Os interesses económicos e financeiros determinam, limitam e condicionam a criatividade dos autores cinematográficos, onde se incluem, fundamentalmente, os argumentistas e realizadores de Cinema.
Quantos filmes serão apontados pela crítica especializada com o aspecto negativo de lhes ter faltado o "golpe de asa", ou de terem falhado na previsível intencionalidade, e afinal esse facto ser devido a intromissão - abusiva e ditatorial - do produtor, movido apenas pela mira do êxito comercial, leia-se lucro.
Recorrendo à caricatura extrema - o produtor capitalista a acender o charuto com notas de dólar, supostamente -, o argumentista André Oliveira e a desenhadora Carla Rodrigues realizaram uma banda desenhada (*) em que são postos em destaque esses factores exógenos que deturpam e prejudicam, quantas vezes, a obra fílmica.
Apenas em duas pranchas, as palavras e as imagens de uma banda desenhada podem ter força crítica incomensurável.
(*) Publicada nas páginas da revista CAIS, nº 181 de Março 2013
Os visitantes do blogue interessados em ver a anterior postagem da rubrica Cinema e BD e as 49 postagens anteriores da rubrica Banda Desenhada portuguesa em revistas não especializadas em BD, poderão fazê-lo clicando no item respectivo, seleccionando-o dos dois visíveis no rodapé.
É com grande satisfação que verifico haver na BD portuguesa uma crescente prença de desenhadoras; mais me satisfaz verificar que são autoras de qualidade.
ResponderEliminarEsta, a Carla, consegue aliar um traço pessoal a uma cor suave, que caracteriza bem o ambiente da acção (limitada a duas pranchas, naturalmente e com um excelente argumento de André Oliveira).
Já a Joana Afonso tem um traço muito próprio, que eu aprecio e disso já dei conta publicamente.
Acho que devemos falar do que nos agrada, para contrapor à opinião (ou falta dela) de algumas "aves raras" da BD, as quais só falam quando querem dizer mal do que não é feito para lá das fronteiras terrestres e marítimas.
A "Cais" fez uma boa aposta. Pena é que muitas das revistas deste País não sintam necessária a presença da BD no seu miolo - ainda que em duas páginas.
Força Carla Rodrigues, é esse o caminho.
Abraço
Venho rectificar um "gralha" das que grasnam - prença. É óbvio quese deve ler presença.
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