Caprioli, autor italiano de nomeada, com número assinalável de bandas desenhadas publicadas em Portugal - nas revistas Cavaleiro Andante, Colecção Lince, Jornal da BD, Jornal do Cuto, Mundo de Aventuras, em álbuns, e nos fanzines Franco Caprioli - no Centenário do Desenhador Poeta e Fandaventuras - vai ter direito a exposição na sede do Clube Português de Banda Desenhada.
Mantém-se assim a colaboração entre o CPBD, a Câmara Municipal de Moura e o GICAV de Viseu.
Local e data da Exposição
Local
Clube Português de Banda Desenhada - CPBD
Avenida do Brasil, 52A
Reboleira
Amadora
Data e hora
20 de Outubro
16h00
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CAPRIOLI
Breve biobibliografia
Franco Caprioli, um dos mais ilustres autores da banda desenhada italiana e mundial, nasceu em Mompeo, província de Rieti, no dia 5 de Abril de 1912.
Desde cedo, manifestou grande paixão pelas coisas do mar (talvez influenciado por um tio, Capitão de fragata), o que, aliado ao jeito para o desenho, originou um caso curioso: o pequeno Caprioli começou a desenhar o mar mesmo antes de o ter visto pela primeira vez! Esta paixão manteve-a ao longo da vida o que, naturalmente, se refletiu na sua obra, onde a temática marítima e os países exóticos tiveram um papel muito relevante. Por essa razão Caprioli ficou conhecido como “O Poeta do Mar”.
A sua “imagem de marca” foi a utilização do “pontilhismo” (técnica que consiste em desenhar pontos muito próximos uns dos outros, para dar a ilusão de sombras ou relevo), que aplicou com mestria nas histórias que desenhou.
A obra de Caprioli - imensa e magnífica – espraiou-se por revistas italianas mas também inglesas, francesas, belgas, espanholas e portuguesas.
Na sua obra contam-se algumas das melhores adaptações de clássicos da literatura popular, muitas delas publicadas no nosso país como, por exemplo, “A Ilha Misteriosa”, “Miguel Strogoff”, “Os filhos do Capitão Grant”, “Os violadores do bloqueio” ou “Aventuras no Mar” (romances de Julio Verne, editados nos anos 70 e 80, sob a forma de álbum BD, e que hoje se encontram praticamente esgotados).
“Os filhos do Capitão Grant” foi mesmo a última história em que o artista trabalhou, deixando-a inacabada devido ao seu súbito falecimento, em Roma, a 8 de Fevereiro de 1974.
Outro desenhador italiano, Gino D’Antonio, completaria, posteriormente, o seu trabalho, desenhando as últimas sete páginas.
(Texto de Carlos Rico)
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Para ajudar à localização, aqui fica uma planta da área:
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