A mangá, tal como acontece em diferentes géneros da banda desenhada - a franco-belga, a dos super-heróis, a alternativa, a underground - inclui obras de elevada qualidade, outras de nível médio, e há-as também claramente medíocres.
As imagens que ilustram este "post" pertencem a uma mangá de qualidade singular, "O Homem Que Caminha", da autoria de Jiro Taniguchi, eivada de grande sensibilidade, e onde se prova que nas mangás os olhos femininos não são necessariamente tipo bambi, e as personagens não têm sempre a boca escancarada, pormenores estéticos que tanta celeuma levantam em muitos bedéfilos ocidentais, em especial aqueles com longa habituação à BD franco-belga, mas também em alguns jovens demasiado fixados no estilo norte-americano, ou na restrita franja que só aprecia a BD alternativa.
Falo aqui de mangá por ter sido um dos pontos focados no "fórum" provocado pela postagem inicial desta rubrica "Conversas Soltas sobre Banda Desenhada".
Aliás, o que me fez escrever aquele texto algo amargo foi basicamente o facto de ter estado numa livraria onde não havia uma única peça de BD, contrariamente ao que nela acontecia com os donos anteriores. E seria por aí que deveria ter começado.
Mas como, antes de chegar a esse ponto fulcral, fui passando por outros aspectos naquela conversa - a gradual diminuição do espaço para BD na maior parte das livrarias, e alguma tendência para a empurrar para o sector dedicado às crianças, ou, vá, aos jovens -, foi nestes dois pontos que se centraram as participações dos visitantes que leram aquele meu artigo.
Um dos participantes mais activos no fórum espontâneo que ali se realizou foi o escritor e autor de BD Santos Costa.
Um dos pontos de vista que defendeu foi o de que para ajudar a ultrapassar a situação actual teria de haver um programa de televisão, que deveria ter um tal Geraldes Lino como dinamizador.
Ora eu sei, e o Santos Costa também, que as coisas não são assim lineares. Nenhum canal poria no horário nobre um programa dedicado a um sector restrito como é o nicho da BD, tal como as livrarias não a colocam nas prateleiras mais visíveis.
As leis da economia de mercado são conhecidas de todos, só o que se vende bem é que tem direito a horário nobre (isto na TV), ou lugar de destaque (isto nas livrarias).
Mas o entusiasmo de Santos Costa pelo programa de televisão como panaceia levou-me a contactar Hugo Jesus, autor de BD (argumentista), livreiro nortenho especializado em BD, editor do portal Central Comics e apresentador de BD num canal de TV do Porto, e pedir-lhe para falar do seu programa televisivo, que, afinal, pese embora à força irradiadora da TV, passou despercebida a muita gente que aprecia banda desenhada, quer autores, quer leitores/visionadores.
Todos ficámos agora a saber que o programa já acabou (lá está...). Porém - e era esse o meu interesse - ficou por esclarecer, por parte do Hugo Jesus, se o seu programa de TV sobre BD teve influência significativa nas vendas da sua própria livraria. Desafio-o agora a fazer tal tipo de análise nesta segunda dose de "Conversas Soltas".
Santos Costa propõe ainda que se ponha em prática uma espécie de "Círculo dos Leitores" centrado na BD. Ideia interessante mas que, para ser concretizada, implicaria a formação de uma organização minimamente estruturada e exigente, em termos de dedicação a tempo inteiro de algumas pessoas... Mas venham opiniões, adesões ou críticas à proposta.
Aproveito para dizer, a quem estranhou a minha não participação no debate, que eu, bloguista, deliberadamente não quis fazer qualquer intervenção para evitar a deslocação das participações dos visitantes em direcção às minhas opiniões.
Falo com conhecimento de causa, obtido em debates anteriores na caixa de comentários. Em vez de continuarem os abrangentes diálogos entre os vários intervenientes, alguns deles passaram a centrar-se unicamente sobre as minhas opiniões, o que se tornou redutor e centrípeto.
Após esta introdução, vou reproduzir excertos das opiniões expressas na caixa de comentários desta rubrica, no "post" datado de 18 Julho.
------------------------------------------------
BONGOP - "Infelizmente as livrarias generalistas são um dos grandes responsáveis pela exclusão da BD dos olhos do público (...)"
ÁLVARO - "(...) Uma livraria não é um espaço cultural. É um local onde se vendem livros (...) Um livreiro não é propriamente um agente cultural. É um gajo preocupado em meter à vista na sua tasca de ácaros os títulos que acha que ou que ouviu dizer que vendem (...)"
MANUEL FREDERICO - "(...) quem modificou a visão livreira do negócio foi a Fnac com os seus sofás, os outros vieram todos atrás.
E aqui no Norte, pelo que conheço nas livrarias generalistas, o espaço para a BD diminui, tanto a importada como a nacional, tanto nas Fnacs e Bertrands, têm um cantinho escondido e pouco mais."
JOSÉ ABRANTES - "Quanto às misturadas de BD para adultos em espaços infantis, já dei para esse peditório, precisamente quando estreou a Barata de Campo de Ourique: a BD estava no espaço infantil, fosse com material infanto-juvenil ou não.
Quanto à ausência de BD em certas livrarias, cada vez mais isso se deve ao facto de a BD não ser muito procurada ou lida! Deploro o facto, mas é verdade! (...)"
JOBA - "Às livrarias só lhes interessa vender. Se os livros ocupam espaço e não vendem, então vai de os tirar e colocar em seu lugar outros que dêem rentabilidade (...) A crescente falta de cultura e uma cada vez maior dificuldade monetária por parte dos portugueses são alguns dos factores negativos também (...)"
SANTOS COSTA - "Os leitores de BD estão a entrar no ciclo da extinção. Provavelmente, à beira do fim, haverá alguém que se lembre de levar um ou dois álbuns para o ensino, como leitura obrigatória.
Até lá, assistiremos a esta exclusão económico-livreira, e um total esquecimento dos meios de comunicação mais influentes nas mentalidades: a televisão (...)"
JOSÉ ABRANTES - "(...) Um bom livro de BD é mais caro que um DVD. Mais ainda, dantes a BD só tinha [*] romances, a TV e o Cinema.
Agora há mais os jogos de computador, a internet e os dvd. Pior, estes últimos são pirateáveis, logo são mais baratos (...)"
[*] Nota do bloguista: Julgo que faltaram, no texto do José Abrantes, entre "só tinha" e "romances", algumas palavras, talvez as seguintes: "como rivais".
JOÃO FIGUEIREDO - "(...) Já repararam que na década de 90 do século passado ainda era possível encontrar BD (americana, das importações do Brasil ou suas traduções nacionais) em qualquer quiosque, tabacaria ou papelaria, e que agora, dez ou vinte anos passados, nem pensar em encontrar disso? Esse, para mim, é um dos grandes problemas (...)"
LUÍS GRAÇA - "Já disseram quase tudo. Os leitores de BD já podiam ser objecto de estudo dos arqueólogos (...)
Parece impossível como o mundo actual e o Deus Cifrão mataram de forma tão eficiente essa fábrica de sonhos e de cultura que é a BD."
TERESA - "(...) bd que não vende morre; se calhar ainda há outro problema: o fosso entre o comércio de bd e o novo público dela... com os críticos e divulgadores que faltam"
ÁLVARO - "Que a BD desapareça das livrarias não me causa qualquer espanto. O que me espanta é que as livrarias ainda não tenham desaparecido na sua totalidade.
As moribundas que ainda mantêm as portas abertas têm à entrada uns expositores espaçosos com jornais e revistas, umas importadas (para dar estilo, duvido que dêem lucro), umas sobre carros, outras sobre jogos informáticos de mata e esfola, umas técnicas, umas com moças meio despidas, outras sobre combates de relvado e outros desportos, umas sobre telemóveis, portáteis e Gê pê esses, mais umas sobre o que as senhoras podem ou não vestir na próxima estação e bastantes, bastantes, bastantes publicações de pornografia social.
Na zona infantil, geralmente com o chão forrado com uma alcatifa fofa, têm uns monitores a passarem DVDs com cantigas tão agradáveis e melodiosas como as músicas de Natal, bastantes jogos didácticos, brinquedos vários e ainda alguns livros, estes últimos paulatinamente a ocupar o espaço que era dedicado à BD (...)"
SANTOS COSTA - "(...) No tempo em que havia censura, a banda desenhada era censurada, amputada, vilipendiada. O desenho de uma mulher, se trouxesse o umbigo à mostra, tapa! (...)
(...) O estigma da BD "para crianças" ainda prevalece; pior, quando sabemos que já nem as crianças são educadas para a sua leitura.
O José Abrantes, como editor, sabe que as coisas não estão fáceis. Há um ou outro jornal que alinha (eu fiz BD n'O Crime durante 5 anos), mas, como o José Abrantes sabe, pois lá colaborou, há mais carolice que resultados materiais."
ANÓNIMO - "Poderíamos dizer que existe banda desenhada nas livrarias generalistas?
Sinceramente prefiro que não haja, a ver os livros colocados a um canto e mal tratados (como acontece na Bertrand muitas vezes).
No entanto, o problema da bd em Portugal vai muito mais longe. Depois, da minha geração (nascidos em 70), houve um grande período sem bd para os jovens, tal como eu tive as revistas da Abril - super-heróis ou Disney.
(...) No entanto, da maneira como vejo os jovens a devorar Manga, pode ser que este triste fado não esteja para tudo."
TERESA - "se os putos devoram e adoram mangá é lá com eles, com a idade deles também não tolerava que me dissessem o que devia gostar... (nem agora). Mangá trouxe muitos novos leitores para as outras bds...
há muita gente jovem a desenhar e a querer fazer, há, como já disse antes, um fosso de mentalidades, e mesmo que a bd seja a mesma, a forma de a ver é que mudou...
Os pretensos críticos, a amadora bd e alguns fans mais antiquados de bd é que ainda não se aperceberam..."
HUGO JESUS - "(...) 2009 foi um ano muito complicado para as livrarias de BD portuguesas e 2010 está a ser igual ou pior.
A manga foi quem mais quebrou (...) A Naraneko, única livraria especializada em manga, yambém já confessou ter começado a cortar na manga. Por isso os espaços de Manga estão a diminuir e não a aumentar.
Ei já tive o prazer de apresentar uma rubrica de BD inserida num programa jovem chamado Zona Interdita (*) Estive alguns meses na sua apresentação até que o programa foi de férias no Verão e depois não teve uma nova temporada.
Poderão ver aqui alguns vídeos:
1º Programa
http://videos.sapo.pt/99D23dypfSKl45zLjYVL (nota do bloguista: não dá nada)
2º Programa
http://videos.sapo.pt/eOsgqtA5aNBQSkaPegty ("a página a que está a tentar aceder não existe")
As imagens que ilustram este "post" pertencem a uma mangá de qualidade singular, "O Homem Que Caminha", da autoria de Jiro Taniguchi, eivada de grande sensibilidade, e onde se prova que nas mangás os olhos femininos não são necessariamente tipo bambi, e as personagens não têm sempre a boca escancarada, pormenores estéticos que tanta celeuma levantam em muitos bedéfilos ocidentais, em especial aqueles com longa habituação à BD franco-belga, mas também em alguns jovens demasiado fixados no estilo norte-americano, ou na restrita franja que só aprecia a BD alternativa.
Falo aqui de mangá por ter sido um dos pontos focados no "fórum" provocado pela postagem inicial desta rubrica "Conversas Soltas sobre Banda Desenhada".
Aliás, o que me fez escrever aquele texto algo amargo foi basicamente o facto de ter estado numa livraria onde não havia uma única peça de BD, contrariamente ao que nela acontecia com os donos anteriores. E seria por aí que deveria ter começado.
Mas como, antes de chegar a esse ponto fulcral, fui passando por outros aspectos naquela conversa - a gradual diminuição do espaço para BD na maior parte das livrarias, e alguma tendência para a empurrar para o sector dedicado às crianças, ou, vá, aos jovens -, foi nestes dois pontos que se centraram as participações dos visitantes que leram aquele meu artigo.
Um dos participantes mais activos no fórum espontâneo que ali se realizou foi o escritor e autor de BD Santos Costa.
Um dos pontos de vista que defendeu foi o de que para ajudar a ultrapassar a situação actual teria de haver um programa de televisão, que deveria ter um tal Geraldes Lino como dinamizador.
Ora eu sei, e o Santos Costa também, que as coisas não são assim lineares. Nenhum canal poria no horário nobre um programa dedicado a um sector restrito como é o nicho da BD, tal como as livrarias não a colocam nas prateleiras mais visíveis.
As leis da economia de mercado são conhecidas de todos, só o que se vende bem é que tem direito a horário nobre (isto na TV), ou lugar de destaque (isto nas livrarias).
Mas o entusiasmo de Santos Costa pelo programa de televisão como panaceia levou-me a contactar Hugo Jesus, autor de BD (argumentista), livreiro nortenho especializado em BD, editor do portal Central Comics e apresentador de BD num canal de TV do Porto, e pedir-lhe para falar do seu programa televisivo, que, afinal, pese embora à força irradiadora da TV, passou despercebida a muita gente que aprecia banda desenhada, quer autores, quer leitores/visionadores.
Todos ficámos agora a saber que o programa já acabou (lá está...). Porém - e era esse o meu interesse - ficou por esclarecer, por parte do Hugo Jesus, se o seu programa de TV sobre BD teve influência significativa nas vendas da sua própria livraria. Desafio-o agora a fazer tal tipo de análise nesta segunda dose de "Conversas Soltas".
Santos Costa propõe ainda que se ponha em prática uma espécie de "Círculo dos Leitores" centrado na BD. Ideia interessante mas que, para ser concretizada, implicaria a formação de uma organização minimamente estruturada e exigente, em termos de dedicação a tempo inteiro de algumas pessoas... Mas venham opiniões, adesões ou críticas à proposta.
Aproveito para dizer, a quem estranhou a minha não participação no debate, que eu, bloguista, deliberadamente não quis fazer qualquer intervenção para evitar a deslocação das participações dos visitantes em direcção às minhas opiniões.
Falo com conhecimento de causa, obtido em debates anteriores na caixa de comentários. Em vez de continuarem os abrangentes diálogos entre os vários intervenientes, alguns deles passaram a centrar-se unicamente sobre as minhas opiniões, o que se tornou redutor e centrípeto.
Após esta introdução, vou reproduzir excertos das opiniões expressas na caixa de comentários desta rubrica, no "post" datado de 18 Julho.
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BONGOP - "Infelizmente as livrarias generalistas são um dos grandes responsáveis pela exclusão da BD dos olhos do público (...)"
ÁLVARO - "(...) Uma livraria não é um espaço cultural. É um local onde se vendem livros (...) Um livreiro não é propriamente um agente cultural. É um gajo preocupado em meter à vista na sua tasca de ácaros os títulos que acha que ou que ouviu dizer que vendem (...)"
MANUEL FREDERICO - "(...) quem modificou a visão livreira do negócio foi a Fnac com os seus sofás, os outros vieram todos atrás.
E aqui no Norte, pelo que conheço nas livrarias generalistas, o espaço para a BD diminui, tanto a importada como a nacional, tanto nas Fnacs e Bertrands, têm um cantinho escondido e pouco mais."
JOSÉ ABRANTES - "Quanto às misturadas de BD para adultos em espaços infantis, já dei para esse peditório, precisamente quando estreou a Barata de Campo de Ourique: a BD estava no espaço infantil, fosse com material infanto-juvenil ou não.
Quanto à ausência de BD em certas livrarias, cada vez mais isso se deve ao facto de a BD não ser muito procurada ou lida! Deploro o facto, mas é verdade! (...)"
JOBA - "Às livrarias só lhes interessa vender. Se os livros ocupam espaço e não vendem, então vai de os tirar e colocar em seu lugar outros que dêem rentabilidade (...) A crescente falta de cultura e uma cada vez maior dificuldade monetária por parte dos portugueses são alguns dos factores negativos também (...)"
SANTOS COSTA - "Os leitores de BD estão a entrar no ciclo da extinção. Provavelmente, à beira do fim, haverá alguém que se lembre de levar um ou dois álbuns para o ensino, como leitura obrigatória.
Até lá, assistiremos a esta exclusão económico-livreira, e um total esquecimento dos meios de comunicação mais influentes nas mentalidades: a televisão (...)"
JOSÉ ABRANTES - "(...) Um bom livro de BD é mais caro que um DVD. Mais ainda, dantes a BD só tinha [*] romances, a TV e o Cinema.
Agora há mais os jogos de computador, a internet e os dvd. Pior, estes últimos são pirateáveis, logo são mais baratos (...)"
[*] Nota do bloguista: Julgo que faltaram, no texto do José Abrantes, entre "só tinha" e "romances", algumas palavras, talvez as seguintes: "como rivais".
JOÃO FIGUEIREDO - "(...) Já repararam que na década de 90 do século passado ainda era possível encontrar BD (americana, das importações do Brasil ou suas traduções nacionais) em qualquer quiosque, tabacaria ou papelaria, e que agora, dez ou vinte anos passados, nem pensar em encontrar disso? Esse, para mim, é um dos grandes problemas (...)"
LUÍS GRAÇA - "Já disseram quase tudo. Os leitores de BD já podiam ser objecto de estudo dos arqueólogos (...)
Parece impossível como o mundo actual e o Deus Cifrão mataram de forma tão eficiente essa fábrica de sonhos e de cultura que é a BD."
TERESA - "(...) bd que não vende morre; se calhar ainda há outro problema: o fosso entre o comércio de bd e o novo público dela... com os críticos e divulgadores que faltam"
ÁLVARO - "Que a BD desapareça das livrarias não me causa qualquer espanto. O que me espanta é que as livrarias ainda não tenham desaparecido na sua totalidade.
As moribundas que ainda mantêm as portas abertas têm à entrada uns expositores espaçosos com jornais e revistas, umas importadas (para dar estilo, duvido que dêem lucro), umas sobre carros, outras sobre jogos informáticos de mata e esfola, umas técnicas, umas com moças meio despidas, outras sobre combates de relvado e outros desportos, umas sobre telemóveis, portáteis e Gê pê esses, mais umas sobre o que as senhoras podem ou não vestir na próxima estação e bastantes, bastantes, bastantes publicações de pornografia social.
Na zona infantil, geralmente com o chão forrado com uma alcatifa fofa, têm uns monitores a passarem DVDs com cantigas tão agradáveis e melodiosas como as músicas de Natal, bastantes jogos didácticos, brinquedos vários e ainda alguns livros, estes últimos paulatinamente a ocupar o espaço que era dedicado à BD (...)"
SANTOS COSTA - "(...) No tempo em que havia censura, a banda desenhada era censurada, amputada, vilipendiada. O desenho de uma mulher, se trouxesse o umbigo à mostra, tapa! (...)
(...) O estigma da BD "para crianças" ainda prevalece; pior, quando sabemos que já nem as crianças são educadas para a sua leitura.
O José Abrantes, como editor, sabe que as coisas não estão fáceis. Há um ou outro jornal que alinha (eu fiz BD n'O Crime durante 5 anos), mas, como o José Abrantes sabe, pois lá colaborou, há mais carolice que resultados materiais."
ANÓNIMO - "Poderíamos dizer que existe banda desenhada nas livrarias generalistas?
Sinceramente prefiro que não haja, a ver os livros colocados a um canto e mal tratados (como acontece na Bertrand muitas vezes).
No entanto, o problema da bd em Portugal vai muito mais longe. Depois, da minha geração (nascidos em 70), houve um grande período sem bd para os jovens, tal como eu tive as revistas da Abril - super-heróis ou Disney.
(...) No entanto, da maneira como vejo os jovens a devorar Manga, pode ser que este triste fado não esteja para tudo."
TERESA - "se os putos devoram e adoram mangá é lá com eles, com a idade deles também não tolerava que me dissessem o que devia gostar... (nem agora). Mangá trouxe muitos novos leitores para as outras bds...
há muita gente jovem a desenhar e a querer fazer, há, como já disse antes, um fosso de mentalidades, e mesmo que a bd seja a mesma, a forma de a ver é que mudou...
Os pretensos críticos, a amadora bd e alguns fans mais antiquados de bd é que ainda não se aperceberam..."
HUGO JESUS - "(...) 2009 foi um ano muito complicado para as livrarias de BD portuguesas e 2010 está a ser igual ou pior.
A manga foi quem mais quebrou (...) A Naraneko, única livraria especializada em manga, yambém já confessou ter começado a cortar na manga. Por isso os espaços de Manga estão a diminuir e não a aumentar.
Ei já tive o prazer de apresentar uma rubrica de BD inserida num programa jovem chamado Zona Interdita (*) Estive alguns meses na sua apresentação até que o programa foi de férias no Verão e depois não teve uma nova temporada.
Poderão ver aqui alguns vídeos:
1º Programa
http://videos.sapo.pt/99D23dypfSKl45zLjYVL (nota do bloguista: não dá nada)
2º Programa
http://videos.sapo.pt/eOsgqtA5aNBQSkaPegty ("a página a que está a tentar aceder não existe")
Último programa (1/2)
http://www.youtube.com/watch?v=OCnCAYE0Gow (aparece o Hugo Jesus a falar de "Cosplay"
Último programa (2/2)
(*) Isto foi em 2009
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Este ano surgiu o programa Orelhas de Spock, de Filipe Homem Fonseca e Nuno Duarte noCanal Q.
É um programa sobre "cultura geek" onde falam muito sobre banda desenhada. Penso que o programa passa aos Domingos, mas como o canal é interactivo, podem ver a qualquer altura, basta carregar no botãpo vermelho do comando do Meo."
SANTOS COSTA - "(...) fórum de discussão sobre um assunto que nso incomoda a todos (...) Não sei se sairá daqui a panaceia para o "mal"; também não é de uma hora para a outra que possamos inverter, poucos de nós, a tendência decrescente da apetência dos leitores de banda desenhada.
(...) A crise está, pelo que me parece, no consumidor final, o que degenera o etrebuchar do comércio exclusivo e do desinteresse do comércio não exclusivo da BD.
Porém,se conseguíssemos organizar uma espécie de circuito "obrigatório" de consumo, à guisa de um "círculo de leitores" e a cooperação de editores que apostem forte neste segmento, talvez se resolvesse, em princípio, parte da situação (...)
(...) Esse "círculo" que atrás sugeri, podia - e devia - conglomerar todo o universo de autores e apreciadores de banda desenhada, consubstanciado à aquisição das obras editadas (não todas, como é evidente) e a um registo das pessoas que se interessam por esta arte, independentemente de serem fazedores ou leitores.
Pode parecer uma utopia, mas é uma ideia peregrina. Haja quem a estude,a proponha, e lhe dê viabilidade e sequência (...)"
HUGO JESUS - "Eu divulgo todas as minhas acções no meu portal http://www.centralcomics.com/
e quando posso envio notas de imprensa para os blogs e comunicação social que conheço. Se estes as usam para divulgar no seu espaço, já é com eles.
Com a minha vida agitada, infelizmente tenho de confessar que venho a este blogue poucas vezes por mês.
Este tópico em particular só o soube porque o Lino ligou-me :-)"
.
TERESA - "na minha opinião quem lê bd está farto de levar com histórias recicladas, as pessoas querem é boas histórias, querem ser surpreendidas, querem novidade (...)"
AS OPINIÕES COMPLETAS DESTES PARTICIPANTES PODEM SER LIDAS NA CAIXA DE COMENTÁRIOS (ATÉ AGORA, 26 JULHO, SÃO 21) DO "POST" DATADO DE 18 JULHO
AS OPINIÕES COMPLETAS DESTES PARTICIPANTES PODEM SER LIDAS NA CAIXA DE COMENTÁRIOS (ATÉ AGORA, 26 JULHO, SÃO 21) DO "POST" DATADO DE 18 JULHO
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Para ver a postagem anterior e respectivos comentários, completos, basta clicar na etiqueta indicada em baixo no rodapé, onde diz "Conversas Soltas sobre Banda Desenhada"
Boas, aproveito esta segunda ronda de Conversas Soltas sobre Banda Desenhada (CSBD) para aqui deixar a minha contribuição para a discussão, na qualidade de bedefilo leitor, sobre os postos de venda de BD em Portugal.
ResponderEliminarBasicamente para dizer que discordo do teor dos comentários acerca do post CSBD I, ou seja, eu ao contrário da maioria dos outros comentadores penso que as livrarias generalistas dão o seu contributo válido na divulgação da BD; penso que as noticias sobre a morte da BD em Portugal são manifestamente exageradas.
Razões para isso? Falo por experiência própria. Começando pelo inicio. Compro toda a BD que é publicada em Portugal nas lojas da FNAC (e passe a publicidade) verdade seja dita, se não fosse a FNAC nem sei onde poderia adquirir os álbuns da ASA e de outras editoras nacionais. Por exemplo alguém encontra fisicamente as edições de Manuel Caldas sem ser na FNAC? A Bertrand, a Bulhosa, a Barata, a livraria da esquina não tem BD? Façam-se clientes de livrarias que tenham! Se o meu supermercado não tem os produtos que eu quero, quem fica a perder não sou eu, é o supermercado.
Acerca do espaço de exposição reduzido que tantos criticam, eu digo que é o possível. Obviamente como consumidor de BD também gostava de entrar numa livraria e olhar para enormes prateleiras carregadas de BD, mas vamos lá descer à Terra, e perguntem-se a si próprios quantos álbuns de BD se editam por ano em Portugal? Enchem dez prateleiras de exposição? Cinco? Ok uma..e mal servida. É preciso mais espaço?
E apesar de pessoalmente não ser adepto de comprar BD em quiosques e afins, o que dizer da parceria da ASA com o Publico, que garante várias centenas de postos de venda de BD espalhados pelo país? Os álbuns não estão à vista? Peçam que eles logo aparecem! Caríssimos, a culpa do (mau?) estado da BD não é certamente das livrarias!
Ainda relativamente a estas, e sobre o fecho das mesmas, qualquer pessoa atenta verá que os ventos de crise que sopram actualmente afectam a tudo e a todos e não obviamente e em exclusivo as livrarias de BD. Logo não se pode aferir daqui qualquer tendência.
Quanto à crise na edição de BD em Portugal, não sei se sou o único a ver isto, mas a avaliarmos pelo presente ano e ainda vamos a meio, diria que há anos que não se editava tanto e aos mais variados preços. Crise na edição de BD em português? Responderei cinicamente: lol... culpem a ASA!
Por último, e sobre a divulgação da BD, direi também que nunca houve tempos como estes em que vivemos, onde toda e qualquer informação está à distância de um clique. Blogues, fóruns, portais, redes sociais, bem só não encontra, só não conhece, quem não procura, quem não quer saber.
PS Sobre o programa do Hugo Jesus na TV, que salvo erro que passava num canal regional do Porto, por muito bem intencionado que fosse o Hugo, o apresentador do programa cujo nome não me recordo, com o seu tom jocoso, era, e desculpem a liberdade de expressão, um perfeito idiota!
Saudações bedefilas
Lino, é melhor não se começar a misturar temas nos diferentes postes.
ResponderEliminarNeste podemos conter a conversa no tema mangá e a questão das livrarias no outro porque cada participante se assim o desejar pode receber por email todos os novo comentários que lá forem postados (desculpem os possíveis erros ortográficos porqie tou a escrever praticamente às escuras. Com este calor não dá para ter nada ligado). E este teclado é preto.
Ondé queu ia...?
Ah sim, a mangá. Conheço a obra do Giró japonês que me lembra vagamente o trabalh do outro Giró, o francês. Deve haver por ali algumas influências.
Mas o problema da mangá que cá chega é que a esmagadora maioria do material é abaixo de desprezível. Feito em série, mal desenhado, com erros a pontapé a nível de anatomia, perpectiva, sombra, etc e etc e nem vale a pena referir as temáticas, as historias patéticas e os argumentos paralíticos. A maioria desta produção em série destina-se obviamente a públicos jovens e pouco exigentes que desde bebés vêem desenhos animados da mesma "estética nipónica" na televisão.
E acaba por ser esta imagem negativa que nós associamos inconscientemente ou não à BD japonesa.
Qualquer autor japonês com um mínimo de valor é absorvido por esta máquina.
a culpa é da crise e da itericía literária chamada iliteracia
ResponderEliminarpara o verbal bd é editada pela asa e consegue comprar tudo o que gosta no supermercado fnac
alguem está satisfeito no meio disto tudo...e consegue fazer compras
acha que o cliente tem poder sobre os supermercados,essa é uma grande ingenuidade, mesmo que metessemos excelentes produtos nas prateleiras as pessoas näo tocariam neles, precisam da vaselina promocäo para entrarem em novos vicí... hábitos
pecisam de alguem que lhes diga "this is good for you=just buy it " precisam de comprar porque leram que é in comprar
mesmo em plena crise há merdas que se vendem, a bd poderia ser uma delas mas quem faz a critica? a divulgacäo? ou é palavredo a mais ou substancia a menos ..
tv bem estou-me a lembrar de um programa patético que vi com a paula moura pinheiro e os 2 convidados; cotrim e portasesquerda , a dita paula
parecia nem saber do que estava a falar: "delicioso,encantador näo vai querer perder " os outros dois lá falavam das suas preferencias sem que nada de útil daí viesse...
para que serviriam programas sobre bd na tv? para adormecer ao som das referencias nostálgicas de alguem?
por acaso näo penso que a bd tenha os dias contados, se pensasse há muito que tinha parado com o gambuzine (que näo está na fnac e está farto de muitas lojas pk que querem consignacäo mas depois vendem pelo dobro do preco sem terem de se preocupar em vender,ao contrário do que acontece com as restantes bds porque o que encomendam e é pago logo, tem de voltar a entrar na caixa rapidinho...
voltámos ao submundo bedéfilo; meia dúzia de fans suportam uma publicacäo que gostam independentemente de tudo o resto inclusive da crise ...
antigamente tb näo havia conceros de jeito e agora é um fartote e o pessoal está lá, apesar da crise tem cacau para isso...
a bd já näo tem idade para ser tratada como bonecos para putos, entramos há mais de 20 anos no mundo das novelas gráficas, se as lojas näo se actualizam, se os jornais näo teem critcos capazes de fazer uma divulgacäo MAJOR ficamos com esta miséria em dó minor e lavo daí as minhas mäos porque eu pela bd activo-me
Subscrevo o que o Álvaro referiu sobre o mangá, sobretudo aquele que é apreciado e consumido por estas terras: basta ver os cosplays no FIBDA para se constatar o teor, o imaginário e a qualidade do matwerial consumido; toda a bonecada é igual, fisionomia é coisa que esses autores desconhecem totalmente; quem conheça e aprecie - como eu, mesmo não sendo uma sumidade no assunto! - as gravuras japonesas e ilustrações, muitas das quais seculares, pode maravilhar-se vendo algumas imagens com dezenas de personagens, cada uma cuidadosamente retratada, de penteados a fisionomias variadíssimas, cuidadosamente ilustradas! Reconheço tambem que há autores europeus que têm dificuldade nessa área. Por exemplo, já me perdi por vezes na leitura de livros do Alix, por haver personagens com caras tão iguais entre elas, que a dada altura n sei porque estão em simultâneo aqui e ali! E o que dizer do Manara, que sempre desenhou a mesmíssima mulher, de obra para obra? E o que dizer do vance, por exemplo? Etc, etc, etc...
ResponderEliminarJosé Abrantes
esses detalhes tambem já näo interessam se as gajas do manara säo todas iguais é um facto (deve ser a tal gaja que "ele nunca comeu")
ResponderEliminarnós artistas temos limitacöes e temos ideais e por vezes uns e outros confundem-se (as limitacoes com os ideais )
uma coisa é preciso lembrar é que bd é história, contar histórias... até como maus desenhos mas más histórias é que nem pintadas é juntar o insulto à injuria...
o que a bd actual oferece e em boas e generosas doses säo histórias com bons argumentos... sim
há muito boa bd! excelente!genial! bons desenhos e belas histórias se eu tivesse dinheiro e deixasse de ser uma fanzinista e passasse a editora tinha muito por onde escolher para ter um bom programa ... mas a questäo pertinente é:
e teria publico?
em berlim em n.y. decerto mas aqui?
Interessa-me as "gajas" do Manara, pelo menos a mim, que me preocupo constantemente em que as minhas personagens sejam fisionómicamente diferentes e, se possivel, originais! Não são, espero eu, apenas homens ou apenas mulheres. De qualquer maneira, abordei isso para referir o constante uso e abuso de estereótipos que são apanágio dos mangás!
ResponderEliminarQuanto à questão de te interrogares sobre as eventuais vendas de uma eventual editora tua, é só uma questão de tentares, com maiores ou menores tiragens. Estou convencido que o Jacques Martim tinha razão quando escreveu que "todas as bandas desenhadas com qualidade têm sucesso". Naturalmente pode haver excepções boas e más, maas entendo que sobretudo há que se saber colocar em pontos de venda indicados. E essa é uma falha que atribuo às nossas editoras de BD "generalista", visto se limitarem a colocar os livros, sejam eles quais forem, apenas em livrarias e feiras de livros (temáticas ou não). Há que se fomentar estratégias de promoção e venda caso a caso, bem imaginadas e apelativas. Senão, corre-se o risco de continuar apenas a vender-se Blake e Mortimer ou Astérix, como eu notrei nesta última Feira do Livro de Lisboa, no pavilhão da asa... Era ver o pessoal a sair de lá sobretudo com livros dessas séries na mão...
José Abrantes
na minha opiniao, acho que teriamos a ganhar se a bd portuguesa seguisse uma corrente mais cartoon nos desenhos. Linhas simples, eficazes e principalmente agradaveis. Se virmos bem, os autores mais reconhecidos (trabalhos publicados por editoras) seguem esta corrente.
ResponderEliminarOs trabalhos realisticos tambem podem ser, mas deve haver uma moderação nos detalhes.
E numa terceira camada temos os que fazem desenhos sujos, às tres pancadas. Dão uma imagem negativa à BD, e infelizmente são mais destes autores que nas outras correntes.
Claro que é apenas o meu gosto, e é claro que cada autor está livre de desenhar como quiser, mas do que interessa haver historias "geniais" se um leitor nao passa das primeiras paginas por se sentir ofendido com o que vê?
A BD é texto e imagem, a bem ou mal
acho uma seca os anónimos...
ResponderEliminarfoi uma bencäo para a bd livrar-se desses malfadados bonequinhos narigudos com que é conotado o humor equanto mais a bd se afastar do cartoon melhor para ela ...
queres bd para a burguesia acomodada anónimo? näo gostas de coisas sujas?
pois eu gosto muito, e quanto mais sujo melhor,quanto mais merda mais humanidade...
se gostas de desenhos lindinhos podes ficar pelos livros infantis
estas conversas aqui a partir de certo ponto (os manaras os desenhos lindinhos os anónimos ofendidos )poem-me melancolérica...
ResponderEliminarcum cumbersas destas näo admira o estado da bd
facam uma upgrade bedéfilo actualizem-se carago
ó abrantes para que uma editora moderna e estilosa no meio desta gente?
comam bananas
"...quanto mais merda mais humanidade"
ResponderEliminartens um gosto peculiar para historias "geniais", e infelizmente é isso que afasta o pessoal da BD. Há tanta coisa para escrever que vale a pena, porquê sempre escrever sobre merda?
Quando falo do cartoon nao falo de por exemplo da Disney, que já agora, tem um lugar especial na historia de BD, mas sim de um estilo mais descontraido e que possibilita mais ideias que não é possivel atingir bem com o estilo realistico. A BD permite tanta coisa unica e exclusiva.
com desenhos sujos "nao ganhamos, Carlos"
assinado
Francisco Simoes
Ao "anónimo" Francisco Simões, respondo que um artista que se preze - e não estou a cagar de alto! - usa a abordagem visual que mais lhe agrade e consiga fazer. Se depois agrada ou não, o julgamento dos leitores, burgueses ou nÃO, o dirá! mesmo esse estilo "cartoon" não agrada a todos, e não existe para facilitar a vida, existe porque este ou aquele autor o adoptou e a ele se adaptou.
ResponderEliminarÀ Teresa, respondo que não percebi a entrada dela, e peço-lhe que, por favor, seja mais clara.
José Abrantes
Abrantes, concordo em tudo o que diz!
ResponderEliminarApenas reforço a ideia que actualmente a aposta da BD portuguesa está sobre o cartoon.
é claro há autores e leitores de todos os gostos.
Francisco Simoes
ps: obrigado pela vossa paciência, a minha contribuição para esta discussao da BD actual já fica lançada
Verbal
ResponderEliminarQuando eu falo em asfixia sobre a BD nas grandes cadeias de livraria tem a ver com a inexistência em muitas delas com um espaço de BD em condições e apelativo, isto para não falar do que cobram e encarecem o produto final (e podes pôr a distribuição no mesmo saco). Naquelas que eu frequento nem me posso queixar muito, pois minimamente está aceitável. Mas é como dizes, livraria que não trate bem BD eu não ponho lá os pés!
Em relação à morte da BD em Portugal também discordo, para além de ser um optimista por natureza, acho este ano foram editados mais títulos que o normal, em relação aos anos anteriores. E não me estou a referir às edições ASA/Público, pois essas têm canais diferentes e mais ou menos são editados o mesmo número de títulos de ano para ano (acho eu, nunca contabilizei...)
Em relação ao Manga só há pouco tempo comecei a entrar nesse mundo e penso que as acusações que lhe fazem não são verdadeiras. 99% dos Mangas que eu comprei até agora não têm esses traços fisionómicos de que estão sempre a dizer mal. O mundo da BD japonesa é verdadeiramente gigantesco e quem fala assim é por ignorância. Estão sempre a referir-se a Manga para adolescentes primários e crianças, eu compro na maior parte livros manga para adultos com estórias plenas de profundidade. Para além do meu gosto pessoal ainda existe uma quantidade monstruosa de títulos feitos para agradar a toda a gente. Quais são os mangas que mais vendem? Exactamente esses que por norma se diz mal, por uma razão muito simples, o público alvo desses manga são os que mais compram em quantidade.
Concordo com a Teresa quando diz que os produtos BD precisam do "embrulho" publicitário para começarem a entrar "na moda", as livrarias e editoras por norma não o fazem.
Para o José Abrantes, existem muitos grandes autores que têm uma certa dificuldade em fazer diferentes personagens, faces vincadamente diferentes; assim como à outros que sempre tiveram dificuldades a fazer mãos, pés, etc
Isso não quer dizer que sejam uma nódoa. Tenho uma série excelente em que o homem praticamente só consegue fazer uma cara, tenta diferenciar os personagens com diferentes penteados... mas o resto é excelente! Em tudo!
Manara faz sempre a mesma mulher, os mesmos trejeitos e por aí fora... ok! E o resto? O homem não presta? O que está por trás das personagens está mal? Os corpos anatomicamente estão errados? Isso eu chamo preconceito.
Tanto gosto de traço limpo como de traço sujo. Têm é de ser bom, sobretudo o traço sujo, pois à vista do potencial comprador tem de agradar logo, ao contrário do traço limpo. O que se passa, embora esteja a mudar, os autores portugueses nos últimos anos ou faziam aquela BD histórica completamente maçuda e estática, ou então eram tão alternativos que qualquer leitor incauto até deixava cair o livro com tanto "medo".
Outra coisa em relação a autores portugueses, na sua maioria (ou seja, não estou a falar de toda a gente) trabalham pouco. Fazer BD é difícil porque exige disciplina do artista. Ilustração é muito mais fácil... "- Olha só o sketch bem "cool" que eu fiz?"
"- Ya, tá bué da fixe!"
Então é aplicar esses sketchs todos numa BD? Hummm isso dá muito trabalho!
Bolas... tou farto de escrever!
Sejam positivos!
A BD não está morta (também não está com uma saúde por aí além), precisa apenas de um empurrão, e esse deve ser dado por todos!
Existe espaço para tudo, desde o mais comercial ao mais alternativo, mas para a BD vingar novamente no nosso Pais tem de vender, por isso é melhor trabalhar primeiro aquela que é mais fácil de vender.
Desculpem ter sido longo e chato.
Sobre Mangá, aconselho a obra Solanin, de um autor que não me lembro do nome. Esta obra deu origem a um filme japonês, que estreou este ano. A Portugal o filme nunca há-de criar. Li sobre esta obra no site da livraria Asa Negra e decidi comprar, porque a temática me interessou. Obviamente que a livraria não tinha em stock, mas em pouco mais de 15 dias eu tinha o livro na mão.
ResponderEliminarO desenho e a história valem a pena.
Entro na discussão para me pronunciar sobre este segundo fórum. Pode parecer "conversa da treta", mas não é. Também, apesar das ideias, nem sequer poderá sair daqui alguma solução mas, de todo, poderão os autores e editores aproveitarem este ou aquele ponto porque - carago! - todos nós somos leitores.
ResponderEliminarSobre o Manga ou Mangá, já disse na "sala" anterior que, pela sua persistência e massificação "jap", consegue entrar facilmente no mercado jovem. As imagens são tão parecidas que é difícil distinguir estilos entre os desenhadores (e alguns nem sequer são japoneses, mas pouco importa). O estilo deles é fazerem tal qual a "bonecada" animada que aparece na televisão. O público mais novo aprecia e compra. Poderá até acontecer haver algum desenhador português a fazer isso e, se assinar com qualquer coisa como Takaji Hoshimi ou outro nome menos inventado do que este, venderá. Recordo que escrevi "western" para a extinta colecção de livrinhos "Shane" com um pseunónimo americano (tal como o Orlando Marques e outros). Se lá pusesse o meu nome e apelido, nem o editor me abria a porta!
Depois, há grande variedade de Manga traduzida para inglês, respeitando contudo a leitura da direita para a esquerda e da "contracapa" até à "capa". Apesar de não gostar e de não me habituar, nada tenho que dizer: há quem escreve com a mão esquerda...
A televisão, como diz o Lino, é um problema. Depois dos programas do Vasco Granja, na sua maioria sobre animação e pouco sobre BD, a televisão estatal e as outras idem com aspas, nada. Aí é que está o poder e a massificação do consumo. Quanta publicidade passa, na hora da miudagem, sobre um simples álbum de bd? Nada. É só sobre jogos e brinquedos.
Aqui há 20 anos, num programa/concurso que se chamava "Chegar, Apostar e Vencer", apostei que conseguia fazer e pintar uma prancha de Lucky Luke, tamanho 3 metros por dois, com as respectivas vinhetas e igual ao original, em 5 minutos! Eu sabia que não ia conseguir desenhar e pintar três das vinhetas em branco (apesar de me deixarem utilizar lápis de cera), tanto mais que a prancha era conhecida por mim no momento em que o relógio começava a contar. Mesmo assim, consegui fazer duas vinhetas e abichar 400 contos!
Não posso dizer que os álbuns de Morris tenham sofrido uma venda substancial, após essa perplexidade. O que é certo, é que, as livrarias da minha região, começaram a satisfazer pedidos de leitores. E muitos dos meus amigos, que nunca tinham posto os óculos em cima de um álbum do cow-boy solitário, passaram a comprar.
Relativamente às livrarias especializadas e generalistas, nem tudo está dito. Há grande pressão das distribuidoras e os livreiros, que embolsam trinta por cento do preço da capa, ainda têm contrapartidas - como "em doze um" - e as grandes superfícies outros negócios, designadamente com as sobras. Aqui beneficiam as editoras das grandes tiragens - Astérix, Lucky Luke e outros avatares que o cinema e a televisão empolgam.
Falou-se aqui em traço limpo e sujo: esta linguagem não é da BD, com as devidas desculpas a quem a encetou. Em BD há traço, arte, narrativa, emoção, cor, branco e negro e, sobretudo, o suor de cada um. Suor, no sentido literal e figurado, porque na arte final, com os punhos suados, lá se borra a "escrita". E, por incrível que pareça, há leitores para tudo isso, mormente para os géneros abrangentes: desde o erótico ao infantil.
Em complemento do que disse João Figueiredo, verifiquei que o autor é Inio Asano. E, para quem queira dar uma espreitadela, aí vai:
ResponderEliminarhttp://www.onemanga.com/Solanin/
Contudo, apesar da beleza do desenho e da generosidade do argumento (que não conheço), repito o que disse: é difícil distinguir - pelo menos para mim, que sou ocidental - um autor de outro, porque os desenhos parecem-me iguais. Tal como diz o José Abrantes sobre as mulheres de Manara.
näo é nada josé abrantes tou farta de conversa cansada e de ouvir sempre as mesmas lamúrias ...
ResponderEliminarOlá, Teresa.
ResponderEliminarEu também me canso com facilidade de ouvir lamúrias, sou uma pessoa com muita energia positiva: quem me conhece sabe disso. Gosto de lutar, de pensar em projectos giros, etc! mas mesmo assim vou por vezes abaixo! Há uma crise económica muito pesada, há quem diga que o pior ainda nem começou, e só ouvimos os puliticos discursarem que estão a fazer tudo para o nosso bem-estar, etc! Desde os primeiros ecos da crise que o nosso primeiro ministro nos garantia que estava já alerta, que nada daquilo nos iria bater à porta, etc! E esse discurso "positivo" mantém-se!
para além da crise - desde que dou em mim, saltamos de uma crise para outra! - vejo uma população apatetada, que só arrebita quando há futebol, novelas e concursos na tv. de resto, não protesta, contesta, tudo lhes cai em cima e não se revolta! Não gosta de ler, reflectir, discutir, pensar! - uma população de lesmas!
É neste contexto real que nos encontramos, tu, eu e outros, que gostamos de arte, de livros, que temos sensibilidade para "mostrar", a quem queira ver, as nossas obras! Eu, por um lado, com uma imagem clara e muitas vezes assumidamente infantilizada, tu, com uma arte mais agressiva, o Álvaro, por exemplo, com um humor que pretende corrosivo, e os outros, cada um com o seu estilo mais apropriado.~
Não se discute aqui como é que se vende ou promove a obra do José Abrantes, do Álvaro, ou da Teresa!Discute-se, básicamente, a questão de "porque é que as livrarias investem cada vez menos em BD!" Já foi aqui escrito algumas coisas interessantes a esse respeito, nomeadamente que a produção nacional é exígua, não encheria, num ano, uma prateleira. Também se disse que as pessoas querem, cada vez mais, alhear-se dos livros em geral. Há quem acrescente que o carácter de "amigo da Arte" não é forçosamente o das livrarias.
Retenho sobretudo estas 3 premissas, mesmo que uma delas seja em boa parte minha. Acrescento que por experiencia própria, sou muito céptico quanto às nossas editoras! Uma coisa é saberem produzir um álbum bonitinho, de um autor de qualidade e esperado pelos leitores. Outra, muito diferente, é saber divulgá-lo, mostrá-lo, entusiasmar os possiveis leitores para a sua aquisição!
Dou-te um exemplo pessoal: Em temos recentes, editei pela Gailivro dois livros: Morgana e o Poço Misterioso, e Homodonte e a Tia Névoa. Pois bem, mal eles sairam, a editora foi adquirida pela Leya, e o grosso do seu catálogo foi recolhido, para avaliação do mercado, de estratégias, bla, bla, bla! O facto é que ambos sairam das livrarias poucos meses depois de lá terem entrado; mesmo assim, um destes livros está totalmente esgotado (à parte umas dezenazitas de exemplares que tenho em meu poder) e do outro pode-se encontrar apenas uns cem exemplares ainda nos armazéns da editora! E, perguntas agora tu,como é que estes livros que estavam encafuados em prateleiras, visto não estarem em livrarias? Muito simplesmente porque eu próprio os vendo a quem mos queira comprar! Ou seja, desempenho o papel não só de autor como de vendedor! É uma situação exagerada e demosntrativa de incompetência de quem me editou, mas é assim que as coisas agora estão!
Se imaginarmos um Saramago, um José Rodrigues dos Santos ou outros autores muito vendáveis, a serem eles mesmos a venderem os seus produtos, não teriam ido muito longe!
A situação em Portugal é negra, porque os editores são poucois, sempre os mesmos e já com tiques e teimas de longa data! Não há sangue novo, ideias frescas! Livrarias, não se multiplicam, a não serem os espaços FNAC ou Bertrand, ou seja, mais do mesmo!
Vejo, naturalmente, o futuro difícil! Imagino que alguns de nós desistam, que jovens optem por desenhar em outros registos que não na BD... Pode ser, quem saiba, que esta arte, entre ~´os, esteja a mudar de ciclo...
Um beijinho, Teresa, e fica bem!
Olá, Teresa.
ResponderEliminarEu também me canso com facilidade de ouvir lamúrias, sou uma pessoa com muita energia positiva: quem me conhece sabe disso. Gosto de lutar, de pensar em projectos giros, etc! mas mesmo assim vou por vezes abaixo! Há uma crise económica muito pesada, há quem diga que o pior ainda nem começou, e só ouvimos os puliticos discursarem que estão a fazer tudo para o nosso bem-estar, etc! Desde os primeiros ecos da crise que o nosso primeiro ministro nos garantia que estava já alerta, que nada daquilo nos iria bater à porta, etc! E esse discurso "positivo" mantém-se!
para além da crise - desde que dou em mim, saltamos de uma crise para outra! - vejo uma população apatetada, que só arrebita quando há futebol, novelas e concursos na tv. de resto, não protesta, contesta, tudo lhes cai em cima e não se revolta! Não gosta de ler, reflectir, discutir, pensar! - uma população de lesmas!
É neste contexto real que nos encontramos, tu, eu e outros, que gostamos de arte, de livros, que temos sensibilidade para "mostrar", a quem queira ver, as nossas obras! Eu, por um lado, com uma imagem clara e muitas vezes assumidamente infantilizada, tu, com uma arte mais agressiva, o Álvaro, por exemplo, com um humor que pretende corrosivo, e os outros, cada um com o seu estilo mais apropriado.~
Não se discute aqui como é que se vende ou promove a obra do José Abrantes, do Álvaro, ou da Teresa!Discute-se, básicamente, a questão de "porque é que as livrarias investem cada vez menos em BD!" Já foi aqui escrito algumas coisas interessantes a esse respeito, nomeadamente que a produção nacional é exígua, não encheria, num ano, uma prateleira. Também se disse que as pessoas querem, cada vez mais, alhear-se dos livros em geral. Há quem acrescente que o carácter de "amigo da Arte" não é forçosamente o das livrarias.
Retenho sobretudo estas 3 premissas, mesmo que uma delas seja em boa parte minha. Acrescento que por experiencia própria, sou muito céptico quanto às nossas editoras! Uma coisa é saberem produzir um álbum bonitinho, de um autor de qualidade e esperado pelos leitores. Outra, muito diferente, é saber divulgá-lo, mostrá-lo, entusiasmar os possiveis leitores para a sua aquisição!
Dou-te um exemplo pessoal: Em temos recentes, editei pela Gailivro dois livros: Morgana e o Poço Misterioso, e Homodonte e a Tia Névoa. Pois bem, mal eles sairam, a editora foi adquirida pela Leya, e o grosso do seu catálogo foi recolhido, para avaliação do mercado, de estratégias, bla, bla, bla! O facto é que ambos sairam das livrarias poucos meses depois de lá terem entrado; mesmo assim, um destes livros está totalmente esgotado (à parte umas dezenazitas de exemplares que tenho em meu poder) e do outro pode-se encontrar apenas uns cem exemplares ainda nos armazéns da editora! E, perguntas agora tu,como é que estes livros que estavam encafuados em prateleiras, visto não estarem em livrarias? Muito simplesmente porque eu próprio os vendo a quem mos queira comprar! Ou seja, desempenho o papel não só de autor como de vendedor! É uma situação exagerada e demosntrativa de incompetência de quem me editou, mas é assim que as coisas agora estão!
Se imaginarmos um Saramago, um José Rodrigues dos Santos ou outros autores muito vendáveis, a serem eles mesmos a venderem os seus produtos, não teriam ido muito longe!
A situação em Portugal é negra, porque os editores são poucois, sempre os mesmos e já com tiques e teimas de longa data! Não há sangue novo, ideias frescas! Livrarias, não se multiplicam, a não serem os espaços FNAC ou Bertrand, ou seja, mais do mesmo!
Vejo, naturalmente, o futuro difícil! Imagino que alguns de nós desistam, que jovens optem por desenhar em outros registos que não na BD... Pode ser, quem saiba, que esta arte, entre ~´os, esteja a mudar de ciclo...
Um beijinho, Teresa, e fica bem!
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ResponderEliminarJosé Abrantes
mas as editoras pagam täo mal que para se ganhar um dinheiro que se veja é preciso editar milhares de livros e em muitas linguas ...
ResponderEliminaras essoas nem teem dinheiro para viver quanto mais para comprar livros
as editoras pagam uma miséria, quando pagam, é uma verdade. Em parte por isso eu autoedito-me nas duas revistas que ora produzo, e nãO tento sequer vende-las em livrarias!
ResponderEliminarJosé Abrantes
A Central Comics livraria que fechou HOJE, dia 30 de Julho de 2010, sempre apoiou a BD em português. Os álbuns na nossa lingua sempre tiveram maior destaque do que os outros. E tinhamos ASA, Caldas, Fanzines, Bdmania, VitaminaBD, Witloof, Meriberica, Vilela, Gradiva, El Pep, Chili com Carne, etc, etc.
ResponderEliminarMas as coisas vinham a piorar ano após ano e quanto menos bd em português se edita menos nós vendiamos em quantidade por título.
Dou o exemplo do Hellboy. Há 3 anos eramos capazes de vender, da mesma história 3 ou 4 cópias da versão inglesa (comics + tpbs) e os álbuns em português vendiamos uns 15 exemplares. Agora, vendemos uns 5-6 em inglês (comics + tpbs) e apenas 7 em português.
Quanto à culpa da (mau) estado da BD poder ser ou não das livrarias, em que o Verbal diz que não, penso que é culpa é um ciclo vicioso ou o caso do ovo e da galinha. Está mau porque as livrarias dão pouco destaque à BD porque sai poucas edições em português ou está mau porque sai pouca BD em português devido as suas vendas baixas porque as livrarias dão pouco destaque à BD?
Quanto à crise das livrarias especializadas cuja a sua sobrevivência advém da venda da BD importada, não é da crise generalista de uma forma directa. É obvio que com a "crise" os leitores têm menos dinheiro (ou pensam que têm menos dinheiro) e por isso compram menos, ou, arranjam forma de a "adquirir" de forma mais economica, seja de que maneira for. Aí entram as versões digitais que podem ser visto no computador, Iphone, Ipad, etc., sejam elas legitimas ou pirateadas e o problema maior, alguns sites (britânicos) que vendem a BD com descontos absurdos (alguns deles com portes gratuitos para todo mundo), e que toda a gente aqui sabem quais são, por isso nem preciso dizer os nomes.
O Porto Canal é um canal regional, mas tem cobertura nacional pois além de ser um canal da ZON, também já está na Clix e na MEO.
Seja como for é um canal de pouca audiência e na altura em que estive lá, não passava na Meo nem Clix. Ainda para mais o programa era da 16h às 18h, às quintas. E não tinha stream em directo, como agora, na Internet. Por isso era complicado e não tivemos grandes aumentos de venda ou procura da loja, durante esse tempo, mas ainda sentimos alguma coisa.
e deixo aqui novos links para poderem ver dois programas meus.
Não sei o que aconteceu com os primeiros:
http://videos.sapo.pt/99D23dYpfSkl45zLjYVl
http://videos.sapo.pt/e0sgqtA5aNBQSkaPEGTY
se não derem, pesquisem "comicz" em http://videos.sapo.pt
O Verbal esta errado numa coisa as Fnacs e Bertrands só sao boas quando 1 produto é novidade,depois nao querem saber dele,logo o espaço vai diminuindo cada vez mais.Eles só tem alguns titulos sempre disponiveis extamente os mesmo de ha 20 anos,ASTERIX,LUCKY LUKE,etc
ResponderEliminarO resto vai alternando,ou só reapareçe nas feiras dos livros deles como os 1s hellboys e Orquidea,eles nao querem ter isso sempre em stok,ao contrario de por exemplo o Mundo Fantasma que teve durante anos todo o catalogo Devir quer em revistas ou tpbs.
Quanto ao manga eu acho que pode mesmo ajudar a atrair novos fas,mas nao podem esperar que eles venham la ter sozinhos,tem que publicitar o produto.
As Editoras sem ser bd já se aperceberam disso e já publicitam na tv e em horario nobre.
Já não venho acresecentar muito ao debate - mas pediu-me o Lino que o fizesse- é possível vender BD noutros locais que não livrarias como bares mais especializados ou lojas mistas, que vendem um pouco de tudo género moderno e jovem etc exemplo: Maria vai com as Outras no Porto), mas concluo que as famílias portuguesas são pobres e a leitura é um luxo e também se perde o habito de vender nos quiosques devido à concorrência das revistas femininas jornais desportivos e por aí adiante
ResponderEliminarTambém existe a insuficiência das distribuidoras e falta de sentido de mercados diversificados, mas com a crise podem ser estes mesmo obrigados a rever a sua estratégia.