quinta-feira, março 30, 2006

Tertúlia BD de Lisboa - 256º Encontro - 4 de Abril

Convidado Especial:
Artur Félix da Cruz
(Não há Homenageado).

Os tertulianos e bloguistas que quiserem saber alguma coisa acerca deste desenhador, podem ver o "post" anterior, onde ficam elementos sobre a sua obra mais importante, a adaptação à Banda Desenhada da Ópera "O Achamento do Brasil".

Onde decorre a tertúlia? No local do costume (já houve quem à minha revelia, dissesse o nome do local, incluindo o restaurante).

Como é óbvio, e visto que sou eu o organizador da Tertúlia BD de Lisboa, apenas lá vão as pessoas por mim convidadas.

Quem me quiser contactar (não gosto de pôr aqui o número de tlf ou tlm, nem email, espero que isto seja compreendido de boa mente), terá de escrever para:

Apartado 50273
1707-001 Lisboa.

Se o fizer em correio azul, na 2ª feira receberei a carta, e responderei para o telefone que me indicarem.

Ópera na Banda Desenhada (I) - O Achamento do Brasil

Capa do álbum "O Achamento do Brasil Uma Ópera em Banda Desenhada"

De um romance de José Saramago já se fez uma ópera portuguesa, a Blimunda. Agora de uma ópera fazer-se uma banda desenhada, que eu tenha conhecimento, em Portugal é a primeira vez que acontece.

O resultado dessa iniciativa original é um álbum formato A4, com capa brochada e trinta e duas páginas. A ópera ocupa vinte e uma pranchas de banda desenhada a cores.
À maneira de prólogo, há duas páginas com a apresentação das personagens e respectivo contexto histórico, quatro com o desenho dos instrumentos musicais presentes na partitura, uma com dois índices, mais uma com alista das árias e recitativos, e ainda outra com as demonstrações tímbricas dos instrumentos musicais presentes na obra.
Todos esses itens estão incluídos num CD que acompanha o álbum.

Trata-se, sem sombra de dúvida, de uma peça invulgar, além de pouco visível no mercado.

O autor gráfico da Banda Desenhada é Artur Félix da Cruz. O guião, escrito por Artur Cruz e Paulo Esteireiro, baseia-se no libreto de Risoleta Pinto Pedro.

Quanto à música, composta por Jorge Salgueiro, tem pedaços da partitura reproduzida ao longo das páginas. Para quem a souber ler, e souber tocar piano, tem ao seu dispor, por exemplo, o "Coro dos Marinheiros", "O Sono do Capitão" e "A Dança dos Índios"

Quem quiser ouvir toda a ópera, tem para isso um CD, anexo à parte interior da contracapa, através de uma simples rodela de feltro.

Para se ter uma ideia do trabalho de Artur Félix da Cruz, há que observar uma prancha. Daí a reprodução de uma página, onde se assiste à Abertura da Ópera.
Claro que, estilisticamente, tem de se ter atenção que a adaptação da obra lírica à banda desenhada privilegia, acima de tudo, evidentes intenções didácticas e pedagógicas.

quarta-feira, março 29, 2006

Jornais com Banda Desenhada (VII) - Mundo Universitário - 27 Março - Uma bd de Pedro Manaças


No miolo bem colorido do jornal gratuito Mundo Universitário destaca-se a página em que, todas as semanas, é reproduzida uma banda desenhada.

Desta vez o episódio em imagens sequenciais intitula-se "Net". Por acaso o autor, Pedro Manaças, não o escreveu na prancha, mas afirma que o título é esse (só por lapso não aparece escrito), porque a cena tem por protagonistas dois jovens que finalmente se encontram após troca de mensagens num "chat" internético, resultando desse encontro uma evidente desilusão, aparentemente por incapacidade comunicativa.

Para além desta BD que, decerto, chamará a atenção de muita gente, não só dos que são bedéfilos, é inquestionável que o jornal Mundo Universitário tem variados motivos de interesse, suficientes para justificar que os alunos (e professores, por que não?) vão até aos expositores-distribuidores metálicos, de cor azul escura, a fim de retirarem um exemplar.
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Pedro Manaças (Pedro Miguel Silva Manaças)nasceu em Lisboa em 30 de Maio de 1973.
Completou o 11º ano, e continua a estudar para fazer o 12º.
Tem variada colaboração na Banda Desenhada:
BD no suplemento DN Jovem e no jornal Almada Juventude, em fins dos anos 90. Tiras de bd para o jornal A Bola.
Premiado com Menção Honrosa no Concurso de BD de Matosinhos, e autor da Melhor Tira de BD nas edições de 2002, 2003 e 2004 no Festival Internacional de Moura, onde participou nas exposições colectivas desses anos.
Também tem feito cartunes, alguns foram publicados no suplemento jornalístico "BronKit". Nesta especialidade obteve o Prémio de Humor no Salão Livre, em 1996 e 1999.
Foi Convidado Especial da Tertúlia BD de Lisboa, em Abril de 1999.

segunda-feira, março 27, 2006

Teatro na Banda Desenhada (II) - Hamlet - Romeu e Julieta - A Tempestade - Gianni De Luca (desenho), Shakespeare (dramaturgia)

Capa do álbum publicado pelas Edições Celbrasil -Companhia Brasileira do Livro - Lisboa, datado de Outubro de 1977

Celebra-se hoje o Dia Mundial do Teatro, criado em 1961 pelo Instituto Internacional de Teatro.

E porque a Banda Desenhada tem fortes afinidades com as artes que dependem da imagem e da palavra, há obras em que as suas linguagens artísticas se fundem.

É o que acontece com a obra intitulada Shakespeare - Banda Desenhada - Hamlet. Romeu e Julieta. A Tempestade, uma adaptação realizada pelo notável artista italiano Gianni De Luca.

Reprodução da prancha inicial da banda desenhada que "põe em cena" a peça Hamlet

Reprodução parcial da 1ª prancha (trata-se de prancha dupla, a ocupar duas páginas) da banda desenhada baseada na peça Romeu e Julieta

Repare-se na interessante e nada habitual linguagem gráfica adoptada por Gianni De Luca para criar a ilusão de movimento, desenhando as personagens em imagens consecutivas situadas em plano descendente semi-circular, convenção visual que se observa nesta vinheta pertencente à peça "Romeu e Julieta", e em plano descendente oblíquo, na de baixo.

1ª prancha da banda desenhada baseada na peça A Tempestade
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GIANNI DE LUCA

Síntese biográfica

Gianni De Luca (1927-1991)
Artista italiano nascido em Gagliato, na província de Catanzaro, Janeiro de 1927.

Estudou Arquitectura em Roma, mas cedo se dedicou à Banda Desenhada, em trabalho executado para o semanário católico Il Vttorioso.

Entre as primeiras obras, realizadas em 1947- 48 (nos seus verdes anos ainda) que mereçam destaque, conta-se "Il Mago da Vinci", onde foca aspectos da vida de Leonardo da Vinci.

Em 1971 foi galardoado com o prémio Yellow Kid, no Salone Internazionale dei Comics, del Cinema d'Animazione e dell'Illustrazione (Lucca, Itália).

Quem leu a popular revista Cavaleiro Andante (publicada entre 1952 e 1962) lembrar-se-á talvez de algumas bandas desenhadas sob a sua assinatura: "David Pastor da Judeia", "A Esfinge Negra" e "O Império do Sol". 
Nos Álbuns do Cavaleiro Andante e nos Números Especiais do Cavaleiro Andante (publicações complementares) houve ainda outras obras suas, de que se destaca "O Colar Etrusco".

O eclectismo do artista permitiu-lhe tratar, com elevado nível de criatividade, vários temas, entre os quais o policial, como é exemplo "O Caso da Rua 14", publicado no Álbum do Cavaleiro Andante nº 84 (Maio de 1961) e reproduzido de novo no livro "Cavaleiro Andante", da autoria de Leonardo De Sá e António Dia de Deus, sob chancela conjunta de Edições Época de Ouro e Editorial Notícias.
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Os visitantes que estiverem interessados em ver o "post" anterior, poderão fazê-lo clicando no item Teatro na Banda Desenhada visível no rodapé 

sábado, março 25, 2006

Autógrafos desenhados (IV) - Moebius

 
Desenho original realizado por Moebius, de improviso (e rapidamente...) no Salone dei Comics, em Lucca (Itália) - Outubro de 1980

Este desenho, autografado por Moebius, é uma das peças pertencentes à excelente "colheita 1980" que fiz em Lucca (Itália), no respectivo Salão Internacional de Banda Desenhada - em rigor, no Salone Internazionale dei Comics, del Cinema d'Animazione e dell'Illustrazione - no curto período entre 26 de Outubro e 2 de Novembro do citado ano.

Para além do momento em que me fez o desenho que ilustra o presente "post", voltei a encontrar Moebius várias vezes durante o fim de semana, pois todos nós, estrangeiros, quer simples bedéfilos, ou jornalistas, ou autores, acabávamos por cirandar pelos mesmos sítios, numa área relativamente pequena.

E numa dessas vezes perguntei-lhe, em tom de brincadeira:
- Olá, Moebius. Viu por aí o Jean Giraud? Gostaria que ele me desenhasse o Blueberry...

Claro que a respectiva resposta foi um sorriso.

Voltámos a encontrar-nos, em 1982, no 1º Festival de Banda Desenhada de Lisboa, organizado pelo Clube Português de Banda Desenhada (do qual eu pertencia à direcção), com o apoio da Livraria Bertrand/Vasco Granja e pela Embaixada de França.

Tanto dessa vez, como anos depois no Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, como em edições posteriores do Festival International de Bande Dessinée em Angoulême, Jean (Moebius) Giraud teve sempre para mim uma amável saudação.

(Nota "a posteriori" - Deixámos de nos encontrar, definitivamente, em 2012)
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MOEBIUS


Síntese biográfica

Moebius, ou Gir, ou Jean Giraud (Jean Henri Gaston Giraud) - um só autor/artista repartido por três personalidades - nasceu em Nogent-sur-Marne (França), a 8 de Maio de 1938, faleceu em Paris a 10 de Março de 2012 (aditamento a posteriori).

Nos anos de 1956 e 57 ele publica as suas primeiras bandas desenhadas em várias revistas, entre as quais Âmes Vaillantes e Coeurs Vaillants. Em 1961 torna-se assistente de Jijé (Joseph Gillain), e participa no desenho da bd La Route de Coronado, um episódio da série Jerry Spring, publicada na revista Spirou.

A partir de 1968, sob argumento de Jean-Michel Charlier, Giraud desenha Fort Navajo, primeiro episódio da série Blueberry - onde ainda se nota claramente a influência do seu mestre
Jijé.

Exactamente por essa altura, durante um ano, Giraud executa bedês curtas para outra revista, de cariz alternativo, a Hara-Kiri, sob o pseudónimo de Moebius.

Em 1973, com a obra La Déviation, assinada por Gir (o outro dos seus "alter-ego") -, ele volta a desenhar num estilo menos convencional, em contraponto ao que caracteriza a série Blueberry, ao jeito de "western" tradicional.

Em 1974 realiza Cauchemar Blanc para a revista L'Echo des Savanes, e L'Homme est-il bon?, para a mítica Pilote.

Logo a seguir, em 1975, fazendo equipa com Jean-Pierre Dionnet, Philippe Druillet e Bernard Farkas, funda a editora Humanoïdes Associés, donde sairá a excelente revista Métal Hurlant. Além disso, Moebius, enquanto autor, será um dos pilares da novel publicação, para a qual cria Arzach, Le Garage Hermétique e The Long Tomorrow, todas estas obras nos finais da década de 1970.

Anos mais tarde (1988-89) assistir-se-á a nova proeza artística sua: sob argumento de Stan Lee, demonstra que pode fazer deslizar, ao estilo dos super-heróis de origem americana, um dos seus ícones conhecido por Silver Surfer.

Noutras obras, de elevado nível gráfico, designadamente Les Yeux du Chat e John Difool, teve como suporte literário um grande argumentista, Alejandro Jodorowsky.

Quanto à criação mais popular, que nunca abandonou no seu labor como Jean Giraud, a série Blueberry, ele tem-na mantido, embora recorrendo a outros desenhadores - Colin Wilson e William Vance -, agora com argumentos de sua autoria, em substituição do falecido Jean-Michel Charlier, o criador literário do herói Lieutenant Blueberry.
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Autógrafos desenhados anteriores:

(I) - Aragonés - 2005, Dez.26
(II) - Manara - 2006, Jan.12
(III) - Quino - Fev. 11

terça-feira, março 21, 2006

Camões na Banda Desenhada (I) - Os Lusíadas e o Canto IX


Prancha do Canto IX de "Os Lusíadas", na interpretação banda-desenhística de José Ruy

Confesso, pronto, confesso. Estou a iniciar esta rubrica porque hoje é o Dia Mundial da Poesia.

Eu sei, poesia lê-se quando se quer.

Mas um dia dedicado seja ao que for, não faz mal nenhum, desperta, pode despertar, insuspeitados, adormecidos, nunca antes pressentidos fluxos de interesse. Eu acho.

Um exemplo: Rui Faustino, pessoa que eu ainda ontem não sabia quem fosse, resolveu fazer, junto à estátua de Camões, uma instalação poética, composta por quatro poemas dele próprio em telas gigantes.

Isto como "protesto poético" pelo facto de, como ele disse, "Portugal não lê os poetas que tem, e as editoras publicam pouca poesia".

Bem, neste caso, eu acrescento que sempre considerei os poetas grandes fazedores de fanzines, na área dos "poezines", ou seja, são frequentemente editautores de pequenos fascículos com a sua própria poesia, a que chamam "edição de autor" (e os fanzines são issomesmo, em muitos casos).

Agora falando de Camões, Luís Vaz de Camões, ou melhor, de Os Lusíadas, ou mais propriamente, do Canto IX.

Este Canto, o nono, no tempo da "Outra Senhora", estava no Index das autoridades responsáveis pela educação dos jovens. Por esse motivo, o estudo desta obra maior da Literatura Portuguesa era truncada, poupando à imaginação da juventude da época descrições classificadas como obscenas e frases consideradas licenciosas, que poderiam perverter-lhe a moral, tipo "Oh que famintos beijos" (...) "Que Vénus com prazeres inflamava", e outras do género, como se pode ver ao ampliar-se a imagem da prancha extraída do 3º volume, e último, da edição de 1984 (ainda da Editorial Notícias), que engloba os Cantos VIII, IX e X de Os Lusíadas, na adaptação em banda desenhada, por José Ruy, que respeitou na íntegra o texto original. 


Capa do 3º álbum da obra Os Lusíadas - Adaptação em banda desenhada, por José Ruy

Voltando ao motivo que me induziu a iniciar esta nova rubrica Camões na Banda Desenhada. Criei-a, porque é um tema que "dá pano para mangas" na BD. Aliás, nesta entrada de hoje, não vou mostrar a figura de Camões como personagem de Banda Desenhada. Mas, claro, aproveito uma capa desenhada por José Ruy para Os Lusíadas, a fim de ilustrar o "post".

E agora vou largar o meu querido blogue, vou dar por findo este "post" dedicado a Camões, aos Lusíadas, e implicitamente, à Poesia neste caso na Banda Desenhada, e vou a correr até ao bar do Teatro A Barraca, porque hoje é terça-feira, dia (sempre às terças-feiras) em que Changuito diz (muito bem) poesia. E atenção: isso de às terças-feiras haver quem diga poesia - já aconteceu ser a Maria do Céu Guerra - e eu ir lá ouvir, acontece muitas vezes, não tem nada a ver com comemorações de quaisquer dias de poesia.

(Mas acabo como comecei: não faz mal a ninguém que haja esse dia).

segunda-feira, março 20, 2006

Jornais com Banda Desenhada - Mundo Universitário (VI) - 20 Mar. 06 - Uma bd de Joana Figueiredo

Um novo anti-super-herói criado em território lusitano por Joana Figueiredo, novel autora portuguesa

O semanário gratuito Mundo Universitário é, actualmente, a publicação periódica mais importante para a Banda Desenhada, ao nível de reprodução, paga, de bandas desenhadas originais de numerosos autores portugueses.

Não sei se a afirmação irá chocar alguém, mas faço-a consciente do ambiente actual: apenas o BD Jornal e a revista Kulto concorrem neste segmento, publicando obras pagas e com periodicidade. Não incluo algumas das revistas que têm sido referenciadas neste blogue porque, nesses casos (e mais algumas ainda não citadas) apenas incluem, cada uma delas, uma BD de colaborador fixo.

Agora que passou a semanal, maior será a lista de autores/artistas meus convidados a colaborarem. Mas se, entretanto, algum estudante universitário, leitor deste jornal, estiver interessado em mostrar-me produção própria, pode escrever-me para Apartado 50273 - 1707-001 Lisboa.

Esta semana, no nº 32 do Mundo Universitário, apresenta-se à leitura/visionamento uma bd de "Jucifer", aliás, Joana Figueiredo (a segunda autora a colaborar), traçada num grafismo irreverente, englobável na chamada corrente alternativa, cujo espírito se apreende de imediato no título "Super Barnacle Adventures", um anti-super-herói à medida do espírito irreverente e gozão da sua jovem e, aparentemente, plácida autora.
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Joana Lucas Figueiredo nasceu em Lisboa, a 24 de Fevereiro de 1982.
Tem bandas desenhadas publicadas em vários fanzines - alguns deles sendo ela editautora - de que ressaltam os títulos Amo-te,Osso da Pilinha, Na Verdade Tenho 60 Anos, Stereoscomics Special SPX (França), Cindy, Milk & Wodka (Suiça), Menina Jesusa, Chicken's Bloody Rice e Last Hurrah.
Participou na antologia internacional Mutate & Survive e nos três números da CanibalCriCA Ilustrada.
Tem ligações ao colectivo de artes plásticas Crime Creme e faz o blogue http://www.crime-creme.blogspot.com. Lamento que o citado seja apenas de Ilustração, que respeito muito, mas neste blogue, "Divulgando Banda Desenhada", dá-se prioridade a esta dama, porque é de BD que estamos a falar. Como o "crime-creme" foi iniciado este ano, espero que venha a abarcar também a BD, afinal de contas a área onde a Joana mais tem trabalhado até agora.
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P.S. não é isso,é "post scriptum :-) - Reparei, ao observar a banda desenhada da Jucifer (Joana Figueiredo) que, por lapso não sei de quem lá do jornal, aparece o nome, erroneamente, de Andreia Rechena na margem inferior direita. Coisas (menos boas) que às vezes acontecem.
Aqui fica o esclarecimento "a posteriori".

domingo, março 19, 2006

Jorge Colombo vem dos States de visita ao Portugalito. Ora Viva!

Página inicial do suplemento "Tablóide", editado entre 21 de Setembro de 1985 e 20 de Setembro de 1986 no jornal "Diário Popular"

Em 1985 estava eu em contacto com pessoas do jornal Diário Popular, e tinha-lhes posto a hipótese de um projecto relacionado com Banda Desenhada, que, de facto, viria a ser concretizado.

E que se baseava no seguinte: no formato tablóide daquele (entretanto extinto) jornal, eu iria coordenar um suplemento sabadal, que se intitularia Tablóide (por associação óbvia), onde entrevistaria, semanalmente, um autor da nova camada que surgia na altura: Jorge Colombo, Pedro Morais, Luís Louro, Luís Diferr, Renato Abreu, José Abrantes, António Jorge Gonçalves, Filipe Abranches, Pedro Nogueira, "Pitágoras" (Nuno Beirão, depois arquitecto, perdi-o de vista),Miguel Alves (actualmente cnhecido por Pedro Burgos na BD, e Pedro Cabrito, enquanto arquitecto), uma rapariga - a única - chamada Alexandra, aliás Maria Alexandra Soveral Rodrigues Dias (mais tarde professora na Universidade de Évora, esquecida da BD), e mais alguns que ficaram pelo caminho.

Voltando ao projecto: nessa mesma semana, no verso da página, iniciar-se-ia uma bd do autor entrevistado, bd essa que terminaria no sábado seguinte, com mais duas pranchas (modelo que não foi sempre seguido, tendo algumas bedês mais páginas do que as inicialmente previstas...).

Ora o primeiro autor que contactei foi Jorge Colombo, porque o considerava especialista em grafismos (e não só), para que fosse ele a desenhar o cabeçalho do suplemento, que se iria chamar "Tablóide", com uma única exigência da minha parte: que as letras "b" e "d" da palavra ficassem com destaque. O Jorge, por seu turno,impôs também uma condição: ser ele o autor da banda desenhada inicial. Claro que aceitei com muito gosto (mas mesmo muito gosto!) a imposição do jovem.

Devido à redução, não será fácil ler o texto da imagem reproduzida no início do presente "post", onde consta a entrevista que fiz ao Jorge Colombo, quiçá uma das primeiras que ele terá concedido para jornais, publicada a 21 de Setembro de 1985, acompanhada, no verso da folha, pela sua bd curta intitulada "O Relvado". Será que esta pequena colaboração consta do já extenso e valioso currículo do ilustre artista?

Reprodução de uma ilustração de Jorge Colombo, reproduzida na revista-suplemento "Pública" (com a devida vénia ao autor e à revista)

Claro que este "post" foi provocado pela leitura, na edição dominical do jornal "Público", na revista-suplemento "Pública", de um artigo em muito boa prosa, assinado por Alexandra Prado Coelho, acerca de Jorge Colombo. E como seria de esperar, o texto vinha complementado com uma ilustração bem ao seu estilo, aquela que se reproduz acima.

Fazendo o necessário flashback, devo dizer que conheço os irmãos Colombo, Jorge e Vasco, desde meados da década de 1980. O Jorge, que tem uns anitos a mais do que o Vasco, começara a tornar-se notado a fazer bandas desenhadas e a escrever sobre elas (fez crítica sobre BD na revista Tintin).

Com alguma influência, inteligentemente assimilada, de Loustal - o caderno com que sempre andava, cheio de desenhos tipo linha clara, com legendagem muito bonita e certinha, era disso exemplo -, e uma grande admiração pelo seu vizinho (na época) Victor Mesquita, Jorge Colombo tornou-se uma referência de qualidade e originalidade.

Aconteceu que uma vez foi aos EUA ter com a americana namorada, e por lá ficou. Só o voltei a ver, há alguns anos, na inauguração de uma exposição com desenhos seus na Bedeteca de Lisboa, intitulada Fullerton.

Hoje soube que o JC está (ou esteve) por cá. Espero que ele veja este blogue, como eu já tenho visto o "site" dele www.jorgecolombo.com, e muito tenho apreciado as numerosas ilustrações, muitas fotografias, e algumas bandas desenhadas (para as ver, clicar em "drawings" e seguidamente em "comix").

Dessas poucas bedês, destaco: "Below 14th Street", que teve tradução para português por João Paulo Cotrim (por que motivo terá sido necessário o JPC traduzir o texto original, em vez de ser o próprio JC a fazer a versão portuguesa?) e publicação no Diário Económico, além de duas outras publicadas no Pulse Magazine, One From the Heart e Peter Mintun.

Da entrevista que lhe fiz para o "Tablóide" respigo uma frase "não faço filmes, porque não há dinheiro, nem BD porque não vejo sítios onde a publicar", e a seguinte pergunta e respectiva resposta:

"G.L. - Um panorama sem dúvida pobre o da BD portuguesa. Haverá alguma coisa nela, hoje, que valha a pena destacar?"

"J.C. - As pastas onde o Pedro Morais ou o Pedro Cavalheiro guardam os seus originais são dos meus locais de leitura favoritos. Se eu tivesse uma data de contos para perder, editava-os."

Assim pensava em 1985 o Jorge Colombo, nascido em Lisboa em 1963, conforme consta do texto da entrevista com que se iniciava a primeira página do suplemento "Tablóide".

sexta-feira, março 17, 2006

Linguagem e Convenções Gráficas na BD - Picado e Contrapicado (I) - Autores: Phill Jimenez e Andy Lanning


O virtuosismo dos autores/artistas da Banda Desenhada manifesta-se nos vários pormenores estilísticos, nos enquadramentos, nas perspectivas, na expressividade dos rostos, na expressão corporal, na naturalidade da gesticulação.

No que se refere aos enquadramentos mais representativos do talento do artista incluem-se o picado (ou, na terminologia inicialmente utilizada, por influência do idioma francês, "plongée"), que, como se sabe, é o termo técnico usado para designar uma tomada de vistas de cima para baixo, e contrapicado (ou "contre-plongée"), que se aplica à cena observada de baixo para cima.

Sendo esses enquadramentos bastante frequentes, explorados esteticamente desde a BD Clássica, ocorreu-me mostrar, a pouco e pouco, algumas imagens representativas, desenhadas pelos mais diversos autores.

Ao rever um "comic-book" da DC (nº 181, Jul. 2002), dedicado à Wonder Woman, na série "Battle for the Lost World", deparou-se-me uma bem representativa vinheta (neste caso, vinheta-prancha, visto ocupar uma página inteira).

São seus autores Phil Jimenez (desenho a lápis), Andy Lanning (passagem a tinta/Arte Final).

quarta-feira, março 15, 2006

Jornais com Banda Desenhada (V) - Mundo Universitário - 13 Março 06 - Autor: Pedro Nogueira

Devido a problema informático não detectado atempadamente, esta banda desenhada ficou truncada, faltando-lhe as três vinhetas da tira vertical direita. Oportunamente voltará a ser reproduzida. (*)

O jornal Mundo Universitário - 40.000 exemplares distribuidos gratuitamente pelas Universidades e/ou Faculdades de todo o país - esteve um mês sem aparecer, a fim de ser reestruturado. E porquê?

Porque os seus editores resolveram mudar-lhe a periodicidade: em vez de quinzenal, passou agora a semanal a partir de 13 de Março, 2ª feira.

E passará a ser nesse dia da semana, à 2ª feira, que o Mundo Universitário estará disponível, nos já conhecidos expositores metálicos de cor azul escura, em locais acessíveis a todos os estudantes, mas igualmente a todos os bedéfilos interessados que se dêem ao trabalho de revisitar a sua antiga Faculdade.

No presente número 31, em espaço coordenado por este mesmo bloguista, surge (truncada), a banda desenhada O Princípio, o Meio e o Fim, da autoria de Pedro Nogueira.
Como já está indicado em legenda sob a prancha de BD, ela será de novo reproduzida em data posterior.

(*) Foi reproduzida correctamente na edição do jornal Mundo Universitário nº 38, de 22 de Maio de 2006.
Ver post de 2006, Maio 24

segunda-feira, março 13, 2006

Revistas com Banda Desenhada (IV) - "Kulto" - Autores: Ana Freitas e Nuno Duarte

Prancha nº 23 da mangá realizada por Ana Freitas (desenho) e Nuno Duarte (argumento) para a revista semanal "Kulto"

O jornal diário "Público", aos Domingos, distribui, juntamente com a revista "Pública", como encarte, uma outra mais pequena intitulada "Kulto" que, desde o início, tem publicado Banda Desenhada (Aleluia!).

Enquanto autores dessa componente banda-desenhística constam os nomes de Ana Freitas (no desenho), e Nuno Duarte (no argumento).

Desde Junho do ano passado que esta excelente dupla se tem mantido em permanente actividade: a bd inicial intitulou-se Undercover 2: Merc Wars, estando actualmente em publicação uma mangá (bd japonesa, como já quase toda a gente sabe), a cores, ao ritmo de uma prancha semanal no conceito de "continua no próximo número", sob o inusitado título Meia Noite e Três.

A extensa e bem conseguida mangá atingiu o 23º episódio no nº 41 da "Kulto", editada no passado Domingo, 12 de Março.

Parabéns aos autores, Ana Freitas e Nuno Duarte.
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Ana Freitas, de seu nome completo Ana Isabel Mota de Freitas, nasceu em Lisboa em Fevereiro de 1971.
Não estudou Desenho, mas sim Sociologia, embora não tenha completado o curso.
Começou por fazer banda desenhada num fanzine, o "BDzona".
Actualmente tem estado a fazer bandas desenhadas, a cores, desde Junho de 2005, sempre sob argumentos de Nuno Duarte, para a revista "Kulto" (encarte da revista-suplemento "Pública", editada dominicalmente com o jornal "Público"). A bd mais recente, intitulada Meia Noite e Três insere-se no estilo "mangá", que a artista realiza com notável mestria.
Ana Freitas foi "Convidada Especial" da [associação informal] Tertúlia BD de Lisboa, em Março de 1997.
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Nuno Duarte é o nome literário de Nuno Miguel Nunes Duarte.
Nascido em Lisboa (Janeiro de 1975), é um dos raros casos de dedicação ao argumentismo.
Começou por participar, com textos e argumentos para vários desenhadores (Nuno Matos, Bruno, Potier, entre outros) nos fanzines "Shock", "Luso Comix", "Vega" e, mais tarde, colaborou com "Killer Season Fanzaine".
O seu nome tem aparecido também em publicações profissionais nessa faceta de argumentista: "Selecções BD" (Abril 2000) com a história Génese; e na "Hallucination Studios Anthology Collection", revista canadiana, para a qual escreveu o texto de Jazz, em Julho 2000.
Colaborou no jornal "Correio da Manhã", na secção "Os Patinhos", publicada aos Domingos.
Foi argumentista da série As Aventuras do Pantufa.
Para o livro "Mutate and Survive" escreveu o argumento de Mande-me um fax.
Fez argumentos também para os "Fantasia Estúdios" e "Grupo Aparte".
Escreveu textos de crítica e divulgação na revista "Selecções BD", e na edição "online" da secção de Banda Desenhada do jornal "Público".
Foi o organizador da Exposição "60 Anos da BD norte-americana" para a Biblioteca Municipal de Almeirim.
Tem artigos de opinião publicados na revista britânica "Comics International".
É o autor, desde 2005, de argumentos para Ana Freitas, cujos resultados em BD tiveram os títulos Undercover 2: Merc Wars e Meia Noite e Três.
Nuno Duarte teve já um destaque público na Tertúlia BD de Lisboa, onde foi o "Convidado Especial" em Maio de 2002.

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Deste mesmo tema há textos em datas anteriores: 18 Fev., 25 Fev., 3 Março

sexta-feira, março 10, 2006

Língua portuguesa em mau estado (VIII) - Príncipe Valente - "se não poderem" (?)

"Se não poderem" (?)

Erro gramatical na terceira linha da 3ª vinheta da prancha 357 (Volume referente aos anos 1943-44).
 

Devia estar "se não puderem", em vez de "se não poderem"

Aqui fica uma frase - exemplo da diferença entre poderem e puderem:

O Manuel Caldas e o José Vilela vão editar o "Príncipe Valente" até poderem aguentar o investimento. 
Se puderem ir até ao último fascículo sem terem prejuízo, será caso para festejarmos. 
Oxalá o consigam!

Reprodução da prancha 357 do volume da obra Príncipe Valente - Nos Tempos do Rei Arthur, onde se inclui, na primeira tira, a vinheta sob análise

Do excelente trabalho editorial e técnico realizado por Manuel Caldas, só há razões para elogios.

Mas, claro, não é por admirar a coragem e persistência, além da perfeição técnica no trabalho que ele está a levar a cabo, que evitarei chamar a atenção para erros ortográficos que considere relevantes.

Isto por considerar que o elevado nível visual apresentado nesta edição implica igualmente uma atenta e competente revisão ortográfica.

Aliás, apenas neste mês, um ano após a saída, em Março de 2005, do álbum sob análise, relativo ao período 1943-44, primeiro a ser impresso - embora, cronologicamente, não represente o início da saga Fosteriana - me decidi a esta, ingrata e nem sempre recebida pacificamente, tarefa de chamar a atenção para alguns dos erros ortográficos, e até falhas menos importantes, que, nem uns nem outras, deveriam ter ficado a manchar o brilho global da obra.

Amigo Manuel Caldas, "sans rancune".

Para além daquele mais grave com que inicio o "post", faço o registo de outros dois erros.

Na ficha técnica, logo no início do volume, está escrito:
"contra-capa", quando o correcto é contracapa

Também me merece um reparo, mas por diferente motivo, o facto de o editor escrever, na rubrica "anotações, comentários,observações e registos vários" (que aparece na última folha do volume), referindo-se à 346ª prancha, o seguinte: "Recorrendo a caracteres góticos, Foster inaugura o novo cabeçalho, o definitivo, aquele que vem de imediato à mente dos seus leitores/visionadores quando se pronuncia o nome da série (...)"

Dito isto assim, depreende-se que ele próprio o prefere, esteticamente falando.
Então por que razão não adoptou esse grafismo para a capa?

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"Post" remissivo
 
Deste mesmo tema há 7 "posts" afixados anteriormente, nas seguintes datas:

2005 - Out. 27 - "vê-mo-nos"; Nov.12 - "pareçe"; "esqueçendo"; Nov. 28 - "gingeira";Dez.11 - "Benvindos"; 2006, Jan.7 - "Inflacção"; Jan. 16 - "Uma" fanzine; Fev. 22 - "Univos"

quarta-feira, março 08, 2006

Críticas e Notíias sobre BD na Imprensa (XI) - "Banda Desenhada" no Jornal de Notícias


Atenção: para ampliar devidamente este recorte e permitir a leitura, são necessárias duas acções: 1ª - Clicar em cima, como é habitual; 2ª - Mantendo o cursor em cima desta primeira ampliação, esperar que apareça, no canto inferior direito, um ícone (quadrado, de cor alaranjada, com quatro setas azuis, uma em cada ângulo do quadrado) e clicar-lhe em cima.

Uma coluna de crítica sempre actualizada, que tanto se debruça sobre edições nacionais como brasileiras, espanholas e francesas. Vale a pena acompanhá-la, semanalmente, aos Domingos.

Tem por título "Aos Quadradinhos", a rubrica coordenada e escrita por Pedro Cleto (*) publica-se no Jornal de Notícias desde 11 de Fevereiro de 1998. A única coisa a lamentar é o exíguo espaço que aquele jornal nortenho lhe disponibiliza actualmente, apenas 1300 caracteres, quando no início eram mais generosos admitindo textos com 2400 caracteres.

O dia de saída também tem variado: foi à 3ª feira desde o início até 25 de Fevereiro de 2003, com algumas saídas à 4ª feira; depois passou para o sábado, até que estabilizou na publicação dominical.

Um excelente trabalho de crítica e, simultaneamente, de divulgação bedística, a que vem realizando aquele especialista no dito jornal há já oito anos.

Uma curiosidade: já sairam 336 colunas com a rubrica "Aos Quadradinhos"! Além de que, ocasionalmente - portanto de forma esporádica - quando há alguma efeméride ou evento especialmente importante, o JN disponibiliza espaço maior, num qualquer dia da semana, para que o crítico de BD possa fazer a respectiva divulgação.

(*) Pedro Filipe Cleto e Pina da Silva nasceu no Porto a 23 de Julho de 1964, e tem um bacharelato em Engenharia Química.

No seu currículo, entre muitas outras actividades em prol da BD, consta a co-organização do (extinto) Salão Internacional de Banda Desenhada do Porto, tendo também sido membro do Projecto Comicarte, e colaborador do JN para a área da BD desde 31 de Janeiro de 1987.

No
Jornal de Notícias costumava assinar "Aos Quadradinhos" pelo seu nome literário, Pedro Cleto. Desde há uns tempos que passou a identificar-se por F. Cleto e Pina.
Tal esclarecimento destina-se a quem, motivado por este texto, compre, num qualquer domingo, o
JN, e não veja o nome de Pedro Cleto a assinar a rubrica.

sábado, março 04, 2006

Concurso de Banda Desenhada Infanto-juvenil de Colares - Premiados

1ª prancha de um total de três, de uma bedê (sem título) ao estilo mangá
1º Prémio dos concorrentes do 1º Escalão - dos 13 aos 16 anos
Lara Santos - 16 anos
1ª prancha de um total de três da bedê "Alex, o lutador"
1º Prémio dos concorrentes do 2º Escalão - dos 8 aos 12 anos
André Mota - 9 anos, autor da banda desenhada "Alex, o lutador"

sexta-feira, março 03, 2006

Revistas com Banda Desenhada (III) -"Gente Jovem" - Autor: Algarvio

A série em banda desenhada intitulada Que Cena, Rita!..., é da total autoria de Algarvio (desenho e argumento).

O episódio acima reproduzido aparece no nº30 da revista mensal "Gente Jovem", datada de Março 06.

Visto tratar-se de uma revista orientada basicamente para o público feminino, as bandas desenhadas de Alex Algarvio, caracterizam-se por temas que têm a ver com situações em que as mulheres, sobretudo jovens, participam como personagens principais.

A história deste episódio autoconclusivo passa-se no dia 8 de Março, "Dia da Mulher", e tem um certo sentido didáctico, dando pistas acerca do aparecimento desta celebração. E acaba por fazer uma petição: a de que todos os dias sejam também assim considerados.
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Algarvio, que, por vezes, também assina Alex Algarvio (Alex de Alexandre, claro) nasceu a 10 de Junho de 1966.
Licenciou-se em Design de Comunicação pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa -ESBAL.
Tem participações várias em concursos de BD (duas menções honrosas em Amora, 1982, um 1º Prémio atribuído pela G.S.A.L., entre outras distinções).
Esteve representado em várias exposições.
Fez a bd "Megatoons" para a revista BIT, que continuou noutra revista, a "Megascore"; é também autor completo da bd "Um Pixel a mais", para a revista "Fotodigital".
Passou a fazer, em 2003, o webcartoon "Cartoon do Algarvio";
Em 2003 iniciou a bedê "Não me sujem o sofá com pipocas", na revista Videodigital.
Tem copioso trabalho na Ilustração.
Foi o Convidado Especial da Tertúlia BD de Lisboa em Novembro de 2004.
O site dele tem o endereço: www.alexalgarvio.com

quinta-feira, março 02, 2006

Tertúlia BD de Lisboa - Ano XX - 256º Encontro

Capa do álbum "O Povoado Pré-histórico de Leceia", desenho de José Santos, argumento de Alexandre Gonçalves

Homenageado
José Santos (José Manuel Caeiro Santos)
Nascido em Lisboa a 22 de Junho de 1946.
Pintor, Publicitário, Autor de Banda Desenhada e Cartune.

Na área da BD tem a seu crédito, entre trabalhos menos importantes - por exemplo, um mini-álbum em formato quadrado (21x21cm), de carácter didáctico, intitulado:
"O meu primeiro livro sobre o Euro"
E também as obras editadas em álbuns brochados, em formato normalizado:

"Foi Você Que Votou Neles?" (editado em 1995)
"O Povoado Pré-histórico de Leceia" (editado em 2001)

A Tertúlia BD de Lisboa terá o seu 256º Encontro na próxima 3ª feira (primeira do mês, como sempre), dia 7 de Março, num restaurante do Parque Mayer, a partir das 20h00, e prolongar-se-á até às 23h00.

Quem estiver interessado em participar - condição "sine qua non": ser apreciador de banda desenhada, autor, leitor ou faneditor - deixe aqui um comentário, indicando o nº do telefone ou e-mail.