segunda-feira, agosto 12, 2013

Comic Jam - (2ª Fase - nº2 - Total 55)




Agora sob coordenação de Álvaro, o "Comic Jam" - ou "cómique jâme", como ele próprio costuma escrever - realizado na Tertúlia BD de Lisboa, continua a ser um produto gráfico que sempre suscita curiosidade. 
Trata-se, como é sobejamente sabido, de uma forma de banda desenhada feita de improviso, por vários desenhadores, obviamente de estilos díspares.
Na peça reproduzida no topo da postagem, colaboraram:

1 - Sónia Oliveira ------------------------- 2. J.Mascarenhas
3 - José Abrantes ------------------------ 4. MALS (Manuel Augusto Lopes da Silva)
5 - José Lopes ---------------------------- 6. Simões Santos
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Os visitantes interessados em verem os 55 "posts" anteriores deste tema, poderão fazê-lo com um simples clique no item Comic Jam visível no rodapé

7 comentários:

  1. Caríssimo Geraldes Lino

    Tinha chegado ao limite dos caracteres para este comentário já escrito quando, ao tentar enviar-to, aquele B laranja do Blogger acusou um erro e apagou-me a treta toda.
    Pois bem, como não sou capaz, nem quero, de repetir a mesma coisa, vou deixar expressa a ideia que me atacou há pouco (qual picada de tarântula) sobre uma iniciativa que passo a expôr.
    Por que não iniciar-se aqui, neste teu blogue, uma espécie de simbiose entre o Comic Jam e o Efeméride?
    Explico:
    Convida os desenhadores da praça, conhecidos e não conhecidos, a entrarem na obra em que, cada um, e segundo um esquema que poderás gizar, fará parte de uma obra colectiva, sequencial, com princípio, meio e fim. Para tal, após uma primeira tira (de duas ou três vinhetas), cada autor, segundo uma ordem alfabética (por exemplo) dará continuidade, propondo a continuidade de estória/história, respeitando o argumento já feito anteriormente, cabendo-lhe, naturalmente, espaço e livre alvedrio para alterar a acção à sua maneira.
    Poderá ser, em vez de uma vinheta por autor, duas vinhetas, consoante o tempo e a disposição.
    O título da obra, que poderá ser a base de lançamento do tema, não sendo inédito, será um ponto de partida: "O Caso do Cadáver Esquisito" (título que passou despercebido a Erle Stanley Gardner).
    Depois de esgotados os autores numa primeira, segunda e terceira ronda (ou quando o argumento não estique mais), cada um dos frequentadores e visitantes deste blogue poderá, em sua casa, e na sua modestíssima impressora jacto de tinta ou laser, passar ao papel o digno trabalho a muitas mãos (cabeça e pés).
    Caso não tenha exequibilidade, nem exista pachorra para a empreitada, peço-te que arquives a proposta na pasta das "ideias estapafúrdias".

    Um abraço
    Santos Costa

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  2. Caríssimo Santos Costa

    A tua ideia não é nada estapafúrdia.
    O Hugo de Jesus, há uns anos, desenvolveu algo semelhante no seu portal "Central Comics".
    O esquema dele era do tipo do "cadavre exquis", ou seja, não havia argumento prévio, e cada autor fazia uma prancha que era continuada por outro participante em trama improvisada, em seguida outro, e assim sucessivamente.
    Não sei como acabou (vou telefonar ao Hugo a perguntar-lhe).
    A tua ideia é, de facto, diferente, pretendes que haja um argumento de raiz.
    Todavia, a seguir pões a hipótese de que cada autor poderia alterar a acção à sua maneira.
    Parece-me que, dessa forma, o argumento prévio acabaria por ficar posto de parte, o que não seria nada agradável para o argumentista que tivesse elaborado o argumento.
    Ou estarei a pensar mal?
    Abraço.
    Geraldes Lino

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  3. Caro Geraldes Lino

    A ideia pode passar por um argumento prévio, o qual não pode ser muito explícito nem muito desenvolvido. Isso tiraria a cada autor a possibilidade de "inventar", à sua maneira e, digamos, até armadilhar a trama para o "senhor que se segue".
    Suponho que era preferível cada um desenvolver o seu trabalho, mesmo que isso cause alguns saltos no argumento geral e final. O que se pode fazer, caso assim seja preferível, é haver uma sinopse com o esquemad o que se vai tratar (exemplo: "A" aparece morto e cadavérico, alguém se interessa pelo caso e corre-se Ceca e Meca à procura do mistério; B é o que se encarrega da coisa, aparece C e D, uma ou outras mais capitulares alfabéticas femininas, uns maus, outros bons, cada um que se amanhe para mostrar o que vale). Pelo meio, há nascentes de imaginação, personagens que se criam e podem desaparecer, ambientes ao modo de cada qual, etc e tal.
    Não sabia que já tinham tentado esta sequência; também não sei, obviamente, sobre o êxito ou sorte dessa tentativa. De qualquer modo, presumo que uma prancha completa pode sobrecarregar os autores e que a tira (ou duas, talvez três) é o ideal - ainda assim sob escolha dos autores, dado que o circuito pode rodar novamente de forma a participarem mais que uma vez -, aparecendo o produto final como teria sido a torre da Babilónia, mas numa língua só.
    O interesse é a obra colectiva, a imaginação de dada um, a forma como dá a volta ao argumento, o desmancha, constrói ou armadilha.
    Este teu blogue pode servir de base - folhas de álbum, se quiseres - pois é a forma mais económica de exibir a arte final, em sucessivas tiras, à medida que os trabalhos são remetidos em formato a recomendar e devidamente passados ao scanner.
    Quem sabe? Talvez algum editor, depois de ver as tantas páginas ilustradas pelos( poucos, muitos, alguns) autores portugueses, queira passar ao papel e aos escaparates, essa obra colectiva.
    Um abraço
    Santos Costa

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  4. Caro Santos Costa

    Então, visto que já começaste a concretizar a ideia-base do argumento, que me parece com potencialidade para ser o arranque, e sendo tu (também) um escritor, desafio-te a escreveres o tal argumento prévio, "não muito explícito nem muito desenvolvido", como dizes.

    Acho que talvez possas dessenvolver o argumento que esboçaste, dando nome (ou não, tu decidirás) às personagens A, B, C e D:

    "A aparece morto e cadavérico, alguém se interessa pelo caso e corre-se Ceca e Meca à procura do mistério; B é o que se encarrega da coisa, aparece C e D, uma ou outras mais capitulares alfabéticas femininas, uns maus, outros bons, cada um que se amanhe para mostrar o que vale."

    Que dizes?
    Abraço,
    GL

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  5. desenvolver e não dessenvolver

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  6. Caro Santos Costa

    Então, visto que já começaste a concretizar a ideia-base do argumento, que me parece com potencialidade para ser o arranque, e sendo tu (também) um escritor, desafio-te a escreveres o tal argumento prévio, "não muito explícito nem muito desenvolvido", como dizes.

    Acho que talvez possas dessenvolver o argumento que esboçaste, dando nome (ou não, tu decidirás) às personagens A, B, C e D:

    "A aparece morto e cadavérico, alguém se interessa pelo caso e corre-se Ceca e Meca à procura do mistério; B é o que se encarrega da coisa, aparece C e D, uma ou outras mais capitulares alfabéticas femininas, uns maus, outros bons, cada um que se amanhe para mostrar o que vale."

    Que dizes?
    Abraço,
    GL

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  7. E o título da obra improvisada ficaria mesmo "O Caso do Cadáver Esquisito", visto que, de facto, o Erle Stanley Gardner não se lembrou de o usar.

    Já está fora do contexto, mas como citaste esse nome, apetece-me recordar uma certa fase da minha vida, a seguir à adolescência, em que lia muitas horas por dia, e devorava desde os grandes autores estrangeiros (Cervantes, Hemingway, Steinbeck, Dostoiewsky, Jorge Amado, etc.) aos portugueses Eça de Queirós - especialmente este -, Camilo Castelo Branco, Ferreira de Castro, etc.), e pelo meio metia autores policiais e de ficção científica. E, claro, nos policiais lá estava o Erle Stanley Gardner, o Ellery Queen, e como não podia deixar de ser, a Agatha Christie (até cheguei a usar o pseudónimo "Célula Cinzenta", como decifrador de problemas policiais, devido à admiração que tinha pelo detective Hercule Poirot, que usava muito essa expressão).
    Desculpa estas deambulações pela área da literatura...

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