terça-feira, julho 21, 2015
Inéditas de BD (II) - Padre Motard e os Cães do Asfalto
Estamos perante um super-herói único em toda a BD portuguesa e até mesmo mundial: um padre. E pelos incríveis acasos da criatividade, o autor usa apenas o seu apelido Santo.
Ora um tal super-padre motociclista - o autor prefere apresentá-lo por motard - teria de estar inserido numa qualquer trama ficcional. Daí que ele surja envolvido na investigação do desaparecimento de uma "bela e casta jovem de boas famílias".
E logo no início surgem as complicações: vê-se cercado por uma alcateia de lobisomens!
Claro que este herói improvável usa como arma um objecto também improvável, uma Bíblia Sagrada, qual martelo de Thor...
Vejamos, leiamos então a banda desenhada, num prólogo e onze pranchas, que o Ricardo Santo tinha feito há uns tempos e se mantinha inédita, até à sua estreia hoje neste blogue.
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SANTO
Síntese biográfica
Ricardo Santo Encarnação Machado, que usa assinar as suas bandas desenhadas pelo apelido Santo, nasceu em Leiria a 21 de Dezembro de 1976, licenciou-se em Design Industrial em 2000.
Ainda muito pequeno começou a escrever e a desenhar, a criar as primeiras bandas desenhadas.
Em 1991 participou num concurso organizado pelo Salão de BD de Amora, onde obteve uma Menção Honrosa. Importante para ele foi ter adquirido lá, na feira do livro de BD, uma obra intitulada "Sob o Signo do Capricórnio", o seu primeiro álbum de Corto Maltese.
A partir daquele concurso tomou o gosto por esse tipo de desafios, e pelos respectivos prémios. Entre eles: um 3º no Concurso de BD de Loulé, em 1995, um 2º no Concurso de BD e Cartoon "Zé Povinho" da Livraria 107, das Caldas da Rainha, em 1996, neste mesmo ano mais uma Menção Honrosa, dessa vez na Sobreda BD, ainda outra M.H. em 1997, no concurso do 8º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, subindo no ano seguinte, no mesmo evento, para o 3º prémio.
Foi desclassificado em 2003, por entrega tardia da sua peça à organização, apesar da elevada qualidade reconhecida pelos elementos do júri que analisaram a bd recusada, voltando Ricardo Santo a obter menção honrosa no concurso relativo ao festival amadorense de 2005.
Tem algumas bandas desenhadas publicadas em zines: no Fanzine para Machos - que ele próprio editou em 1999 -, no Tertúlia BDzine, no Bactéria, e repetidamente no Efeméride (no nº3-Junho 2008, nº4-Janeiro 2009, nº5-Julho 2012, nº6 (Parte 1 de 4) - Outubro 2014, e (Parte 3 de 4) - Maio 2015. Noutro género,não de BD, era o fanzine Desgraçadinho, de que foi um dos principais mentores.
Profissionalmente tem feito ilustrações de cariz comercial em colaboração com vários ateliês de Design, entre eles o Surphace Design, Púrpura Design e Zona Design. Nesta área da ilustração já foi agenciado pelo Re-Searcher, mas acabou por optar em trabalhar como independente.
Ao nível de banda desenhada e ilustração está envolvido em dois projectos: "Museu, Espelho Meu", para o Instituto Português de Museus, é um deles; o outro, de iniciativa pessoal, tem a ver com a realização do seu primeiro álbum de BD, cujo argumento bebe inspiração e influências nas lendas tradicionais e contos populares de cariz fantástico, bem como no Portugal dos anos sessenta.
Na internet também tem alguma BD. Ver em:
www.flickr.com/photos/ricardosanto
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Esta banda desenhada insere-se na etiqueta Inéditas de BD. Para ver a anterior basta clicar naquele item visível em rodapé.
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