quinta-feira, janeiro 26, 2006
Festivais, Salões BD e afins - (Angoulême) 33° Festival (I) - Os prémios
Para se apurarem as obras escolhidas para serem premiadas, o processo é o seguinte: todos os anos, ao longo dos meses, o "comité" de selecção do festival recebe vàrias (*) centenas de àlbuns (*) apresentados pelos editores.
Desse numeroso lote inicial é estabelecida a selecçao (*) oficial, composta por seis categorias de prémios. Em cada categoria ficam propostos sete albuns para a competiçao final.
Vejamos entao os sete propostos, nesta fase, para cada um dos prémios:
Prémio do melhor àlbum:
Ripple, de Dave Cooper; Hanté, de Philippe Dupuy; Olivia Sturgess 1914-2004, de Floc'h e François Riviére; Notes pour une Histoire de Guerre, de Gipi; Les Damnées de Nanterre, de Chantal Montellier; Le Petit Bleu de la Côte Ouest, de Jacques Tardi; Fritz Haber - tome 1 - L'Esprit du Temps, de David Vandermeulen.
Prémio do desenho:
Chocottes au sous-sol, de Stéphan Blanquet; Mitchum, de Blutch; Le vol du corbeau, de Jean-Pierre Gibrat; Gogo monster, de Tayou Matsumoto; Prestige de l'uniforme, de Hugues Micol e Loo Hui Phang; Cinema Panopticum, de Thomas Ott; Quimby the mouse, de Chris Ware.
Prémio do argumento:
The autobiography of me too two, de Guillaume Bouzard; Les mauvaises gens, de Etienne Davodeau; Dans la prison, de Kazuichi Hanawa; Hemingway, de Jason; Le roi des mouches - 1 Hallorave, de Mezzo & Pirus; Les Passe-Murailles (1° vol.), de Jean-Luc Cornette e Stéphane Oiry; A History of Violence, de John Wagner & Vince Locke.
Prémio do primeiro àlbum
"Le blog de Frantico", de Frantico; "Essence", de Gawronkiewicz e Janusz; "Cornigule", de Takashi Kurihara; "Kinki et Cosy", de Nix; Aya de Yopougon, de Marguerite Abouet;" A la lettre près", de Cyrille Pommès; "The Goon", de Eric Powell.
Prémio do Patrimonio (*)
No festival anterior, quando foi iniciado este prémio, Eduardo Teixeira Coelho esteve nomeado, mas o seu nome desapareceu este ano.
Significa isso que este ano vai acontecer o mesmo, isto é, depois de ser escolhido um, todos os outros nomeados desaparecem para nunca mais, deixam de ter categoria para o préemio? Parece-me absurdo o critério, fico à espera de 2007 para ver o que acontece.
Este ano foram nomeados os seguintes autores de grande prestigio (incidindo sobre as obras indicadas a seguir):
Jean-Claude Forest e "Comment décoder l'etircopyh; Jaime Hernandez e "Locas"; Charles M. Schulz e "Snoopy et les Peanuts"; E.C.Seagar e "Popeye"; Cliff Sterrett e "Polly and Her Pals"; Osamu Tezuka e "Prince Norman"; Kazuo Umezu e "L'Ecole emportée".
Prémio da série
"Bouncer", de Boucq e Jodorowsky; "Black Hole", de Charles Burns; "Théodore Poussin" - 12° vol.- "Les Jalousies", de Frank Le Gall; "Lupus", de Frederik Peeters; "Pascin, la java bleue", de Joan Sfar; "Blacksad" - 3° vol. - "Âme Rouge", de Juan Garnido e Juan Diaz Canales; "Bone" - 11° vol. - "La Couronne d'Aiguilles", de Jeff Smith.
E ainda aparece outra lista de sete obras propostas para o Grand Prix RTL de la Bande Dessinée, que me excuso de indicar, por o considerar menos importante.
Do lote de quarenta e dois titulos (*) acaba por ser seleccionado um de cada tema pelo Grande Jùri (*) do Festival.
Mais interessante me parece o
Prémio da banda desenhada alternativa
Como aparece descrito, para se ver que nao sou eu a separar os géneros:
"Les revues et fanzines sélectionnées sont"
Portanto, aparecem agora "revistas alternativas" e "fanzines". E as nomeadas, e os nomeados, sao:
Abécédaire, Ailes du Corbeau (Les), Amiante (3 de França), Canicola (Italia), C'est bon anthology (Suécia), Claffouti, Cochon Dingue, Cosmic Tubes ( mais 3 de França), Dark Warrior (Ucrania), Dossier Kamb, Inedit (L'), (2 da Bélgica), Institut Pacome, Megalith, Moi Je, Morocco, My Way, Oculaires (Les), On a marché sur la bulle, Patate douce, Phylloxera (9 de França), Reddition (Alemanha), Sesame, Skermu (2 de França).
Pena que Portugal nao esteja representado, e contra mim falo.
(*) Problemas literarios e ortograficos: tive necessidade de arranjar textos onde evitasse algumas palavras, embora nem sempre o conseguisse, isto porque nestes teclados franceses é inexistente o acento agudo nas letras a, i, o, u e o acento til (nao existe). Por isso escrevi àlbum (é menos "grave" pôr acento grave do que nao pôr nenhum, e em vez de escrever "sao propostos" escrevi ficam propostos, e muitos outros rodeios do género.
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