domingo, novembro 02, 2014
AmadoraBD 2014 ("Post" 3 de 4)
Foram divulgados ontem, 1 de Novembro, num espectáculo que decorreu nos Recreios da Amadora, os vencedores, autores e obras, dos Prémios Nacionais de Banda Desenhada, além do nome do galardoado com o Troféu de Honra, respeitantes ao AmadoraBD 2014.
Eis a lista:
Troféu de Honra - Carlos Baptista Mendes (embora o nome utilizado por este veterano tenha sido habitualmente apenas Baptista Mendes).
A sua obra mais recente, publicada em álbum, tem por título "Portugueses na Grande Guerra 1914-1918" (Composto por bandas desenhadas publicadas em fins dos anos sessenta e inícios da década de setenta na revista Jornal do Exército, e mais dois episódios criados propositadamente para este álbum acabado de editar pela Arcádia), tendo servido de base para a exposição montada na Galeria dos Paços do Concelho (Câmara Municipal da Amadora), e serve agora para ilustrar o topo deste poste (onde se confirma o nome artístico usado pelo autor).
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Melhor Álbum Português
Zona de Desconforto
AAVV (Amanda Baeza, André Coelho, Cristina Casnellie, Daniel Lopes, David Campos, Francisco Sousa Lobo, José Smith Vargas, Júlia Tovar, Ondina Pires e Tiago Baptista)
Editora: Chili Com Carne.
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Melhor Argumento para Álbum Português
André Oliveira com HAWK
Editora: Kingpin Books
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Melhor Desenho para Álbum Português
Pedro Massano em A Batalha 14 de Agosto de 1385
Editora: Gradiva
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Melhor Álbum de Autor Português em Língua Estrangeira
Safe Place, de André Pereira e Paula Almeida
Editora: Kingpin of Comics
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Melhor Álbum de Autor Estrangeiro
As Serpentes de Água, de Tony Sandoval
Editora: Kingpin Books
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Melhor Álbum de Tiras Humorísticas
No Presépio, por Álvaro e José Pinto Carneiro
Editora: Insónia/Álvaro Santos
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Melhor Ilustração de Livro Infantil de Autor Português
Vera Tavares, em Lôá Perdida no Paraíso
Editora: Tinta da China
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Prémio Clássicos da 9ª Arte
Maus, de Art Spiegelman
Editora: Bertrand
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Fanzine
Espaço Marginal, de Marco Silva
(Instituto Politécnico de Beja)
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Para ver postagens anteriores relacionados com o tema Festivais bastará clicar nesse item visível no rodapé
Caro
ResponderEliminarGeraldes Lino
É um álbum a não perder - direi mesmo, necessário para compreender todo esse período conturbado de Portugal e da Europa.
Está magistralmente desenhado, com um excelente argumento, como só o Baptista Mendes sabe fazer.
Sobre o Autor, tenho de dizer que é um dos mais destacados; como Homem, é uma excelente pessoa, tanto na seriedade com que trata os seus trabalhos, como na partilha que disponibiliza com quem com ele contacta.
Este álbum vem demonstrar que, para além do entretenimento, a BD é cultura e registo histórico, que DEVIA ser administrado no ensino, onde (até agora)duas ou três patacoadas de historietas pretendem dar a conhecer a História dé Portugal e deixar os alunos, à saída, menos interessados nela do que quando entraram.
Posso dizer-te que adquiri o Jornal do Exército devido às duas páginas do BM.
Abraço
Santos Costa
Tens toda a razão em relação em relação à BD infantil.
ResponderEliminarColoquei esse ponto há dois anos quando fui jurado. Não se compreende (ou até se compreende) que haja um prémio para ilustração infantil e não haja para a BD.
Mas pronto... como eu não percebo nada disto (sou um bedófilo), nem me preocupo mais com isso. Deixo esse problema para as mentes brilhantes.
Abraço
Caro Santos Costa
ResponderEliminarTambém já comprei o álbum, mas devo dizer que conhecia alguns dos episódios do Baptista Mendes (e do Augusto Trigo, por exemplo) publicados ao longo dos anos na revista "Jornal do Exército", cheguei a ir muitas vezes à Graça para a comprar. E agora vou de propósito, de vez em quando, ao Estado Maior do Exército, onde a revista é gratuita.
Sim, é como dizes, a Banda Desenhada, para além da sua componente de entretenimento, tem também outras, bem fortes, de transmissão de cultura, de tratar problemas sociais, mas também políticos, como é o caso de tantas obras maiores, criadas ao género de "graphic novels", designadamente "Maus", de Art Spiegelman, "Palestina", de Joe Sacco, Persépolis, de Marjane Satrapi.
Infelizmente, continua a haver preconceitos, que vêm de longe no tempo, contra a BD, em especial por parte das camadas menos cultas, e também das cultas mas conservadoras.
Muitos de nós vamos lutando contra isso, mas não é fácil.
Grande abraço.
Caro Nuno Amado
ResponderEliminarNão sabia que já tinhas colocado esse mesmo problema que foquei no meu "post".
Seria bom que muitos dos que escrevem em blogues fizessem o mesmo, a fim de tentar convencer os responsáveis da AmadoraBD da pertinência deste ponto de vista.
Abraço.
Caro Nuno Amado
ResponderEliminarAlgum tempo depois de ter escrito a resposta anterior ao teu comentário, que agradeço, ocorreu-me o seguinte: chamar-te a atenção para o facto de os Prémios Profissionais de BD -PPBD sofrerem do mesmo defeito, ou seja, também não incluirem prémio para a BD infantil portuguesa e/ou estrangeira.
Ora tendo sido tu um dos criadores desses prémios, e mantendo-te desde sempre como co-responsável pela sua organização, que surgiu um tanto por oposição e correcção aos prémios atribuídos pelo Festival BD da Amadora, como explicas esta lacuna que afinal também nos PPBD ostraciza a BD infantil?
Geraldes Lino, nos PPBD os livros de BD Infantil concorrem directamente com todos os outros livros. Isto para já, nunca se sabe se num futuro poderemos fazer a distinção. Estas coisas têm a ver com verbas e orçamentos! O dinheiro destas coisas tem saído do nosso bolso e não de entidades públicas...
ResponderEliminarNa Amadora é mais visível porque existe um prémio de ilustração infantil.
Boa tarde.
ResponderEliminarGostaria de lhe enviar um desenho assinado M Sobral com a finalidade de saber alguma coisa sobre este autor.
Pode dar-me um endereço de email para este efeito?
Grato
José Pinheiro de Figueiredo
pinheiro.figueiredo@gmail.com
Nuno Amado
ResponderEliminarPelas tuas palavras deduz-se que, na opinião dos responsáveis dos PPBD, os álbuns da escassa produção de banda desenhada infantil portuguesa podem ser integrados no mesmo patamar da BD realista, seja de crítica social, autobiográfica ou histórica.