Em continuação desta rubrica que iniciei com o "post" de 26 de Dezembro de 2005, mostro hoje um desenho original de José Ortiz, nome de primeira grandeza na BD internacional.
Obtive este autógrafo desenhado, como eu lhe chamo - ou desenho autografado, como é mais vulgarmente conhecido - na década de 1980, numa fase em que colaborava com o semanário O País, coordenando e redigindo uma rubrica, de página inteira, intitulada inicialmente "O País na Banda Desenhada" (mais tarde simplificada para "Banda Desenhada").
É por esse motivo que o excelente desenho de Ortiz apresenta a dedicatória "Especial para el periódico O País", visto que o informei de que, apesar de ser para mim, o desenho se destinava inicialmente a ilustrar um artigo meu naquele jornal dedicado ao Salon Internacional del Cómic de Barcelona, onde, além de ter estado presente na inauguração, em 1981, voltei a participar nas cinco edições seguintes.
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JOSÉ ORTIZ (1932-2013)
Síntese biobibliográfica
O espanhol José Ortiz Moya nasceu em Cartagena (Murcia) a 1 de Novembro de 1932.
Iniciou-se a desenhar séries de BD para formatos de bolso, mas logo em 1959 começa a realizar uma das suas séries mais famosas, a saga "Sigur el Viking".
Passa depois a trabalhar para o estrangeiro. Em Inglaterra dedica-se a colaborar nas prestigiosas revistas Eagle e 2000AD, fazendo para esta última a famosa personagem Judge Dredd , e para os Estados Unidos trabalha em 1974 para a editora Warren, especializando-se no género de horror, em que assina, por exemplo, o episódio "Coffin", na revista Eerie, e "Pantha", na revista Vampirella, personagem que ele próprio chegou a desenhar.
A sua carreira em Espanha, onde voltou a trabalhar, fica marcada em 1975 pela obra "O Pequeno Selvagem". Em 1981 inicia a série "Hombre", sob argumento de Antonio Segura, e para este mesmo argumentista faz "Morgan", além da série de ficção científica de cariz humorístico "Burton & Cyb".
A partir de 1993 passa a colaborar com os "fumetti" italianos, como, por exemplo, na popular série italiana "Tex Willer", para a qual, sob argumento de Claudio Nizzi, desenhou o episódio "La Grande Rapina", publicado em Itália num "Tex Albo Speziale", traduzido para o português do Brasil por "O Grande Roubo", englobado num Álbum Gigante, ou "Texone", como lhes chamam os fãs. (Aqui por cima reproduzo uma edição rara dessa citada obra, uma peça oposta aos "texones", um mini-álbum).
Colaborou ainda com outras duas séries populares (em Itália e no Brasil), "Ken Parker" e "Mágico Vento".
O categorizado autor espanhol foi distinguido nos Estados Unidos da América com o galardão "Best All Around Artist", e obteve também um troféu atribuído pela "Expocómic 2010", como prémio a toda uma vida dedicada à BD.
José Ortiz Moya faleceu a 23 de Dezembro de 2013, em Espanha, Valencia.
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Imagens que ilustram a postagem:
1 - Desenho autografado de José Ortiz
2 - Retrato recente do autor
3 - Mini-álbum editado sob chancela de Sergio Bonelli Editore,
que se apresenta como "Albo Speciale in Miniatura - 230 pagine",
com as medidas 10,5x8x1,8cm (altura, largura, espessura).
Nele se inclui a obra "La Grande Rapina", com desenhos de José Ortiz
e argumento de Claudio Nizzi, editado em Setembro de 2009.
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Os interessados em ver as 24 postagens anteriores deste tema (onde se incluem grandes nomes da BD, tais como Joe Kubert, Aragonés, John Buscema, Manara, Mordillo, Moebius, Neal Adams, Quino, Solano López, Juan Zanotto, Rick Veitch, Victor de la Fuente, Mézières (entre vários outros), poderão fazê-lo clicando no item Etiquetas: Autógrafos desenhados inserido no rodapé.