Um episódio em quatro pranchas a cores, última participação do ilustrador-autor de BD José Antunes na Banda Desenhada
José Antunes, de seu nome completo José Gomes Antunes, nasceu em Lisboa, a 25 de Maio de 1937. e faleceu nesta mesma cidade a 27 de Março de 2010.
José Antunes fez estudos secundários na Escola António Arroio, onde teve aulas de desenho que burilaram a sua capacidade inata.
Num sector de criatividade gráfica pelo qual também se sentia atraído, o cartunismo, foi através dele que se estreou publicamente, fazendo cartunes para a revista Flama, passando em seguida a fazer bandas desenhadas para as revistas da especialidade Mundo de Aventuras e Camarada (2ª série), e para uma institucional, que nada tinha a ver com BD, intitulada Jornal do Exército.
Na década de 1960, as suas bedês dedicadas a personagens da História de Portugal, que tinham sido publicadas inicialmente na [revista] Camarada, bem como a de outros banda-desenhistas seus contemporâneos, foram recolhidas em dois álbuns identificados pelo título genérico Grandes Portugueses.
Depois de Eduardo Teixeira Coelho, Fernando Bento e Vítor Péon, José Antunes, em 1968, passou também a fazer parte da restrita galeria de autores portugueses de BD a serem editados no estrangeiro nessa recuada época, ao ver publicada a bd "Maître Biber" na revista belga Tintin.
A sua mais recente incursão na BD deu-se com o episódio "Lenda da Moura Salúquia", num total de quatro pranchas, em que, como foi habitual na sua produção banda-desenhística, escreveu o argumento e guião, fez os desenhos, efectuou a respectiva colorização e também a legendagem, para a obra colectiva "Salúquia. A Lenda de Moura em Banda Desenhada", editada em álbum pela Câmara Municipal de Moura, em Junho de 2009.
José Antunes fez estudos secundários na Escola António Arroio, onde teve aulas de desenho que burilaram a sua capacidade inata.
Num sector de criatividade gráfica pelo qual também se sentia atraído, o cartunismo, foi através dele que se estreou publicamente, fazendo cartunes para a revista Flama, passando em seguida a fazer bandas desenhadas para as revistas da especialidade Mundo de Aventuras e Camarada (2ª série), e para uma institucional, que nada tinha a ver com BD, intitulada Jornal do Exército.
Na década de 1960, as suas bedês dedicadas a personagens da História de Portugal, que tinham sido publicadas inicialmente na [revista] Camarada, bem como a de outros banda-desenhistas seus contemporâneos, foram recolhidas em dois álbuns identificados pelo título genérico Grandes Portugueses.
Depois de Eduardo Teixeira Coelho, Fernando Bento e Vítor Péon, José Antunes, em 1968, passou também a fazer parte da restrita galeria de autores portugueses de BD a serem editados no estrangeiro nessa recuada época, ao ver publicada a bd "Maître Biber" na revista belga Tintin.
A sua mais recente incursão na BD deu-se com o episódio "Lenda da Moura Salúquia", num total de quatro pranchas, em que, como foi habitual na sua produção banda-desenhística, escreveu o argumento e guião, fez os desenhos, efectuou a respectiva colorização e também a legendagem, para a obra colectiva "Salúquia. A Lenda de Moura em Banda Desenhada", editada em álbum pela Câmara Municipal de Moura, em Junho de 2009.
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Nota do bloguista: este "post", com uma síntese biográfica, foi escrito em homenagem a José Antunes e afixado no próprio dia do seu falecimento, a 27 de Março de 2010.
Que dizer duma notícia como esta?
ResponderEliminarTodos sabemos que a banda desenhada portuguesa ficou muito mais pobre.
Como artista, José Antunes era extraordinário. Como homem, embora tenha privado com ele durante muito pouco tempo (apenas desde 2004, ano em que Moura lhe prestou homenagem durante o salão MOura BD), das vezes que o fiz apercebi-me do seu grande sentido de humor e da sua simplicidade e humildade perante os outros.
Em Junho de 2009 participou no álbum "Salúquia: a lenda de Moura em banda desenhada" (editado pela Câmara de Moura e não de Beja como por lapso vem indicado no "post") e, pouco tempo depois, talvez contagiado pelo "bichinho da BD", telefonou-me, entusiasmado, propondo-se a fazer a história de Moura em Banda Desenhada! Chegou, inclusive, a enviar-me um plano detalhado sobre o álbum e a pedir-me documentação sobre determinados assuntos!...
Fiquei muito triste quando soube ontem da notícia!
Restou-me o fraco consolo de Moura ter homenageado, de forma digna, um artista com a dimensão do José Antunes, antes do seu desaparecimento.
Que descanse em paz!
Já agora, mais uma achega: a foto de José Antunes é da autoria do meu colega Orlando Fialho, fotógrafo da Câmara Municipal de Moura. Foi tirada em 2004, no momento em que José Antunes recebia o Troféu Balanito de Honra.
ResponderEliminarEra não só um bom artista como um excelente camarada, com quem tive algumas boas conversas. De olhar vivo, com gostos actualizados - não era um careta do "dantes é que era bom", sabia apreciar estilos novos e mesmo modernos, e dava bons conselhos dessa área. Quando tive nas minhas mãos o livro da Salúquia, foi mesmo o primeiro que desejei que mo autografasse... A nossa bd fica de facto mais pobre, e eu perco um bom amigo!
ResponderEliminarJosé Abrantes
Carlos Rico: agradeço a tua informação acerca do autor da (boa) fotografia de José Antunes, que não estava identificado no álbum, junto à foto.
ResponderEliminarGrato tb pela oportuna correcção ao lapso que cometi, escrevendo C.M. de Beja em vez de C.M. de Moura, de que peço desculpa aos ofendidos, Moura, respectiva autarquia e mourenses, especialmente a ti, que conseguiste levar avante a iniciativa de editar aquele álbum dedicado à Moura Salúquia, num ano de vacas magras em que não se realizou o Salão Internacional de Banda Desenhada de Moura.
Abr.
GL
RECORDANDO JOSÉ GOMES ANTUNES: OLIVENÇA, (década de 1960)por José Gomes Antunes, autor de Banda Desenhada, 1937-2010
ResponderEliminar(NOTÍCIAS SOBRE A MORTE DO HOMEM QUE IA FAZER UMA BANDA DESENHADA SOBRE OLIVENÇA,
ACORDADO EM 14 de Janeiro de 2010, Almoço Anual, Moisés, Lisboa)
OLIVENÇA, por José Gomes Antunes, autor de Banda Desenhada, 1937-2010
ÁLBUM ILUSTRADO DE PORTUGAL (década de 1960)(uma página por localidade)
OLIVENÇA TERRA DA SAUDADE
(por José Gomes Antunes, autor de Banda Desenhada, 1937-2010)
Embora indevidamente na posse de Espanha - Olivença continua a ser, por todos os
motivos terra portuguesa. Por isso lhe chamamos, e muito justamente, «terra da saudade.
Porque fora da Mãe Pátria, onde tem o seu lugar entre as outras terras de Portugal,
Olivença representa para todos uma saudade bem viva e presente e constante, enquanto a
nação espanhola, com a sua fidalguia habitual não nos devolver o que nos pertence,
cumprindo aliás o que ficou estipulado no Tratado de Viena de 9 de Maio de 1817 (ERRO:
1815). Em Lisboa existe o Grupo «Amigos de Olivença» que mantém a chama sagrada dessa
saudade, lutando espiritualmente pelo regresso de Olivença à Pátria Portuguesa.
(cinco fotografias: IMAGEM DO ALENTEJO (panorâmica geral)(«Bem expressiva e verdadeira,
no seu aspecto geral, OLIVENÇA mantém indiscutìvelmente os seus traços de terra
castiçamente alentejana e portuguesa»); GENTE DA NOSSA TERRA (Carreira/Romón y Cajal)(«Os
Oliventinos são, também, por índole e por temperamento, autênticos alentejanos e
portugueses. E, apesar de todas as dificuldades, conservam-se fiéis à mãe Pátria); VELHAS
MURALHAS (muralha dionisina)(« Heróicas e altaneiras, a lembrar o nome de Portugal e seus
feitos gloriosos a cada passo. Desde 1228, em qe os Templários a conquistaram aos mouros,
OLIVENÇA é portuguesa»); A PORTA DO CALVÁRIO («Verdadeira relíquia da História de
Portugal, foi construída no Reinado de D. João IV e ainda hoje possui as Armas do Rei
Restaurador»); A PONTE DA AJUDA («Traço de união entre Elvas e OLIVENÇA, que o mesmo é
dizer-se abraço firme e constante de Portugal à sua filha OLIVENÇA, Terra da Saudade»)