quarta-feira, dezembro 30, 2009

Autores portugueses editados no estrangeiro (I) Vasco Colombo na revista "El Tebeo de la Biennal"

Prancha 1 de 4 Prancha 2 de 4 Prancha 3 de 4 Prancha 4 de 4

(Sim, de facto as legendas estão quase imperceptíveis, mas tudo se resolve com o tal clic em cima das imagens, todos os iniciados o sabem, esta conversa é mesmo só para iniciantes)

Julgo que estas pranchas constituirão surpresa para muitos bedéfilos, visto que a presente banda desenhada foi editada em Espanha e, salvo erro, nunca publicada em Portugal.
Quanto ao nome de Vasco Colombo, seu autor, é praticamente desconhecido na BD para os bedéfilos mais jovens, porque a sua actividade tem-se cingido, desde meados da década de 1990, à Ilustração.

Capa de Xavi Muntada

El Tebeo de la Biennal
(Biennal 87) é uma publicação misto de revista e catálogo, dedicada à banda desenhada, em edição do Ayuntamiento de Barcelona, e inclui obras de autores de vários países: Espanha (Barcelona, Sevilha); Grécia (Atenas, Tessalónica); Itália (Bolonha, Milão, Modena, Roma); Portugal (Lisboa, Porto) .

Vasco Colombo e António Jorge Gonçalves são os representantes portugueses, cada um com uma bd de quatro pranchas, a cores.
Optei por mostrar apenas a de Vasco Colombo, por ter sido feita propositadamente para aqui ser publicada, enquanto que a de AJG aproveita excerto de uma bd sua com publicação anterior.
Apesar de realizada há já doze anos, Algarve, 7 da manhã, a bd do Colombo (um dos irmãos, o outro é o Jorge) mostra uma preocupação bem presente nos dias de hoje - a cada vez mais visível escassez da preciosa água -, embora a finalize com uma situação misteriosa e desconcertante, mas de cambiantes positivos embora em registo de gag.

Vasco Colombo
El Tebeo de la Biennal
Texto em catalão, conquanto as bandas desenhadas sejam publicadas no idioma original, como está indicado na ficha técnica:
Totes les historietes es publiquen en el seu idioma original
Vale a pena ler o texto de apresentação da peça por Joan Navarro (que tive o prazer de conhecer nesse ano 1987), do qual transcrevo um excerto na língua catalã (que, na leitura, se compreende com relativa facilidade):

"PRESENTACIÓ
(...) El Tebeo de la Biennal recull, en aquesta ocasió, els traballs presentats per diverses ciutats del Sud d'Europa, de Lisboa a Atenas. Una participació molt rica en el sentit que reflecteix les diversas tendêncies per les que travessa el còmic europeu.
Es una participació en conjunt singular, per quant existeix des de principis de segle una marcada diferência entre la historieta creada al Sud d'Europa i les dues tendències dominants des dels anys 30: la historieta anglo-saxona, e la franco-belga.
Vaurem si de gent com la que ara publiquen per primera vegada surten els continuadors de noms tan illustres com Eduardo Teixeira Coelho, Jesús Blasco, Carlos Giménez, Hugo Pratt ó Liberatore, que com a minim han contribuit a fer que la historieta del Sud d'Europa sigui la más important per a nosaltres.

Joan Navarro
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El Tebeo de la Biennal
Formato ligeiramente mais largo do que o A4
Capa e contracapa a cores
Miolo: 64 páginas, umas a cores, outras a preto e branco
Edição de : Ayuntamiento de Barcelona
Data da edição: 1987

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Na lista de autores colaboradores, há um aspecto curioso no que se refere ao endereço de Vasco Colombo:
Rua do Bonfim, 158, 1º dto.
4000 Porto (Italia) (sic)
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Pequena síntese biográfica 
Vasco Colombo - Lisboa, Fevereiro 1966
Na BD, a sua colaboração mais marcante está reproduzida no semanário Sete (Se7e), em fins da década de 1980, onde foram publicadas várias bandas desenhadas de sua total autoria (desenho, argumento, legendage, colorização). Entre elas distingo a intitulada "No Trilho da Loucura", de que possuo um álbum-protótipo artesanal, que me foi oferecido por um amigo.
Colombo foi também um dos colaboradores da obra bilingue (português/francês), de reduzidíssima divulgação em Portugal, Oito Séculos de História de Portugal, livro de excelente aspecto, encadernado com capa dura a imitar tecido, destinado aos emigrantes portugueses em França.

sábado, dezembro 26, 2009

Comic Jam - 16ª prancha


O Comic Jam continua a efectuar-se, mensalmente, aquando da realização da Tertúlia BD de Lisboa, com autores quase sempre diferentes (com eventuais excepções).
Na passada tertúlia de Natal (que, obviamente, influenciou a temática da prancha), decidi, pela 2ª vez, pedir a colaboração apenas a autoras.
Daí que a autoria da prancha seja a seguinte: 


1ª vinheta - Inês Ramos
2ª " " " " - Ana Saúde
3ª " " " " - Rechena
4ª " " " " - Mariana Perry
5ª " " " " - Ana Maria Baptista
6ª " " " " - Sónia Carmo
 


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O que já foi realizado, nesta 2ª série do Comic Jam (afinal, um cadavre exquis):
Cada uma destas pranchas têm sido sempre constituídas por seis vinhetas, já estando concluídas 6 pranchas nesta 2ª série.
Eis os nomes dos colaboradores, por ordem alfabética:


1. Álvaro
2. Ana Maria Baptista (2 vezes)
3. Ana Saúde (2 vezes)
4. André Oliveira
5. André Reis
6. António Valjean
7. Carlos Páscoa
8. Daniel Maia
9. Falcato
10. Fil (Luís Filipe Lopes)
11. Filipe Duarte
12. Heguinil Mendes
13. Hugo Teixeira
14. Inês Ramos
15. JCoelho (2 vezes)
16. José Abrantes
17. Luís Henriques
18. Machado-Dias
19. Mariana Perry
20. Miguel Carneiro
21. Miguel Gabriel
22. Nélson Martins
23. Nuno Duarte
24. Paulo Marques
25. Pedro Massano
26. Pepedelrey
27. Rechena
28. Ricardo Cabrita
29. Ricardo Correia
30. Ricardo Reis
31. Rui Batalha
32. Sónia Carmo (2 vezes)

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Aos interessados em ver as cinco pranchas anteriores, recomenda-se que cliquem na barra em rodapé, onde se lê Comic Jam
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Editei em papel o fanzine Comic Jam (# 1), após a amostragem das pranchas mensais neste blogue, e pode ser visto na totalidade no meu outro blogue http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com/

Natal na Banda Desenhada

"Christmas Comics", um excelente "post" natalício (posso elogiá-lo porque não fui eu que o fiz...), especial para bedéfilos fãs de super-heróis, super-heroínas, boas capas de "comic books", tudo a ver com Natal. Nas revistas portuguesas antigas (Fagulha, Papagaio, Mosquito, Diabrete, Cavaleiro Andante, Mundo de Aventuras, entre outras) também há capas (desenhadas por portugueses, designadamente Eduardo Teixeira Coelho, Fernando Bento, Vítor Péon). relacionadas com o tema, e eu poderia fazer algo parecido (com a ajuda técnica de algum amigo/a "expert"). Mas não seria a mesma coisa... Em todo o caso, espero que no próximo Natal haja mais a este nível.

domingo, dezembro 20, 2009

Banda Desenhada portuguesa em jornais (CXVI) - Jornal Sol/suplemento Tabu - Autor: Nuno Saraiva




"Natal é sempre que um homem quiser", um cliché que agora dá jeito, porque esta banda desenhada com o título "O Natal de Emanuel", da série Na Terra como no Céu, criação semanal de Nuno Saraiva, já é do ano passado.

Ok, eu próprio não estou a perceber bem qual a relação entre uma coisa e outra, mas, vá, serve para justificar, o desfasamento entre a publicação da bd, em 20 Dez. 2008 (
in "Tabu", suplemento/revista do jornal Sol), e a reprodução neste blogue passado exactamente um ano.


Já vou contar tudo, tim-tim por tim-tim: vi esta bd à data da publicação, e pensei em reproduzi-la aqui. Mas meteram-se outros temas, diferentes postagens, e decidi guardar para o Natal seguinte, este em que estamos à porta.
 

E pronto, cá está ela, iniciada com dois cartuchos de texto bem demonstrativos do humor do Nuno - aqui algo desencantado, a raiar mesmo um tom amargo, como demonstra o episódio, com laivos de veracidade até à cena dos recibos verdes, pelo menos - ele que, cada vez mais, demonstra grande versatilidade e abrangência como autor completo de BD (desenho, argumento, cor, legendagem, é tudo dele!) e também na capacidade de trabalho (duas pranchas por semana).

Leia-se então o tal texto inserido nas duas vinhetas iniciais:

1ª vinheta:
"Esta é mais uma daquelas histórias típicas na banda desenhada, com enredo tão exagerado e com um final tão absurdo que ninguém no seu perfeito juízo acredita que possa espelhar alguma realidade deste ou de outro país.
Estamos na quadra da paz, do amor, do espírito da partilha... É Natal...!"

2ª vinheta:
"Emanuel andava à rasca há meses. Divorciado, contas para pagar, sem namorada mas a fazer olhinhos a uma linha de crédito fácil, com um filho de seis anos, prestes a entrar para a escola, et cetera, et cetera... Emanuel tinha, naquele Natal, decidido procurar trabalho mal remunerado, chato, mas fácil."

Não resisti a copiar estes dois textos, tipo teaser, tentando assim empurrar os amigos visitantes para a leitura completa da peça.
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Para ver as 115 postagens anteriores deste mesmo tema, basta clicar sobre o item Banda Desenhada portuguesa nos jornais, indicado no rodapé

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Concurso para criação de Mascote/Personagem de BD


Mais um concurso sem limite de idade máxima para os concorrentes!

Para contextualizar as intenções do concurso, há que dizer o seguinte:
As crianças e os jovens compõem um grupo de elevada sensibilidade, ideal para absorver normas que possam inculcar boas práticas direccionadas para a segurança rodoviária e a defesa da floresta contra incêndios.
Consciente deste facto, o Governo Civil do Distrito de Viseu, em parceria com o GICAV-Grupo de Intervenção e Criatividade de Viseu, resolveu organizar este

CONCURSO PARA A CRIAÇÃO DE UMA MASCOTE

Ora o que é que uma imagem tipo "mascote" tem a ver com a banda desenhada (tema-base deste blogue)?
Tem, pelo seguinte motivo:

A mascote será, num futuro mais ou menos próximo, utilizado como personagem de banda desenhada, em episódios didácticos, direccionados para um público com idades compreendidas entre os 6 e os 13 anos.

Qualquer bd que as entidades envolvidas na organização possam vir a editar, para uma eventual campanha a nível distrital, utilizando a mascote vencedora, tanto poderá ser realizada pelo vencedor do concurso como por qualquer outro autor/artista, contratado pela dupla organizativa.

DATA LIMITE PARA RECEPÇÃO DA IMAGEM DA MASCOTE:
29 JANEIRO 2010

Pormenor importante: cada concorrente terá de apresentar uma mascote/personagem de BD, colorida, em duas posições - frente e perfil - em formato A3 ou A4, e a imagem deverá ser feita num estilo adequado ao escalão etário dos 6 aos 13 anos, e aos propósitos cívicos a que se destina.

Cada concorrente poderá participar com um máximo de 3 projectos.

As obras participantes com o desenho da mascote poderão ser entregues pessoalmente, por quem viver em Viseu, ou não muito longe, ao
GOVERNO CIVIL DO DISTRITO DE VISEU
Av. Alberto Sampaio, nº 17
3514-512 VISEU

Quem habitar em local distante (espero que haja concorrentes de Lisboa), pode enviar por correio para a morada antes indicada (neste caso o sobrescrito só servirá se tiver o carimbo dos CTT de qualquer dia de Janeiro de 2010, até ao limite de 29, uma sexta feira.

PRÉMIOS
1º - € 500
2º - € 250
3º - € 125

Um pormenor nada despiciendo, que não está incluído no regulamento, mas cujo esclarecimento foi possível obter directamente da Chefe de Gabinete do Governo Civil de Viseu, Drª Mónica Patrícia Pinto da Costa:
No caso de a mascote vir a ser utilizada com fins comerciais (em álbuns, desenhos animados, filmes na televisão, etc.), os autores deverão ser compensados com uma percentagem dos lucros obtidos nessa operação.

A avaliação dos projectos concorrentes será efectuada no sistema blind review, para que o júri não possa saber os nomes dos autores.
Para tal, os projectos só poderão ser identificados por pseudónimos, escritos com letra bem legível.
No fim de contas, é o sistema habitual dos concursos de BD, e, tal como é costume, o concorrente terá de enviar um envelope identificado pelo mesmo pseudónimo que consta no exterior, contendo, no interior, fotocópia do B.I. (frente e verso), bem como os respectivos contactos (endereço físico, e-mail, número de telefone e de telemóvel).

Quaisquer dúvidas poderão ser esclarecidas por consulta a dirigir ao email:
gabinete@gov-civil-viseu.pt

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Quem tiver curiosidade em ver regulamentos de anteriores concursos, e até um texto de minha autoria intitulado "Concursos de Banda Desenhada - Subsídios para um estudo", com data de Outubro 09, 2009, bastar-lhe-á clicar no item abaixo indicado no rodapé

quarta-feira, dezembro 09, 2009

Autógrafos desenhados (X) - Neal Adams

"Click to view" (Se no site de Neal Adams aparece esta chamada de atenção, que motivo tenho eu para me coibir de também o fazer?)

Por inexperiência que ainda tinha na época, no que concerne à obtenção de desenhos com autógrafos dos autores valorizados com a respectiva dedicatória em meu nome, não fiz esse pedido, e assim tão importante pormenor não consta neste excelente improviso de Neal Adams, obtido em 1980 no italiano Salone Internazionale dei Comics, delle Illustrazione e del Cinema d'Animazione - Lucca 14 
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NEAL ADAMS

Síntese biobibliográfica

Neal Adams, autor/artista americano, nascido a 6 de Junho de 1941, em Governor's Island, Nova Iorque, após ter trabalhado em publicidade,torna-se assistente de Howard Nostrand em "Bat Masterson", e em 1959 assina vários episódios para "Archie".
Em 1962 inicia a sua colaboração com a tira de banda desenhada ("daily strip") de temas médicos, "Ben Casey", baseada na série homónima televisiva, o que faz até 1966, para a Newspaper Enterprise Association.
Em substituição de Lou Fine, Neal Adams trabalhou anonimamente, ou seja, como "ghost" (acontece aos melhores na BD americana!) na série "Peter Scratch", e também anonimamente, como assistente de John Prentice na famosa série "Rip Kirby".
Em 1967 entra para a National Periodic Publications (D.C. Comics), e após ter trabalhado nos títulos "Bob Hope" e "Jerry Lewis", começou a desenhar "Deadman", sob argumento de Jack Miller, na série "Strange Adventures". "Deadman" terminou em 1969.
Após isso, Adams trabalhou para a Marvel, nos títulos de grande popularidade "X-Men", "The Avengers" e "The Inhumans"; e para a National , "Teen Titans" e "Superman", além de ter ajudado "Batman" a regressar ao seu registo original de "criatura da noite".
Chegou também a colaborar no magazine National Lampoon.
Em 1970, ele e o argumentista Denny O'Neill criaram uma nova série para a National, "Green Lantern/Green Arrow", cancelada em Maio de 1972, depois de ter durado treze episódios.
Ainda na década de 1970, Neal trabalhou - embora num curto espaço de tempo - nas tiras de jornais da série "Big Ben Bolt" (baptizado em Portugal por "Luís Euripo", na [revista] Mundo de Aventuras), e foi autor de vários títulos, inclusive "Crazyman", bem como "ghost" em "The Heart of Juliet Jones" (série publicada a cores, durante anos, no jornal O Primeiro de Janeiro, do Porto).
Um ponto alto da carreira de Neal Adams foi ter sido eleito, em 1971, presidente da Academy of Comics Book Arts - ACBA, associação americana que engloba os profissionais dos "Comics".
Neste mesmo ano, foi-lhe atribuído o prémio francês "Phénix", por ter sido eleito como autor da "Melhor banda desenhada estrangeira, a "Green Lantern".


Claro que posteriormente já foi galardoado com vários outros prémios:

"Alley Awards", em 1967, na categoria de "Melhor Capa"; em 1968, na alínea "Melhor Argumento"; e em 1969, por ter sido considerado "Melhor Desenhador".

Em 1970 foi-lhe atribuído o "Shazam Awards".
Na década de 1980 o grande ilustrador trabalhou para a Pacific Comics, e fundou a sua própria editora, a Continuity Comics, pela qual editou Bucky O'Hare, Cyber Rad e Ms Mystic, esta última uma fascinante feiticeira, de longa cabeleira branca, queimada na fogueira durante a caça às bruxas de Salem (1692-1695), que "viveu", enquanto personagem de BD, entre 1982 e 1994, ao longo de nove edições. .

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Deste mesmo tema há vários textos anteriores, relacionados com desenhos e autógrafos dos autores indicados na lista abaixo indicada.
Para quem quiser ver os respectivos desenhos, bastar-lhes-á clicar na etiqueta "
Autógrafos Desenhados" mostrada no rodapé deste "post".


(IX) Jun. 10 - Gary Erskine
2009 - daqui para cima

(VIII) Set. 26 - Enrique Breccia
(VII) Agosto 3 - Carlos Roque
(VI) Maio 19 - John Buscema
(V) Abril 13 - Mordillo
(IV) Março 25 - Moebius
(III) Fev. 11 - Quino
(II) Jan. 12 - Milo Manara
2006 - daqui para cima

(I) Dez. 26 - Aragonés
2005 - daqui para cima

terça-feira, dezembro 08, 2009

Tertúlia BD de Lisboa - Ano XXIV - 304º Encontro - Tertúlia de Natal

Passaram-se 24 Natais, e respectivos convívios bedéfilos, desde que a Tertúlia BD de Lisboa existe.
Em conformidade com o critério estabelecido para os encontros natalícios desta associação informal, hoje não haverá Homenageado nem Convidado Especial.
Como se recordarão os "tertulianos" mais assíduos - que são os que convido para esta variante "tertúlia de Natal" que passou a ser realizada, a partir de 2007, inclusive, na segunda 3ª feira de Dezembro, para ficar mais próxima do dia 25 -, todos os participantes oferecem, para ser sorteada, uma qualquer peça, considerada como prenda de Natal.
Logicamente, a oferta relaciona-se com BD. Ou seja: um álbum, uma revista, um fanzine. Ou até qualquer objecto (emblema, miniatura, porta-chaves, "t-shirt") que reproduza personagens de banda desenhada.
Também são admitidos desenhos originais. Para esta hipótese não são aceites desenhos improvisados "ao momento" nas toalhas de papel.
Portanto, quem não tiver prenda para oferecer, não participa neste "sorteio interactivo".
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O Sorteio Interactivo Bedéfilo de peças de banda desenhada tem a conhecida característica de que todos os participantes são contemplados com uma peça diferente daquela que ofereceram. É uma forma de fazer com que todos os participantes da tertúlia possam eventualmente tomar conhecimento com algo que não conheceem (uma obra, um autor, uma revista portuguesa ou estrangeira, um fanzine).
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Esta tertúlia de Natal, que reune habitualmente cerca de 50 bedéfilos (para hoje estão confirmados 55), realiza-se sempre em restaurantes diferentes (e praticamente sempre em Lisboa, exceptuando as três vezes que houve a variante "Tertúlia BD de Lisboa em Beja" ).
Hoje será num que tem andar térreo e primeiro andar, e ao subir-se as escadas depara-se-nos uma antiquíssima cisterna.
Para satisfazer a curiosidade de um "tertuliano" mais recente que se mostrou espantado de todos os anos ser em restaurante diferente, e ter perguntado quais, aqui faço um "flashback" até ao ano 2000:
Dezembro 2008 - Restaurante Jardim dos Leitões
" 2007 - " Rodízio Grill
" 2006 - " Moinho Vermelho
" 2005 - " A Berlenga
" 2004 - " Tertúlia do Loreto (além de bom, tem este nome...)
" 2003 - " 5 Chaves
" 2002 - " A Valenciana
" 2001 - " Ti Lurdes
" 2000 - " Dois Mil (não se aguentou no novo milénio, fechou em 2005)
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Terá lugar o lançamento de mais um exemplar do Tertúlia BDzine, que será um número duplo, contendo uma banda desenhada da autoria de Carlos Páscoa, mais extensa do que é habitual (já antes houve um outro duplo, para publicar uma bd de David Soares) e, logicamente, só faço isto muito esporadicamente, visto que se trata de um fanzine gratuito distribuído pelos participantes da tertúlia.
Também já rotineira é a distribuição pelos presentes do fanzine Folha Volante, um deles preenchido com notícias e críticas sobre BD, um outro com bandas desenhadas "pirateadas" de jornais, ou de revistas não especializadas em BD
Tanto o TBDzine como o Folha Volante têm edição limitada a 100 exemplares e distribuição em exclusivo para os "tertulianos".
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Para ver postagens anteriores dedicadas a este tema, basta clicar na categoria Tertúlia BD de Lisboa, indicada em rodapé

sábado, dezembro 05, 2009

Álbuns imprevisíveis e difíceis de obter (XVI) - Vulcão dos Capelinhos

Vale a pena clicar em cima de cada uma destas imagens, a grande ampliação permite apreciá-las como deve ser








Quanto mais elevado é o nível cultural das pessoas, maior consideração e apreço têm pela Banda Desenhada. Há muito que defendo esta teoria - baseada na observação e no contacto com as várias camadas sociais.
Mais uma vez a realidade vem dar-me razão: reponsáveis do Observatório do Mar dos Açores (OMA), pessoas obviamente cultas e com formação científica, decidiram historiar, através da BD, a tremenda erupção vulcânica e respectivas sequelas, registadas nos Açores entre Setembro de 1957 e Outubro de 1958, ao largo da costa Oeste da ilha do Faial. E para tal editaram um álbum em Setembro de 2007, que só recentemente obtive, graças à amabilidade do meu amigo António Amaral, que foi de visita àquela ilha.
A transformação em figuração narrativa ficou a cargo de Paulo Neves, ilustrador-autor de BD (presumo que açoriano, e se assm for, um dos raros que por lá há com obra publicada, como disse no "post" anterior a respeito de Luís Belerique), associado ao argumentista António Bulcão.
A criatividade deste novel argumentista levou-o a imaginar que o flashback a um acontecimento passado há cinquenta anos, fosse dado através de conversa entre peixes, embora isso só fosse possível pela existência de um velhinho mero, visto que, na generalidade, os peixes não têm grande longevidade. Quem não soubesse isso, ficaria agora a saber pela divertida conversa entre dois peixes, logo na primeira vinheta, diálogo que reproduzo em seguida:
"Ó senhor coça, eu gostava de saber a história do vulcão dos Capelinhos".
"Não te armes em carapau de corridas. Eu também ainda não tinha nascido nessa altura".
"Foi há 50 anos, não foi? Haverá algum peixe que dure tanto tempo?"
"Só se for o senhor mero, que já é muito velhinho. Vamos procurá-lo no seu buraco?"
Claro que logo a seguir vão aparecer pessoas. Por acaso, a primeira que surge, na prancha 2 (página 07) até se parece um pouco comigo, quando algum autor de BD me transforma (à minha revelia, sem me dar cavaco) em personagem de BD - salvo o chapéu, que nunca usei, o resto confere: cara magra, nariz comprido, bigode... -, do que se depreende, por este meu comentário, que os desenhos integram um registo caricatural nas figuras das personagens, mas realista nos cenários, uma opção muito habitual na banda desenhada, que Paulo Neves desenvolve com eficiência e domínio da linguagem da BD (o que se prova com o visionamento de um bom exemplo de "zoom" na página 20 do álbum, que mostrarei em futuro "post".
Em tempo: o desenhador não me conhece, e vice-versa

Vulcão dos Capelinhos
Autores: Paulo Neves (desenho), António Bulcão (argumento)
Álbum brochado, formato A4, impresso totalmente a cores
Miolo: 28 páginas em papel couché mate de boa gramagem
Data da edição: Setembro 2007
Editor: Observatório do Mar dos Açores (OMA)
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A seguir se indicam os títulos dos "posts" anteriores e respectivos autores

(XV) Nov. 27 - O Crime de Arronches - Autor: Eugénio Silva
(XIV) Out. 3 - História e estórias do ACP - Autores: Luís Correia (desenho), Carlos Morgado (argumento)
(XIII) Julho 11 - Salúquia. A Lenda da Moura em Banda Desenhada, por AAVV: Artur Correia, Augusto Trigo e Jorge Magalhães, Baptista Mendes, Carlos Alberto (Santos), Catherine Labey e Jorge Magalhães, Eugénio Silva, Isabel Lobinho, José Abrantes, José Antunes, José Garcês, José Pires, José Ruy, Luís Afonso, Pedro Massano, Zé Manel
(XII) Junho 17 - Deu-La-Deu Martins - Autores: Sara Coelho, Rui Alves, Teresa Cardia
(XI) Maio 16 - Fernando Lopes Graça - Andamentos de Uma Vida - Autor: Ricardo Cabrita
2009 (daqui para cima)
(X) Julho 25 - Luís Figo e a Taça Mundial contra a Tuberculose - Autor: Rod Espinosa
2008 (daqui para cima)
(IX) Agosto 27 - Postais de Viagem - Autora: Teresa Câmara Pestana
(VIII) Agosto 23 - Babinsky - Autores: Luís Henriques (desenho), José Feitor (arg.)
(VII) Agosto 20 - Os Problemas Fiscais de Porfírio Zap - Autor: José Carlos Fernandes
(VI) Junho 30 - A Aventura de Cabral ou A Invenção do Brasil - Autor: António Martins
(V) Jun. 17 - A la recherche du trésor de Rackham le Rouge - Autor: Hergé
(IV) Abril, 1 - Aquaventura em Almada - Autores: Carlos Laranjeira (desenho), Paulo Rebelo e Isabel Laranjeira (argumento)
(III) Fev. 9 - Everest - Autor: Ricardo Cabral
2007 (Daqui para cima)
(II) Setembro 1 - As Bodas de D. Dinis e Isabel de Aragão em Trancoso - Autor: Santos Costa
(I) Ag. 8 - O Passeio de Inês - Autores: Carlos Rocha (desenho), José Carmo (arg.)
2006 (Daqui para cima)
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Os visitantes interessados em ver as postagens anteriores relacionadas com este tema "Álbuns BD imprevisíveis e difíceis de obter" poderão fazê-lo clicando no item indicado em rodapé 

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Banda Desenhada portuguesa nas revistas não especializadas em BD (XL) - CAIS - Autor: Luís Belerique


Mal sabia Eratóstenes que iria ser focado numa banda desenhada, de autor português, em 2009, Ano Internacional da Astronomia.

Egipto, 240 A.C. é o título da bd, e um açoriano de nome Luís Belerique, o seu autor completo (argumento, desenhos, legendagem, colorização). E, para completar a ficha, o suporte em papel é a revista CAIS (nº 145 - Out. 09), uma publicação de fins altruístas e que tem tido mais uma qualidade adicional, a de publicar bandas desenhadas de autores portugueses.

E visto que o tema da revista, nesse mês de Outubro, era "Odisseia no Espaço", Belerique imaginou um episódio fictício em que Eratóstenes, para determinar a circunferência da Terra, envia um emissário de Alexandria até Siena, que tem de fazer o percurso a pé e a contar os passos - 146.703, 146.704, 146.705 -, com a finalidade de permitir que o cientista conseguisse realizar os seus cálculos.

Não é fácil fazer bandas desenhadas autoconclusivas, numa só prancha. O curto espaço exige poder de síntese na componente ficcional. Luís Belerique soube aproveitar o tema e mostrar o essencial, num registo realista convincente.
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Para ver as 39 postagens anteriores, basta clicar no item Banda Desenhada portuguesa em revistas não especializadas em BD que se pode ver aqui por baixo no rodapé

domingo, novembro 29, 2009

Teatro na Banda Desenhada (III) - O Crime de Arronches - Autores: Eugénio Silva (desenhador), Henrique Lopes de Mendonça (dramaturgo)

As possibilidades de criatividade da Banda Desenhada estão bem visíveis nesta prancha, que ultrapassa qualquer hipótese de cena em Teatro e até mesmo no Cinema, porque a simultaneidade da imagem do intérprete com a sequência de luta, só é mesmo possível na BD

 






Uma peça teatral como argumento para banda desenhada é pouco frequente entre nós, e até mesmo no estrangeiro (*). Mas é disso mesmo que trata O Crime de Arronches (**), uma adaptação à Figuração Narrativa realizada por Eugénio Silva da peça homónima de Henrique Lopes de Mendonça.

Localizada no Alentejo, a vila de Arronches serve de cenário à peça que se passa na primeira metade do século XVI. O enredo não é complicado, mas suficientemente apelativo, tendo como base um quarteto de personagens - a atraente Margarida do Telheiro, Gaspar Palhoça, o marido, Gomes Tição, o mau da história, e Simão Ventura, o carpinteiro.

Margarida e Gaspar formam um casal feliz, mas Tição, fascinado pela jovem mulher ("essa criatura põe-me o sangue em alvoroço", diz ele), engendra um ardil para raptar Margarida e vemos, num flashforward, a sua tentativa de violar a jovem mulher.

Tição aparece morto, Simão Ventura, o carpinteiro, que tinha discutido com ele na taberna, é acusado como principal suspeito. Mas Gaspar Palhoça, sentindo que está em perigo um inocente, conta como tudo se passou quando se lhe deparou a cena de tentativa de violação de sua mulher pelo Tição, a luta que se trava entre ambos, e a morte acidental deste.

Segue-se a condenação de Gaspar, o desalento do jovem, e o desespero de Margarida... O drama adensa-se...

As últimas cinco pranchas da BD, representativas das derradeiras cenas da peça, são desenhadas por Eugénio Silva com evidente sentido teatral. 
Nada de espantar, se soubermos que o ilustrador de BD é também actor amador... Aliás, pormenor curioso, o intérprete Gaspar Palhoça teve por modelo um colega de teatro do autor da banda desenhada.

(*) Para ver pormenores de uma bem interessante adaptação à BD de peças de Shakespeare, basta clicar no rodapé
(**) Há mais imagens desta adaptação teatral "O Crime de Arronches", mas numa diferente rubrica, a "Álbuns de Banda Desenhada imprevisíveis e difíceis de obter", no "post" anterior.
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Postagens anteriores, que poderão ser visíveis por um simples clic no item Teatro na Banda Desenhada inscrito em rodapé nas "Etiquetas para esta mensagem"

(II) Março 27 - Shakespeare: Hamlet; Romeu e Julieta; A Tempestade - Desenhos de Gianni De Luca - Dramaturgia de Shakespeare
2006 - daqui para cima

(I) Out. 21 - O Mistério da Camioneta Fantasma - Desenhos de Pedro Massano - Dramaturgia de Helder Costa
2005 - daqui para cima

sexta-feira, novembro 27, 2009

Álbuns imprevisíveis e difíceis de obter (XV) - O Crime de Arronches





As cinco páginas iniciais do álbum, que situam o local de acção e apresenta várias personagens que vão interferir no enredo criado por Henrique Lopes de Mendonça e ilustrado por Eugénio Silva
Em cima: Henrique Lopes de Mendonça
Em baixo: Eugénio Silva

Felizmente que a edição de banda desenhada não se confina às editoras profissionais, como mais uma vez se verifica com o surgimento do álbum O Crime de Arronches, editado pela Câmara Municipal de, obviamente, Arronches.

Eugénio Silva, o autor das imagens sequenciais é já um veterano. A sua obra na BD é assinalável e, para relembrar os bedéfilos mais antigos, assim como dar a conhecer aos mais novos, bastará citar dois títulos, "Eusébio, Pantera Negra" e "Inês de Castro".

Desta vez, o excelente ilustrador transpôs para a BD uma obra de origem teatral, da autoria de Henrique Lopes de Mendonça, que assim funcionará como argumentista, enquanto que o guião foi da responsabilidade de Eugénio Silva.

A acção passa-se na primeira metade do século XVI, e gira em torno de um tema passional, tendo como intérpretes fulcrais três personagens: Gaspar Palhoça, rendeiro do alcaide de Arronches, Gomes Tição, criado do Bispo da Guarda, e a encantadora Margarida do Telheiro, alegre provocadora de amores e ciúmes.

Uma eficiente adaptação em 28 pranchas a cores, editada em álbum com dois tipos de encadernação: brochado, mais vulgarmente designado por "capa mole", e cartonado, também conhecido por capa dura.

Indubitavelmente, trata-se de peça com interesse artístico, mas algo difícil de obter, visto ter sido editada por uma entidade oficial que não chegará aos escaparates das livrarias habituais.
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O Crime de Arronches
Adaptação em BD da obra de Henrique Lopes de Mendonça.
Autor da adaptação literária, desenhos, legendagem e colorização: Eugénio Silva
Edição: Câmara Municipal de Arronches
Tiragem: 1ª edição, 5000 exemplares
Julho de 2008
Edição em dois tipos de encadernação: brochado e cartonado
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Os visitantes interessados em ver as postagens anteriores relacionadas com este tema "Álbuns BD imprevisíveis e difíceis de obter" poderão fazê-lo clicando no item indicado em rodapé 

terça-feira, novembro 24, 2009

Banda Desenhada portuguesa nas revistas não especializadas em BD (XXXIX) - "Biologia & Sociedade" - Autor: J. Mascarenhas




Dizer J. Mascarenhas é o mesmo que dizer O Menino Triste - isto, obviamente, na comunidade bedéfila - porque, fora dela, na sua vida privada com que ganha o necessário para organizar a sua vida, nada tem a ver com a BD, tem formação de engenheiro mecânico.

Por esse motivo, do seu currículo já constavam umas bandas desenhadas de carácter divulgatório publicadas numa revista técnica, especializada em corrosão de materiais (ou algo assim, já escrevi a biobibliografia dele para o fanzine Efeméride mais do que uma vez, mas quase de certeza que não estou a ser muito preciso, ele vem aqui corrigir, é bem provável), e agora reincide, voltando a colaborar com BD em revista que nada tem a ver com Figuração Narrativa, antes com Biologia, como se depreende pelo título Biologia & Sociedade, onde se constata, na ficha técnica, ser propriedade da - logo, editada por - Ordem dos Biólogos.

O meu amigo, a quem trato respeitosamente por "Altíssimo" - e quem o conhece pessoalmente entende esta "private joke" -, sabendo da existência no blogue duma rubrica que foca exactamente este tema, forneceu-me dois exemplares da citada revista (trimestral), os nºs 08, de Abril, e nº 09, de Outubro, ambas de 2009, naturalmente.

Tendo a edição de Abril o subtítulo "Especial Darwin", J. Mascarenhas criou uma banda desenhada que inicia a série Homo Sapiens! Sapiens?, acrescentada sob o título "Com mil milhões de sapos!!!", inserida no tema "Biogafes".

O episódio, que começa por estudar a rã e a sua capacidade espantosa de dar saltos, termina em forma de "gag" que suscita um sorriso cúmplice para quem gosta de pernas de rã (já comi na Flórida, em S. Francisco, num restaurante especializado no petisco, perdoe-se-me a instintiva gulodice).

Na edição nº 09, a série Homo Sapiens! Sapiens? tem o segundo episódio autoconclusivo (tal como o primeiro, apenas com uma prancha), desta vez sob o título BDNA. 
Queiram fazer o favor de clicar sobre as imagens, leiam-nas, e comentem acerca das intenções subjacentes às metáforas.
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Para ver as numerosas postagens anteriores deste mesmo tema, basta clicar no item indicado em rodapé.
Para saber quais os autores incluídos nesta categoria, ver lista em baixo 
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(XXXVIII) - Set. 8 - Cais - Autor: Vasco Martins
(XXXVII) - Julho 18 - Ler - Autor: André Carrilho
(XXXVI) - Abril 12 - Playboy - Autor: Nuno Saraiva
(XXXV) - Março 29 - Cais - Autor: Vasco Martins
(XXXIV) - Março 21 - Aula Magna - Autores: Filipe Alves, Ana Afonso, Álvaro Áspera
(XXXIII) Fev. 13 - Cais - Autor: Vasco Martins
(XXXII) Jan. 18 - Jazz.pt - Autores: C Zingr (desenho), Teixeira Moita (argumento)
2009 - Daqui para cima

(XXXI) Nov.18 - Dif - Autor: Ricardo Machado
(XXX) Julho 16 - Elegy Ibérica - Autor: JCoelho e DJ Goldenshower
(XXIX) Julho 10 - Time Out - Autor: Ricardo Machado
(XXVIII) Junho 20 - Jazz.pt - Autor: C.Zngr
(XXVII) " 18 - Elegy Ibérica - Autores: JCoelho e DJ Goldenshower
(XXVI) " 13 - P'Almada - Autor: Serrano
(XXV) Maio 14 - GQ Gentlemen's Quarterly- Autora: Joana Sobrinho
(XXIV) Jan. 10 - Jazz.pt - Autor: Zngr
(XXIII) Jan. 8 - Motociclismo - Autor: Luís Pinto-Coelho
2008 (daqui para cima)

(XXII) Julho 6 - Underworld - Autores: João Monteiro (desenho), André Oliveira (arg.)
(XXI) Junho 29 - Gente Jovem - Autor: Algarvio
(XX) Junho 8 - Visão - Autores: Pedro Massano, José Carlos Fernandes, António Jorge Gonçalves
(XIX) Março 14 - P'Almada - Autor: Serrano
(XVIII) Março 10 - Underworld - Autores: Ricardo Reis (desenho), André Oliveira (argumento), Ana Maria Baptista (colorido)
(XVII) Março 6 - Motociclismo - Autor: Luís Pinto-Coelho
(XVI) Fev. 27 - Jazz.pt - Autor: C. Zingr (Corujo Zíngaro)
(XV) Jan. 23 - Visão Júnior - Autores: Pedro Morais e Luís Almeida Martins
2007 - Daqui para cima

(XIV) Dez. 27 - Dominium - Autores: Sub Verso e Bad Kitty
(XIII) Dez. 9 - Revista "C" - Autores: Miguel Rocha e José Carlos Fernandes
(XII) Set. 29 - Textos e Pretextos - Ricardo Pires Machado
(XI) Junho 17 - Ripa na Rapaqueca - Autor: João Ferreira
(X) Maio 6 - Motociclismo - Autor: Luís Pinto-Coelho
(IX) Abril 23 - Underworld - Autor: João Maio Pinto
(VIII) Abril 23 - Revista da Armada - Autor: Antunes
(VII) Abril 23 - Louletano - Autor: E.T.Coelho (reedição)
(VI) Abril 10 - Revista C - Autores: Miguel Rocha e José Carlos Fernandes
(V) Abril 2 - Megajogos - Autor: Algarvio
(IV) Março 13 - Kulto - Autores: Ana Freitas e Nuno Duarte
(III) Março 3 - Gente Jovem - Autor: Algarvio
(II) Fev.25 - Vega - Autor: Richard Câmara
(I) Fev. 18 - Periférica - Autores: Hugo Pena e Jorge Pedro Ferreira
2006 - Daqui para cima

quinta-feira, novembro 19, 2009

Lisboa na Banda Desenhada (XI) - Vários edifícios de Lisboa, na obra "História e estórias do ACP"- Autores: Luís Correia (des.), Carlos Morgado (arg.)

Em Portugal, o espaço de tempo que medeia entre 1910 e 1920, afirma o argumentista/escritor Carlos Morgado que "são anos conturbados, com revoluções e guerras".
Aliás, como se pode ler na primeira vinheta da página reproduzida em baixo, "... em 5 de Outubro de 1910 é implantada a República...".
Esse período conturbado não impede que o Automóvel Club de Portugal (nome com que ficara, após abdicar da designação "Real") aumente paulatinamente o número de associados, que já são 640 em 1920, como se pode ler na legenda desta vinheta em que se vê a Sede do ACP no Largo do Calhariz.

Imagens ligadas à História do Automóvel Club de Portugal, constantes da obra que lhe é dedicada e na qual, obviamente, constam numerosas vistas de Lisboa, em diferentes épocas, retratadas com fidelidade por Luís Correia.

Em 1965, nos Restauradores, no Palácio Foz, ficava situado o antigo Secretariado Nacional de Informação - SNI.
Repare-se no carro eléctrico a passar em frente do bonito edifício, e no autocarro verde, cor inicial daquele tipo de transporte público.
Em baixo, a prancha na totalidade.


Um ponto emblemático da cidade de Lisboa, a Sé Catedral. Se o automóvel parece antigo, não esquecer que, nesta prancha, o desenhador está a fazer a reconstituição dos idos de 1978.

Na primeira vinheta (ao alto da página, à esquerda), uma fotografia de Amália Rodrigues, que participou na festa dos 75 anos de existência do Automóvel Club de Portugal.

Vinheta pertencente à prancha abaixo reproduzida. Neste pormenor vê-se a Praça Luís de Camões, na década de 1980.

Luís Correia fez gala em afirmar, na página de apresentação dos autores, que, cito, "procura fazer uma homenagem à BD tradicional, pelo método seguido, todo ele desenhado sem qualquer interferência das novas tecnologias".
Mas abriu umas excepções "não desenhadas", como se pode observar nesta imagem, em que se vê, na primeira vinheta (ao cimo, do lado esquerdo) a fotografia do rosto do Dr. Pinto Balsemão, "chamado ao cargo de Primeiro Ministro"; na vinheta seguinte a foto de César Torres, então novo presidente do ACP; e na última vinheta (em baixo, à direita), a imagem fotográfica de Michelle Mouton, primeira mulher a vencer o Rally de Portugal em 1982.


Um pouco visto pormenor de Lisboa, o Ascensor da Bica (ressalve-se a distracção do desenhador, que escreveu "Asensor"). Ter em consideração que esta imagem é relacionada com o ano de 1989, data em que o ACP chamava a atenção para a crescente degradação do parque automóvel em circulação no país.
Em baixo, a prancha completa, onde também está visível a ponte 25 de Abril.



A obra acerca da História do Automóvel Club de Portugal em Banda Desenhada ("História e Estórias do ACP") já foi referida neste blogue num "post" datado de 3 de Outubro (clicar na rubrica "Categorias", no item "Álbuns BD imprevisíveis e difíceis de obter").
Várias das suas páginas ficaram aqui reproduzidas, mas volto hoje a folhear o álbum editado sob a égide do ACP, para, desta vez, mostrar algumas imagens de Lisboa, cidade que forçosamente teria de ser focada na obra, na medida em que aquele clube, embora de âmbito nacional, nasceu na capital portuguesa.
Um aspecto que merece realce, desde logo, é o facto de várias das vistas da cidade serem de diferentes épocas, o que obrigou o ilustrador, Luís Correia, a um moroso e exigente trabalho de investigação, naturalmente em sintonia com o argumentista Carlos Morgado, que coligiu os elementos históricos da colectividade, e lhes deu a indispensável sequencialidade cronológica.
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Imagens extraídas da obra
História e Estórias do ACP
Autores: Luís Correia (desenho), Carlos Morgado (argumento)
Formato A4 - 40 páginas (A bd tem 34 pranchas, a cores) em papel "couché" de boa gramagem
Álbum brochado
Tiragem: 2500 exemplares
Data da edição não indicada [Setembro 2009]
Edição da Revista ACP
Rua Rosa Araújo, 24
1250-195 Lisboa
 

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 Para visionar os "posts" anteriores desta rubrica, será necessário clicar na categoria "Lisboa na Banda Desenhada" que aparece no rodapé.

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Mas se os caros amigos visitantes do blogue quiserem saber primeiro quais as vistas de Lisboa já focadas nas diversas postagens, e os nomes dos autores referenciados, basta ver a lista abaixo:

(X) Julho 24 - Vários edifícios de Lisboa, na obra "Fernando Lopes Graça. Andamentos de uma Vida" - Autor: Ricardo Cabrita
(IX) Março 19 - Telhados da Baixa de Lisboa à noite - Autores: Filipe Alves (desenho), Álvaro Áspera (argumento)
(VIII) Março 13 - Parque Mayer: vista da entrada parcialmente submersa - Autores: Ana Saúde (desenho), João Veiga (arg.)
2009 - Daqui para cima

(VII) Junho 14 - Arco da Rua Augusta e Parque Mayer - Autor: C. Moreno
(VI) Abril, 14 - Sé Catedral de Lisboa, a cores diurnas e nocturnas - Autor: António Jorge Gonçalves
(V) Março, 11 - Alfama, recantos do bairro lisboeta - Autor: Filipe Andrade
(IV) Fev. 9 - Bairro dos Olivais com espaços verdes à vista - Autor: Ricardo Cabral
2007 - Daqui para cima

(III) Julho, 18 - Terreiro do Paço submerso - Autor: António Jorge Gonçalves
(II) Junho, 19 - Elevador de Santa Justa - Autor: Zé Paulo
(I) Maio, 21 - Torre de Belém e Convento do Carmo vistos em picado - Autor: Victor Mesquita
2006 - Daqui para cima