segunda-feira, junho 27, 2005

Jazz na BD

Já aqui falei do meu novo fanzine, dedicado à banda desenhada e ao jazz.
Como é habitual neste tipo de publicações amadoras, a distribuição é feita pelos próprios editores (faneditores, é a definição especializada), e é isso que tenho andado a fazer. Como se impunha, fui a uma discoteca (para o caso é uma loja de venda de discos e não espaço de dança), especializada em jazz, a Trem Azul, localizada ao fundo da rua do Alecrim, no nº 21 A.
Como a discoteca engloba uma pequena galeria de arte - onde então estava uma exposição de fotografias de músicos de jazz -, o bacano Jorge Trindade, que conheci na altura, convidou-me a organizar uma exposição com as duas bedês que compõem a componente ilustrada do zine. E assim se fez. Portanto, até ao dia 25 de Julho, a mostra de BD estará à disposição dos bedéfilos e, já agora, também de quem goste de jazz. Na galeria encontrará um "flyer" onde escrevi o seguinte:
"Cruzar visualmente a Banda Desenhada e o Jazz é a intenção de quem edita o fanzine Jazzbanda, tentando que as sonoridades "jazzísticas" se transmitam pelas imagens sequenciais, a própria essência da BD.
As pranchas originais com as imagens, reproduzidas nas páginas do fanzine - por extenso: um magazine editado por um fã (fan) - ganham mais ressonância visual quando expostas, e dão maior realce ao labor dos dois artistas/autores de BD, o já consagrado Pedro Massano, e Ricardo Cabral, um novo de talento emergente."

domingo, junho 26, 2005

Festivais, Salões BD e afins (I) - Salão Lisboa de Banda Desenhada

Cumpriu-se mais uma edição do Salão Lisboa de Banda Desenhada, já lá vai algum tempo, e só agora falo nisso porque, confesso, não atinava com a forma de entrar no blog.

Agora que voltei a encontrar "o caminho por cima das pedras" (obrigado formador Ricardo Lopes), queria deixar registada uma breve crítica.

O Salão Lx, como é sabido, começou por abarcar a banda desenhada e a ilustração, e mostrava no título essa dupla intenção. Entretanto, os seus responsáveis decidiram separar as águas (artes?) e, bienalmente, dedicar-se apenas a uma delas. Tudo bem. 

Este ano era o ano da BD. Lá estiveram representados vários autores, com destaque para os finlandeses, convidados especiais, bem acompanhados pela representação portuguesa, encabeçada por José Carlos Fernandes.

Mas o que eu queria sublinhar era o facto de também a ilustração lá estar representada, o que nada teria de criticável, se identicamente isso acontecesse com a banda desenhada quando o salão é dedicado à ilustração, o que, infelizmente, não se verifica.

Portanto, parece evidente um certo favoritismo da Bedeteca em relação à ilustração, em detrimento da banda desenhada.

E aqui impõe-se a pergunta: será que a Bedeteca está em vias de passar a chamar-se Ilustrateca?