Reconstituição do castelo de Trancoso em 1500
Desenho baseado no aspecto actual do castelo
Castelo de Trancoso, imagens da autoria de Santos Costa, autor de Banda Desenhada, ilustrador e escritor, que vive e trabalha, actualmente, em Trancoso.
Do seu currículo constam numerosas obras em BD, espalhadas por diversas publicações, sendo a mais antiga e conceituada (no universo da Banda Desenhada) a revista "Mundo de Aventuras".
As imagens aqui reproduzidas foram retiradas do álbum "Bandarra - Poeta, Profeta e Sapateiro de Trancoso", de sua autoria (texto e desenhos). É exactamente acerca da vida dessa personagem, de nome Gonçalo Anes, ou Gonçalo Eanes, mas que ficou conhecido pela alcunha de "Bandarra" que se tecem as malhas desta biografia, traçada em figuração narrativa.
Como bastas vezes acontece na BD, ela não funciona como arte autónoma, mas serve utilmente para historiar e divulgar personagens e factos, neste caso o do sapateiro, e poeta, mas também autor de profecias que lhe valeram ser preso à ordem da "Santa" Inquisição.
Muitos dos factos em relação à personagem, também nomeada por Gonçalo Anes Bandarra, são descritos em cuidadosa e bem documentada adenda escrita por Santos Costa.
O álbum, cartonado, com capa e conteúdo a cores, teve por editores a Câmara Municipal de Trancoso e o próprio autor, Fernando Jorge dos Santos Costa.
Data da edição: 1990
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SANTOS COSTA
Síntese biobibliográfica
Fernando Jorge Santos Costa, Lisboa, 14 de Fevereiro de 1951.
Estudou em Viseu, onde completou o antigo 5º ano liceal.
Depois disso, como ele diz, tem vivido entre a escrita e o desenho.
Da escrita - apesar de já ter mais de uma dúzia de livros publicados, englobando contos, romances e monografias - aqui só ficará curto registo de argumentos ou adaptações literárias para a banda desenhada, pois é de BD que trata este blogue.
Santos Costa iniciou-se no Mundo de Aventuras - um bom começo.
Em 1979, na 2ª série daquela revista, estreia-se com A Caça aos Lobos.
E, como aconteceria bastas vezes, numa adaptação literária que ele próprio fez da obra de Aquilino Ribeiro, assim satisfazendo também a sua tendência para as letras.
Chegado aos anos de 1980, realiza Os Tuaregues, em adaptação literária de Salgari, tal como fez com O Último Tigre e A Formosa Judia; quanto a D. Quixote e o Lobo, baseou-se em Cervantes, obviamente.
Passou pela História - Fernão de Magalhães -, e pelos contos tradicionais - O Boi Cardil, D. Caio, Branca Flor, A Dama Pé-de-Cabra, Os Dois Compadres, O Velho do Surrão. Há ainda uma lenda, A Truta de Celorico, um conto tradicional africano, e outro chinês, Os Homens de Pedra de Sutilé e A Mulher de Wan His-Liang, respectivamente. É todo um variado leque de temas vertidos para BD naquela prestigiosa revista juvenil.
Uma parte significativa da sua actividade de autor nesta área teve apoio no semanário O Crime, para onde transformou em bandas desenhadas, ao ritmo de uma prancha em cada número, a preto e branco, grande diversidade de casos.
Por exemplo, históricos: A Execução dos Távoras (este episódio abrangeu treze pranchas), Zé do Telhado (uma adaptação que durou vinte e uma semanas e igual número de pranchas), João Brandão, Diogo Alves, Alves Reis, O Regicídio e O Atentado a Salazar.
Santos Costa, durante os anos 1990 e primeiros de 2000, nunca vacilou em adaptar, qualquer que fosse o assunto, a imagens sequenciais, como se percebe por alguns dos restantes títulos: Os Marçais de Foz Côa, O Gang do Multibanco, O Estripador de Lisboa, O Caso "Meia Culpa", A Turista Violada, O Massacre de Fortaleza, O Crime do Padre Frederico, entre outros.
Na área nobre dos álbuns, o seu primeiro aparece em 1985: Batalha de Trancoso, com miolo a preto e branco, numa edição da autarquia homónima; em 1988, no formato de livro, sai O Magriço, um dos Doze de Inglaterra; em 1990, também com apoio da Câmara trancosense, é editada, a cores, a história de uma enigmática personagem local, Bandarra-Poeta, profeta e sapateiro de Trancoso.
Em 1994, surgindo pela primeira vez a história de um partido político em BD, Santos Costa realiza a obra PSD-Partido Social Democrata-20 anos, álbum com capa a cores e miolo a preto e branco, hoje em dia uma peça muito difícil de encontrar.
Após compasso de espera de oito anos, o prolífico autor aparece com três álbuns consecutivos: Registos Criminais (2002), capa colorida e miolo a preto e branco; A Viúva do Enforcado (2003), com apoio da Câmara Municipal do Fundão; e D. Egas Moniz, o Aio, edição patrocinada pela Câmara Municipal de Lamego, estes dois últimos com capa e conteúdo em quadricromia.
A sua colaboração mais recente em BD foi em Fevereiro de 2007, no fanzine Efeméride (nº2), com o episódio Em Trancoso, inserido na obra colectiva Príncipe Valente no Século XXI.
Geraldes Lino
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"Post" remissivo
Neste tema Castelos na Banda Desenhada podem ser vistos os seguintes textos:
(I) Os fictícios- Autor: António Vaz Pereira; (II) Faro - Autor: José Garcês
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