domingo, janeiro 10, 2016

Layout de "A Ilha do Corvo que Venceu os Piratas" - Autor: José Ruy






José Ruy está em constante movimento direccionado para a BD. E no caso concreto de que trata este post, acaba de se movimentar para os Açores, mais precisamente para a Ilha do Corvo, a fim de fazer recolha documental para a narrativa gráfica que já tem em andamento, A Ilha do Corvo que Venceu os Piratas.

Claro que o conceituado ilustrador autor de banda desenhada José Ruy já se documentou minuciosamente sobre o acontecimento histórico que vai narrar, pelo binómio texto e imagens. 
Do texto teve a amabilidade de me enviar um excerto, que reproduzo, com a devida vénia ao seu autor:

"Trata-se de um episódio histórico acontecido em 1632, quando um numeroso bando de piratas turcos, em 10 naus, assolaram a Ilha para roubarem gado e escravizarem pessoas, como era hábito.

A determinação dos corvinos, que se defenderam apenas com pedras e alfaias, resultou em fazerem muitas baixas nos atacantes, obrigando-os a debandarem, deixando alguns escaleres afundados na praia.


Isto foi passado a escrito pelo pároco e veio a ser publicado em Lisboa, chegando aos nossos dias."
Para a elaboração da obra, José Ruy tenciona percorrer a ilha, fazer desenhos dos cenários, e retratar corvinos para assim criar personagens com características faciais credíveis.

Entretanto tem feito esboços (ou layouts)* que servirá de base para a obra definitiva. São cinco desses esboços (das pranchas 1, 2, 18, 19, 20) que ilustram o topo do presente post.

*E assim inicio mais uma rubrica (ou etiqueta, termo usado nos blogues) a de layouts.
Uma confidência deste bloguista e fanzinista: Há uns vinte anos, o meu amigo ilustrador/desenhador de BD Augusto Trigo ofereceu-me uns tantos layouts, o que me deu a ideia de editar um fanzine com eles. 
Nunca cheguei a concretizar essa ideia, o que faço agora no suporte virtual deste blogue
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JOSÉ RUY

Síntese biobibliográfica

José Ruy Matias Pinto nasceu na Amadora a 9 de Maio de 1930. 
Cursou Artes Gráficas na Escola António Arroio, onde foi discípulo de Mestre Rodrigues Alves, e frequentou habilitação a Belas-Artes. 
Iniciou-se como desenhador com apenas 14 anos na revista infanto-juvenil O Papagaio, tendo publicado ao longo da sua carreira numerosos álbuns de banda desenhada, com destaque para Fernão Mendes Pinto e a sua Peregrinação, Os Lusíadas, Autos de Gil Vicente, Porto Bomvento, e História (actualizada) da Amadora. 
Tem colaborado em diversos jornais e revistas, nomeadamente em O Papagaio, O Mosquito, (de que editou e dirigiu a 2ª série), Cavaleiro Andante e Selecções BD
Expôs com sucesso em vários países da Europa, na China, no Japão e no Brasil. 
Foi o primeiro autor a ser galardoado com o Prémio de Honra do Festival de Banda Desenhada da Amadora, em 1990. No ano seguinte foi distinguido com a Medalha Municipal de Ouro de Mérito e Dedicação da sua cidade natal. 
 

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