sexta-feira, fevereiro 26, 2010

Autógrafos desenhados (XI) - Solano López





Desenho original com o rosto de El Eternauta, que Solano López fez para me oferecer, em 1980, no "Lucca 14 - Salone Internazionale dei Comics, Illustrazione e Cinema d'Animazioni" em Itália.
É um dos primeiros "autógrafos desenhados" da minha extensa colecção.

El Eternauta é uma obra clássica, provavelmente a mais importante da Banda Desenhada realizada na Argentina.
Trata-se da única obra de Figuração Narrativa comprada pelo Ministério da Educação daquele país destinada a estar disponível nas escolas e bibliotecas populares.
É, também, a única obra de BD incluída no acervo da Biblioteca Nacional Argentina.

Iniciada na revista Hora Cero Semanal, a 4 de Setembro de 1957, teve por autores o argumentista Oesterheld (Hector Germán Oesterheld, 1919-1978), e o desenhador Solano López (ver abaixo síntese biobibliográfica).

El Eternauta é um "navegador do Tempo, viajante da eternidade", como ele próprio se define logo no início da obra, em registo de ficção científica com acção localizada em Buenos Aires.
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SOLANO LÓPEZ

Síntese biobibliográfica

Francisco Solano López nasceu a 6 de Outubro de 1928, em Buenos Aires, Argentina.
Após estudos incompletos em Direito, e trabalho ocasional na Publicidade, acabou por tornar-se autor de banda desenhada, tendo colaborado em várias publicações, até que se associou ao argumentista Hector Oesterheld, com o qual realizou "Uma-Uma", em 1953, para o magazine Rayo Rojo.

Em seguida passou a desenhar a série "Bull Rockett", baseada igualmente em argumento de Oesterheld, que durou até 1959. Em simultâneo, trabalhou noutras séries criadas por aquele argumentista, como sucedeu com "Ernie Pike" (mais tarde também desenhada por Hugo Pratt), com "Rolo, el marciano adoptivo", "Joe Zonda", "Amapola Negra" e, sobretudo, "El Eternauta", obra que lhes acarretou complicações com a ditadura militar, visto que o argumento de Oesterheld, reforçado pelo grafismo forte de Lopéz, permitia leitura política, contra o poder ditatorial.

A Junta Militar apercebeu-se dessa mensagem subliminar, e começou a pressionar os autores. Solano López emigrou para Espanha, a fim de escapar à hipótese de ser preso.

E é naquele país que, nos finais da década de 1950, ele começa a trabalhar para o mercado britânico de BD, nomeadamente para a Fleetway de Londres, tendo acabado por ir para Inglaterra a fim de poder estar mais próximo dos argumentistas-guionistas, e com eles fez numerosas séries, enre as quais "Air Ace Library" (1959), "Kelly's Eye" (1963), "Galaxus: The Thing from Outer Space" e "Toys of Doom" (ambas no magazine Buster, em 1964 e 1968, respectivamente), "Raven on the Wing" (1968, no Valiant), "Adam Eterno" (1969, no Lion), "Nipper" (1970, no Tiger), M.A.C.H. 1 (para o novo Eagle), e "Battler Britton" (que em Portugal foi crismado por "Major Alvega"), para a Thriller Picture Library. 

Entre 1970 e meados de 1980, continuou a trabalhar para editores europeus, sob argumentos de seu filho Gabriel, de que resultaram as obras "Histórias Tristes" e "Ana".

Aliás, a sua copiosa produção em BD para a Fleetway fez com que decidisse voltar a Buenos Aires e montasse lá um estúdio. Devido à depressão económica que o país atravessava, havia muitos antigos colegas seus sem trabalho, que convidou para colaboradores, passando a fazer ele os layouts, ficando para os assistentes a arte-finalização.

Oesterheld, que tinha permanecido na Argentina, tentou convencê-lo a fazer uma segunda parte de "El Eternauta". Contudo, a situação política tinha piorado, o que forçou Oesterheld à clandestinidade. E López, numa viagem a Espanha, soube que a sua casa tinha sofrido um misterioso incêndio, pelo que o artista resolveu fixar-se de novo em Madrid. Quanto a Oesterheld, durante muito tempo não houve notícias, mas soube-se mais tarde que tinha sido preso pela polícia política e morto em 1978.
Em 1983 o nome de Solano López aparece ao lado do argumentista Carlos Sampayo, enquanto autores da relevante obra "Evaristo" no género policial, feita para o mercado italiano. E em 1984, López - que estava nessa altura a viver no Rio de Janeiro - passa a trabalhar também para as editoras americanas Dark Horse e Fantagraphics.

Nos anos 1990, o autor argentino ensaia experiência na banda desenhada erótica, onde alcança êxito com "El Prostíbulo del Terror", de novo sob argumento de Ricardo Barreiro, e realiza duas sequelas da bd "Lilian & Agatha", bem como a série "Sexy Simphony" (sob argumento de seu filho Gabriel Solano López), tratando-se do género de histórias sem palavras, em quadricromia, para a revista erótico-pornográfica Kiss Comix.



Nota "a posteriori" - Francisco Solano López faleceu em 12 de Agosto de 2011
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Deste mesmo tema há vários textos anteriores, relacionados com desenhos e autógrafos dos autores indicados na lista abaixo indicada.
Para quem quiser ver os respectivos desenhos, bastar-lhes-á clicar na etiqueta "Autógrafos Desenhados" mostrada no rodapé deste "post".
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(X) Dez. 9 - Neal Adams
(IX) Jun. 10 - Gary Erskine
2009 - daqui para cima

(VIII) Set. 26 - Enrique Breccia
(VII) Agosto 3 - Carlos Roque
(VI) Maio 19 - John Buscema
(V) Abril 13 - Mordillo
(IV) Março 25 - Moebius
(III) Fev. 11 - Quino
(II) Jan. 12 - Milo Manara
2006 - daqui para cima

(I) Dez. 26 - Aragonés
2005 - daqui para cima
http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=11240643&postID=5743461983104713440Solano López

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

Autores portugueses editados no estrangeiro (II) - Eduardo Teixeira Coelho





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Ayak é o nome de um lobo, personagem fulcral numa série de banda desenhada editada em França, com argumentos de Jean Ollivier, e desenhos do artista português Eduardo Teixeira Coelho, que, em Portugal, na revista Mosquito, assinava por E.T.Coelho ou, muito simplesmente, ETC.

Mas em França, onde colaborou na revista Vaillant, o nosso compatriota usou o pseudónimo Martin Sièvre, e mais tarde - por exemplo, nos álbuns que vou referir dedicados ao lobo Ayak, o nome do ilustrador aparece na capa como E. Coelho.

Noutra obra em que colaborou para a Larousse, La Découverte du Monde, a editora francesa grafava-lhe o nome como Eduardo Coelho (e em dicionários e enciclopédias da especialidade, várias vezes o apelido foi incorrectamente escrito Coehlo...).

Nesta série, a personagem fulcral, um lobo solitário, apresentado aos leitores como Ayak, o Lobo Branco, actua estranhamente como amigo de uma jovem de nome Anne, a quem salva várias vezes de animais, alguns deles racionais...

Os dois tomos que possuo - Le Loup Blanc e Le Loup Blanc-Ruée sur le Yukon, ambos com a chancela de Editions Vailant, datados, respectivamente, de Setembro de 1980 e Maio de 1981 -, com que se inicia a série, adquiri-os numa livraria de Angoulême, aquando da minha primeira ida ao Festival International de Bande Dessinée daquela cidade, em 1982.

É uma das muitas obras que, daquele consagrado artista, foram editadas no estrangeiro, nomeadamente em Espanha, França, Inglaterra e Itália, e até, em tradução posterior, esporadicamente em Marrocos.
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Eduardo Teixeira Coelho nasceu em Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, a 4 de Janeiro de 1919, e faleceu em Florença, Itália, a 31 de Maio de 2005.
Manteve sempre a nacionalidade portuguesa.

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Para ver o autor anteriormente focado na presente rubrica, basta clicar na etiqueta que inclui o item "Autores portugueses editados no estrangeiro", visível no rodapé.
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(I) 30 Dez. - Vasco Colombo - Revista "El Tebeo de la Biennal" - Out. 1987
2009 - em cima

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Curtas de BD (Autores portugueses - III) Zé Paulo


Garanto: vale a pena clicar sobre as imagens, para as ver com todo o pormenor. E convém fazer o visionamento com vagar, para gozar bem o prazer, como se faz com tudo aquilo de que muito se gosta.

(Em cima: prancha 1 de 4)


(Prancha 2 de 4)

(Prancha 3 de 4)

(Prancha 4 de 4)

Horror e suspense são dois dos ingredientes desta espantosa e intrigante banda desenhada curta, O Som de Meter Medo, criada pelo talentoso autor Zé Paulo.
A bd que agora divulgo na blogosfera, nesta rubrica dedicada a "Curtas de BD", foi publicada, pela primeira vez, no fanzine Tertúlia BDzine  (nº 123, de 4 Março 2008).

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Síntese biográfica

Zé Paulo (ou ZEPAULO)

José Paulo Abrantes Simões, Lisboa, 4 Nov. 1937/23 Dez. 2008), é um dos autores/artistas de mais elevada craveira da Figuração Narrativa portuguesa.


Ele foi um dos "visionários" lançados pela efémera revista de BD Visão (12 números publicados entre 1975 e 1976), tendo colaborado logo no primeiro número, editado em 1 de Abril de 1975, com a bd Abril Águas Mil - uma só prancha a preto e branco - , e Os Loucos da Banda - seis pranchas em quadricromia -, muito embora já tivesse bandas desenhadas publicadas anteriormente, em 1974, na revista alemã Pardon.


Depois da Visão, onde realizou obra notável, em especial a extensa narrativa gráfica intitulada A Família Slacqç, teve o seu primeiro álbum editado em 1977, com o título A Direita de Cara à Banda.


Em 1979 foi mais uma vez autor completo (ou seja, realizador das três componentes principais da BD: argumento»guião»desenho) da peça Memórias do Último Eléctrico do Carmo, bedê publicada a p/b num suplemento jornalístico, curiosamente intitulado DL Fanzine, do jornal Diário de Lisboa.


Fez também várias incursões na BD de carácter infantil na revista Fungagá da Bicharada.


Numa revista de muita qualidade, embora de vida extremamente breve e publicação curiosamente sazonal, a Lx Comics (título reaparecido mais tarde em diferente edição da Bedeteca de Lisboa), ZEPAULO colaborou no nº 3 (Inverno de 1991), fazendo uma prancha para o cadavre exquis intitulado Elxis.


Teve copiosa participação no semanário humorístico O Fiel Inimigo (título posteriormente simplificado para O Inimigo).


Desinteressada e singelamente, fez bandas desenhadas de propósito para fanzines, designadamente Tertúlia BDzine, Eros, Efeméride e para o fanálbum Novas Fitas de Juca & Zeca.


Todavia, estranha e injustamente, nunca foi homenageado nos eventos nacionais dedicados à BD (Salões, Festivais e afins), já realizados em vários pontos do país: Amadora, Beja, Lisboa, Moura, Sobreda, Viseu...
Apenas o foi pela
Tertúlia BD de Lisboa, no encontro realizado em Agosto de 2000, sendo-lhe atribuído o Diploma de Honra, modesto galardão para artista de tal envergadura.

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Quem estiver interessado em saber mais acerca deste singular autor, pode ir à coluna "Categorias", e clicar no item "Visão - revista portuguesa de banda desenhada", onde consta, no "post" de Junho 30, 2006, uma pequena entrevista, e em Dez. 23, 2008, uma nota biográfica, ambas com fotografias tiradas em datas próximas.
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Para ver as duas curtas anteriores (e vale bem a pena, embora eu seja suspeito ao dizer isto, porque foram seleccionadas por mim...) basta clicar no item "Curtas de BD (Autores portugueses)" inserido no rodapé
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Postagens anteriores


Nov. 11 - Autores portugueses (II) - Carlos Barradas e Carlos Soares
Out. 11 - Autores portugueses (I) - Pedro Brito
2009 - daqui para cima

terça-feira, fevereiro 16, 2010

Acordo Ortográfico na Banda Desenhada e afins (IV)

Datas de publicação, no jornal Record, deste 1º conjunto de 4 tiras:
1ª - 16 Fev. 2010
2ª - 15 Jan. 10
3ª 24 Nov. 2009
4ª - 13 Nov. 09

Datas de publicação deste segundo conjunto de 4 tiras:
1ª - 12 Nov. 09
2ª - 28 Out. 09
3ª - 17 Out. 09
4ª - 29 Set. 09




Lembrete: para ler com facilidade o texto acima reproduzida, bem como os balões das tiras de banda desenhada, basta clicar em cima da imagem


O novo Acordo Ortográfico (AO) de 1990 (data oficial, claro...) está presente em cada uma destas tiras de banda desenhada (*), de que reproduzo apenas algumas, mas que são publicadas diariamente no jornal desportivo Record, o qual, desde o início de 2009, passou a usar o novo acordo ortográfico: e igualmente está presente na capa, contracapa, e ficha técnica do livro (editado em Portugal, em Setembro de 2009), "Os casos do Inspetor Zito".
Aliás, o AO vai-se insinuando, inexoravelmente (afinal, o dito cujo já está em vigor, oficialmente....), na Imprensa, na Literatura - como se vê nas imagens deste "post" - que, além das tiras de BD, exibe a capa do acima citado livro, pertencente a uma colecção dedicada às crianças, da editora portuguesa "Vogais & Companhia, Edições, Lda., Cascais.
Já não contando com pequenos focos de ignorância, ou de distracção - ou de displicência escolar na aprendizagem da disciplina de Português-, em esporádicos textos de alguns jornalistas, que por vezes escrevem (nos jornais que habitualmente leio - Público, i e Sol, de vez em quando o Jornal de Notícias (**), e agora o Record, mas este último está a usar as normas do AO), escrevem, repito, as palavras ecléctico e Árctico sem o c mudo ("eclético"? e "Ártico"?). Há, portanto, desde há muito, quem, sem se dar conta, esteja a usar a nova ortografia, que exclui as consoantes mudas, as tais não pronunciadas pelos falantes portugueses...
Será que, de facto, a "língua portuguesa é muito traiçoeira" (curiosa frase do Herman José, ou das Produções Fictícias, o que vem a dar no mesmo...), e o AO vem resolver muitos problemas de escrita aos mais desatentos?

(*) Tiras de banda desenhada pela sua linguagem e estética, através do uso dos balões e da sequencialidade das imagens; cartune, pelo espírito e finalidade com que as tiras são realizadas, tendo em mente a crítica localizada temporalmente.
(**) O Jornal de Notícias é para ver/ler a série "Zits" e os artigos sobre BD do meu amigo F. Cleto e Pina (aliás, Pedro Cleto).
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Quem estiver interessado em ver as postagens anteriores, poderá fazê-lo clicando no rodapé, na etiqueta "Acordo Ortográfico na Banda Desenhada"

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Premiados do 1º Concurso de BD do jornal Avenida Marginal (Faial/Açores)

Pedro Carvalho (desenho), André Oliveira (argumento)
Primeiro Prémio Nacional
(Prémio destinado aos maiores de 19 anos, continentais)

Pedro Valim
Primeiro Prémio Jovem Autor Regional
(Prémio destinado aos concorrentes açorianos entre os 16 e os 19 anos)

João Ataíde (desenho), André Oliveira (argumento)
Menção Honrosa para Autor Nacional
(Prémio destinado aos maiores de 19 anos)

Marc
Menção Honrosa para Autor Nacional
(Prémio destinado a maiores de 19 anos, continentais)

Pedro Data
Menção Honrosa para Autor Nacional
(Prémio destinado a maiores de 19 anos, continentais)

Carlos Rocha
Menção Honrosa para Autor Nacional
(Prémio destinado a maiores de 19 anos, continentais)

Catarina Calvinho
Primeiro Prémio Mini Autor Nacional
(Prémio destinado aos concorrentes do continente até 15 anos)
Angel
Primeiro Prémio Mini Autor Regional

(Prémio destinado aos concorrentes açorianos até 15 anos)
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Para ampliar a imagem bastará clicar-lhe em cima.
(Infelizmente, mesmo aumentada, a imagem ficará sempre truncada na parte superior da prancha, porque foi assim reproduzida na página do jornal, presumo que por impossibilidade técnica de fazer melhor, embora me pareça que bastaria ter feito uma pequena redução à cópia da prancha original para toda a bd caber na página do caderno/suplemento).
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Para esclarecer as categorias acima referidas (Mini Autor Regional, Jovem Autor Regional, Mini Autor Nacional, etc.), será necessário ver o regulamento, publicado em postagem de Outubro 15, 2009 (que pode ser visto com facilidade, para tal bastará clicar no item "Concursos de Banda Desenhada" inscrito em rodapé).
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Os concursos de banda desenhada têm várias finalidades, e todas positivas: descobrir e incentivar novos talentos, divulgar publicamente as obras (galardoadas com os prémios principais e também as que tiveram menções honrosas), através de publicação em qualquer suporte - nos jornais, nas revistas ou nos fanzines -, bem como em exposições organizadas pelos promotores da iniciativa.
O concurso lançado pelo jornal trimestral gratuito Avenida Marginal - editado nos Açores, Ilha do Faial - já cumpriu as duas componentes indicadas: para começar, a publicação, fazendo-o nas suas páginas, na edição de 18 de Dezembro. E a parte da exposição já começou a ser cumprida: ainda em Dezembro, as bandas desenhadas distinguidas com os prémios estiveram patentes no Centro do Mar, Ilha do Faial.
E não seria de mais se o jornal conseguisse organizar outra exposição na Ilha, dessa vez no museu de "Scrimshaw" do Café Peter Sport. Cada bd tem apenas uma prancha, e entre as vitrines há bastante espaço disponível, com a vantagem de ser local visitado por um tipo de pessoas bastante diversificado.
E, qual cereja no topo do bolo, está prevista uma mostra itinerante que percorrerá vários locais do país, nomeadamente Beja, onde será montada na Galeria do Instituto Politécnico, integrada no próximo Festival Internacional de Banda Desenhada daquela cidade.

Complementarmente, estas bandas desenhadas que obtiveram distinções (prémios ou menções honrosas) ficam em exposição no espaço virtual deste blogue.
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Quem estiver interessado em ler um trabalho meu com o título "Subsídios para um estudo sobre Concursos de Banda Desenhada", ou o regulamento do concurso acima referenciado, pode fazê-lo clicando aqui no rodapé.

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Banda Desenhada portuguesa em jornais (CXVII) - Avenida Marginal - Autor: Bruno Rafael

Tira de BD da autoria de Bruno Rafael
in jornal Avenida Marginal - Ano 2 - nº 5 - 18 Dez. 2009


Trimestral é o tipo de periodicidade que não se imagina para um jornal. 

Mas é um facto, e ele existe, titula-se Avenida Marginal, tem tiragem de 2000 exemplares, e publica-se na cidade de Horta, Ilha do Faial, Açores. 

Com ainda mais uma singularidade: publica uma tira de banda desenhada, a cores, "O Toiro e o Cagarro*, de autor português!  Bruno Rafael é o seu nome, nascido na Ilha Terceira, Açores.

Parabéns a ele e a Heitor H. Silva (Editor, proprietário e director do jornal, três em um!)

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* O cagarro, como fiquei a saber graças ao google, é uma ave marinha muito abundante nos Açores. Também conhecida por "pardela-de-bico-amarelo", esta ave, apesar de estar classificada como espécie protegida, já se encontra em perigo, por ser muito vulnerável a predadores terrestres - incluindo o homem, claro está.
Daqui chamo a atenção do amigo Marc Figueiredo, com mais este possível tema para a sua revista/ecozine "Celacanto", anteriormente dedicada ao albatroz, e em preparação um número dedicado ao lobo.

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Para ver as 116 postagens anteriores, basta clicar no item "Banda Desenhada portuguesa nos jornais", inscrito no rodapé.
No "post" 116º estão também os nomes dos autores reproduzidos

quarta-feira, fevereiro 03, 2010

Comic Jam - 18ª prancha

Todos os visitantes sabem que basta clicar sobre a imagem da banda desenhada para ela ampliar. Aos iniciados peço desculpa pela repetição

Seis autores (argumentistas/desenhadores) mais uma vez colaboraram, cada um com sua vinheta, neste Comic Jam, no fim de contas uma invulgar banda desenhada improvisada (algo que tem a ver com o conhecido "cadavre exquis" surrealista), enquanto participavam no 306º Encontro da Tertúlia BD de Lisboa. E o episódio é de facto surrealista:

"Querem ver o restaurante Gina (passe a publicidade) do Parque Mayer arrancado do solo por um robô gigante? Querem ver o Osvaldo Medina e eu também, ambos clonados? Os 6 autores desta 8ª prancha do Comic Jam passaram-se? Decidam depois de ver a banda desenhada de improviso feita no recente encontro da Tertúlia BD de Lisboa."

Este foi o texto do sms que enviei para uma centena de bedéfilos, incluindo os respectivos autores. Seria redutor que a pequena peça artística de BD fosse apenas apreciada pelos que estavam presentes na TBDL.

Para informação dos que não estiveram lá, e até para uns quantos que, embora presentes,  se absorveram na conversa com os amigos de tal maneira que não deram por nada, eis os nomes dos colaboradores dessa prancha feita ali à mesa à vista de todos:

1ª vinheta - Osvaldo Medina (o Convidado Especial da TBDL, por isso mesmo o iniciador do "Comic Jam");
2ª vinheta - João Morais Ribeiro
3ª » - Mário Freitas
4ª » - Potier
5ª » - Patrícia Furtado
6ª » - Ricardo Cabral
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Nomes (por ordem alfabética) de todos os que participaram nas 8 pranchas já realizadas nesta II Série:

1. Álvaro
 2. Ana Maria Baptista (2 vezes)
3. Ana Saúde (2 vezes)
4. André Oliveira
5. André Reis
6. António Valjean
7. Carlos Páscoa

8. Daniel Maia
9. Falcato
10. Fil (Luís Filipe Lopes)
11. Filipe Duarte
12. Heguinil Mendes
13. Hugo Teixeira
14. Inês Ramos

15. J.Coelho (2 vezes)
16. J.Mascarenhas
17. João Morais Ribeiro
18. João Vasco Leal
19. Joana Afonso
20. José Abrantes
21. Luís Henriques
22. Machado-Dias
23. Marc Figueiredo
24. Mariana Perry

25. Mário Freitas
26. Miguel Carneiro
27. Miguel Gabriel
28. Miguel Marreiros
29. Nélson Martins
30. Nuno Duarte

31. Osvaldo Medina
32. Patrícia Furtado
33. Paulo Marques
34. Pedro Massano
35. Pepedelrey

36. Potier
37. Rechena

38. Ricardo Cabral
39. Ricardo Cabrita
40. Ricardo Correia
41. Ricardo Reis
42. Rui Batalha

43. Rui Ramos
44. Sónia Carmo (2 vezes) 

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Aos interessados em ver as sete pranchas anteriores, recomenda-se que cliquem na barra em rodapé, onde se lê Comic Jam 

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Editei em papel o fanzine Comic Jam (# 1), após a amostragem das pranchas mensais neste blogue, o qual pode ser visto na totalidade no meu outro blogue http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com/ (mês de Julho 2009)

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Osvaldo Medina - Síntese biográfica do Convidado Especial da Tertúlia BD de Lisboa - Ano XXIV - 306º Encontro

Em cima:
As 2ª e 3ª pranchas desenhadas por Osvaldo Medina para o livro A Fórmula da Felicidade


Em cima:
Desenhos de Osvaldo Medina para as duas pranchas iniciais feitas para o livro Mucha
Como sempre tem acontecido, a componente de tertúlia da TBDL é preenchida com uma conversa, a seguir ao jantar, com o nosso
CONVIDADO ESPECIAL (*)
que, este mês é o

OSVALDO MEDINA
Osvaldo Lopes Medina, Novembro de 1973, Luanda, Angola.

No ano em que nasceu o Convidado Especial de hoje da Tertúlia BD de Lisboa, Angola era ainda território integrante de Portugal, por conseguinte Osvaldo deveria ser português. Todavia, embora a sua naturalidade seja angolana, algo inexplicavelmente, ele, tal como os seus pais, tem nacionalidade cabo-verdiana. Portanto, pela primeira vez na Tertúlia BD de Lisboa, o Convidado Especial é estrangeiro.
Veio para Portugal ainda não tinha dois anos, por isso aqui fez o 12º Ano completo do Curso Técnico-Profissional, Área Desenho.
A sua primeira incursão na Banda Desenhada intitulou-se Em Busca da Vida, obra dividida em três álbuns, editados em exemplares únicos pelo Arqº Francisco Gentil, que escreveu o argumento e pagou a invulgar edição (em 1999) que nunca passou dos protótipos, devidamente impressos em offset.

A Tua Carne é Má, que realizou sob argumento de Pepedelrey, teve as respectivas pranchas originais (40) expostas no Museu Jorge Vieira - Casa das Artes, durante o 4º Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja (Maio 2008) , mas o álbum ainda não foi editado.

Finalmente, em Junho, também em 2008, Medina teve a sua estreia., no nº 3 do fanzine Efeméride, dedicado ao tema Super-Homem no Século XXI, com o episódio Ícone, sob argumento de Mário Freitas.

E uns meses depois, em Dezembro, foi a vez de se ver o seu nome na capa do álbum A Fórmula da Felicidade (1º vol. de 2), argumento de Nuno Duarte e legendagem de Mário Freitas, sob chancela da Kingpin Books.

Em 2009, mês de Fevereiro, sob argumento de Mário Freitas, desenhou Lisboa 2009 para o nº 137 do fanzine Tertúlia BDzine.

Ainda em Outubro desse ano foi editado pela Kingpin Books o álbum Mucha, com argumento de David Soares, sendo a legendagem e a arte-final de Mário Freitas.
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(*) Este ciclo de CONVIDADOS ESPECIAIS, a decorrer permanentemente desde Junho de 1985, tem a finalidade de distinguir, com DIPLOMA DE INCENTIVO, gente da BD, a vários níveis:
1) Autores jovens em princípio de carreira, mas com obra publicada - embora porventura escassa - quer em fanzines, jornais, revistas ou, eventualmente, em álbum (por edição alternativa, seja com apoio autárquico ou de empresa privada, até mesmo em edição de autor).
2) Autores já com obra significativa, mas demasiado novos para serem homenageados.

3) Autores que fizeram banda desenhada, de forma esporádica, há uns tantos anos, tendo desistido da BD e optado por diferente actividade (incentivo de tipo retroactivo).
4) Desenhadores adultos que só tardiamente tiveram BD editada, sendo-lhes dado este incentivo pela TBDL, independentemente da sua idade.

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Para se verem as numerosas postagens relacionadas com este tema, basta clicar no item Tertúlia BD de Lisboa, inscrito no rodapé