sábado, fevereiro 28, 2015

Fanzines Esses Desconhecidos-Bhreu Fanzine nº 0 - Primeiro zine editado na Sertã









Bhreu Fanzine foi lançado na vila de Sertã no mês de Dezembro, editado, escrito e desenhado 
por sócios do  
Clube da Sertã. Trata-se de um fanzine "mix", 
ou seja, 
inclui um misto de temas, entre os quais 
a banda desenhada.


Por conseguinte, o Bhreu corresponde a um dos três itens já antes citados neste blogue fanzinístico, o dos fanzines com BD.

Os restantes dois dividem-se em: 
de BD - todos preenchidos com bandas desenhadas; 
sobre BD - totalmente dedicados a textos de estudo, de crítica e de divulgação da especialidade.

Apesar de não ser editado por um amador, um fã de zines, o Bhreu mantém a condição de publicação amadora pelo facto de ter por editora uma colectividade cultural, sem fins lucrativos.

De resto, corresponde inteiramente às características que se integram no conceito de fanzine: as colaborações são pro bono, a tiragem é pequena, não permitindo uma distribuição a nível nacional, e a periodicidade não existe, sai quando sai, quando há colaborações gráficas e literárias prontas e suficientes para publicar.

O Bhreu Fanzine apresenta-se sob óptimo aspecto gráfico, com perfeita impressão digital - muito idêntica à offset - sobre excelente papel couché.   

O seu conteúdo compõe-se de bandas desenhadas, cartunes, ilustrações, fotografias, composições artísticas, e artigos sobre temas bastante diversificados, abarcando a actividade teatral local, crítica de cinema, bandas e projectos musicais, fotografia, vinhos, arte contemporânea, uma biografia de personalidade local e apontamentos biográficos.

Colaboração de (por ordem alfabética):
André Ventura
Hugo Xavier
João Miguel
Jorge Firmino
Lúcia Leitão
Marco Figueiredo
MC - Margarete Casquinha
Miguel Calhaz
Osvaldo de Campos Antunes
Paulo Belchior
Pedro Antunes
Rui Martins ("Pesadelo" ou apenas "Pesa")
Rui Pedro Lopes
Rui Silva



Ficha Técnica

A frase que aparece escrita na página 2 a apresentar os responsáveis do "Brheu" é desconcertante, a condizer com o espírito fanzinístico, e reza assim:

"Directores, Editores e Ditadores deste fanzine, são todos aqueles que não participam"
 
Título: Bhreu Fanzine
Nº 0 - Dezembro de 2014
Formato: A4 (21x29,7cm)
Nº de páginas: 40
Impressão digital a preto e branco
Tiragem de 100 exemplares
Sem regularidade periódica

Uma produção:
Clube da Sertã

Revisão ortográfica:
Geraldes Lino

Morada: Rua Serpa Pinto
Código Postal: 6100-730 Sertã 
Telefone: +351 918 721 460

http://clubedaserta.pt

Para participar enviar trabalho para o endereço de email.
bhreufanzine@clubedaserta.pt

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Nota: O Bhreu Fanzine é acompanhado por um CD, editado pelo Clube da Sertã, com três "demos" que incluem interpretações de Miguel Calhaz, sendo o primeiro intitulado "Era Uma Vez Um País", que deu azo à realização da banda desenhada homónima, com desenhos de Hugo Xavier, incluída no zine. 

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Imagens que ilustram o presente "post":

1. Capa do Bhreu Fanzine, com fotografia por André Ventura e composição gráfica de Lúcia Leitão

2. Primeira e última prancha da banda desenhada "... Era Uma Vez Um País!?!", com desenhos de Hugo Xavier e argumento de Miguel Calhaz


3. Artigo de opinião sobre o filme "Repórter X", por MC

4. Recolha na Internet de definições de Banda Desenhada, apresentadas graficamente dentro de balões de BD (trabalho de Rui Martins e Lúcia Leitão)

5. Bd "Manif", por Paulo Belchior

6. Cartune "Feliz Natalcool", por Rui Martins

7. Ilustração intitulada "Homem Bhreu", por Hugo Xavier (contracapa do zine)

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Notas pessoais acerca da minha ida à Sertã


Não conhecia a Sertã, e fiquei muito bem impressionado com a vila, pelas paisagens que a rodeiam, pela transparência das águas da ribeira que a atravessa, pela simpatia dos sertaginenses e pela buliçosa vida nocturna.

Esclareço: a vida nocturna a que me refiro tem a ver com o Clube da Sertã, uma colectividade local com grande papel de animação cultural e artística, onde passei as noites de sexta e sábado, 19 e 20 de Dezembro, respectivamente.

Ali assisti a um concerto de guitarra clássica, à inauguração de um núcleo museológico - o "Gabinete de Curiosidades", com a presença da vereadora da C. M. da Sertã, Drª Cláudia Sofia Farinha André -, ali estive inserido num "Seminário sobre Fanzines", complementado com o lançamento do Bhreu Fanzine pela sua activa e discreta coordenadora, Lúcia Leitão, e ali acabei a noite, às tantas da madrugada, a balançar o corpo, mais mentalmente do que fisicamente, ao som do rock cantado e tocado por Rui Martins - aliás "Pesadelo", ou simplesmente "Pesa" -, acompanhado pelos músicos Marco Figueiredo e Pedro Antunes, um trio com quem estabeleci contacto fraterno.

Como é que se me proporcionou mais esta experiência, à pala da BD e dos fanzines? Simplesmente com uma ida minha ao Teatro da Luz assistir a um concerto ao vivo do programa "Viva a Música", organizado por Armando Carvalheda para a Antena 1 da RDP, para ouvir a prestação de uma banda que não conhecia, a "PopXula", composta por Miguel Calhaz, Rui Martins, Pedro Barata, Marco Figueiredo e Fernando Fachada.

Gostei do que ouvi, e quando soube que na caixa do CD estava incluído um folheto com uma pequena banda desenhada, comprei-a de imediato.

No acto da compra conheci Rui Martins, e na breve conversa apercebi-me de que se tratava de um músico e professor de música apreciador de BD, que me falou com entusiasmo do autor da bd curta, Hugo Xavier.

Trocámos contactos, e não demorou muito até que tivesse novidades: o Rui Martins dava-me conhecimento de que o Clube da Sertã estava a preparar um fanzine, o qual teria direito a festa de lançamento em Dezembro, num fim-de-semana (dias 20 e 21), e que me convidavam para fazer um seminário sobre fanzines.

Aceitei - sempre tive, ainda tenho, dificuldade em recusar este tipo de convites. E a verdade é que me foi oferecida uma estada na Sertã ao mais alto nível: fiquei hospedado no muito acolhedor e belíssimo Convento da Sertã Hotel (um edifício histórico, antes praticamente ao abandono, recuperado com rigor e bom gosto), e fiz as minhas refeições no categorizado restaurante "Santo Amaro", pertencente à família proprietária do hotel, de que o rosto visível é o da amável e competente Elsa Marçal.
Fiquei com uma óptima impressão do Santo Amaro, onde comi uma saborosíssima sopa de peixe e uns tradicionais e bem condimentados maranhos.

Um fim-de-semana que sinceramente recomendo a quem gosta de sair de Lisboa de vez em quando.

Geraldes Lino
Militante da BD e dos fanzines, e gastrónomo amador. 
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Os interessados em ver/ler os anteriores "posts" dedicados a este tema, poderão fazê-lo 
clicando no item 
 "Fanzines Esses Desconhecidos" 
 visível no rodapé 

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