domingo, fevereiro 27, 2011

Palestras sobre BD - Tema: Eternus 9










Victor Mesquita, nome de referência da moderna banda desenhada portuguesa, estará dia 1 de Março na Tertúlia BD de Lisboa a fazer uma palestra sobre a sua obra "Eternus 9", englobando o conjunto dos dois andamentos: "O Filho do Cosmos" e "A Cidade dos Espelhos".
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De sua autoria, reproduz-se aqui um texto acerca dessas duas partes que compõem aquela importante BD, escrito propositadamente para o blogue Divulgando Banda Desenhada.
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"Eternus 9, Um Filho do Cosmos: este título nasceu da necessidade de criar uma personagem que transcendesse as limitações da capacidade humana, a de nascer sempre sujeita às leis da gravidade terrestre.


Eternus nasceu num ponto do Universo onde essas leis não se fazem sentir. O coraçao de um nascituro ao nascer em tal ponto do espaço, necessariamente não sofre o esforço de bombagem do sangue, da compressão que se dá ao nascer sob atracção da lei da gravidade. Igualmente o cérebro não está submetido a tal violência. As circunstâncias em que Eternus nasceu, seguramente provê-lo-iam de faculdades extraordinárias.


Tal experiência há-de dar-se um dia, não de todo longínquo, e então ficaremos a saber quais serão os resultados - se ainda cá estivermos.


.O título A Cidade dos Espelhos, além de simbolizar a Feira de Vaidades da sociedade de hoje, reflecte nas histórias a intenção mágico/metafórica de criar um portal de passagem entre o autor e o seu alter-ego, se quisermos. Um pretexto para tornar o autor avatar da sua própria criação, um desdobramento distanciado do espelho que a criação reflecte de si mesmo e assim se libertar para um distanciamento que lhe permite ver-se de fora do acto de criar. De ser leitor e criador que se recria integrando-se na aventura deste desdobramento.


Foi o modo que encontrei para justificar trinta e cinco anos de ausência entre mim e a personagem, entre o autor e a recriação de si mesmo. Circunstanciando a realidade do autor (há elementos da minha própria vida no interior da narrativa), o ser intemporal que Eternus representa. Como símbolo da eterna renovação da vida, é não mais que o acto de me transcender a mim próprio, reatando a sequela de Eternus aos 72 anos de idade do autor, metade do meu tempo de vida, note-se. Assim, neste instante reinicio o ciclo da minha própria renovação."


Victor Mesquita

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Em complemento destes textos, e para saber mais acerca de Victor Mesquita, bastará ir à home page, à coluna da esquerda intitulada "Categorias", que está organizada por ordem alfabética, clicar no item "Visão" e depois ir até à postagem datada de 2006, Maio 30, onde está uma entrevista com ele.

Tertúlia BD de Lisboa - 320º Encontro






Victor Mesquita, nome de referência da BD portuguesa, estará dia 1 de Março na Tertúlia BD de Lisboa a fazer uma palestra sobre os dois andamentos -"O Filho do Cosmos" e "A Cidade dos Espelhos" - da sua obra maior, Eternus 9.

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Nomes de quem esteve presente neste 320º encontro da TBDL
(Informação aqui inserida "a posteriori")

.1.. Adelina Menaia
2.. Ana Saúde
3..Ana Vidazinha
4.. André Cardia
5.. André Conceição
6.. António Amaral
7.. Bruno Martins
8.. Falcato
9.. Frederico Carvalho
10.Gastão Travado
11.Geraldes Lino
12.Helder Jotta
13.Hugo Teixeira
14.Isabel Viçoso
15.J.Mascarenhas
16.João Figueiredo
17.José Abrantes
18.José Barbosa
19.Luís Valente
20.Machado-Dias
21.Manuel Valente
22.Maurício Barbosa
23.Miguel Ferreira
24.Miguel Sousa Ferreira
25.Milhano
26.Moreno
27.Nuno Duarte "Outro Nuno"
28.Nuno Neves
29.Paulo Marques
30.Pedro Alves
31.Pedro Bouça
32.Pedro Mota
33.Raul Gomes
34.Ricardo Santo
35.Rui Batalha
36.Rui Domingues
37.Rui Rolo
38.Sá-Chaves
39.Sandra Rosa
40.Simões dos Santos
41.Teresa Cardia
42.Victor Mesquita

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Revistas BD (VIII) - Estrangeiras















"Vive la provoc!" lê-se na capa de L'Echo des Savanes, que, não por acaso, se auto-intitula "mensário satírico". De facto, este magazine francês sempre publicou bandas desenhadas loucas, desestabilizadoras, bizarras, provocatórias.
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Número 300 "e ainda temos os dentes todos", diz Claude Maggiore, director artístico dum magazine de BD que já conta trinta e oito anos de existência!
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"Um magazine desrespeitoso, irreverente (...) que escolheu definitivamente o riso, a insolência (...), são ainda palavras do citado Maggiore. E basta observar a capa de Manara, mais as páginas seguintes de Vuillemin, para se lhe dar toda a razão.

A Vuillemin, um colaborador de há muitos anos, segue-se Tronchet, com menos tendência para o escatológico, mas capaz de criar tramas envolvendo cenas bem divertidas, como sucede com a última prancha publicada neste número, em que o ingénuo Maurice pede autógrafo a um futebolista que ele pensa ser o Drogba, não reparando que todos eles usam camisolas com o nome do famoso jogador estampado nas costas.

Claro que atingido um número bem redondo como é o 300, nada como fazer um flashback até ao seu início, de que se vêem os números 1, 2 e 3 da primeira série (1972, 1973), onde pontuam Gotlib, Bretécher e Mandryka, e o nº1 da nova série (Novembro 1982), em que surge a personagem "Ranxerox", de Liberatore, mais o nome de um autor de culto, Reiser.

Wolinski - com direito a foto - conta-nos como, após o fim do Harakiri, teve a ideia de fazer algo que se asemelhasse com L'Assiette au beurre, velho jornal satírico.
Após ter-se encontrado com Claude Maggiore, que tinha acabado de modificar o grafismo do jornal Libération, ambos se propuseram fazer um jornal de BD com humor e sacanagem. Mas, como escreve Wolinski, não contava com a personalidade de Maggiori, que acabou por fazer sozinho o jornal (de louvar o "fair play" de Maggiori, redactor-chefe e director artístico, em relação a este artigo que o atinge).

"Le Déclic", de Milo Manara, teve a sua estreia nas páginas de L'Echo. E, apesar de toda a abertura ao erotismo que há décadas existe em França, este magazine era o mais apropriado para se poderem apreciar "les plus belles fesses de toute l'histoire de la BD".

E ainda hoje, em França, L'Echo des Savanes continua a ser a publicação mais propícia às imagens, belas e truculentas, assinadas por Manara, sob argumento de Jodorowsky, nas recentes páginas da obra "Borgia. Tout est vanité".

"Ranx", robô humanizado mas ultra-violento, que nutre um estranho amor pela adolescente Lubna, é personagem criada por Liberatore, no desenho, e Tamburini, no argumento.
"Ranx" teve lugar de relevo neste magazine, nele surgindo de novo, agora remasterizado pelo próprio Tanino Liberatore no seu primeiro episódio, de 42 pranchas, republicadas totalmente no presente número histórico.
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Todas as postagens anteriores deste tema podem ser visionadas com um simples clique no item "Etiquetas: Revistas BD", que se pode ver aqui por baixo no rodapé

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Palestras sobre BD - Tema: Fernando Bento






Fernando Bento é um dos nomes marcantes da banda desenhada portuguesa. E João Paulo de Paiva Boléo um dos mais importantes especialistas portugueses na área da BD.


Vai ser com Boléo a falar de Bento que se dá arranque, no Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem - CNBDI (Amadora), à iniciativa "Às Quintas Falamos de BD", encontros mensais que terão lugar na última 5ª feira dos meses de Fevereiro a Maio, sempre às 21h00, naquele equipamento cultural da Câmara Municipal da Amadora.


(Esclarecendo algum visitante deste blogue menos embrenhado nos bastidores da BD: o CNBDI é o responsável pela organização anual do Festival Internacional de Banda Desenhada daquela cidade).


Para terminar a notícia: a fim de dar início a esta actividade cultural, na próxima 5ª feira, dia 24 de Fevereiro, terá lugar a apresentação do livro E Tudo Fernando Bento Sonhou, da autoria de João Paulo de Paiva Boléo, que usará da palavra para apresentação da sua obra e, por extensão, do autor nela homenageado.

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Concurso BD de Moura


Os concursos de banda desenhada representam aliciantes desafios aos potenciais autores.
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Mais uma vez isso vai acontecer, em iniciativa de novo associada ao regressado Salão Internacional de Banda Desenhada de Moura, que terá lugar lá mais para a frente. (*)
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E não escrevo ainda a data para que não haja confusões entre as do Salão e as do Concurso, sendo que (pormenor muito importante, no caso deste último),

A DATA LIMITE PARA ENTREGA DAS BANDAS DESENHADAS É:
25 DE MARÇO
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Outros itens que merecem a máxima atenção:
O ESCALÃO B é destinado aos autores que, à data limite de entrega das bedês, TENHAM 26 OU MAIS ANOS.
(Portanto, Moura mantém a abertura para aqueles que, já passados vinte e seis anos de vida, gostariam de participar pela primeira vez, ou de continuar a participar)
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O ESCALÃO A é para os mais novos, para quem tenha entre 13 e 25 anos (inclusive).

Muito importante para os concorrentes é saber que:

O TEMA É LIVRE!
... um pormenor que facilita muito a vida aos concorrentes...

Outro item que tornará mais abrangente a iniciativa:
O CONCURSO ESTÁ ABERTO A ESTRANGEIROS!
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PRÉMIOS
Para cada escalão serão instituídos os seguintes:

Melhor Banda Desenhada
€750.00 + Colecção de BD + Diploma

Melhor Tira
€350.00 + Colecção de BD + Diploma

Haverá também prémios para:
Melhor Autor do Concelho de Moura
€200.00 + Colecção de BD + Diploma

Prémio Juventude
Para os autores que à data limite de entrega das obras tenham 13 a 17 anos inclusive:
€200.00 + Colecção BD + Diploma
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Um pormenor muito simpático da organização:
As Menções Honrosas que o júri decida atribuir, para além destes prémios principais,
TERÃO DIREITO AO SEGUINTE:
€150.00+ Colecção de BD + Diploma
Garanto que é uma iniciativa absolutamente inédita nestes concursos BD... que considero justa e aliciante!
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Pormenores técnicos importantes:

1. Cada concorrente pode enviar um máximo de 5 originais inéditos(*), devendo ser identificadas todas as pranchas no verso com o nome, morada, e-mail e contacto telefónico.
(*) Não são aceites fotocópias

2. As bandas desenhadas podem ter entre duas (mínimo) e seis (máximo) pranchas.
(As pranchas devem ser numeradas no verso)

Tira BD
Serão admitidas nesta categoria as tiras apresentadas numa disposição horizontal ou vertical.

As histórias apresentadas num sistema de quatro desenhos agrupados em duas filas de vinhetas serão remetidas para a modalidade de cartune.

As obras podem ser apresentadas a preto e branco ou a cores, em qualquer técnica ou suporte.

Formatos preferenciais:
A4 (210x297mm)

ou

A3 (297x420mm)

mas serão aceites pranchas num formato máximo de 50x50cm

As bandas desenhadas participantes têm de ser enviadas conjuntamente com um pequeno currículo, uma fotocópia do BI e o número de contribuinte do concorrente, até 25 de Março (se for enviada, conta a data do carimbo dos correios) para o seguinte endereço:

Câmara Municipal de Moura
Gabinete de Informação, Imagem e Relações Públicas
15º Concurso de BD e Cartune
Moura 2011
Praça Sacadura Cabral
7860-207 Moura

As pranchas devem ser enviadas protegidas (por exemplo, por cartolina rígida), e em correio registado, a fim de garantir a sua recepção, e em boas condições.
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(*) Ok, aqui ficam as datas de abertura e fecho do 17ºSalão BD: 22Abril e 8Maio
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Quem tiver curiosidade em ver concursos anteriores, e até um artigo meu intitulado "Concursos de BD: Subsídios para um estudo", pode consegui-lo, clicando no item "Concursos de Banda Desenhada" que se vê no rodapé

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Revistas BD (VII) - Estrangeiras: dBD Monographies






Panorama actual das revistas francesas de BD (II)
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Les dossiers de la bande dessinée é o significado da sigla dBD que identifica um magazine francês de banda desenhada já bem conhecido dos mais exigentes apreciadores portugueses da banda desenhada e... suficientemente conhecedores do idioma.
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Baseada na sólida implantação do dossiê de banda desenhada, a sua editora parisiense decidiu lançar um novo mensário complementar daquele, numa versão dedicada à publicação de vários assuntos interessantes, entre os quais monografias de autores de BD.
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Tal como aconteceu com o magazine de que falei anteriormente, o L'Immanquable, também este dBD Monographies HS#05 - ou seja, o nº5 do Hors-Série, uma colecção absolutamente fora de série - estava à venda na loja de jornais e revistas da estação de comboios de Angoulême, primeiro local que obrigatoriamente se depara a quem chega.

Depois de o HS#01 ter sido dedicado em exclusivo à mangá, os nºs 2 e 4 terem tratado do balanço (bilan) editorial francês de 2008 e 2009, respectivamente, e o #3 traçar exaustiva biobibliografia de Van Hamme (haja Zeus, um argumentista a merecer um número especial, só mesmo em França), saíu em Dezembro 2010 o dBD HS#5 consagrado a Hermann (1938, Bélgica), "Le stakhanoviste du dessin", como lhe chamam os editores bem visivelmente na capa.
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Hermann - que ainda o ano passado esteve em Portugal no Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja - está indissoluvelmente ligado aos amantes de BD mais persistentes, que têm bem presentes as imagens vibrantes de várias séries, designadamente Bernard Prince (1966), Comanche (1969) - ambas sob argumento de Greg -, Jeremiah (o seu primeiro solo), Bois-Maury (inicialmente "Les Tours de Bois-Maury"), Nic (1980) - este sob argumento de Morphée, pseudónimo do seu cunhado Philippe Vandooren, Liens de Sang, Manhattan Beach, Zhong Guo, The Girl from Ipanema, Sur les traces de Dracula (várias destas obras já editadas em Portugal pela Vitamina BD).
De novo em obras de sua completa autoria surgem Sarajevo-Tango, Afrika e On a tué Wild Bill. Voltando a trabalhar com um argumentista, desta vez com Jean Van Hamme, desenhou Lune de Guerre (2000), obra editada entre nós pela editora BaleiAzul.
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Um trajecto profícuo, com muito talento espalhado por décadas de produção, tudo isso ressalta da longa entrevista nesta publicação cuja existência só é possível num tão vasto mercado como o francófono, onde decerto haverá suficientes leitores interessados neste tipo tão específico de projecto editorial, dedicado a temas especializados (Mangá, Balanços de produções anuais e Monografias), assuntos competentemente tratados, a que só falta, no caso das monografias, a respectiva biobibliografia do autor, organizada cronologicamente.
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Os visitantes deste blogue interessados em ver postagens anteriores relacionadas com este tema terão possibilidade de o fazer, bastando-lhes clicar no item "Etiquetas: Revistas BD", visível no rodapé

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Concurso de BD em França sem limite máximo de idade




Tenho feito aqui divulgação de concursos de banda desenhada, mas, quase na totalidade, realizados em Portugal.
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Desta vez, porém, trata-se de um concurso de BD organizado na cidade francesa de Perpignan, pelo Movimento contra o Racismo e para a Amizade entre os Povos - MRAP66, uma entidade altruísta, que resolveu utilizar a banda desenhada em prol das suas meritórias finalidades (tal como em Lisboa fez, há uns anos, a Associação S.O.S. Racismo, na qual participei como membro do júri).
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Tomei conhecimento da iniciativa por email recebido de elemento do MRAP66, que não conheço pessoalmente, de nome Lorène Charpentier, que me escreve em português, visto ter estado em Portugal como assistente de francês numa Escola Secundária do Porto.
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Este 1º Concurso de Banda Desenhada do MRAP66 apresenta-se bastante apelativo, por vários motivos.
Eis uma síntese do regulamento:
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1. TEMA "ESTEREÓTIPOS E PRECONCEITOS" ("Stéréotypes et Préjugés")
--- Estamos a falar de estereótipos e preconceitos que se formam acerca de determinadas raças, que se podem classificar de racismo e/ou xenofobia
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2. IDADE DOS CONCORRENTES:
---Mínima: 12 anos
---Máxima: sem limites (aí está, mais uma vez, uma hipótese para aqueles que, já menos jovens, continuam a desejar participar num desafio deste género).
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3. CONDIÇÕES PARA AS BANDAS DESENHADAS
---- a) número máximo de pranchas: 2
---- b) único formato admitido: A4 (29,7x21cm)
---- c) podem ser a preto e branco ou a cores
----d) Os concorrentes estrangeiros podem escrever as legendas em francês ou na sua própria língua. Os organizadores responsabilizar-se-ão pela tradução.
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4. BOLETIM DE INSCRIÇÃO
Cada concorrente (ou grupo de concorrentes) terá de preencher um boletim de inscrição, o qual pode ser preenchido no site do MRAP66, no seguinte endereço:
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5. PRÉMIOS:
Os mais importantes, na minha opinião, têm a ver com as seguintes alíneas:
a) O colectivo MRAP66 editará um álbum com todas as obras que receber;
b) Organizará uma exposição com as bandas desenhadas que forem classificadas até ao 12º lugar (Esta expo será itinerante, visto que irá circular nos liceus e bibliotecas da região Languedoc Roussillon).
Há ainda:
c) 1 Palette Graphique (Paleta Gráfica? aceito traduções técnicas) "Mesa digitalizadora" (informação de Ana Maria Baptista, a quem agradeço a atenção)
d) Logiciel de retouche ("Software de retoque de imagens" - tradução da Lorène Charpentier)
e) Assinatura de um magazine francês de BD (talvez à escolha do premiado, digo eu).
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A entrega dos prémios será efectuada pelo autor de BD argelino Slim, que apresentará o álbum e fará uma palestra sobre banda desenhada
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6. DIREITOS DE UTILIZAÇÃO E REPRODUÇÃO
A participação no concurso supõe a aceitação da reprodução, impressão e difusão, total ou parcial, da(s) banda(s) desenhada(s) participante(s) e/ou do dossier curricular pelo MRAP66, assim como a sua utilização nas actividades da campanha divulgadora.
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7. DATA LIMITE PARA ENTREGA DAS BANDAS DESENHADAS
--- 7 Março 2011
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8. CONTACTOS PARA ESCLARECER DÚVIDAS
Quaisquer dúvidas poderão ser esclarecidas no sítio
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ou através dos endereços
samia.mrap66@gmail.com
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Quem tiver curiosidade em ver as características e pormenores dos concursos aqui divulgados anteriormente poderá fazê-lo clicando no item "Concursos de Banda Desenhada" visível no rodapé

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Revistas BD (VI) - Estrangeiras: L'Immanquable






Panorama actual das revistas francesas de banda desenhada (I) - L'Immanquable, la BD en avant-première.
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Apesar de, em França, haver em publicação vários magazines dedicados à BD, tal não impede que, no amplo mercado daquele país haja lugar para mais um, o L'Immanquable (que se poderá traduzir, livremente, por "o infalível"), de que acaba de sair o nº1.
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Este magazine tem a finalidade - bem sinalizada no subtítulo - de ser uma espécie de mostruário de ante-estreias de obras de BD, o que dá a possibilidade de os seus leitores poderem avaliar antecipadamente o que está previsto para ser editado em álbum.

Curiosamente, a ideia-base é muito semelhante à que foi desenvolvida na revista portuguesa Selecções BD, tanto na 1ª série (Maio de 88 a Dez. 91) como na 2ª (1999). E, sei-o bem - uma das colaborações que tive nessa revista foi responder às cartas dos leitores, sob o pseudónimo "Bedéfilo" -, a reacção de muitos deles (seria uma minoria, ou seria um grupo representativo da opinião da maioria?) era negativa relativamente ao projecto. A opinião mais repetida era a de que a revista se tornaria desnecessária, visto a sua própria editora (Meribérica) ir seguidamente lançar essas mesmas histórias em álbuns.
Qual será agora a reacção dos leitores franceses a idêntico projecto? Na realidade, apesar de o mercado francês ser vasto, há um razoável leque de publicações de BD. E, como a experiência nos diz, ao entusiasmo inicial por uma novidade, segue-se, mais tarde ou mais cedo, o desinteresse - ainda não foi há muito que em França se deu o desaparecimento de três revistas, uma após outra: Vécu (totalmente dedicada a bandas desenhadas de cariz histórico), A Suivre (a mais importante e de mais longa existência), e BoDoï (a sua descendente).
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L' Immanquable
Periodicidade: Nº1 em 1 Jan.11; Nº 2 a sair em 20 Fevereiro (portanto, parece irregular)
Formato: 22x28,7cm
146 páginas (a p/b e cores)

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Vejamos, em breves sínteses, o conteúdo deste número inicial (as imagens das pranchas, no topo do poste, estão também pela mesma ordem):

1. Philippe et Francis - tome 2 - Le Piège machiavélique
Mesmo quem ainda não tenha travado conhecimento com o volume inicial apercebe-se de imediato - as figuras da dupla, apesar de caricaturadas, são identificáveis à primeira vista - de que se trata de paródia às personagens Blake et Mortimer, aliás, Philipe Mortimer e Francis Blake (ver 2ª imagem no topo), chamando-se os autores "parodiantes" Barral (desenhador) e Veys (argumentista), ambos claramente conhecedores da obra de Edgar Pierre Jacobs e do seu estilo.
A comicidade das figuras criadas por Barral terá sido motivo opcional para a sua utilização na capa do magazine, neste seu número de arranque.
Álbum com 46 páginas
Total de páginas publicadas neste nº: 14
Editora Dargaud, saída do álbum prevista para Abril 2011

2. Pavillon Noir (tomo 1 de 3)
Autores: Bingono (desenho), Corbeyran (argumento).
O retorno de um tema que já teve momentos brilhantes na BD, e de que ressalta a obra seminal Hernan el corsario, criada por José Luís Salinas, que mais tarde desenharia Cisco Kid, ícone da banda desenhada tipo western.
Álbum com 46 páginas
Total de páginas publicadas neste nº: 16
Editora Soleil. Saída do álbum: Março 2011

3. Les Boucliers de Mars - tomo 1: Casus belli.
Autores: Christian Gine (desenho), Gilles Chaillet (argumento), Antoine Quaresma (colorista).
Sim, para quem se lembrar do nome Gilles Chaillet, decerto terá a noção de o ter conhecido na qualidade de desenhador... E tem razão. De facto, apesar de habitualmente ser o autor dos desenhos, teve repentinamente a ideia para este argumento, e para a desenhar lembrou-se do amigo Gine, que antes fizera Capitaine Sabre.
Álbum com 56 páginas
Total de páginas publicadas neste nº: 16
Editora Glénat. Saída prevista para 9 Março 2011

4.Magasin Sexuel
Autor: Turf (desenhador, argumentista, colorista, talvez também legendador)
O arranque da peça promete: numa pacata aldeia, alguém rouba a letra i do letreiro de uma loja, o que irrita sobremaneira o sr. Nobel, dono do "Le Bar du Coin", transformado em bar do "con", palavrão pouco abonatório das virtudes da esposa. O estilo do desenho encaixa-se bem no tipo de argumento.
Álbum com 64 páginas
Total de páginas publicadas neste nº: 16
Editora Delcourt - saída prevista para 2 Março 2011

5.Un Sac de Billes
Autores: Kris e Vincent Bailly
Um episódio passado na 2ª Guerra Mundial, com cenas de "bullying"na escola, baseadas no anti-semitismo a crescer entre os adolescentes, em imagens de muita sensibilidade, talvez desenhadas pelo duo, visto que não indicam quais as especialidades de cada.
Álbum com 62 páginas
Total de páginas publicadas neste nº: 17
Editora Futuropolis - saída prevista para 7 abril 2011
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6.La Légende d'Horacio d'Alba
Autores: Nicolas Siner (desenho e colorização), Jérôme le Gris (argumento)
A Renascença italiana serve de pano de fundo ao combate intenso que se trava entre duas Academias de duelistas.
Jérôme le Gris é oriundo do meio cinematográfico. Na entrevista que lhe é feita, ele afirma que, através desta experiência na banda desenhada, descobriu um meio de expressão riquíssimo, na fronteira entre a literatura e o cinema.
Álbum com 54 páginas
Total de páginas publicadas neste nº: 17
Editora não indicada - saída prevista para 31 Março 2011

7.Les Innocentes Coupables - tomo 1: La Fuite
Autores: Anlor (desenho), Laurent Galandon (argumento)
O enredo tem por protagonistas quatro jovens delinquentes, o seu início dá-se sob um ambiente tenso e violento criado pelos encarregados da instituição (reformatório?), que se revelam depravados e tendencialmente abusadores dos jovens.
Álbum com 48 páginas
Total de páginas publicadas neste nº: 21.
Editora: Bamboo/Grand Angle - saída prevista para Março 2011
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Nota: Todos os episódios terão seguimento no nº 2 do magazine L'Immanquable
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Imagens a ilustrar o poste (de cima para baixo):
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1. Capa
2. Prancha 1 de "Philippe et Francis"
3. Prancha 1 de "Pavillon Noir"
4. Prancha 15 de "Les Boucliers de Mars"
5. prancha 6 de "Magasin Sexuel"
6. Prancha 1 de "Un sac de billes"
7. Prancha 10 de "La Legende D'Horacio d'Alba"
8. Prancha 9 de "Les Innocents Coupables"
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Para ver as postagens anteriores deste tema basta clicar no item "Revistas BD" que se vê no rodapé

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Tertúlia BD de Lisboa - 319º Encontro

O único local de encontro mensal para os amantes da banda desenhada é a Tertúlia BD de Lisboa. E mais uma vez se realizará, no local de sempre, que é o Parque Mayer.
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Mas...
Hoje não haverá Convidado Especial!
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Ora o motivo principal da existência da Associação Informal Tertúlia BD de Lisboa é, exactamente, o momento de tertúlia que decorre da auto-apresentação de um autor de banda desenhada, e a eventual participação dos "tertulianos" a colocarem-lhe questões enquanto autor de BD.
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Esta situação, que raras vezes tem acontecido, deve-se ao facto de, imprevistamente, ter decidido ir ao Festival de Angoulême, como se pode verificar pelas dois postes antecedentes.
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E como não tinha a certeza absoluta de estar cá hoje a tempo de participar na tertúlia, não solicitei a nenhum autor de BD para ser o Convidado Especial, pois não faria sentido convidar alguém e depois eu não estar presente.
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À cautela, pedi aos meus colaboradores habituais - Carlos Moreno, autor de BD, e Simões dos Santos, coleccionador - para serem eles a realizarem o sorteio interactivo de banda desenhada.
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Vai ser desta vez que jantarei lá, como fazem todos e eu nunca posso fazer (quem já alguma vez participou na TBDL sabe bem porquê).
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Pelo motivo de não haver C.E., também não haverá "Comic Jam", visto que esse improviso gráfico, composto por seis vinhetas (logo, feitas por seis autores) começa sempre pelo Convidado Especial da tertúlia, daí que o título seja "O dia em que [---] foi..." (como poderão ver, ou rever, conforme os casos, os visitantes que clicarem na categoria, ou etiqueta, "Comic Jam", incluída na coluna "Categorias" no lado esquerdo da "home page").
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Lista de participantes (informação "a posteriori")
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1. Adelina Menaia; 2. Álvaro; 3. Ana Saúde; 4. Geraldes Lino; 5. Helder Jotta; 6. Isabel Viçoso; 7. João Figueiredo;
8. João Paulo Sá-Chaves; 9. José Abrantes;
10. José Tiago de Oliveira; 11. Machado-Dias;
12. Manuel Valente; 13. Miguel Ferreira; 14. Milhano;
15. Moreno; 16. Paulo Marques; 17. Pedro Bouça;
18. Rui Domingues; 19. Simões dos Santos;
20. Teresa Cardia; 21. Vasco Câmara Pestana
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Os interessados em verem notícias dos encontros anteriores desta tertúlia, quem lá tem estado anteriormente como Convidado Especial e/ou Homenageado, e imagens das respectivas bandas desenhadas, podem fazê-lo clicando no item "Etiqueta - Tertúlia BD de Lisboa" que se vê em rodapé