Curtas de BD - Trillo e Mandrafina

É bem (re)conhecido o talento ficcional do argumentista Carlos Trillo, autor do argumento/guião desta curta de BD intitulada Ciclo Vital, em que também se pode admirar o estilo gráfico correcto de Mandrafina.

Mas é em especial o argumento desta curta que impressiona. Há uma componente bem real na personagem Beto, um eficiente funcionário que, por amor, sente o impulso de largar o emprego seguro mas rotineiro, para seguir uma vida aventurosa com a namorada Mariana, música e cantora. 

Os conselhos dos colegas e dos pais vão influenciá-lo, e o ciclo vital fechar-se-á com uma imagem repetitiva e pungente. Curta, mas intensa, esta banda desenhada, publicada na revista O Mosquito (V Série) nº6 - Março de 1985. 

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TRILLO

Síntese biográfica

Carlos Trillo (Buenos Aires, Argentina, 1de Maio de 1943, Londres, 7 de Maio de 2011).
Argumentista/guionista prolífico, Trillo escreveu ficções para Horacio Altuna, Jordi Bernet, Eduardo Risso, Mandrafina, Alberto Breccia, Enrique Breccia e Carlos Meglia.
Começou a trabalhar em 1964 na revista Patoruzú, com a qual colaborou até 1968.
Em 1972 iniciou colaboração na revista Satiricon, de que foi director artístico, e pela primeira vez trabalhou na BD com Horacio Altuna. Essa revista foi proibida em 1976 pela junta militar argentina.
Em 1975 passou a colaborar na revista Mengano, na qual foi co-autor, também com Altuna, da tira cómica El Loco Chávez, publicada diariamente no jornal diário Clarin, de Buenos Aires, entre 1975 e 1987.
Uma das suas obras mais importantes foi Alvar Mayor, de que foi co-autor com o desenhador Enrique Breccia, história publicada na revista Skorpio, entre 1977 e 1983. O protagonista Alvar Mayor é um mestiço, filho de mãe inca e pai espanhol, e a trama localiza-se no Perú do século XVI. Esta série teve alguns episódios publicados em Portugal na revista Selecções BD.
Carlos Trillo faleceu em Maio de 2011, quando se encontrava a gozar férias em Londres.
       
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MANDRAFINA

Síntese biográfica

Domingo Cacho Mandrafina, Buenos Aires, Argentina, 2 Novembro 1945.
Ilustrador e autor de BD, Domingo Mandrafina, conhecido por Cacho entre os seus amigos e colegas, começou por ser admirador de Milton Caniff, depois seguiu na esteira de Arturo del Castillo, Hugo Pratt e Alberto Breccia, quando fazia bandas desenhadas após os seus horários de trabalho como contabilista.
Mais tarde integra um estúdio de desenhadores - onde chegou a ter a companhia de Enrique Breccia - e ali começou a fazer bandas desenhadas de todos os géneros, inclusive episódios bélicos para o mercado escocês, em meados dos anos setenta do século passado.
Mandrafina tem colaborado com vários argumentistas, de que os mais importantes foram Guillermo Saccomanno e Carlos Trillo, tendo sido com este último que teve colaboração mais abundante.
   
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