quarta-feira, janeiro 20, 2010

Exposição de BD dedicada a Tintim, por imagens da autoria de autores espanhóis, em Punta Umbria (Huelva) - Tintim e Hergé (XIV)

Ilustração de Miguel Porto

Num blogue pertencente a um ilustrador/autor de BD e bloguista espanhol, chamado Miguel Porto, pode ler-se a informação de, a 6 de Agosto (estava-se em 2009) ir ser inaugurada, na sala de exposições do Ayuntamiento de Punta Umbria (Huelva), uma mostra colectiva em que diversos artistas profissionais da Banda Desenhada (entre eles o próprio Miguel Porto) homenageavam com bedês "pastiches" os oitenta anos de Tintim, a mais famosa personagem das várias criadas por Hergé.
Só agora faço este comentário porque foi hoje que me apercebi, por mero acaso, dos dois espaços internéticos do Miguel Porto: Blog, um deles, Portfolio, o outro, que já incluí na minha listagem BD na Net - "Blogs" e "sites" estrangeiros de Comics (ver na coluna "Categorias") sendo no blogue dele que está a notícia e também a imagem que reproduzo no topo do "post".
Mas o que me importa frisar é o facto de os organizadores desta exposição não terem tido problemas (ainda bem!) com os herdeiros dos direitos autorais de Hergé, Fanny Vlamynck e Nick Rodwell.
Isto porque na Lousã, uma simples exposição organizada pelo professor, jornalista e cartunista CarloSêco, tintinófilo compulsivo, foi mandada desmontar exactamente pela Fondation des Studios Hergé, por alguém, que faz parte do grupo de portugueses pertencente ao clube belga Amis d'Hergé, ter tido o "descaramento" de a ter montado, e ainda por cima, inocentemente, lhes ter dado conhecimento.
A exposição estava bonita, incluía livros sobre o autor e respectiva personagem, pertencente à colecção pessoal de Carlos Sêco, uns objectos de merchandising do mesmo coleccionador, e umas tantas imagens, entre as quais uma cópia digital do episódio criado para o meu fanzine Efeméride (nº4 - Jan.09), também publicada no jornal Trevim, da Lousã, e houve pessoas (eu incluído) a apresentar trabalhos relacionados com o tema.
Foi uma situação desgostante para o entusiasta organizador, de que me lembrei agora, igualmente algo entristecido, pelo desagradável acontecimento, e ao aperceber-me (satisfeito, atenção!) da, aparentemente (não há nenhum comentário posterior a informar o contrário), diferente sorte da já citada exposição em Punta Umbria. A menos que algo tenha falhado na organização lousanense...
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Para ver as postagens anteriores dedicadas ao tema "Tintin e Hergé" basta clicar no item homónimo que está inserido no rodapé

4 comentários:

Geraldes Lino disse...

Sabemos que há diferenças entre a língua portuguesa de Portugal e a língua portuguesa do Brasil. Mas o verbo conhecer, e portanto o gerúndio "conhecendo" escreve-se de forma igual em Portugal e no Brasil,ou seja, a letra c antes de e ou i não leva cedilha.
Corrija esse erro, para não dar má impressão a quem ler a sua publicidade.

João Figueiredo disse...

Um tertulio habitual da TBDL, que o nome não me lembro bem (acho que é Miguel), trabalha na Câmara Municipal de Odivelas no Departamento Cultural, e lembro-me que ele organizou (ou esteve para organizar) uma exposição dedicada ao Tintim nos Paços do Concelho, há já uns dois ou 3 anos. Tenho quase a certeza que ela aconteceu, seria interessante saber como decorreu e se houve o mesmo problema da Lousã.

Anónimo disse...

fala-se da paranoia dos norte-americanos pelo "copyright" mas na Europa os herdeiros do Tintin tem um espírito de porco capitalista mais feroz que os americanos. é irónico!
também acontece com a Work'n'Shop que tinha uma exposição que usava as imagens do Tintin. Assim que foi colocado na 'net ameaçaram processar, etc...
se o tintin e o hergé não eram fachos, os herdeiros são de certeza!

Geraldes Lino disse...

Viva, João Figueiredo.
Sim, houve essa exposição dedicada ao Tintim organizada pela Câmara Municipal de Odivelas, onde trabalha o meu amigo "tertuliano" Miguel Sousa Ferreira.
Houve ainda outra, na Biblioteca Municipal de Cascais (no polo de S. Domingos de Rana), onde colaborei com uma conversa, assim como o João Paulo Paiva Boléo e o Nelson Dona, e para a qual contribuí com o empréstimo de alguns dos meus álbuns-pirata estrangeiros que comprei ao longo de vários anos em Angoulême (!), e não houve problema nenhum.
Por isso terminei o meu "post" com o comentário:
"A menos que algo tenha falhado na organização lousanense".