

As bandas desenhadas, originalmente, terão de ser feitas em papel e em formato A3, a contar com a exposição posterior.
Mas para publicação, e para enviar para a entidade organizadora, cada bd poderá ocupar até ao máximo de duas pranchas formato A5, com margens de corte de 5mm, e com uma resolução de 300 dpi no mínimo.
A citada entidade organizadora explicará, pelo email lá mais abaixo indicado, quaiquer dúvidas que os interessados apresentem (tipo, o que é isso de "margens de corte"?).
E na boa intenção de dar pistas aos participantes, até sugere o visionamento da adaptação que Suzie Templeton fez da obra Pedro e o Lobo, de Prokofiev, no sítio
http://www.suzietempleton.com/pages/fims/peter/filmspeter.html
As obras (escritas, desenhadas em BD, pintadas,etc.), serão impressas na revista-ecozine Celacanto, editada no formato A5 (isso é que é pena, em especial para as bandas desenhadas, que, feitas em formato A3, ficam muito reduzidas - atenção ilustradores de BD, quando fizerem as legendas, lembrem-se do facto de elas irem ser publicadas com forte redução... Façam cópias para experiência, é o meu conselho).
(Eu sugeriria à entidade organizadora, das duas, uma: ou editam a revista Celacanto em formato um pouco maior, em A4, ou, no mínimo, em formato comic book, ou revêem o regulamento, e passam a pedir que as pranchas originais, em papel, para posterior expo, sejam feitas em A4, que dá bem para reduzir para A5).
Quando a obra estiver pronta, envie-a por correio electrónico para o endereço:
fanzine@qualalbatroz.py
Para se documentarem sobre o lobo ibérico - subespécie de lobo que habita a Península Ibérica - de que já são escassos os espécimes existentes podem consultar o site
http://lobo.fc.ul.pt/
pertencente a uma associação chamada Grupo Lobo, entidade não governamental e sem fins lucrativos.
Voltando ao concurso:
Os prémios serão simbólicos - espera a entidade organizadora que quem concorre o faz por sentimentos altruístas -, e por isso a Qual Albatroz apenas promete "um email de agradecimento, um dá-cá-mais-cinco e a publicação da obra".
Mas há mais qualquer coisinha. Segundo palavras do redactor do regulamento (julgo que tenha sido o Marc Figueiredo, o dono da Qual Albatroz, que é uma pessoa com muito boa disposição), há ainda os seguintes prémios:
a. Um belo crachá de 38 mm da Qual Albatroz.
b. Um exemplar do ecozine.
c. Uma oportunidade para dar autógrafos (*)
d. um pack lupino do Grupo Lobo
(*) No acto de lançamento da revista-ecozine Celacanto, esclareço eu. O nº 1 teve uma óptima apresentação num ambiente invulgar, o Aquário Vasco da Gama., por se tratar de um número dedicado ao albatroz. Fotos desse lançamento podem ver-se no site da editora, no endereço:
(na rubrica "Lançamento oficial de Celacanto nº1, clicando em seguida em "Celacanto")

Exposição
Além da publicação, há ainda a possibilidade de expor as pranchas das bandas desenhadas participantes, numa exposição itinerante - em escolas, centros culturais, bibliotecas, enfim, onde haja espaços com boas condições.
Por conseguinte, é por isso que as bandas desenhadas deverão ser feitas em papel e em formato A3.
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(*) É sintomático este gosto de pessoas evoluídas preferirem chamar fanzine e não revista à sua publicação, contrariando os editores mais pretensiosos que rejeitam o termo fanzine e querem classificar de revista qualquer publicação que façam.
Só que, neste caso concreto, como a publicação Celacanto é editada por uma editora formal, e não por um fã, amador, ou grupo de fãs, amadores, a publicação será uma revista e não um fanzine.

domingo, outubro 18, 2009

Concurso "A CP e o 20º FIBDA"


CONCURSO "A CP e o 20º FIBDA"
Ora aí está uma iniciativa com originalidade e útil (A CP chama-lhe "Passatempo", eu chamo-lhe "Concurso", visto haver participação de concorrentes, júri e prémios).
Originalidade:
Não me recordo de ter havido este tipo de concurso (mas mesmo que tenho já havido, não lhe retira a raridade): criar legendas de diálogo para dois balões de fala, aqueles que ilustram o topo deste "post".
Útil:
Os 30 prémios irão ser muito úteis aos 30 bedéfilos que quiserem entrar no recinto do Festival BD, o Fórum Camões, na Brandoa/Amadora!
Mas que prémios são esses?
30 bilhetes duplos para o 2oº Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora/Amadora BD 2009
Qual é a data limite para poder participar?
Até ao dia (o regulamento não indica a hora limite, poderá ser até às 24h?) 20 de Outubro, inclusive (isto começou no dia 12, todavia só agora pude afixar este "post".
Mas para imaginar um diálogo com duas falas, mais do que ser necessário tempo, é indispensável ter imaginação.

Como participar:
Enviar para o e-mail
passatempos@cp.pt
um diálogo entre as personagens da imagem visionável no topo do "post", contendo obrigatoriamente as palavras "Comboio" e "Banda Desenhada".
O diálogo imaginado pelo concorrente deverá indicar:
Fala da personagem a)
Fala da personagem b)
O mini-regulamento não indica o nº limite de caracteres, apenas exige, repito, o uso das palavras "comboio" e "banda desenhada", e ficará com certeza ao critério do argumentista qual das personagens dirá uma das palavras, ou até pode ser a mesma personagem a dizer as duas (digo eu, é assim que interpreto, pq não fui eu quem fez o regulamento, nem conheço quem o fez)
Quem vencerá?
Serão considerados vencedores os 30 textos mais criativos, avaliados por um júri constituído por personalidades da CP.
Atenção:
A participação no concurso está limitada a um diálogo por pessoa e por e-mail.
Identificação dos participantes:
Será feita através da indicação do nome, nº de telefone/telemóvel, email, e nº de cartão de identificação (Bilhete de Identidade, acho eu)
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Para os visitantes interessados em ver o regulamento de um concurso organizado na Ilha do Faial, de tema livre, e sem limite de idade, mais um texto "em construção" que pretende ser um subsídio para o estudo do tema,
bastar-lhes-á clicar no item (etiqueta) indicada em rodapé

quinta-feira, outubro 15, 2009

1º Concurso de Banda Desenhada "Avenida Marginal" - Ilha do Faial/Açores

NOTA IMPORTANTE:
O PRAZO DE ENTREGA DAS BANDAS DESENHADAS PARTICIPANTES FOI ALARGADO (de 15 Nov. 09)PARA
1 de DEZEMBRO de 2009
Os Açores mexem com a Banda Desenhada!

Já tinha havido um concurso, há uns anos, em Angra do Heroísmo. Mais recentemente, depois da Associação "Burra de Milho" a ter focado, entre outras artes, no concurso LabJovem (pela primeira vez, há dois anos na Ilha Terceira, com uma 2ª edição este ano na Ilha de S. Miguel),
está agora também em andamento o

1º Concurso de Banda Desenhada "Avenida Marginal", na Ilha do Faial

Veja-se, em síntese, alguns dos pontos mais relevantes do regulamento:
1 - Muito importante: A PARTIR DOS 20 ANOS, SEM LIMITE DE IDADE MÁXIMA! (isto no 1º Escalão, ou seja, neste escalão pode concorrer quem tenha mais de 20 anos, sem limite daí para cima!)
2 - BD EM APENAS 1 PRANCHA, EM FORMATO A3 OU A4, A CORES OU A P/B
3 - TEMA LIVRE!
É só facilidades... E os veteranos que costumam insurgir-se contra a limitação habitual dos 30 anos (às vezes vai aos 35), desta vez não têm desculpa!
DATA LIMITE PARA A ENTREGA DA PRANCHA: 15 DE NOVEMBRO 2009
(Isto é: falta um mês, certinho, tempo mais do que suficiente para os mais vagarosos dos autores de BD, ou a isso pretendentes, fazerem 1 bd em 1 prancha!
DESTINATÁRIOS:
a) Autores naturais dos Açores (3 prémios!)
b) Autores nacionais (3 prémios)
Ou seja: TODOS OS PORTUGUESES PODEM CONCORRER!
A única diferença está nos prémios:
A) Prémio Autor Nacional de BD
Dirigido a todos os autores com mais de 19 anos.
B) Prémio Autor Açoriano de BD
Para todos os autores com mais de 19anos

ESCALÕES ETÁRIOS
a) Já ficou indicado no início: no 1º escalão entram os maiores de 20 anos
b) No 2º escalão, autores com idades entre os 16 e os 19 anos
c) O 3º escalão é dirigido aos mais jovens, com idade inferior a 16 anos (e não há limite mínimo!)
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IMPOSIÇÕES TÉCNICAS
1) As obras terão de ser enviadas para o endereço electrónico:
bd.avenidamarginal@sapo.pt
2) O ficheiro deverá estar em formato JPEG (*JPG; *JPE)
3) Aconselha-se que o ficheiro tenha 300DPI's de resolução.
4) A prancha poderá ter o número de vinhetas que o autor desejar
5) A bd poderá ser a cores ou a preto e branco
6) A prancha poderá ser em A3 ou A4
7) Se o autor não usar computador para produzir a bd, deverá digitalizá-la, optando pela resolução de 300 dpi's no seu scanner
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PRÉMIOS
a) Prémio Autor Nacional de BD
Dirigido a todos os autores com mais de 19 anos:
O vencedor receberá um Diploma, e vários livros de autores açorianos, juntamente com a colecção Toupeira e Venham+5, oferta da Bedeteca de Beja.
A bd premiada estará presente em exposição a realizar no mês de Dezembro no Centro do Mar, Ilha do Faial, e na galeria do Instituto Politécnico de Beja;
b) Prémio Autor Açoriano de BD
Também dirigido a todos os autores açorianos com mais de 19 anos
A bd vencedora será publicada na edição de Natal do jornal açoriano Avenida Marginal (e eu espero que o meu amigo Paulo Monteiro, membro do júri, me consiga um exemplar desse jornal, a fim de eu poder divulgar a bd premiada aqui no blogue)
c) Prémio Jovem Autor Nacional de BD
Para autores com idades compreendidas entre os 16 e os 19 anos
d) Prémio Jovem Autor Açoriano de BD
reservado a autores açorianos com idades entre os 16 e os 19 anos
e) Prémio Mini Autor de BD
Para os concorrentes com idade igual ou inferior a 15 anos
f) Prémio Mini Autor Açoriano de BD
Para os concorrentes açorianos com idade igual ou inferior a 15 anos
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Não é habitual, nos concursos, divulgar-se antecipadamente o nome dos elementos do júri, por razões de confidencialidade, a fim de evitar quaisquer suspeitas de contactos entre os concorrentes e os membros do júri.
Mas como neste regulamento essa regra tácita foi quebrada, aparecendo os nomes dos respectivos membros no texto do regulamento, para o bem e para o mal continuo a divulgação já feita pela entidade organizadora, o jornal Avenida Marginal.
1) Paulo Monteiro - Director do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja.
2) Marco Silva - Licenciado em Design Gráfico, Docente na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Beja.
3) Bruno Rafael - Licenciado em Design Gráfico; Cartunista.
4) Heitor Silva - Director do jornal Avenida Marginal.
Ainda um comentário meu de índole construtiva: os júris costumam ser constituídos por número ímpar de elementos, para efeitos de desempate, em caso de necessidade (mas serem em número par não é grave, claro...).

MAIS INFORMAÇÕES:
bd.avenida.marginal@sapo.pt

http://concursobdavenidamarginal.blogspot.com

Organização do concurso
Marco Silva e Flávio Silva

Em tempo: tanto quanto consta dos meus apontamentos acerca de concursos de BD, este será o primeiro organizado por um jornal. Trata-se, por conseguinte, do Avenida Marginal. jornal trimestral, gratuito (ainda mais este pormenor a registar), em publicação na Ilha do Faial/Arquipélago dos Açores.
Farei a devida anotação no meu artigo "Concursos de Banda Desenhada - Subsídios para um estudo", visionável neste mesmo blogue, à distância de um clic no rodapé deste "post"

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PRIVATE MESSAGE
Atenção amigos desenhadores já entrados na idade dos "enta", que costumam escrever comentários nos meus "posts" relacionados com concursos de BD, a queixarem-se do habitual limite de idade que se fica pelos 30 anos, por vezes 35: aqui têm a vossa oportunidade!
Isto é, por exemplo, para ti, Bongop. Há uns tempos, em relação ao concurso organizado pela RESARTE/2009, que estabelecia o limite de 35 anos, deixaste um comentário muito zangado, porque, dizias, "tenho 45 anos"... Pronto, ai está, repito, uma oportunidade!
E quanto a ti, João Figueiredo, que também nessa série de comentários, em que reclamavas das limitações impostas aos habitantes de um distrito não poderem participar num concurso organizado noutro, aqui tens um exemplo de abrangência democrática!

domingo, outubro 11, 2009

Curtas de BD (Autores portugueses - I) Pedro Brito








Caros amigos visitantes: não se decepcionem com a aparente pouca visibilidade das pranchas acima reproduzidas. Basta clicar em cima de cada uma delas para que fiquem, simultaneamente, bem visíveis e legíveis.

Outra Vida é uma novela gráfica curta, de carácter realista, com fundo temático simples, matizada por um toque subtilmente sentimental. A autoria total da obra(argumento/guião/legendagem/desenho) é de Pedro Brito.

Apresenta-se, formalmente, em oito pranchas, a preto e branco, em vinhetas abertas, duas ou três por prancha, com uma única excepção, na 4ª, onde cabem quatro vinhetas.


Os fundos e as personagens são tratados plasticamente por sombreados que lhe fornecem volume, e por jogo de luzes e sombras. 

Lamente-se apenas - e não é de somenos importância - a deficiente nitidez da impressão de matiz acinzentada, que prejudica visibilidade e leitura (embora esta constatação apenas tenha a ver com a impressão no papel, porque, aqui no blogue, ao ampliar as imagens, elas ficam com contornos bem nítidos).

A qualidade das duas componentes - a ficcional e a estilística - desta curta, justificam que, depois da sua edição em papel, nas páginas da revista (institucional) Venham+5 (nº6 - Maio 2009), editada pela dupla Câmara Municipal de Beja/Bedeteca de Beja, ela passe agora ao suporte virtual da internet, na área da blogosfera, iniciando assim uma rubrica de curtas da BD portuguesa.


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Pedro Brito

Síntese biográfica

Pedro Brito (Pedro Miguel Ferreira de Brito), Barreiro, 4 de Outubro de 1975.
Possui o curso de Design Gráfico obtido no IADE - Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing/Lisboa

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A posteriori
Graças às possibilidades incomensuráveis da internet, volto aqui hoje, 17 de Outubro, para comentar o "post" afixado em 11 de Outubro:
Estou algo decepcionado (e algo perplexo) com a nula reacção dos visitantes em relação a esta rubrica, ou, pelo menos à banda desenhada com que a iniciei, sob a premissa de ser uma obra curta de qualidade, de um talentoso autor.
Partindo do princípio, inquestionável, que somos todos leitores/visionadores de BD, estranho que não tenha havido até agora nem um só comentário quando há uma bd completa para apreciar.
Será que os visitantes não clicaram sobre as imagens, e por isso ficaram com má impressão da pouca visibilidade das pranchas?

sexta-feira, outubro 09, 2009

Concursos de Banda Desenhada - Subsídios para um estudo





Vinheta da banda desenhada "O Ataque do Planeta Vénus", de Inês Casais "Tetris", a quem foi atribuído o 1º prémio do Escalão A, no concurso de BD do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, em 2008


Capa do catálogo - incluindo as bandas desenhadas distinguidas - referente ao 2º Concurso de BD (2002) realizado pela Junta de Freguesia de Olhão


Prancha de banda desenhada vencedora de concurso, da autoria de Bandeira (José Bandeira), mais conhecido enquanto cartunista do que como autor de BD, embora tenha sido nesta arte que iniciou a sua actividade.





Sujeitos a tema ou livres de qualquer imposição temática, os concursos de banda desenhada - recorrente forma de criar actividades culturais e artísticas essencialmente para a juventude, bem como apoiar quem sente potencialidades nesta forma de arte - têm significativamente longa tradição em Portugal, visto que há registo da sua realização, pelo menos de um, em meados da já longínqua década de cinquenta do século passado.



Habitualmente, esse tipo de iniciativas é direccionada para ambos os sexos inseridos em escalões etários, cujos limites em geral não ultrapassam os trinta anos de idade, embora haja algumas excepções, repetidas em tempos recentes, em que não foi imposta limitação de idade aos concorrentes.


Na concretização dos concursos, ao longo do tempo, tem-se verificado o envolvimento das mais diversas entidades, públicas e privadas.


Nas públicas surgem estabelecimentos de ensino, mais propriamente as Associações de Estudantes de várias Faculdades (Arquitectura, Belas Artes, Letras, Instituto Superior Técnico) e escolas secundárias, mas igualmente instituições ligadas às autarquias, como foi em tempos o caso do extinto FAOJ - Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis, posteriormente substituído pelo IPJ - Instituto Português da Juventude (por intermédio das suas delegações de Faro, Viseu e outras), bem como Câmaras Municipais através de pelouros ligados à Cultura ou à Juventude (Lisboa, Amadora, Moura, Loulé, Matosinhos, Odemira, Figueira da Foz), ou departamentos culturais - CNBDI, Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem/Amadora -, Secretaria Regional da Educação e Cultura (Açores), e até Juntas de Freguesia (Sobreda, Amora, Olhão).


Nas entidades privadas têm, ou já tiveram, lugar de destaque: CPBD-Clube Português de Banda Desenhada, GBS-Grupo Bedéfilo Sobredense, COMICARTE-Comissão de Jovens de Ramalde, GICAV-Grupo de Intervenção Cultural e Artístico de Viseu, Associação SOS Racismo - que, exemplo único até hoje, foi organizadora de concurso dedicado à criação de um argumento para BD (obviamente de temática relacionada com o racismo) -, UNICER-União Cervejeira, CPAI-Clube Português de Artes e Ideias, CNC-Centro Nacional de Cultura, Resarte - Rede de Expositores de Setúbal, três livrarias - Dr. Kartoon, de Coimbra, Barata e Qual Albatroz, estas de Lisboa -, e várias associações, culturais e outras, Alagamares, de Colares, Grupo Entropia, de Mafra, "Vírus", de Leiria, e a açoriana "Burra de Milho", de Angra do Heroísmo - Ilha Terceira.


De sublinhar também o curioso caso do concurso organizado pela Orquestra do Algarve, localizada em Faro.


Em diferente quadrante, têm sido levadas a efeito iniciativas similares, embora esporadicamente. Refiro-me a publicações de vária índole.


A precursora terá sido uma popular revista de BD titulada Mundo de Aventuras que, em meados dos anos cinquenta do século XX, realizou, sob um título algo ambíguo, o "Grandioso Concurso de Desenho", o qual abrangia diversas áreas: caricatura, anedota ilustrada (ou cartoon) e, naturalmente, banda desenhada.


Nos anos 90, a já citada livraria Dr. Kartoon teve também importante papel no assunto, ao organizar concursos e publicar as bedês vencedoras na Phylactère, sua newsletter.


Em 2008 surgiu um magazine, igualmente coimbrão, intitulado Maca que, embora não sendo de BD, se abalançou a iniciativa do género.


Em 2009, no Arquipélago dos Açores, Ilha do Faial, surgiu, facto inédito, um concurso de BD para uma só prancha, sem limite de idade máxima, num jornal, gratuito, trimestral, intitulado Avenida Marginal. Que conste, esta terá sido a primeira publicação jornalística a colaborar em tal tipo de iniciativas.


É ainda de registar o importante papel que têm desempenhado, na montagem de exposições relativas aos respectivos concursos de BD e na capacidade de as tornar visionáveis publicamente, os diversos eventos da especialidade: Festival de Banda Desenhada de Lisboa (organizado pelo desactivado CPBD entre 1982 e 1996), Salão Internacional de BD de Sobreda (Almada), Salão Internacional de BD do Porto (que já não existe, mas que foi inicialmente organizado pela Comicarte-Comissão de Jovens de Ramalde), Semana de BD de Amora, Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, Salão Int. de BD de Viseu, Salão Int. de BD de Moura, Salão Int. de BD de Beja, BDteca - Mostra de Banda Desenhada de Odemira, e Vírus - Salão de Banda Desenhada de Leiria.


Ocorre à evidência que, para terem impacte público, os concursos de BD têm de ser complementados pela respectiva exposição, se possível na totalidade das pranchas originais de todas as bandas desenhadas premiadas - tanto as dos prémios principais como as das menções honrosas - e ainda, se houver espaço, para as dos demais participantes.


A última parte da iniciativa cultural e artística, que encerra harmoniosamente o ciclo, é a publicação das obras distinguidas pelo júri, completando assim a justa divulgação pública, iniciada com a exposição, dos talentos emergentes.


Nestes mais de cinquenta anos de realização de concursos da especialidade - em que o autor destas linhas tem tido numerosas participações como membro de júri, desde 1979 -, vários são os nomes, entre os vencedores de alguns dos prémios, que obtiveram notoriedade, designadamente: Álvaro, Pedro Nogueira, Agonia Sampaio, Ricardo Blanco, Marina Palácio, J. Mascarenhas, Serafim, Phermad, Francisco Vidal, relevando-se outros já como firmes referências na BD nacional, casos de António Jorge Gonçalves, José Carlos Fernandes, Nuno Saraiva, Jorge Mateus, Diniz Conefrey, Pepedelrey, Jorge Coelho, João Fazenda, Rui Lacas, Pedro Burgos, Ricardo Ferrand, Richard Câmara, Potier, Daniel Maia, Zeu e Miguel Montenegro - estes dois últimos com obra publicada, entretanto, no estrangeiro - ou Bandeira (José Bandeira), que constitui caso especial por ter passado a dedicar-se apenas ao Cartunismo.


Entre os que se limitaram à obtenção de menções honrosas destaca-se Carlos Rocha, que se tem evidenciado posteriormente pela publicação de numerosas bedês em fanzines e jornais regionais, assim como pela sua inclusão em exposições.


Também com participação positiva em concursos, há vários outros que, após curta obra bedística, optaram por trabalhar em ilustração ou publicidade, situação em que se podem incluir Pedro Sousa Dias, Rui Abrantes, "Micky" (Jorge Macedo) e o seu argumentista Miguel Corte Real, ou que se fixaram no ensino, como fez Ângela Gouveia, licenciada em Engenharia Química, ou os que preferiram dar seguimento profissional aos respectivos cursos, casos dos arquitectos Rá (Rui Alves), Miguel Cabral, Ricardo Cabrita e José Morim, estes dois últimos ainda com esporádicas aparições como autores, um em obras institucionais, fanzines e um recente álbum (Cabrita), ou de banda desenhada histórica, em álbum e livro escolar (Morim).


Obviamente que, na área da BD, como em outras artes, quem quiser singrar profissionalmente tem de conjugar talento com a indispensável formação técnica. Mas é indubitável que, como forma de primeira experiência e público incentivo para os iniciantes, a abrangente trilogia concurso/exposição/publicação - infelizmente nem sempre cumprida na totalidade - já deu suficientes provas dos seus méritos.


Geraldes Lino

quarta-feira, outubro 07, 2009

Comic Jam - Nº 14


Este Comic Jam - O dia em que... -, continua a ser realizado mensalmente, em cada Encontro da Tertúlia BD de Lisboa.
Como sempre, participaram seis ilustradores, com o pormenor nada despiciendo de, além de cinco novos autores, uma ds vinhetas ter a assinatura de um consagrado, com vários álbuns editados em Portugal e dois em França, estes sob chancela da Glenat.

1ª vinheta - Sónia Carmo (a Convidada Especial da Tertúlia BD de Lisboa, no seu 302º Encontro, em 6 de Outubro).
2ª vinheta - Pedro Massano
3ª vinheta - Nélson Martins
4º vinheta - Rui Batalha
5º vinheta - Fil (Luís Filipe Lopes)
6ª vinheta - Álvaro

segunda-feira, outubro 05, 2009

Tertúlia BD de Lisboa - Ano XXIV - 302º Encontro - 6 Outubro - Convidada Especial: Sónia Carmo

Prancha inicial da bd 7 Vidas
Prancha inicial da bd Absurdo



Ciclo: Nova BD portuguesa (*)

SÓNIA CARMO vai ser a Convidada Especial (*) da Tertúlia BD de Lisboa, no seu 302º Encontro (Ano XXIV), dia 6 de Outubro - como sempre, na primeira 3ª feira do mês, e como, desde há vinte e quatro anos, no Parque Mayer.

Sónia Catarina Andrade do Carmo nasceu em 1984, na África do Sul (Benoni, perto de Joanesburgo), mas aos quatro anos de idade veio para Portugal.
Desde muito cedo revelou tendências para o desenho, pelo que, mal concluiu o 12º ano no Agrupamento de Artes, entrou para a FBAUL - Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, onde se encontra a cursar o 3º ano de Escultura, e em que fez parte do IMAGINArte - Núcleo de Banda Desenhada, Ilustração e Argumento.
Sempre desejosa de aperfeiçoar os seus dotes inatos para o desenho, Sónia participou, em 2005, no Curso de Banda Desenhada do Centro de Imagem e Técnicas Narrativas - Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (150 horas, Abril, Maio e Junho), sob coordenação de José Pedro Cavalheiro, aka Zepe, e em 2008 integrou um workshop de Ilustração para livros infantis, no Centro de Investigação e de Estudos Arte e Multimédia (40 horas, sob coordenação de Richard Camara).
Tem duas bandas desenhadas publicadas: logo na primeira, intitulada Absurdo, foram de sua autoria as quatro componentes essenciais da BD: argumento, desenho, legendagem e colorização, tendo tido publicação no fanzine Tertúlia BDzine (nº 135, Dez.08) ; a segunda. no mesmo TBDz (nº 140, Jun. 09), com um gato como personagem e o sintomático título 7 Vidas, foi de novo autora completa.
Artista ecléctica, Sónia Carmo tem abrangido áreas diversas, ao ponto de ter sido a responsável pela execução de cenografia e adereços para a Marcha de Benfica, no âmbito das Marchas Populares das Festas de Lisboa, em 2008.

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Quem tiver interesse em ver postagens anteriores com os respectivos Convidados Especiais e/ou Homenageados, e correspondentes sinteses biográficas, poderá fazê-lo clicando no item Tertúlia BD de Lisboa indicado no rodapé

sábado, outubro 03, 2009

Álbuns de BD imprevisíveis e difíceis de obter (XIV) - História e estórias do ACP











Em 15 de Abril de 1903, na Sociedade de Geografia de Lisboa, nascia o Real Automóvel Clube de Portugal, cujo nome perderia o adjectivo Real após a implantação da República.
É a história deste respeitado clube, desde a sua fundação até 2007, que nos contam Luís Correia e Carlos Morgado, este enquanto escritor do argumento, o primeiro como autor das imagens sequenciais.

Luís Correia é um veterano autor de BD, com dois álbuns de banda desenhada no seu currículo: "As Aventuras de D. Paio e o Principezinho" (com argumento de Magalhães dos Santos), e "As Aventuras de D. Paio e o Principezinho em O Rapto do Embaixador" (sob argumento de Carlos Grifo), nenhum dos álbuns indicando data de edição, mas ambos editados em meados da década de 1960.

Cerca de quarenta anos depois, Luís Correia volta à Banda Desenhada com esta bd curiosa, afirmando que procurou com ela fazer homenagem à BD tradicional, pelo método seguido, sem qualquer interferência das novas tecnologias.

Parecerá talvez estranho que integre a presente peça na categoria de "Álbuns de BD imprevisíveis e difíceis de obter", em especial atendendo à classificação "difícil de obter", em vista da considerável tiragem de 2.500 exemplares.

Mas convém atentar no facto de o Automóvel Club de Portugal dar prioridade aos seus milhares de associados (mais de 200.000!) na aquisição do álbum, que será vendido na sede do clube e respectivas delegações.
A um não sócio da centenária colectividade, será pois imprescindível algum esforço e persistência para a aquisição desta invulgar peça gráfica.
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História e Estórias do ACP
Autores: Luís Correia (desenho), Carlos Morgado (argumento)
Formato A4 - 40 páginas (A bd tem 34 pranchas, a cores) em papel "couché" de boa gramagem
Álbum brochado
Tiragem: 2500 exemplares
Data da edição não indicada [Setembro 2009]
Edição da Revista ACP
Rua Rosa Araújo, 24
1250-195 Lisboa 
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A seguir se indicam os títulos dos "posts" anteriores e respectivos autores

(XIII) Julho 11 - Salúquia. A Lenda da Moura em Banda Desenhada, por AAVV (Artur Correia, Augusto Trigo e Jorge Magalhães, Baptista Mendes, Carlos Alberto (Santos), Catherine Labey e Jorge Magalhães, Eugénio Silva, Isabel Lobinho, José Abrantes, José Antunes, José Garcês, José Pires, José Ruy, Luís Afonso, Pedro Massano, Zé Manel.
(XII) Junho 17 - Deu-La-Deu Martins - Autores: Sara Coelho, Rui Alves, Teresa Cardia
(XI) Maio 16 - Fernando Lopes Graça - Andamentos de Uma Vida - Autor: Ricardo Cabrita
2009 (daqui para cima)

(X) Julho 25 - Luís Figo e a Taça Mundial contra a Tuberculose - Autor: Rod Espinosa
2008 (daqui para cima)

(IX) Agosto 27 - Postais de Viagem - Autora: Teresa Câmara Pestana
(VIII) Agosto 23 - Babinsky - Autores: Luís Henriques e José Feitor
(VII) Agosto 20 - Os Problemas Fiscais de Porfírio Zap - Autor: José Carlos Fernandes
(VI) Junho 30 - A Aventura de Cabral ou A Invenção do Brasil - Autor: António Martins
(V) Jun. 17 - A la recherche du trésor de Rackham le Rouge - Autor: Hergé
(IV) Abril, 1 - Aquaventura em Almada - Autores: Carlos Laranjeira (desenho), Paulo Rebelo e Isabel Laranjeira (argumento)
(III) Fev. 9 - Everest - Autor: Ricardo Cabral
2007 (Daqui para cima)

(II) Setembro 1 - As Bodas de D. Dinis e Isabel de Aragão em Trancoso - Autor: Santos Costa
(I) Ag. 8 - O Passeio de Inês - Autores: Carlos Rocha (desenho), José Carmo (arg.)
2006 (Daqui para cima)
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Os visitantes interessados em ver as postagens anteriores relacionadas com este tema "Álbuns BD imprevisíveis e difíceis de obter" poderão fazê-lo clicando no item indicado em rodapé 

quinta-feira, outubro 01, 2009

Concurso Multidisciplinar LAB JOVEM - Arquitectura, Artes Plásticas, Banda Desenhada, Design Gráfico, Design de Moda, Fotografia, Ilustração, Teatro



CONCURSO AÇORES LABJOVEM
Organização da Associação Burra de Milho

ATENÇÃO AÇORIANOS RESIDENTES NO CONTINENTE: ESTE CONCURSO ESTÁ A CONTAR CONVOSCO

- Este concurso é multidisciplinar, englobando as seguintes áreas:
1) Arquitectura
2) Artes Plásticas
3) Banda Desenhada
4) Dança Performance
5) Design Gráfico
6) Design de Moda
7) Fotografia
8) Ilustração
9) Literatura
10) Música
11) Teatro Performance
12) Vídeo

Curioso (comentário meu): não está incluído o Cartune, ou seja, os cartunistas ficaram esquecidos! E sou insuspeito nesta reclamação: não me chamo Osvaldo de Sousa (da Humorgrafe), nem Zé Oliveira (da FECOPORTUGAL, Associação de Cartunistas)

- Importante: Tema Livre
- Data limite para entrega de obras concorrentes:
ATENÇÃO!!
O prazo para entrega das candidaturas (inscrição online e entrega das obras) foi prorrogado até 2 de Novembro, 2ª feira, em virtude de o dia 31 de Outubro 09 (anterior prazo, agora alterado) ser sábado.


Este concurso interessa às seguintes pessoas:
1 - Obviamente, aos naturais do Arquipélago dos Açores;
2 - Mesmo não sendo açorianos, podem concorrer todos os residentes no Arquipélago dos Açores há mais de dois anos;
3 - Descendendentes de açorianos até à 3ª geração, residentes nos Estados Unidos da América e Canadá;
4 - Açorianos residentes no Continente.

Diz também o regulamento: podem concorrer jovens até 35 anos

Mais regras (especialmente dedicadas à Banda Desenhada, obviamente. Os interessados noutras áreas poderão estudar o regulamento no blogue da Associação Cultural Burra de Milho (ver abaixo)

- São admitidas obras originais de Banda Desenhada prontas a expor;
- Os concorrentes deverão apresentar um projecto de exposição que ocupe o espaço máximo de 200cmx200cm;
- São aceites, no máximo, dois projectos por cada concorrente;
- Serão seleccionados para apresentação na Mostra, até quatro projectos em Banda Desenhada.

Para mais pormenores da 2ª edição do LABJOVEM- CONCURSO DE JOVENS CRIADORES DOS AÇORES, consultar o blogue:
http://www.burrademilho.blogspot.com/
e ver também o respectivo site no endereço:
http://www.labjovem.pt/

PRÉMIOS
Esta componente tem umas características invulgares, mas mantém-se apelativa. Vejamos:
1) A selecção de projectos feita pelos diferentes júris - um para cada especialidade - será apresentada nos Açores sob o óbvio formato de "MOSTRA REGIONAL".
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A Mostra "LABJOVEM" é um programa itinerante, que engloba:
a) Exposição de Arquitectura, Artes Plásticas, Banda Desenhada, Ilustração, Design Gráfico, design de Moda e Fotografia.
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Nota 1) De entre os projectos seleccionados em cada área para integrar a Mostra Regional (ver Nota 2), será também seleccionado pelo júri do concurso LABJOVEM um projecto ao qual será atribuído prémio exclusivo.
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Aconselho o visionamento do vídeo:
e escrever, na barra "pesquisa", LABJOVEM