Quando se fala do grande Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême, o que vem à baila é sempre a enorme dimensão do evento, e a frase que ocorre é "à grande e à francesa", e fica-se sempre com a impressão de que os autores de BD que por lá passam são privilegiados e bem pagos.
Mas, ao que parece, as coisas não são tão lineares, e fiquei impressionado com o panorama complicado que grande parte deles enfrentam, isto segundo uma notícia divulgada ontem, e que reproduzo parcialmente:
"(...) mais de 400 artistas de banda desenhada, entre os quais Lewis Trondheim e Guillaume Bouzard, que preside ao júri de Angoulême, alertam para a situação de precariedade vivida por muitos artistas, desenhadores e autores, em particular no mercado editorial franco-belga."
Mas, depois desta má notícia, e já que estou a falar de banda desenhada e de Angoulême (da 45ª edição, iniciada a 25 do corrente mês de Janeiro, e que terminará no dia 28 do mesmo mês), aproveito para dizer que o festival presta homenagem a Cosey (distinguido em 2017, daí o cartaz do festival de 2018 reproduzir uma composição dele) e registo também o nome do autor galardoado com o Grande Prémio, o norte-americano Richard Corben (77 anos), que se junta assim aos seus compatriotas anteriormente galardoados com o troféu máximo daquele evento (criado em 1974): Will Eisner, Robert Crumb, Art Spiegelman e Bill Watterson. Poucos, mas bons.
Reproduzo em seguida, com a devida vénia, um comentário que li no sítio Sapomag:
"Considerado o mais importante evento europeu dedicado à banda desenhada, o festival de Angoulême deu este ano especial atenção à banda desenhada japonesa (mangá), em particular a autores como Naoki Urasawa e Hiro Mashima, e prestou homenagem ao autor suíço Cosey, Grande Prémio de 2017, e ao francês Jacques Martin, falecido em 2010.
A 45ª edição do Festival de Angoulême encerra este domingo"
Para ver postagens anteriores relacionadas com este Festival, basta clicar no item Angoulême BD indicado no rodapé
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