terça-feira, maio 13, 2014
Exposições BD Avulsas (XLIX)
Relvas, nome de um dos autores de BD mais importantes da moderna banda desenhada portuguesa. começou a ter, finalmente, os destaques públicos que desde há anos merecia: depois de lhe ter sido atribuído, pelo Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, o Prémio Nacional de BD 2012, complementado, no mesmo certame, com a exposição "Relvas a Três Tempos", chega agora a vez de ser distinguido com a mostra "Fernando Relvas e a Revista Tintin", centrada na sua colaboração com aquela revista portuguesa de BD.
A organização do evento é da responsabilidade do CNBDI - Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem, equipamento cultural da Câmara Municipal da Amadora.
Como se pode ver pelo cartaz que ilustra o presente post, a exposição inaugura-se a 16 de Maio (6ª feira), pelas 19h00, na sala de exposições temporárias do CNBDI
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RELVAS, Fernando
Síntese biográfica
Fernando Carlos Nunes de Melo Relvas, 20 de Setembro de 1954, Lisboa.
Relvas iniciou-se na BD em 1975, colaborando nos fanzines O Estripador e O Gorgulho.
Estreou-se a colaborar em jornais em 1976, no Gazeta da Semana, com a personagem Chico.
Voltaria mais tarde aos jornais, designadamente a: Pau de Canela, O Fiel Inimigo (depois apenas Inimigo), Sete, GrandAmadora, Diário de Notícias, Mundo Universitário.
Entre todos destaca-se o semanário Sete, onde teve extensa produção bedística, de 1982 a 1987: Concerto Para Oito Infantes e Um Bastardo, Niuiork, Sabina, Ai Este Chavalo Seria Tão Baril Se..., Herbie de Best, Sangue Violeta, Karlos Starkiller Jornalista de Ponta, todas a preto e branco, e Nunca Beijes a Sombra do Teu Destino, A Noite das Estrelas, O Diabo à Beira da Piscina, O Atraente Estranho, estas quatro a cores.
Há bandas desenhadas suas em várias revistas de BD: Mundo de Aventuras, ("0-3-0 O Controlador Louco"), Fungagá da Bicharada, Mosquito (5ª série), no respectivo suplemento "O Insecticida", Lx Comics e especialmente na Tintin, onde teve considerável produção (Espião Acácio, Viagem ao Centro da Terra, Rosa Delta Sem Saída, L123, Cevadilha Speed, Slow Motion, Kriz 3).
Fez também BD em revistas de temas diferentes, nomeadamente Pão Comanteiga e Sábado ("O Rei dos Búzios").
Em 1990 obteve o 1º prémio do concurso "Navegadores Portugueses", organizado pelo CNC-Centro Nacional de Cultura, com a obra "Em Desgraça - As Aventuras de Vaz Taborda".
Tem obras editadas em álbuns: colaboração no colectivo "Noites de Vidro", aavv (1991); "Em Desgraça - As Aventuras de Vaz Taborda" (1993), "As Aventuras de Piri-Lau O Nosso Primo em Bruxelas" (1995), "Karlos Starkiller Jornalista de Ponta" (1997) - recolha da série homónima publicada no semanário Sete; "Uma Revolução Desenhada: o 25 de Abril e a BD" (1999).
Enquanto profissional da BD e Ilustração, editou ele próprio os seus prozines (Ananaz Q Ri e Ménage à Trois), mas colaborou também nos fanzines Édito e Quadrado (2ª série).
Em Setembro de 1989, no V Salão Internacional de Banda Desenhada do Porto participou numa exposição colectiva; em Março de 1997 foi-lhe dedicada uma exposição, pela Bedeteca de Lisboa, intitulada "Relvas à Queima-Roupa", com edição de catálogo; em 1998 foi um dos vários autores portugueses incluídos na exposição "Perdidos no Oceano", organizada em França pelo Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême, na edição desse ano.
Publicadas em língua inglesa tem as seguintes obras: Palmyra (2007), The Chinese Master Spy (2008), Li Moonface (2011), Ask a Palmyra: How Can Transgenic Fish Make You Sex Crazy? (2013).
Em 2012 realizou o seu primeiro filme de animação, "Fado na Noite", ambientado em Lisboa, nos meados do século XIX. O filme foi financiado pela RTP e Ministério da Cultura.
Em Setembro de 2002 foi homenageado pela Tertúlia BD de Lisboa.
Em 2013 foi-lhe atribuído o Prémio Nacional de BD/2012 pelo Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, onde esteve representado na exposição "Relvas a Três Tempos".
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