Hoje, sábado, o jornal i deveria ter uma página de banda desenhada, como costumava todos os sábados, mas - hélas! - tal não aconteceu.
Deveria ter mais um episódio da série Almanaque, mas não, não teve... Não poderei dizer que foi um acontecimento imprevisto: na realidade, no sábado passado, dia 11 deste mês de Setembro, a bd da edição do fim de semana do citado jornal mostrava bem nitidamente a palavra "fim" na sua última vinheta.
Qual a razão para este final abrupto? Contactei Rui Lacas (o autor do desenho inicial, suponho que a lápis), João Maio Pinto (o arte-finalista, ou inker, como dizem os americanos) e Luís Leal Miranda (o argumentista, além de jornalista do i) para tentar deslindar o mistério.
Sintetizando as respostas dos três (a mais completa foi a do argumentista), posso dizer que aconteceu aproximadamente isto: a série Almanaque correspondeu a um projecto sem prazo definido de validade.
Foi decidido terminar a série de BD ao fim de seis meses e 24 episódios, por se tratar de números redondos, e para evitar a extinção por mero cansaço dos autores e desinteresse dos leitores.
Claro que também houve mudanças internas no jornal que contribuiram para este final: por exemplo, uma das pessoas que mais se empenhou no projecto saiu do i na semana da última prancha.
Para despedida da BD neste jornal (*), reproduzo no topo do poste imagens dos seguintes episódios (de baixo para cima):
Realidade Alternativa ou o Princípio do Fim (edição de 7 Ag. 10)
A Revolta dos Gnomos (ed. de 21 Ag.)
Precisamos de Falar (11 Set.) - a tal bd que encerrava a série "Almanaque"
Todos os episódios publicados (desde 3 de Abril deste ano) autoconclusivos numa só prancha, em policromia, viveram de "gags", alfinetadas na realidade social e política portuguesa, com alguns protagonistas desta última que bem se reconhecem. Por exemplo, Pedro Passos Coelho na bd Realidade Alternativa ou o Princípio do Fim, e José Sócrates na bd A Revolta dos Gnomos.
A despedida dos autores pode ler-se na última vinheta (aliás, num texto didáctico-humorístico):
"Uma vinheta é o quadrado que se põe numa tira. Isto é uma legenda, o ALMANAQUE termina aqui, seis meses e 24 números depois. Luís Leal Miranda, Rui Lacas e João Maio Pinto despedem-se com um estrondo."
E o estrondo tem o aspecto de uma explosão atómica, onde, no topo, surge a palavra "fim". A simbologia é clara: a decepção, a tristeza do trio de autores. A que eu, simples divulgador, me associo.
(*) Bem, ainda continua a haver BD no i, só que apenas em texto escrito por um jornalista da casa (Cristóvão Gomes), às sextas feiras, na coluna intitulada Especialista BD
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Para ver os 122 postes anteriores (por exemplo, mais 4 episódios da citada série "Almanaque", no "post" de Abril, 29) bastará clicar na etiqueta "Banda Desenhada portuguesa nos jornais" indicada em rodapé
Deveria ter mais um episódio da série Almanaque, mas não, não teve... Não poderei dizer que foi um acontecimento imprevisto: na realidade, no sábado passado, dia 11 deste mês de Setembro, a bd da edição do fim de semana do citado jornal mostrava bem nitidamente a palavra "fim" na sua última vinheta.
Qual a razão para este final abrupto? Contactei Rui Lacas (o autor do desenho inicial, suponho que a lápis), João Maio Pinto (o arte-finalista, ou inker, como dizem os americanos) e Luís Leal Miranda (o argumentista, além de jornalista do i) para tentar deslindar o mistério.
Sintetizando as respostas dos três (a mais completa foi a do argumentista), posso dizer que aconteceu aproximadamente isto: a série Almanaque correspondeu a um projecto sem prazo definido de validade.
Foi decidido terminar a série de BD ao fim de seis meses e 24 episódios, por se tratar de números redondos, e para evitar a extinção por mero cansaço dos autores e desinteresse dos leitores.
Claro que também houve mudanças internas no jornal que contribuiram para este final: por exemplo, uma das pessoas que mais se empenhou no projecto saiu do i na semana da última prancha.
Para despedida da BD neste jornal (*), reproduzo no topo do poste imagens dos seguintes episódios (de baixo para cima):
Realidade Alternativa ou o Princípio do Fim (edição de 7 Ag. 10)
A Revolta dos Gnomos (ed. de 21 Ag.)
Precisamos de Falar (11 Set.) - a tal bd que encerrava a série "Almanaque"
Todos os episódios publicados (desde 3 de Abril deste ano) autoconclusivos numa só prancha, em policromia, viveram de "gags", alfinetadas na realidade social e política portuguesa, com alguns protagonistas desta última que bem se reconhecem. Por exemplo, Pedro Passos Coelho na bd Realidade Alternativa ou o Princípio do Fim, e José Sócrates na bd A Revolta dos Gnomos.
A despedida dos autores pode ler-se na última vinheta (aliás, num texto didáctico-humorístico):
"Uma vinheta é o quadrado que se põe numa tira. Isto é uma legenda, o ALMANAQUE termina aqui, seis meses e 24 números depois. Luís Leal Miranda, Rui Lacas e João Maio Pinto despedem-se com um estrondo."
E o estrondo tem o aspecto de uma explosão atómica, onde, no topo, surge a palavra "fim". A simbologia é clara: a decepção, a tristeza do trio de autores. A que eu, simples divulgador, me associo.
(*) Bem, ainda continua a haver BD no i, só que apenas em texto escrito por um jornalista da casa (Cristóvão Gomes), às sextas feiras, na coluna intitulada Especialista BD
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Para ver os 122 postes anteriores (por exemplo, mais 4 episódios da citada série "Almanaque", no "post" de Abril, 29) bastará clicar na etiqueta "Banda Desenhada portuguesa nos jornais" indicada em rodapé
é uma pena!
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