quinta-feira, dezembro 03, 2015

Comic Con Portugal 2015 (Parte 1 de 3)


Que a Comic Con Portugal é a maior convenção de cultura pop organizada no nosso país, dizem os organizadores - e eu confirmo, pelo que vi na estreia do evento em 2014, e pelos números apresentados , mais de 32.000 visitantes apenas em três dias.

Por conseguinte, na presente edição de 2015, vai haver festa rija nos dias 4, 5 e 6 do corrente mês de Dezembro, na Exponor - Feira Internacional do Porto (situada em Matosinhos). 

Trata-se, e isso já foi bastante divulgado com antecedência na blogosfera, de um evento multidisciplinar que abarca a banda desenhada, animé, mangá, cosplay, séries TV, videojogos, cinema, televisão, espaços comerciais com BD e merchandising variado, e muita animação em geral, com numerosíssimo e entusiástico público, maioritariamente jovem.

Outro pormenor importante é a realização de painéis com artistas convidados de cinema, televisão, videojogos e de banda desenhada. 

O público tem muito por onde escolher, e até há iniciativas interactivas, isto é, em que os visitantes podem participar, designadamente nos torneios de videojogos e concursos de cosplay, bem como em workshops de desenho.

Não faltarão ocasiões para obter autógrafos dos autores de BD

Dos portugueses, por exemplo, estarão lá André Caetano, André Oliveira, Carlos Pedro, Daniel Henriques, David Soares, Diogo Carvalho, Filipe Melo, Luís Louro & António Simões, e o colectivo TLS-The Lisbon Studio.

Dos estrangeiros já estão confirmados: António Altarriba, Brian Azzarello, Eduardo Risso, Juan Dias Canales, Juan Cavia, Miguelanxo Prado, Peter Snejberg, Sama

Não faltam espaços muito úteis para aqueles que se interessam essencialmente pela BD. Vejamos:

Artist's Alley - Tal como na primeira edição, volta a haver este espaço onde os autores/desenhadores expõem e vendem as suas pranchas de banda desenhada, em mesa própria ou partilhada com amigos.

Galeria - Trata-se de uma área para exposição de pranchas de BD dos autores convidados. 
Este ano a Galeria estará composta integralmente com pranchas de autores pertencentes ao The Lisbon Studio-TLS

Portfolio Review - É um espaço muito importante, destinado à descoberta de novos talentos. Funciona através de sessões em que jovens talentos apresentam os seus portfólios a autores de nomeada. 
Eis uma boa oportunidade para os pretendentes a autores de BD obterem uma opinião de profissionais da especialidade. 
Entre eles contam-se:
Philip Simon (Dark Horse Comics), Antoine Dujardin (Dupuis), Mário Freitas (Kingpin Books), Rui Brito (Polvo), Maria José Pereira (editora), Carlos Pacheco (autor espanhol). 

Para não dizer tudo de uma vez, falarei num post seguinte da novidade que são os Galardões BD Comic Con Portugal, e dos respectivos vencedores.

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Para ver postagens anteriores relacionados com o tema Festivais e Comic Con Portugal bastará clicar nesses itens visíveis no rodapé 

2 comentários:

  1. Boa tarde, Lino (talvez boa noite, porque, a leres este rascunho, já eu devo estar a dormir)

    Acho muito boa ideia persistir-se na existência dos Prémios de BD, tanto mais que é dessa forma que se premeiam os autores - no caso, portugueses - da BD nacional.
    Por isso, nada do que vou dizer deve colidir com esta ideia principal, até porque, conforme já o disse no meu blogue, o pouco que irei publicar de BD minha, não a quero ver nestas competições sujeitas a júris e alguns jurados que, de BD, percebem tanto disso como o lacrau de medicina quando pica um ser humano. Se necessário, irei colocar em colofão ou noutro lugar dos livros a alusão a essa minha escusa. Trabalho, publico, vendo e não me chateio com coisa nenhuma que se segue a esse trinómio, o qual, como é apanágio meu, só obedece ao critério do público leitor.
    Mas vou dizer mais alguma coisa.
    Parece-me ter percebido nas entrelinhas do teu texto que foste apanhado de surpresa com estes Prémios, uma vez que só os divulgaste "à posteriori". Trata-se de uma suposição minha, mas baseei-me nas alegadas dúvidas que te surgiram após a postagem anterior, o que significa que pouco mais sabias do que eu. Isso não augura bons princípios mas, segundo a tradição, nem os ciganos gostam de ver bons princípios aos filhos...
    Há, também - e agora da minha parte - alguma perplexidade, uma vez que me parece ser atribuído um prémio de certa forma razoável, apenas ao autor do livro vencedor do Galardão Anual Comic Con BD, um prémio total de 2.000 EUR (ainda com valor a confirmar contabilisticamente), além de um troféu em acrílico alusivo ao prémio. E os restantes?
    Da Organização do Prémio, nada a dizer, principalmente porque tem lá, pelo menos, duas pessoas que eu considero de grande qualidade, capacidade e conhecimento, como são o Mário Freitas e o Nuno Amado, que assim transitam, com toda a justiça, dos PPBD.
    Relativamente aos jurados, pouco a dizer, a não ser que alguns me parecem de grande capacidade de julgamento e de decisão, enquanto outros nem por isso, mas que não conspurcam o resultado final.
    Sobre a integração dos PPBD na Comic Con, e apesar do termo Comic, coloco algumas reservas (mas quem sou eu para colar isto ou aquilo nesta coisa que junta este "mare magnum" de gente?), uma vez que, segundo o teu texto, a dita é a maior convenção de cultura pop organizada no nosso país e pelo número de 32.000 visitantes apenas em três dias, com banda desenhada, anime, mangá, cosplay, séries TV, videojogos, cinema, televisão e outras coisas colaterais a estas.
    Ou seja, a BD para ser vista por 32.000 indígenas, precisa da parafernália de outras actividades que de desenho apenas o do guarda-roupa e dos planos de montagem da traquitana.
    Já sei que irás dizer que é uma montra ideal para a divulgação da BD. Concordo, sempre é melhor do que nada.Já o mesmo não direi dos prémios da BD transplantados dos PPBD para a Comic Con, maxime por não ter a mais-valia que consistiria na previsibilidade de prémios de maior valor para os vencedores.
    Finalmente, para que não se julgue ressabiamento algum da minha parte, quero dizer que não tinha qualquer obra publicada no período do concurso que a este pudesse concursar e, como afirmei e reafirmo, nem agora nem nunca quero ver obra minha nestas andanças. Estou à vontade para louvar e zurzir. Pelo menos, isso ninguém mo tira (a anão seres tu, se quiseres, e estás no teu direito).

    Segue noutro comentário adiante, porque o HTMl ultrapassava, no todo, os 4.096 caracteres

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  2. Depois de contornar o HTML, que não aprecia comentários tão extensos como a postagem, lá segue a segunda parte:

    Os prémios, pelo que li, foram muito bem atribuídos, pois qualquer das obras era merecedora deles. Custa-me ver alguns trabalhos publicados neste País - e nesse período - que nem sequer foram nomeados, mas isso está na arbitrariedade, no gosto, na simpatia ou relutância, dos jurados que promoveram as nomeações.
    Há já algum tempo que tenho andado a publicar outros géneros - principalmente literatura - e tenho esgotado as edições com facilidade, cujas tiragens não são nada "pataqueiras". Daí ter andado arredado do arco da BD, embora continue nesta senda artística consoante o meu escasso génio e habilidade. Pelos vistos, não tenho perdido tempo...

    Um abraço
    Santos Costa

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