domingo, setembro 29, 2013

Sem Palavras (II)




Sem balões de fala, nem legendas didascálicas, tampouco cartuchos de texto auxiliares, uma banda desenhada fica muda, mas não ininteligível. Sendo Vuillemin um autor inteligente, com forte sentido de humor, a sua produção tem grande incidência neste género em que se especializou. O "gag" que ilustra a presente postagem é facilmente compreensível com o simples visionamento das imagens.

"Sem Palavras" representa um tipo de BD que tem tido grandes cultores, tanto no passado como hoje em dia. Porque, inquestionavelmente, é uma forma de a fazer ultrapassar a barreira das diferentes línguas, e poder ser legível em qualquer parte do mundo.

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VUILLEMIN

Síntese biobibliográfica

Philippe Vuillemin (8 de Setembro de 1958, Marselha, França) iniciou-se na BD em 1977.  Desde então fez bandas desenhadas curtas para os magazines L'Écho des Savanes, Hara Kiri e Charlie Mensuel. Irreverente, tem escolhido para alvo da sua virulência figuras gradas da sociedade, de Lech Walesa ao Papa.

"Sales Blagues" - piadas mais ou menos "sujas", criadas por Reiser e Coluche, desenhadas por Vuillemin -, constituem importante componente da sua produção, mas a obra que lhe deu especial visibilidade  foi "Hitler= SS", sob argumento de Jean-Marie Gourio e que, publicada em álbum em 1987, criou grande controvérsia, por tratar um tema melindroso, os campos de extermínio nazis.

Dado o seu visual algo efeminado, tanto nas feições suaves como na longa cabeleira encaracolada, Vuillemin representou o papel da personagem andrógina Alexina no filme "Le Mystère Alexina", de René Ferret, em 1985.

Em 1994 e 1996 concretiza dois projectos dirigidos a um público mais jovem - "Voir la Mer" e "Pit-bull contre Zoulous", com argumento de Thierry Dedieu.

Sob chancela da Albin Michel - editora onde granjeou grande prestígio -, são editadas duas obras que reunem as suas bandas desenhadas dispersas: "Monde Merveilleux de Vuillemin" (1995) e "Chefs-d'Ouvre de Vuillemin" (1997). 

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Esta banda desenhada foi extraída da já desaparecida revista espanhola 
Totem el Comix nº 46 de 1989 (não tem data visível, apenas está deduzível numa homenagem gráfica a Mel Blanc, indicando 1908-1989) .
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Os interessados em ver a postagem anterior deste tema, poderão facilmente fazê-lo clicando no item Sem Palavras visível no rodapé.

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