Capa do álbum que contém 45 episódios a cores de O Patinho e os seus amigos - Autor: Rui Cardoso
Com a presença especial de Rui Cardoso (*), autor com obra publicada inicialmente em revista, depois em álbum, sob o título O Patinho e os seus amigos, e projectada na televisão (quem não conhece a série televisiva Os Patinhos, de cariz infantil?), estaremos, em boa confraternização bedéfila, no Parque Mayer, a fim de prestarmos destaque público, informal, a um autor de banda desenhada infantil, um quadrante da arte da Figuração Narrativa nem sempre devidamente valorizado.
Lá estaremos, no espaço possível, um restaurante, para uns tantos - costumam ser cerca de quarenta pessoas - nos reunirmos. Quando digo "espaço possível", tenho de esclarecer o que quero dizer.
E o que quero dizer é o seguinte: a minha ideia inicial - quase utópica, por implicar investimento económico mensal praticamente impossível de obter - era a de organizar uma reunião mensal num espaço onde houvesse uma mesa e uma cadeira em cima de um estrado, para o autor que fosse o homenageado ficar bem visível para todos os presentes, que se sentariam numa espécie de plateia a ouvi-lo e, no fim, a dialogar com ele. Digamos, um colóquio mensal, que duraria para aí cerca de duas horas.
Para isso seria necessário alugar um espaço, primeira dificuldade. Depois, teria de ser num período de tempo antes ou depois do jantar, num dia útil (fim de semana não, porque, em especial no verão, há sempre saídas de Lisboa).
Se fosse antes de jantar, a começar aí por volta das sete da tarde, a maior parte dos participantes começaria a debandar quando se aproximassem as oito, hora de ir para casa, para a refeição em família, ou outra coisa qualquer.
Se o encontro fosse marcado para as nove, nove e meia da noite, em dias de invernia só lá estaria meia dúzia de pessoas, o que seria quase uma ironia para um encontro cuja finalidade principal é a de homenagear um autor ou, no caso dos mais novos, lhes dar um incentivo.
Portanto, a fim de conseguir quorum, digamos assim, para a finalidade pretendida, decidi que teria de arranjar um estratagema. E, para juntar cerca de quarenta portugas, e mantê-los no local entre as 20h00 e as 23h00, teria de se começar por um jantar, a parte necessária mas não suficiente, nem importante, da tertúlia. Tanto assim que há quem lá apareça mais tarde, só para conviver e participar nas 2ª e 3ª partes, ou seja, o "Sorteio BD" - sempre com boas surpresas e bastante divertida -, e na parte final, que é a verdadeira tertúlia, a conversa com o homenageado e/ou convidado especial.
E quando se esteve em presença de um Rui Zink, ou um Nuno Markl, por exemplo dois dos muitos autores que por lá já passaram, a conversa animada esteve garantida. Vamos a ver como será com Rui Cardoso.
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(*) Rui Cardoso, de nome completo Rui Manuel Zeferina Cardoso, nasceu na Azambuja em Setembro de 1968, frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa - ESBAL, até ao 3º ano de Design de Comunicação. Começou a ser conhecido na BD, em termos de divulgação pública, sob o pseudónimo "Ruca", num concurso organizado pelo Clube Português de Banda Desenhada-CPBD, na década de 1980, e a sua iniciante obra demonstrou qualidade suficiente para os responsáveis da, então significativamente activa, colectividade, a publicarem no seu fanzine "Boletim do CPBD".
Anos mais tarde, surge na televisão uma série - que regressou ao chamado "pequeno ecrã" - denominada Os Patinhos, que teve publicação na revista "TV Guia" a partir de 4 de Setembro de 1999, e de que tenho recortes até 8 de Setembro de 2000, não posso afirmar que tenha acabado a publicação nessa data.
As pranchas com episódios foram publicados posteriormente - Novembro de 2000 - nas páginas de um álbum brochado, em formato 33,5x40cm, ligeiramente superior a A4, intitulado O Patinho e os seus amigos, tendo em rodapé o subtítulo Aventuras em banda desenhada, álbum esse com a chancela TV Guia Editora, de que desconheço outras incursões na BD.
Rui Cardoso, noutra área, a cinematográfica, tem já significativa filmografia. Quem quiser saber mais qualquer coisa sobre isso, basta ir ao google e escrever animanostra rui cardoso. Porque aqui, neste blogue, fala-se é de BD :-)
A sessão de perguntas e respostas pós-jantar foi bem animada,a demonstrar a curiosidade dos tertulianos pelo mundo da Animação, mais concretamente pela Animanostra.
ResponderEliminarSim, apesar de estarmos numa tertúlia dedicada à Banda Desenhada, os bedéfilos gostaram de ter a possibilidade de saberem coisas acerca do universo do Cinema de Animação, e as perguntas choveram, sobre o "modus faciendi" dos filmes, da actividade da Agência Animanostra, etc. Foi uma boa tertúlia, eu acho.
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