domingo, novembro 29, 2009

Teatro na Banda Desenhada (III) - O Crime de Arronches - Autores: Eugénio Silva (desenhador), Henrique Lopes de Mendonça (dramaturgo)

As possibilidades de criatividade da Banda Desenhada estão bem visíveis nesta prancha, que ultrapassa qualquer hipótese de cena em Teatro e até mesmo no Cinema, porque a simultaneidade da imagem do intérprete com a sequência de luta, só é mesmo possível na BD

 






Uma peça teatral como argumento para banda desenhada é pouco frequente entre nós, e até mesmo no estrangeiro (*). Mas é disso mesmo que trata O Crime de Arronches (**), uma adaptação à Figuração Narrativa realizada por Eugénio Silva da peça homónima de Henrique Lopes de Mendonça.

Localizada no Alentejo, a vila de Arronches serve de cenário à peça que se passa na primeira metade do século XVI. O enredo não é complicado, mas suficientemente apelativo, tendo como base um quarteto de personagens - a atraente Margarida do Telheiro, Gaspar Palhoça, o marido, Gomes Tição, o mau da história, e Simão Ventura, o carpinteiro.

Margarida e Gaspar formam um casal feliz, mas Tição, fascinado pela jovem mulher ("essa criatura põe-me o sangue em alvoroço", diz ele), engendra um ardil para raptar Margarida e vemos, num flashforward, a sua tentativa de violar a jovem mulher.

Tição aparece morto, Simão Ventura, o carpinteiro, que tinha discutido com ele na taberna, é acusado como principal suspeito. Mas Gaspar Palhoça, sentindo que está em perigo um inocente, conta como tudo se passou quando se lhe deparou a cena de tentativa de violação de sua mulher pelo Tição, a luta que se trava entre ambos, e a morte acidental deste.

Segue-se a condenação de Gaspar, o desalento do jovem, e o desespero de Margarida... O drama adensa-se...

As últimas cinco pranchas da BD, representativas das derradeiras cenas da peça, são desenhadas por Eugénio Silva com evidente sentido teatral. 
Nada de espantar, se soubermos que o ilustrador de BD é também actor amador... Aliás, pormenor curioso, o intérprete Gaspar Palhoça teve por modelo um colega de teatro do autor da banda desenhada.

(*) Para ver pormenores de uma bem interessante adaptação à BD de peças de Shakespeare, basta clicar no rodapé
(**) Há mais imagens desta adaptação teatral "O Crime de Arronches", mas numa diferente rubrica, a "Álbuns de Banda Desenhada imprevisíveis e difíceis de obter", no "post" anterior.
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Postagens anteriores, que poderão ser visíveis por um simples clic no item Teatro na Banda Desenhada inscrito em rodapé nas "Etiquetas para esta mensagem"

(II) Março 27 - Shakespeare: Hamlet; Romeu e Julieta; A Tempestade - Desenhos de Gianni De Luca - Dramaturgia de Shakespeare
2006 - daqui para cima

(I) Out. 21 - O Mistério da Camioneta Fantasma - Desenhos de Pedro Massano - Dramaturgia de Helder Costa
2005 - daqui para cima

sexta-feira, novembro 27, 2009

Álbuns imprevisíveis e difíceis de obter (XV) - O Crime de Arronches





As cinco páginas iniciais do álbum, que situam o local de acção e apresenta várias personagens que vão interferir no enredo criado por Henrique Lopes de Mendonça e ilustrado por Eugénio Silva
Em cima: Henrique Lopes de Mendonça
Em baixo: Eugénio Silva

Felizmente que a edição de banda desenhada não se confina às editoras profissionais, como mais uma vez se verifica com o surgimento do álbum O Crime de Arronches, editado pela Câmara Municipal de, obviamente, Arronches.

Eugénio Silva, o autor das imagens sequenciais é já um veterano. A sua obra na BD é assinalável e, para relembrar os bedéfilos mais antigos, assim como dar a conhecer aos mais novos, bastará citar dois títulos, "Eusébio, Pantera Negra" e "Inês de Castro".

Desta vez, o excelente ilustrador transpôs para a BD uma obra de origem teatral, da autoria de Henrique Lopes de Mendonça, que assim funcionará como argumentista, enquanto que o guião foi da responsabilidade de Eugénio Silva.

A acção passa-se na primeira metade do século XVI, e gira em torno de um tema passional, tendo como intérpretes fulcrais três personagens: Gaspar Palhoça, rendeiro do alcaide de Arronches, Gomes Tição, criado do Bispo da Guarda, e a encantadora Margarida do Telheiro, alegre provocadora de amores e ciúmes.

Uma eficiente adaptação em 28 pranchas a cores, editada em álbum com dois tipos de encadernação: brochado, mais vulgarmente designado por "capa mole", e cartonado, também conhecido por capa dura.

Indubitavelmente, trata-se de peça com interesse artístico, mas algo difícil de obter, visto ter sido editada por uma entidade oficial que não chegará aos escaparates das livrarias habituais.
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O Crime de Arronches
Adaptação em BD da obra de Henrique Lopes de Mendonça.
Autor da adaptação literária, desenhos, legendagem e colorização: Eugénio Silva
Edição: Câmara Municipal de Arronches
Tiragem: 1ª edição, 5000 exemplares
Julho de 2008
Edição em dois tipos de encadernação: brochado e cartonado
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Os visitantes interessados em ver as postagens anteriores relacionadas com este tema "Álbuns BD imprevisíveis e difíceis de obter" poderão fazê-lo clicando no item indicado em rodapé 

terça-feira, novembro 24, 2009

Banda Desenhada portuguesa nas revistas não especializadas em BD (XXXIX) - "Biologia & Sociedade" - Autor: J. Mascarenhas




Dizer J. Mascarenhas é o mesmo que dizer O Menino Triste - isto, obviamente, na comunidade bedéfila - porque, fora dela, na sua vida privada com que ganha o necessário para organizar a sua vida, nada tem a ver com a BD, tem formação de engenheiro mecânico.

Por esse motivo, do seu currículo já constavam umas bandas desenhadas de carácter divulgatório publicadas numa revista técnica, especializada em corrosão de materiais (ou algo assim, já escrevi a biobibliografia dele para o fanzine Efeméride mais do que uma vez, mas quase de certeza que não estou a ser muito preciso, ele vem aqui corrigir, é bem provável), e agora reincide, voltando a colaborar com BD em revista que nada tem a ver com Figuração Narrativa, antes com Biologia, como se depreende pelo título Biologia & Sociedade, onde se constata, na ficha técnica, ser propriedade da - logo, editada por - Ordem dos Biólogos.

O meu amigo, a quem trato respeitosamente por "Altíssimo" - e quem o conhece pessoalmente entende esta "private joke" -, sabendo da existência no blogue duma rubrica que foca exactamente este tema, forneceu-me dois exemplares da citada revista (trimestral), os nºs 08, de Abril, e nº 09, de Outubro, ambas de 2009, naturalmente.

Tendo a edição de Abril o subtítulo "Especial Darwin", J. Mascarenhas criou uma banda desenhada que inicia a série Homo Sapiens! Sapiens?, acrescentada sob o título "Com mil milhões de sapos!!!", inserida no tema "Biogafes".

O episódio, que começa por estudar a rã e a sua capacidade espantosa de dar saltos, termina em forma de "gag" que suscita um sorriso cúmplice para quem gosta de pernas de rã (já comi na Flórida, em S. Francisco, num restaurante especializado no petisco, perdoe-se-me a instintiva gulodice).

Na edição nº 09, a série Homo Sapiens! Sapiens? tem o segundo episódio autoconclusivo (tal como o primeiro, apenas com uma prancha), desta vez sob o título BDNA. 
Queiram fazer o favor de clicar sobre as imagens, leiam-nas, e comentem acerca das intenções subjacentes às metáforas.
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Para ver as numerosas postagens anteriores deste mesmo tema, basta clicar no item indicado em rodapé.
Para saber quais os autores incluídos nesta categoria, ver lista em baixo 
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(XXXVIII) - Set. 8 - Cais - Autor: Vasco Martins
(XXXVII) - Julho 18 - Ler - Autor: André Carrilho
(XXXVI) - Abril 12 - Playboy - Autor: Nuno Saraiva
(XXXV) - Março 29 - Cais - Autor: Vasco Martins
(XXXIV) - Março 21 - Aula Magna - Autores: Filipe Alves, Ana Afonso, Álvaro Áspera
(XXXIII) Fev. 13 - Cais - Autor: Vasco Martins
(XXXII) Jan. 18 - Jazz.pt - Autores: C Zingr (desenho), Teixeira Moita (argumento)
2009 - Daqui para cima

(XXXI) Nov.18 - Dif - Autor: Ricardo Machado
(XXX) Julho 16 - Elegy Ibérica - Autor: JCoelho e DJ Goldenshower
(XXIX) Julho 10 - Time Out - Autor: Ricardo Machado
(XXVIII) Junho 20 - Jazz.pt - Autor: C.Zngr
(XXVII) " 18 - Elegy Ibérica - Autores: JCoelho e DJ Goldenshower
(XXVI) " 13 - P'Almada - Autor: Serrano
(XXV) Maio 14 - GQ Gentlemen's Quarterly- Autora: Joana Sobrinho
(XXIV) Jan. 10 - Jazz.pt - Autor: Zngr
(XXIII) Jan. 8 - Motociclismo - Autor: Luís Pinto-Coelho
2008 (daqui para cima)

(XXII) Julho 6 - Underworld - Autores: João Monteiro (desenho), André Oliveira (arg.)
(XXI) Junho 29 - Gente Jovem - Autor: Algarvio
(XX) Junho 8 - Visão - Autores: Pedro Massano, José Carlos Fernandes, António Jorge Gonçalves
(XIX) Março 14 - P'Almada - Autor: Serrano
(XVIII) Março 10 - Underworld - Autores: Ricardo Reis (desenho), André Oliveira (argumento), Ana Maria Baptista (colorido)
(XVII) Março 6 - Motociclismo - Autor: Luís Pinto-Coelho
(XVI) Fev. 27 - Jazz.pt - Autor: C. Zingr (Corujo Zíngaro)
(XV) Jan. 23 - Visão Júnior - Autores: Pedro Morais e Luís Almeida Martins
2007 - Daqui para cima

(XIV) Dez. 27 - Dominium - Autores: Sub Verso e Bad Kitty
(XIII) Dez. 9 - Revista "C" - Autores: Miguel Rocha e José Carlos Fernandes
(XII) Set. 29 - Textos e Pretextos - Ricardo Pires Machado
(XI) Junho 17 - Ripa na Rapaqueca - Autor: João Ferreira
(X) Maio 6 - Motociclismo - Autor: Luís Pinto-Coelho
(IX) Abril 23 - Underworld - Autor: João Maio Pinto
(VIII) Abril 23 - Revista da Armada - Autor: Antunes
(VII) Abril 23 - Louletano - Autor: E.T.Coelho (reedição)
(VI) Abril 10 - Revista C - Autores: Miguel Rocha e José Carlos Fernandes
(V) Abril 2 - Megajogos - Autor: Algarvio
(IV) Março 13 - Kulto - Autores: Ana Freitas e Nuno Duarte
(III) Março 3 - Gente Jovem - Autor: Algarvio
(II) Fev.25 - Vega - Autor: Richard Câmara
(I) Fev. 18 - Periférica - Autores: Hugo Pena e Jorge Pedro Ferreira
2006 - Daqui para cima

quinta-feira, novembro 19, 2009

Lisboa na Banda Desenhada (XI) - Vários edifícios de Lisboa, na obra "História e estórias do ACP"- Autores: Luís Correia (des.), Carlos Morgado (arg.)

Em Portugal, o espaço de tempo que medeia entre 1910 e 1920, afirma o argumentista/escritor Carlos Morgado que "são anos conturbados, com revoluções e guerras".
Aliás, como se pode ler na primeira vinheta da página reproduzida em baixo, "... em 5 de Outubro de 1910 é implantada a República...".
Esse período conturbado não impede que o Automóvel Club de Portugal (nome com que ficara, após abdicar da designação "Real") aumente paulatinamente o número de associados, que já são 640 em 1920, como se pode ler na legenda desta vinheta em que se vê a Sede do ACP no Largo do Calhariz.

Imagens ligadas à História do Automóvel Club de Portugal, constantes da obra que lhe é dedicada e na qual, obviamente, constam numerosas vistas de Lisboa, em diferentes épocas, retratadas com fidelidade por Luís Correia.

Em 1965, nos Restauradores, no Palácio Foz, ficava situado o antigo Secretariado Nacional de Informação - SNI.
Repare-se no carro eléctrico a passar em frente do bonito edifício, e no autocarro verde, cor inicial daquele tipo de transporte público.
Em baixo, a prancha na totalidade.


Um ponto emblemático da cidade de Lisboa, a Sé Catedral. Se o automóvel parece antigo, não esquecer que, nesta prancha, o desenhador está a fazer a reconstituição dos idos de 1978.

Na primeira vinheta (ao alto da página, à esquerda), uma fotografia de Amália Rodrigues, que participou na festa dos 75 anos de existência do Automóvel Club de Portugal.

Vinheta pertencente à prancha abaixo reproduzida. Neste pormenor vê-se a Praça Luís de Camões, na década de 1980.

Luís Correia fez gala em afirmar, na página de apresentação dos autores, que, cito, "procura fazer uma homenagem à BD tradicional, pelo método seguido, todo ele desenhado sem qualquer interferência das novas tecnologias".
Mas abriu umas excepções "não desenhadas", como se pode observar nesta imagem, em que se vê, na primeira vinheta (ao cimo, do lado esquerdo) a fotografia do rosto do Dr. Pinto Balsemão, "chamado ao cargo de Primeiro Ministro"; na vinheta seguinte a foto de César Torres, então novo presidente do ACP; e na última vinheta (em baixo, à direita), a imagem fotográfica de Michelle Mouton, primeira mulher a vencer o Rally de Portugal em 1982.


Um pouco visto pormenor de Lisboa, o Ascensor da Bica (ressalve-se a distracção do desenhador, que escreveu "Asensor"). Ter em consideração que esta imagem é relacionada com o ano de 1989, data em que o ACP chamava a atenção para a crescente degradação do parque automóvel em circulação no país.
Em baixo, a prancha completa, onde também está visível a ponte 25 de Abril.



A obra acerca da História do Automóvel Club de Portugal em Banda Desenhada ("História e Estórias do ACP") já foi referida neste blogue num "post" datado de 3 de Outubro (clicar na rubrica "Categorias", no item "Álbuns BD imprevisíveis e difíceis de obter").
Várias das suas páginas ficaram aqui reproduzidas, mas volto hoje a folhear o álbum editado sob a égide do ACP, para, desta vez, mostrar algumas imagens de Lisboa, cidade que forçosamente teria de ser focada na obra, na medida em que aquele clube, embora de âmbito nacional, nasceu na capital portuguesa.
Um aspecto que merece realce, desde logo, é o facto de várias das vistas da cidade serem de diferentes épocas, o que obrigou o ilustrador, Luís Correia, a um moroso e exigente trabalho de investigação, naturalmente em sintonia com o argumentista Carlos Morgado, que coligiu os elementos históricos da colectividade, e lhes deu a indispensável sequencialidade cronológica.
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Imagens extraídas da obra
História e Estórias do ACP
Autores: Luís Correia (desenho), Carlos Morgado (argumento)
Formato A4 - 40 páginas (A bd tem 34 pranchas, a cores) em papel "couché" de boa gramagem
Álbum brochado
Tiragem: 2500 exemplares
Data da edição não indicada [Setembro 2009]
Edição da Revista ACP
Rua Rosa Araújo, 24
1250-195 Lisboa
 

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 Para visionar os "posts" anteriores desta rubrica, será necessário clicar na categoria "Lisboa na Banda Desenhada" que aparece no rodapé.

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Mas se os caros amigos visitantes do blogue quiserem saber primeiro quais as vistas de Lisboa já focadas nas diversas postagens, e os nomes dos autores referenciados, basta ver a lista abaixo:

(X) Julho 24 - Vários edifícios de Lisboa, na obra "Fernando Lopes Graça. Andamentos de uma Vida" - Autor: Ricardo Cabrita
(IX) Março 19 - Telhados da Baixa de Lisboa à noite - Autores: Filipe Alves (desenho), Álvaro Áspera (argumento)
(VIII) Março 13 - Parque Mayer: vista da entrada parcialmente submersa - Autores: Ana Saúde (desenho), João Veiga (arg.)
2009 - Daqui para cima

(VII) Junho 14 - Arco da Rua Augusta e Parque Mayer - Autor: C. Moreno
(VI) Abril, 14 - Sé Catedral de Lisboa, a cores diurnas e nocturnas - Autor: António Jorge Gonçalves
(V) Março, 11 - Alfama, recantos do bairro lisboeta - Autor: Filipe Andrade
(IV) Fev. 9 - Bairro dos Olivais com espaços verdes à vista - Autor: Ricardo Cabral
2007 - Daqui para cima

(III) Julho, 18 - Terreiro do Paço submerso - Autor: António Jorge Gonçalves
(II) Junho, 19 - Elevador de Santa Justa - Autor: Zé Paulo
(I) Maio, 21 - Torre de Belém e Convento do Carmo vistos em picado - Autor: Victor Mesquita
2006 - Daqui para cima

quarta-feira, novembro 11, 2009

Curtas de BD (Autores portugueses - II) Carlos Barradas e Carlos Soares





Clicar sobre as imagens para as ampliar (às vezes, com a pressa, há quem não se lembre de o fazer)

Reprodução das seis pranchas da bd Clave Sem Sol. Infelizmente não foi possível reproduzir directamente das páginas da revista, por ter o formato 22,9x31,9 - maior do que o "scanner" A4. Devido a isso, a ilustração do "post" foi feita sobre fotocópias, o que prejudicou a limpidez das tramas usadas pelo desenhista.

Clave Sem Sol é o título de uma banda desenhada curta (6 pranchas), da autoria de Carlos Barradas (desenho) e Carlos Soares (argumento).
 

A publicação desta excelente bd - excelente nas duas componentes, literária e artística - teve lugar na revista Visão (de BD, nada a ver com a que se publica actualmente - nota para os mais novos e iniciantes), logo no seu nº1, datado de 1 de Abril de 1975.
 

A ficção que suporta esta curta figuração narrativa é perturbante, e consegue ilustrar com imaginação as artimanhas tecnológicas que a ganância pode engendrar.
 

As ilustrações de Carlos Barradas corporizam talentosamente a presente curta, exemplar na 
forma como transmite visualmente a metáfora.
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Nota: Para quem estiver interessado em saber algo acerca de Carlos Barradas (não conheço o argumentista) poderá fazê-lo indo à coluna da esquerda do blogue, na rubrica "Categorias", e clicar no item "Visão". Encontrará uma breve entrevista com ele, e respectiva fotografia, tal como os dos restantes autores mais importantes daquela revista de BD, publicada entre Abril de 1975 e Maio de 1976.

Para ver a curta anterior, basta clicar no item inserido no rodapé 

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Outro assunto:
Nota pessoal:
Na 6ª feira, dia 13, vou às Caldas da Rainha participar na imprevista e original


1ª Mostra Erótica-Paródica de Caldas da Rainha
evento organizado no período
de 22 Outubro a 22 Novembro
pela Confraria do Príapo


Irei apresentar o tema:
"Erotismo na Banda Desenhada"
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Quem quiser ver mais pormenores visite o blogue http://terradasmalandrices.blogspot.com/
E para saber o que é e o que pretende fazer a Confraria do Príapo (e já agora a imagem do Deus Príapo - neste acredito eu!), servido generosamente no seu atributo procriador, bem à mostra, basta ver em:


A imagem da inauguração do evento, através de um bem realizado vídeo, está no "site" da TV CALDAS, em:


Como a seguir vou passear, o blogue ficará parado uma semana. Na minha condição de apaixonado de castelos, visitarei de passagem o de Noudar, um dos poucos portugueses que ainda não conheço.

Festivais, Salões BD e afins - (Odemira) - BDteca 2009 - 4ª Mostra


Esta Mostra de Banda Desenhada de Odemira vai já na 4ª edição, a qual, desta vez, abarca o alargado período de tempo entre 1 Nov. 09 e 31 Janeiro 2010.
Trata-se de um evento anual que começou a marcar presença no panorama nacional da BD. Sob o nome mais sintético de BDteca 2009, fica abrangido um conjunto de iniciativas diversificadas, a demonstrarem que Idálio Loução e Ana Sofia Soares, Animadores Culturais e simultaneamente funcionários autárquicos, mantêm a tarefa sobre os seus ombros com perseverança e dinamismo.
De realçar que, entre os restantes eventos do género que se realizam (Amadora, Beja, Moura e Viseu), Odemira é a única vila que se abalança a semelhante iniciativa!
Vejamos as principais componentes do evento:
1. Concurso de BD, que já divulguei no "post" anterior (os interessados em concorrer podem lá ver o regulamento);
2. Exposição itinerante "Odemira-te nº 2"
3. Exposição "Retrospectiva IMAGINArte, BD e lustração da Faculdade de Belas Artes de Lisboa;
4. "Workshop Oficina de BD", Argumento e Desenho com André Oliveira, 3 de Dez., das 11h às 18h;
5. "BD na Vila" - Exposição de 5 pranchas de BD pela Vila de Odemira, executadas pela turma do 12º Ano de Artes da Escola Secundária Dr. Manuel Candeias, de Odemira;
6. Atelier de BD "Escrever um Conto", com José Abrantes (26 e 27 Novembro), que contará com a participação de alunos do 1º Ciclo;
7. Ateliê de BD "Porque é que gosto tanto de Banda Desenhada", com José Abrantes (26 Nov-20h30);
8. "BD ao Vivo", com André Oliveira - 8 e 9 Janeiro 2010;
9. Feira de Banda Desenhada e do "Comic Book", de 21 Nov. 2009 a 31 Jan. 2010, no espaço do local de atendimento da Biblioteca Municipal;
10. Exposição das bandas desenhadas participantes no Concurso de BD 2009 - de 9 a 31 Jan.2010;
11. Encontro com escritores, ilustradores e fanzinistas - Data e participantes ainda por confirmar.
Para terminar:
Claro que a distância entre Amadora e Odemira é relativamente grande, e os bedéfilos que vão ao Festival BD da Amadora não serão, necessariamente, os mesmos que tencionam visitar a BDteca de Odemira. Em todo o caso,talvez fosse preferível não haver esta sobreposição de datas: o Festival Amadora BD só acabou a 8 de Novembro, enquanto que a Mostra BD de Odemira teve início em 1 de Novembro, ficando portanto a atropelarem-se nos dois primeiros fins-de-semana deste mês.

terça-feira, novembro 10, 2009

Concurso de Banda Desenhada da BDteca - 4ª Mostra de BD de Odemira

ANTES DE MAIS, DIRIJO-ME AOS VÁRIOS DESENHADORES COM MAIS DE 30 ANOS, QUE SE COSTUMAM QUEIXAR DE QUE JÁ SÃO CONSIDERADOS VELHOS, QUANDO VÊEM UM REGULAMENTO DE CONCURSO DE BD EM QUE É IMPOSTO ESSE LIMITE:
NESTE CONCURSO, SÃO ACEITES CONCORRENTES COM IDADE SUPERIOR OU IGUAL A 16 ANOS!
RESUMINDO: TODOS OS VETERANOS PODEM CONCORRER!
(Mais uma vez, atenção "Bongop"!)

Regulamento (síntese) do Concurso de Banda Desenhada inserida no evento anual
BDteca - 4ª Mostra de Banda Desenhada de Odemira/2009 (evento que teve início no dia 1 de Novembro e só terminará a 31 de Janeiro de 2010 - escreverei acerca disso na próxima 5ª feira, para dar visibilidade e prioridade a este regulamento)

PONTOS FUNDAMENTAIS (ALÉM DO PORMENOR DA ACEITAÇÃO DE CONCORRENTES COM IDADE SUPERIOR A 16 ANOS, SEM LIMITAÇÕES DAÍ PARA CIMA)
1) DATA LIMITE PARA ENTREGA DAS BEDÊS: 18 de Dezembro 2009 (ainda falta 1 mês e picos, se faltasse muito mais, o "people" relaxava e esquecia-se...)
2) TEMA LIVRE (eu sei como os autores de BD gostam deste pormenor...)
3) OS CONCORRENTES PODEM PARTICIPAR COM QUANTAS BANDAS DESENHADAS QUISEREM (isto é muito bom!!)
4) AS BANDAS DESENHADAS PODEM TER A QUANTIDADE DE PRANCHAS QUE APETECER AO AUTOR/ARTISTA CONCORRENTE (isto é óptimo!!!)
5) PRÉMIOS:
1º - 300€
2º - 150€
3º - 75€
- A entrega dos prémios será feita em reunião pública a realizar na Biblioteca Municipal no dia 09 de Janeiro de 2010 pels 16h.
- Todos os participantes receberão um diploma de participação.
- As bandas desenhadas premiadas poderão eventualmente vir a ser publicadas, dependendo da qualidade das mesmas, e das possibilidades da autarquia.

ATÉ AQUI É SÓ VANTAGENS! VAMOS LÁ AGORA ÀS OBRIGAÇÕES:
I) As pranchas têm de ser feitas no formato A3 (eu sei que isto é já a contar com a posterior exposição);
II) As obras concorrentes de cada autor, no caso de terem mais de uma prancha, devem ser agrafadas ou feita a junção por qualquer outro modo (talvez um clip, digo eu);
II) As pranchas têm de ser numeradas, e assinadas com o pseudónimo do autor/autores, no canto inferior direito;

E acrescento eu: numerar as pranchas no canto inferior direito, tudo bem; agora escrever também o pseudónimo naquele mesmo sítio, é mau, nunca vi tal exigência. O pseudónimo deve ser escrito no verso das pranchas. Isto para que mais tarde, para a exposição e/ou publicação, o autor tenha espaço para assinar com o seu nome artístico.Mas claro, há que respeitar o regulamento. Espero que o alterem neste item na próxima edição...
III) Deverão ser entregues 3 cópias das bedês a concurso;
IV) Os concorrentes, ao enviarem as bandas desenhadas, terão de juntar um envelope que deverá conter, no exterior, o pseudónimo, e no interior, deforma bem clara e legível, os seguintes elementos identificativos do autor:
a) nome
b) morada
c) nº de telefone
d) se for o caso, a escola que frequenta
V) As bandas desenhadas podem ser entregues pessoalmente (os autores locais têm esse privilégio), ou enviadas por correio.

O endereço da entidade organizadora é o seguinte:
Biblioteca Municipal "José Saramago" de Odemira
Cerro do Peguinho
7630 Odemira

Deixei para o fim, mas considero justo citar as palavras de apresentação da entidade organizadora:

"O Município de Odemira, através da Biblioteca Municipal 'José Saramago' de Odemira promove um concurso externo de Banda Desenhada, com o objectivo de promover a BD"

E também a definição de objectivos:

"Os objectivos deste concurso são a promoção da Banda Desenhada junto da população juvenil e adulta, assim como a promoção da criatividade e da imaginação dos concorrentes".
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Tomo a responsabilidade de acrescentar o seguinte, que não vem no regulamento:
Quaisquer dúvidas que surjam podem ser esclarecidas por qualquer um dos simpáticos funcionários da Biblioteca, os animadores culturais
Ana Sofia
Idálio Loução
tlf. 283320150
(espero que não se zanguem comigo...)
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Os interessados em ver postagens anteriores relacionadas com este tema de Concursos de BD, prémios e premiados, bastar-lhes-á clicar no item visível aqui por baixo, no rodapé

domingo, novembro 08, 2009

Premiados no Concurso de BD integrado no Amadora BD/2009





Cadência de Quatro Vintenas, título da banda desenhada da autoria de João Martins, galardoada com o 1º Prémio (Escalão A) do Concurso de BD do Amadora BD/2009

ESCALÃO A (dos 17 aos 30 anos)

1º Prémio: JOÃO MARTINS (23 anos, Lisboa)
2º " : BÁRBARA FONSECA (20 anos, Águas Santas)
3º " : GUIRLENE SARAIVA (27 anos, Estoril)
Menção Honrosa: Carlos Martins (22 anos, Corroios)
" " : Vasco Martins (29 anos, Lisboa)
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ESCALÃO B (dos 12 aos 16 anos)

1º Prémio: EVA CARVALHO (16 anos, Almada) *
2º " : DIOGO SILVA (16 anos, Grândola)
3º " : PEDRO FERREIRA (14 anos, Montemuro)
(*) Chama-se Eva Nave Silvares Carvalho, e o seu apelido Silvares remete para aquele que o pai dela sempre usou enquanto editor de fanzines, ilustrador e autor de banda desenhada.
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ESPAÇO PARA COMENTÁRIOS
Não é linear - digo eu, bloguista GL - o fundo temático desta banda desenhada (graficamente muito boa) de título Cadência de Quatro Vintenas.
Na minha interpretação, parece-me que o desenhador/ficcionista quis retratar a decadência de uma casa, e respectivo local onde se situa (pondo também em foco a degradação do meio ambiente (...)
Disse isto por email ao João Martins (que conheço, e só assim me foi possível mostrar a sua bd, que me forneceu também por email), e ele respondeu-me:
"(...) Diria que a 'decadência' que o desenho sugere é uma interpretação sua, pois noutros contextos (particularmente as filosofias orientais) são apenas uma transformação, novos ciclos, diferentes formas da casa existir (...)"
Em seguida, nos comentários, aparece um escrito por Teresa Câmara Pestana:
"Gostei desse João Martins e da casa apodrecida (...)"
Por conseguinte, a minha análise e a da Teresa, enquanto leitores, são coincidentes, mas divergem da do autor.
Levanta-se aqui um tema curioso: o de nem sempre aquilo que é evidente para um autor/artista de Banda Desenhada o é da mesma forma para o leitor/visionador...
Reproduzo mais um comentário de Teresa Câmara Pestana:
"Do mesmo modo que nem sempre sabemos interpretar os nossos sonhos???
Pois é bem possível interpretações vs factos ganham os factos é uma casa podre e nenhum filósofo oriental lá viveria...
Também a necrofilia não faz parte dos padrões estéticos vigentes... ou vigilantes?"
João Figueiredo disse...
"Eu quando vi esta BD ao vivo no festival, a sensação que tive foi a de, não só a casa a apodrecer, mas o definhamento da própria pessoa que o meu imaginário instantaneamente pôs a habitar a casa do João Martins. Na minha opinião, esta BD passa a mensagem pelo que mostra e pelo que não mostra. É uma BD que nos provoca (pelo menos a mim) um sentimento de tristeza e que nos clarifica que tudo, irremediavelmente, acaba.
O João Martins diz que pode também representar um novo ciclo. Pois concerteza, ninguém sabe o que acontecerá a seguir. Talvez o ambiente envolvente da casa se transforme numa urbanização? A casa será demolida? Alguém compra a casa e lhe faz obras?
O que é certo é que a casa primeiro tem vida e vai tendencialmente perdendo-a.
E a pergunta fica no ar: Quem era a pessoa que ali viveu? (supondo que ela morreu entretanto, daí o abandono da casa)."
João Vasco Martins dá o seu ponto de vista de autor:
"Se em princípio temos uma casa habitada por pessoas, no final teremos uma casa vazia, apodrecida, mas nem por isso menos viva: bolor e fungos na cama, florestação pelo telhado e soalho, traças e outras bicharadas alimentam-se dos móveis da sala. Como autor, não deixei claro que esta 'ocupação' da casa seja tão válida como a primeira. Mas olhando a última vinheta, sinto sempre que a casa passou a fazer parte da floresta, e é uma coisa completamente diferente da primeira prancha, mas nem por isso pior ou menos viva.
Claro que posso estar enganado, e esta visão existir apenas na minha cabeça e não no papel:)
Obrigado pelos comentários!"
Joaninha versus Escaravelho expõe a sua opinião no espaço dos comentários, e eu (bloguista) tomo a liberdade de a reproduzir aqui no "post", como tenho estado a fazer:
"Tal como na literatura, só o autor é que pode dizer o que quis transmitir com as palavras que escreveu, não adiante de nada andar a especular sobre o assunto, porque só o próprio é que sabe.
Parece-me que temos de aceitar o que o João diz. Ele é que sabe o que fez...
E nós temos a sorte de ele nos explicar o que desenhou :)"
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DESAFIO AOS VISITANTES DO BLOGUE: QUAL A VOSSA INTERPRETAÇÃO DA BANDA DESENHADA DE JOÃO MARTINS?
Reproduzirei aqui, em síntese, as críticas que foram escritas na caixa de comentários (espantosa, esta interactividade bloguística, que me apraz aproveitar de vez em quando...).
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Depois de escrever isto, recebi comentários de Teresa Câmara Pestana, de João Figueiredo, do próprio autor, João Vasco Martins, a dar o seu ponto de vista de criador da bd, ainda outro de Joaninha versus Escaravelho. Já os reproduzi no corpo do "post".
Terá acabado o diálogo?

quarta-feira, novembro 04, 2009

Comic Jam - Nº 15


De facto, a primeira vinheta, da autoria de Ricardo Correia, ficou muito pouco visível. Tendo o Ricardo, no momento de tertúlia com ele, em que assumiu publicamente a sua preferência pela arte-finalização, estranha-se que tenha realizado a vinheta menos bem finalizada do conjunto.
Claro que nada custa clicar em cima da prancha, a fim de ver com maior nitidez aquela vinheta e as restantes.
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Segue sem interrupções o Comic Jam, brincadeira gráfica colectiva, no caso presente participada mensalmente por seis autores, fazendo cada um sua vinheta, no decorrer do encontro bedéfilo Tertúlia BD de Lisboa.
Este mês foi no dia 3 de Novembro (primeira 3ª fª do mês, como sempre acontece), e participaram os seguintes autores/artistas:


(Da esquerda para a direita, e de cima para baixo, claro)

1. Ricardo Correia (Convidado Especial da TBDL)
2. Ana Maria Baptista
3. Miguel Gabriel
4. António Valjean
5. Paulo Marques
6. Ana Saúde

O Comic Jam continua no próximo número, sempre com autores diferentes (com raras excepções.
Sendo que cada prancha é constituída por seis vinhetas, e estando já concluídas 5 pranchas nesta 2ª série, deveríamos ter um total de 30 colaboradores. Por acaso houve um deles - Jorge Coelho, ou JCoelho - que repetiu a colaboração (em meses diferentes), pelo que o somatória é, na realidade, de 29 autores. Eis os seus nomes, por ordem alfabética:


1. Álvaro
2. Ana Maria Baptista
3. Ana Saúde
4. André Oliveira
5. André Reis
6. António Valjean
7. Carlos Páscoa
8. Daniel Maia
9. Falcato
10. Fil (Luís Filipe Lopes)
11. Filipe Duarte
12. Heguinil Mendes
13. Hugo Teixeira
14. JCoelho (2 vezes)
15. José Abrantes
16. Luís Henriques
17. Machado-Dias
18. Miguel Carneiro
19. Miguel Gabriel
20. Nélson Martins
21. Nuno Duarte
22. Paulo Marques
23. Pedro Massano
24. Pepedelrey
25. Ricardo Cabrita
26. Ricardo Correia
27. Ricardo Reis
28. Rui Batalha
29. Sónia Carmo
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Aos interessados em ver as quatro pranchas anteriores, recomenda-se que cliquem na barra em rodapé, onde se lê Comic Jam

segunda-feira, novembro 02, 2009

Tertúlia BD de Lisboa - Ano XXIV - 303º Encontro

Styrofoamworld, banda desenhada autoconclusiva numa só prancha, da autoria de Ricardo Correia (desenho), Ana Maria Baptista (colorização), André Oliveira (argumento), publicada no semanário gratuito Mundo Universitário (nº58-26 Fev.07)
BD autoconclusiva, numa só prancha, intitulada Quem Manda na Transilvânia?, da autoria de Ricardo Correia (desenho) e André Oliveira (argumento)

TERTÚLIA BD DE LISBOA
ANO XXIV - 303º ENCONTRO
CONVIDADO ESPECIAL (*)
RICARDO CORREIA
Ricardo Alexandre Correia, 1 de Março de 1985, Lisboa.
Licenciou-se em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Por influência familiar, Ricardo é coleccionador compulsivo de banda desenhada, dando primazia aos comics e respectivos super-heróis.
Foi fundador de dois núcleos bedéfilos universitários na FBAUL, um deles o IMAGINArte (inicialmente chamado Núcleo d Fantasy Art, hoje Núcleo de Banda Desenhada, Ilustração e Argumento), o outro com o curioso nome de TORTúlia (Núcleo de Escrita e Argumento).
Para além destas duas facetas - a de apreciador e coleccionador -, Ricardo Correia é criador de BD. Como autor completo fez a solo uma bd sem título para um concurso organizado pelo Grupo Bedéfilo Sobredense, em 2003.
Em equipa, fez uma bedê a cores, Styrofoamworld, sob argumento de André Oliveira e colorização de Ana Maria Baptista, publicada no jornal Mundo Universitário (nº 58 - 26 Fev. 07), e mais três em que desenhou sob argumento de André Oliveira, todas a p/b, uma delas intitulada Torga (reproduzida no fanzine Tertúlia BDzine nº 118 - Out. 07), outra com o título Relatos daTriste Vida de Serafim, o Rapaz Pinguim (Tertúlia BDzine nº 134 - Nov. 08), a terceira, Quem Manda na Transilvânia? (Tertúlia BDzine nº 136 - Jan 09).
Neste mesmo fanzine (nº 143 - 3 Nov. 2009), editado na Tertúlia BD de Lisboa, no mesmo dia em que é o Convidado Especial daquela associação informal, já está editada e vai ser distribuída pelos cerca de quarenta "tertulianos", mais uma bd, desta vez de sua autoria completa (argumento em forma de poesia, e desenho), intitulada Huginn & Muninn.
Anteriormente, numa experiência apenas como argumentista, escreveu, para Ana Maria Baptista desenhar, o argumento/guião da banda desenhada Etra, editada na revista BDVoyeur (nº2-Set.07).
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Para ver postagens anteriores dedicadas a este tema, bastará clicar na rubrica Etiquetas para esta mensagem - Tertúlia BD de Lisboa, que se encontra aqui no rodapé