segunda-feira, maio 30, 2011

Autógrafos desenhados (XVI) - Liam Sharp





O arranque do 7º Festival de BD de Beja teve substancial participação de autores de banda desenhada, nacionais e estrangeiros.

Receio, ao fazer a listagem dos nossos compatriotas (*), de falhar o nome de algum, do que desde já me penitencio e peço desculpa. Ei-los (note-se que estou a nomeá-los a quase todos de cor, à medida que me vou lembrando, por isso sem ordem alfabética):

Fernando Relvas, Victor Mesquita, Jorge Coelho, Pepedelrey, João Amaral, Rui Lacas, Nuno "Plati", João Lemos, Ricardo Tércio, Filipe Andrade, Potier, Filipe Melo (argumentista), Fil, Véte, Mota, Diogo Campos (argumentista), André Oliveira (argumentista), Ricardo Cabral, Paulo Monteiro, Susa Monteiro, Inês Freitas, Carlos Apolo, Carlos Páscoa, Sónia Oliveira, Carlos Rico (cartunista), Marc Parchow, João Mascarenhas, João Miguel Lameiras (argumentista), Bernardo Carvalho, Pedro Manaças, Zé Oliveira (cartunista), Phermad, Jorge Machado-Dias (argumentista, mas também desenhador), Hugo Jesus (argumentista), Hugo Galhoz, Hugo Teixeira, Ana Vidazinha (argumentista), Marcos Farrajota, João Chambel, Pedro Brito, Rafael Gouveia, Salvador Pombo, Nuno Duarte, Ana Saúde, Paulo Marques, Gastão Travado, Diogo Carvalho, Rui Ramos (argumentista), João Figueiredo (argumentista), Daniel Lopes, Miguel Martins, Ana Ribeiro, Rechena, João Raz...

O grupo de autores estrangeiros era, como é perfeitamente natural, bem mais curto: o inglês Liam Sharp, os italianos Ivo Milazzo e Andrea Bruno, o francês Loustal, o sérvio Aleksandar Zograf e o espanhol Pablo Auladell.

No meu nunca saciado interesse pela obtenção de desenhos feitos de improviso, acompanhados de dedicatória, obtive agora este de Liam Sharp (de Milazzo já tinha um datado de 1986, ano em que o conheci em Angoulême, bem como de Loustal, em 1993) e, no que se refere a portugueses, pedi um a Fernando Relvas.

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LIAM SHARP

Síntese biobibliográfica

Liam McCormach-Sharp nasceu a 2 de Maio de 1968 em Derby, no Reino Unido. Aos doze anos, as suas capacidades de sobredotado foram notadas e apoiadas na St.Andrews Prep. School, Eastbourne. E aos dezassete foi apresentado ao famoso Don Lawrence (autor de, entre outras obras, de "The Trigan Empire" e "Storm"), de quem recebeu precioso apoio que lhe permitiu iniciar a sua carreira no final dos anos 80, ilustrando histórias de Judge Dredd e ABC Warriors para a revista 2000AD.

A sua entrada na Marvel UK, onde desenhou a série Death's Head II - que obteve grande sucesso - chamou a atenção de editoras americanas, para as quais desenharia várias personagens e séries: "X-Men", "The Hulk", "Spider Man", "Venom" e "The Man-Thing", para a Marvel Comics.

Também já trabalhou para a DC Comics nas séries "Superman" e "Batman", e na série criada por Frank Frazetta, "The Death Dealer" e "Jaguar God" para a Verotik.

Colaborou com Todd McFarlane em "Spawn The Dark Ages", e na tira criada por Stan Winston intitulada "Realm of the Claw". Para a Dynamit Comics desenhou Red Sonja. E realizou a novela gráfica "Aliens: Fast Track to Heaven", para a Dark Horse.

O nome de Sharp aparece no magazine Time Out (edição londrina), a assinar a série "Four Feet from a Rat". Terminou recentemente o controverso título "Testament" para a DC Vertigo; e sob argumento do mediático comentador Douglas Rushoff, fez a adaptação à BD do seminal jogo da XBox, "Gears of War".



Em 2002 foi assistente de Don Lawrence, no último episódio da série Storm.

Em 2004 fundou, em parceria com Christina McCormack, sua mulher, a editora Mamtor Publishing, e lançou o livro Sharpenings: The Art of Liam Sharp, ao que se seguiu a aclamada e premiada antologia Event Horizon.
Recentemente editou o seu segundo livro, Reluctant Barbarian: The Art of Liam Sharp.

Sharp igualmente tem trabalhado no cinema, na produção do filme "Small Soldiers", e na série de filmes de animação "Batman Beyond", bem como no filme "Lost in Space", com Geoff Johns e Kris Grimminger. Foi um dos artistas escolhidos por George Lucas para contribuir com a sua colaboração no livro Star Wars: Visions.

Neste momento Liam encontra-se a desenvolver o projecto intitulado "Captain Stone is Missing", também com a sua mulher.

Liam Sharp esteve agora em Maio em Portugal a participar no 7º Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, a convite de Tiago Sério, dono da Livraria Mongorhead Comics, de Lisboa (e que também escreveu a biobibliografia do artista para o "Splaft", catálogo do festival).

Para complementar a presença do artista, estiveram em exposição na Bedeteca de Beja pranchas originais de "Superman - Where is Thy Sting", "Lord Havok", "Gears of War - Wild Storm", "Testament", "Hulk", "X-Men", "Conan", "Spawn-Dark Ages".

Liam Sharp demonstrou ter prazer em desenhar, mostrando-se sempre disponível para dar autógrafos e desenhos. Daqui lhe agradeço o que ilustra o presente poste.

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(*) Claro que também estiveram presentes no fim-de-semana inaugural várias figuras conhecidas por actividades paralelas na área da BD - investigação, crítica, estudo, divulgação - como é o caso de:
Pedro Vieira Moura, Sara Figueiredo Costa, Leonardo De Sá, Pedro Cleto, Domingos Isabelinho, João Miguel Lameiras, Pedro Mota (o já nomeado Mota, na lista de desenhadores), Jorge Machado-Dias (já incluído como argumentista e desenhador), José Carlos Francisco (especialista da personagem Tex), Pedro Bouça (especialista da mangá). Que me lembre...

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Os interessados em ver as quinze postagens anteriores deste tema poderão fazê-lo clicando no item Etiquetas: Autógrafos desenhados incluído na barra do rodapé.

quinta-feira, maio 26, 2011

Festivais, Salões BD e afins - (Beja) 7º Festival de Banda Desenhada





Todas as artes têm os seus admiradores, e a banda desenhada não é excepção. Mas entusiasmo transbordante, cumplicidades, sentimentos de partilha, é à volta da BD que se sente tudo isso de forma intensa e espontânea.

Como se vai provar, mais uma vez, em Beja, no ambiente habitualmente entusiástico da inauguração do seu Festival Internacional de Banda Desenhada, já na sétima edição.

Com início a 28 de Maio, sábado, a partir das 15h00, lá estarão aficionados de todo o país, a cirandar pelos vários pólos exposicionais: Casa da Cultura (Bedeteca), Biblioteca Municipal de Beja-José Saramago, Museu Jorge Vieira-Casa das Artes, e Museu Regional de Beja.

Claro que quem não puder lá estar neste primeiro fim-de-semana, não beneficiará da atmosfera festiva que caracteriza qualquer inauguração. Perderá, obviamente, os lançamentos de novas publicações, as sessões de autógrafos, mas... terá outra calma para ver as exposições, restar-lhes-á essa consolação... Até 12 de Junho, estará lá tudo, com entrada livre em todos os espaços.

Em tempo: o estupendo cartaz do festival, que se pode ver no topo deste poste, é da autoria de Susa Monteiro.

LANÇAMENTOS

Vários e a suscitar o interesse dos coleccionadores compulsivos:

1. Splaft! - Onomatopeia que titula o festivaleiro catálogo, imperdível - por bem organizado, sempre com elementos biográficos sobre as personalidades BD presentes no evento (este lançamento terá lugar logo na sessão de abertura, aquando das habituais boas-vindas ditas pelo presidente da autarquia local );

2. Zona Gráfica 2 - Uma publicação que será apresentada por dois dos responsáveis da novel Associação Tentáculo - Fil (Luís Filipe Lopes) e André Oliveira (às 15h45, na Bedeteca, 1º andar da Casa da Cultura, ala esquerda);

3. Banzai - Uma publicação dedicada à BD tipo mangá, com apresentação de Ricardo Andrade, representante da NCreatures (também às 15h45, mas na Biblioteca Municipal de Beja-José Saramago, na cafetaria do 1º andar, uma das várias sobreposições que haverá no festival, que causarão correrias e arrelias, rima e é verdade, garanto);

4. Mundos em Segunda Mão, de Alexander Zograf (com a presença do autor e de Marcos Farrajota, responsável da editora MMMNNNRRRG), às 16h30;

5. BDJornal (nº27) e Li Moonface, livro de Fernando Relvas, ambas as edições da chancela Pedranocharco, com a presença do seu responsável editorial, Machado-Dias, e do autor Fernando Relvas, às 17h00.

DOIS DEDOS DE CONVERSA

Quem diz dois, pode dizer vinte, não dedos, mas minutos de conversa.

Porque os conversadores são autores que interessam à maioria dos bedéfilos - Loustal, Relvas, Milazzo, Mesquita -, e os que lhes vão puxar pela língua sabem do ofício.

Loustal, Jacques de Loustal, falará com João Miguel Lameiras, às 16h00 (Bedeteca, 1º andar, ala esquerda);

Relvas, Fernando Relvas, falará com Jorge Machado-Dias, às 17h00 (Bedeteca, 1º andar, ala esquerda);

Milazzo, Ivo Milazzo, falará com Pedro Mota, às 17h30 (Bedeteca, 1º andar, ala esquerda);

Mesquita, Victor Mesquita, outra vez Pedro Mota será o entrevistador, mas às 21h45, agora no Teatro Municipal Pax Julia (na cafetaria, 1º andar).

Depois há aquelas desagradáveis sobreposições, que nos fazem olhar para o relógio e ter de decidir e optar.

Como primeiro exemplo: ainda Loustal estará a responder às perguntas do Lameiras - e, eventualmente, de algum assistente mais curioso -, e já estará a começar (às 16h30) uma visita guiada à exposição de Milazzo patente na cafetaria (r/c, ala direita) com os guias Pedro Mota e José Carlos Francisco (também conhecido por "Tex", dada a sua admiração pelo cowboy da camisa amarela, que Milazzo também já fez, daí a participação do Zeca como guia).

Segundo exemplo: entre as 15h45 e as 17h00, terá o povo bedéfilo que decidir se fica a assistir ao lançamento das publicações Zona Gráfica, Mundos em Segunda Mão, BDJornal e Li Moonface, ou se irá espreitar o Portfolio Review (Sala de Ateliês, 1º andar, ala direita), de Liam Sharp, desenhador ligado à tarefa de trabalhar para uns tais Batman, Hulk (o de papel), Spawn, Spider Man, entre outros...

Eu, por mim, veterano de tantos festivais, lá fora e cá dentro, ainda não consegui o dom da ubiquidade...

AUTÓGRAFOS

As sessões serão efectuadas no Mercado do Livro Exterior (o mercado, não o livro :-). Quando?

Das 18h00 às 19h00

Quem estará a dar autógrafos?

Todos. Isto é (por ordem alfabética):

Aleksandar Zograf
Andrea Bruno
Bernardo Carvalho
Carlos Rico
Fernando Relvas
Filipe Andrade
Inês Freitas
Ivo Milazzo
João Lemos
João Mascarenhas
Liam Sharp
Loustal
Nuno Plati
Pablo Auladell
Ricardo Cabral
Ricardo Tércio
Rui Lacas
Victor Mesquita

e, se calhar, ainda outros autores, logo se verá...

DOMINGO

BD é arte e cultura, e quem gosta destas facetas da actividade humana também aprecia conhecer uma cidade, em especial as suas raízes.

Daí que, às 11h00 haja uma visita guiada ao centro histórico de Beja, com Florival Baiôa Monteiro, sendo o encontro no Largo do Museu Regional.

CASA DA CULTURA

(Bedeteca, 1º andar, ala esquerda)

Apresentação de novas publicações:

14h45 - Obscurum Nocturnus - por Diogo Carvalho
15h00 - Futuro Primitivo - por Marcos Farrajota, João Chambel e Júcifer
15h15 - Voyager (nº1) - por Rui Ramos, Diogo Carvalho e Salvador Pombo

DOIS DEDOS DE CONVERSA

Esta rubrica também terá edição dominical, desta vez com:

Liam Sharp, à conversa com Tiago Sério (às 15h30)
Carlos Rico com a jornalista Ana de Freitas (17h00)
João Mascarenhas fala com Marc Parchov Figueiredo (17h30)
Aleksandar Zograf e Andrea Bruno com Marcos Farrajota (das 16h00 às 17h00, na cafetaria r/c, ala direita

FANZINES

Funzip (nº6)
Kzine II

Apresentação destes dois fanzines por Ana Saúde e Paulo Marques, membros do Grupo Entropia (Associação Informal) - às 16h00

DOG MENDONÇA - Apresentação da história para a Dark Horse Presents, por Filipe Melo (às 16h15)

"Quarteto Fantástico" (Filipe Andrade, João Lemos, Nuno "Plati" e Ricardo Tércio) à Conquista da América (às 16h30)

ESTE É APENAS O PROGRAMA DO FIM DE SEMANA DE 28 E 29 MAIO
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Os interessados em ver notícias de festivais anteriores poderão fazê-lo, com um simples clic no item Etiquetas: Festivais de Banda Desenhada e Prémios respectivos visível no rodapé deste "post"

sábado, maio 21, 2011

Curtas de BD (Autores portugueses - V) Paulo Monteiro









"Porque é este o meu ofício: contar histórias desenhadas entre cigarros...", uma autodefinidora frase extraída desta curta mas tocante história escrita e ilustrada por Paulo Monteiro.
Mais conhecido como eficiente e culto organizador - em todos os quadrantes, desde o mais ínfimo pormenor - do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja*, Paulo Monteiro acumula duas outras valências na BD: imaginativo argumentista e talentoso desenhador.

"Porque é Este o Meu Ofício" surge como título de uma das dez bandas desenhadas que compõem o livro "O Amor Infinito Que Te Tenho", onde ressalta a dupla capacidade de Paulo Monteiro, de argumentista e desenhador, na concretização, sincera, comovente e emocionada, de uma invulgar homenagem a seu pai, além de traçar com realismo e algum dramatismo o ciclo inexoravelmente finito da existência humana.
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PAULO MONTEIRO

Síntese biobibliográfica

Paulo Ricardo Ferreira Monteiro nasceu em Vila Nova de Gaia, a 8 de Novembro de 1967.

A sua actividade na banda desenhada teve início em 1984, com o fanzine Abelharuco, de que foi editautor, seguindo-se Eclipse (1985) e De Washington a Moscovo com partida em Nova Iorque (1986), em que manteve a dupla função de editor e autor das bandas desenhadas.

Em 1987 matriculou-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciaria em 1991 em História da Arte, disciplina em que obteria uma pós-graduação, em 1993, ano da sua ida para Beja, onde se fixaria.

Por essa época as suas actividades eram bastante diversificadas: escreveu para a rádio e para jornais - por exemplo, fez excelentes (na minha opinião) críticas sobre BD no Diário do Alentejo -, passou filmes de Buster Keaton e de Charlot num cinema ambulante, compôs canções, tocou guitarra em festas de beneficência, trabalhou nas vindimas, realizou ateliês de azulejaria, banda desenhada e ilustração, fez teatro de fantoches, participou em escavações arqueológicas, foi professor de Ciências da Natureza e Geografia.

Dedicou-se à Ilustração durante largos anos, tendo ilustrado mais de trinta livros de editoras diversas, para algumas das quais também foi autor de textos: Guessene, Uma Visita ao Convento, e Um dia Extraordinário na Vida de Manuel Mineiro, são títulos de livros escritos por ele.

Orienta, desde 1996, o Toupeira-Ateliê de Banda Desenhada, onde ele próprio ensina a fazer fanzines e dá cursos de BD, e é o responsável por Venham+5, uma publicação de qualidade que oscila entre a revista e o fanzine (em relação a este último, tem dele três características: título invulgar, colaborações benévolas, sem fins lucrativos), mas com a restrição de ter como editora a Câmara Municipal de Beja, não classificável como fã de BD.

O seu nome voltaria a aparecer num fanzine, o Tertúlia BDzine (nº 40 - Fev. 2001) com uma personagem a que chamou Capitão Portugal, secundada por outra chamada Capitão Fanzino (esta segunda com flagrantes parecenças caricaturais com o presente bloguista, assumido aficionado dos fanzines, como coleccionador e editor).

Em Dezembro de 2002 foi um dos autores a realizar bandas desenhadas em episódios autoconclusivo em duas tiras), com o título Busca, busca, para o fanálbum Novas Fitas de Juca & Zeca.

Ainda nos fanzines, participou num em formato A3, com o título Efeméride (nº1-Out. 2005), centrado no tema Sonhos de Nemo no Século XXI - homenagem paródica à obra-prima Little Nemo in Slumberland - com o episódio numa prancha única, a cores, Reflexo de Metal.

No mesmo Efeméride (nº2 - Fev. 2007), dedicado na totalidade à personagem Príncipe Valente, a sua colaboração intitulou-se O Último Dia do Sargento Valente, de novo em bd curta, autoconclusiva, com sentido dramático reforçado pelas tonalidades sombrias da colorização.

Tem colaborado com frequência num fanzine da Galiza, o Barsowia.

Para além das suas colaborações em fanzines, em Outubro de 2010 teve dez bandas desenhadas suas englobadas num livro com o título O Amor Infinito Que Te Tenho e Outras Histórias (edição de Rui Brito na chancela Polvo), onde consta a curta que preenche o presente "post".

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*A edição deste ano do Festival Internacional de BD de Beja inaugura-se no próximo dia 28 Maio. Dele falarei na próxima postagem, dia 26.
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Quem quiser ver as quatro postagens anteriores referentes a este tema poderá fazê-lo: bastar-lhe-á clicar no item Curtas de BD (Autores portugueses), visível no rodapé

terça-feira, maio 17, 2011

Música (Bandas, Cantores e Músicos) na BD (I)







Álbuns de música pop-rock tocada por conjuntos portugueses, incluindo bandas desenhadas biográficas, é uma iniciativa bem-vinda para os aficionados da BD.

Está em causa a colecção que se apresenta sob o título "BD Pop-Rock Português", sendo o número inicial dedicado à banda de música Xutos & Pontapés, ilustrada por uma banda desenhada em vinte e oito páginas a cores, da autoria de Alex Gozblau. Além dos desenhos, é dele o argumento/guião, inspirado na biografia daquela importante banda.

Trata-se de uma edição de A Bela e o Monstro, Edições Lda. e Tugaland, sob licença de Éditions Nocturne, empresa que também lançara, em 2005, a colecção BD JAZZ, igualmente valorizada por biografias dos músicos feitas em banda desenhada. Aliás, esta edição é já uma tentativa que se segue à encetada em 2008 (com lançamento no 19º Festival de Banda Desenhada da Amadora), que teve seguimento com vários álbuns gradualmente postos à venda na FNAC do Chiado (que eu tenha visto). Desta feita vai ser um conjunto de quinze álbuns, a serem distribuídos conjuntamente com os Diário de Notícias e Jornal de Notícias, um cada 6ª feira.
Convém esclarecer que esta peça - álbum com CD e 28 páginas de banda desenhada - já tinha tido uma anterior edição, mas diferente na gravação musical, para o que a própria editora chama a atenção: "Cerco Nova Gravação".

Um aspecto que para mim é irritante, e redutor para a banda desenhada, é o facto de os álbuns incluirem vários textos (neste caso escritos por António Sérgio, Tózé Brito, Pedro Félix e Pedro Teixeira), acerca das bandas musicais e/ou dos cantores, e nem um único parágrafo sobre os autores das bandas desenhadas.
Para suprir essa recorrente lacuna, escrevo eu um pequeno apontamento biobibliográfico (embora limitado pelo facto de Alex Gozblau não gostar de dar elementos pessoais para publicação).
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ALEX GOZBLAU

Síntese biobibliográfica                               

Alex Gozblau* (Perugia, Itália, 1971) é ilustrador e autor de banda desenhada, com colaboração espalhada por livros, revistas e jornais.

A sua primeira experiência na BD foi como argumentista, ao elaborar a trama para a bd Gente Como Nós, publicada em dez tiras, desenhadas por João Fazenda para o jornal Público, em 1999, por ocasião dos 25 anos do 25 de Abril.

Ainda na área da escrita,é dele o argumento da novela gráfica Março, desenhada por Miguel Rocha e editada em álbum em 2000.

Continuando a sua actividade ano após ano, em 2001 surge uma nova bd, dessa vez de sua completa autoria, com o título Auto-retrato com tempo ao fundo, impressa na revista Pública, suplemento do jornal Público, bd dedicada à preguiça, incluída numa série de bandas desenhadas sobre o tema "Sete Pecados Capitais", para o qual colaborou de novo, ao escrever a história A Divina Karelias, que representava a soberba, com imagens de João Fazenda.

A banda desenhada que Alex considera a sua primeira intitulou-se Exercício #1, mas publicada apenas em 2002 na revista Quadrado (nº1).

Em 2008 colaborou num projecto colectivo, um livro intitulado Vencer os Medos, com argumento de João Paulo Cotrim.

Ainda em 2008 fez a bd em vinte e oito pranchas que seria incluída no álbum dedicado à banda musical de Pop-Rock Xutos & Pontapés, reposto no mercado este ano 2011, no passado dia 29 de Abril. Foram daí extraídas as imagens que ilustram esta postagem (quatro pranchas e a capa do álbum).
Numa área artística diferente, a do Cinema de Animação, assinou, em colaboração com João Fazenda, o filme Café, também em 2008.

Em Dezembro de 2009 surge um livro com bandas desenhadas de autores vários, intitulado Portimão Como Se Faz Uma Cidade - edição da Câmara Municipal de Portimão -, sendo de sua autoria o episódio Depois do Fim, em dez páginas a cores.

*Gozblau é pseudónimo
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Para a postagem ficar mais completa, aqui ficam as datas de publicação, bandas musicais e/ou cantores individuais, além dos autores das respectivas bandas desenhadas:

Volume 1 - 29/4 - Xutos e Pontapés - BD de Alex Gozblau
Vol. 2 - 6/5 - GNR - BD de Nuno Saraiva
Vol. 3 - 13/5 - Jorge Palma - BD de Susa Monteiro
Vol. 4 - 20/5 - UHF - BD de Pedro Brito
Vol. 5 - 27/5 - Trovante - BD de Maria João Worm
Vol. 6 - 3/6 - António Variações - BD de Daniel Lima
Vol. 7 - 10/6 - Sétima Legião - BD de Rui Lacas
Vol. 8 - 17/6 - Pop Dell'Arte - BD de Fernando Martins
Vol. 9 - 24/6 - Rui Veloso - BD de Vasco Gargalo
Vol 10 - 1/7 - Rádio Macau - BD de Luís Lázaro
Vol. 11 - 8/7 - Clã - BD de Tiago Albuquerque
Vol. 12 - 15/7 - Jafumega - BD de Afonso Ferreira
Vol. 13 - 22/7 - Trabalhadores do Comércio - BD de Pedro Pires e André Caetano (desenhos), Hugo de Jesus (argumento e legendagem)
Vol. 14 - 29/7 - Delfins - BD de Adolfo Ana
Vol. 15 -5/8 - Heróis do Mar - BD de António Jorge Gonçalves

sexta-feira, maio 13, 2011

Banda Desenhada portuguesa nos jornais (CXXVII)



Fui surpreendido por um sms do meu amigo Pedro Cleto, crítico de BD, bloguista e jornalista freelancer a colaborar com o Jornal de Notícias, em que me chamava a atenção para uma tira de banda desenhada que começara a ser publicada naquele diário nortenho a partir do dia 9 (uma 2ª feira) do corrente mês.

Foi com satisfação que vi a banda desenhada intitulada Café Central, constituída por tiras diárias (de 2ª a 6ª feira) a cores. Neste momento é a única bd do género que existe, em quadricromia, de origem portuguesa. A autoria é creditada a uma empresa HOP!, mas na ficha técnica do programa homónimo, que passa diariamente na RTP2 entre as 00h10 e 00h30, lêem-se os nomes dos desenhadores Rui Ricardo e Pedro Mota Teixeira, também responsáveis pelos desenhos animados que se vêem nesse programa de televisão, e que dão à tira de BD, sob argumento/guião de um trio de argumentistas/guionistas, José Pina, Filipe Homem Fonseca e Alexandre Romão.
No que concerne à tira reproduzida no jornal, parece ser da autoria exclusiva de Rui Ricardo, por me fazer lembrar a que ele fez durante anos (em equipa com o "Esgar Acelerado) no antigo semanário Blitz (posteriormente transformado em revista), mas aparece também o nome de Pedro Mota Teixeira, provavelmente a complementar o trabalho na parte do desenho animado.
Aliás, há diferenças notórias entre a parte cinematográfica e a banda desenhada, no que se refere a personagens. Na BD ainda não disse nada Zeca, o dorminhoco.



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Como calculo que não seja fácil ler as legendas, mesmo aumentando-as duas vezes, com clic em cima e depois outro clic com o cursos em forma de lente, vou reproduzi-las textualmente (lendo as tiras pela ordem cronológica em retrocesso, de cima para baixo):
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5ª tira (13 Maio)
1ª vinheta: (No balão de fala do taxista benfiquista lê-se a frase): "Incrível! Um futuro ministro das finanças a falar na TV de pentelhos."
2ª vinheta (fala da personagem feminina): "Por acaso faço depilação brasileira."; (em seguida, fala o jovem de óculos que usa pera) - "Isso é o que ele quer fazer aos portugueses."


3ª vinheta (fala do dono do café Central, que tem apelido Silva -seria mais nortenho se fosse Moreira -, pela pronúncia do Norte é tripeiro, e é adepto do Futebol Clube do Porto): - "Por causa do Catroga o PSD ainda vai perder as eleições por um pentelho."
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4ª tira (12 Maio)
1ª vinheta (fala de personagem masculina com pera): "O Paulo Portas no debate com Sócrates parecia o Estaline a mostrar gráficos".
2ª vinheta: "Que horror" (exclama o sujeito de bigode retorcido, com fala muito afectada, ao género dos "tios" e "tias" de Cascais, isto perceptível no desenho animado, onde o tratam por Conde, talvez piada ao fundador do Sporting Clube de Portugal);
Responde o jovem de óculos: "Tal como o Estaline apagava os opositores das fotos, o Portas apaga países nos gráficos".
3ª vinheta (fala do taxista adepto do Sport Lisboa e Benfica, como se percebe pelo emblema da águia estampado no boné): "É um comuna! Esse Paulo Portas nunca me enganou".
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3ª tira (11 Maio)
1ª vinheta (fala do dono do Café): "Viram o debate entre o Portas e o Sócrates?"
2ª vinheta (diz o tipo que usa pera): "O Sócrates mostrou uma pasta vazia e disse que era o programa de governo do CDS".
3ª vinheta (diz o Conde de fala afectada à maneira dos "tios" de Cascais): "Disparate! Toda a gente sabe que o Portas guarda o programa dentro da boina."
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2ª tira (10 de Maio)
1ª vinheta (diz o dono do Café, que tem a pronúncia do Norte): "Afinal a Finlândia vai aprovar a ajuda a Portugal."
2ª vinheta (diz o Conde, com a sua fala afectada): "Graças a Deus!"
3ª vinheta (o jovem de óculos corrige): "Não! Graças ao You Tube!"
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1ª tira (9 Maio 11)
1ª vinheta (fala do sujeito de bigode retorcido e pronúncia afectada que caracteriza os "tios" e "tias" de Cascais, e a quem tratam por Conde nos desenhos animados): "Finalmente saiu o programa do PSD."
Responde o taxista de boné à benfiquista: "Tanto tempo! Isso dava cá uma bandeirada no meu táxi!"
2ª vinheta (pergunta o dono do Café): "E é bom ou mau?"
Responde o "tio" de Cascais: "O Passos Coelho diz que quer emagrecer o Estado."
3ª vinheta (comenta o jovem de óculos): "Querem ver que a Júlia Pinheiro dos Pesos Pesados também colaborou nesse programa?"
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Os interessados em ver as 126 postagens anteriores relacionadas com o presente tema poderão facilmente fazê-lo, bastando-lhe para isso clicar no item Etiquetas: Banda Desenhada portuguesa nos jornais que está ínserido no rodapé
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domingo, maio 08, 2011

Autógrafos desenhados (XV) - Tito







Terminou hoje, domingo 8 de Maio, o Salão Internacional de Banda Desenhada - Moura BD 2011, de cujo programa falei aqui no "post" de Abril 21, em que destacava as presenças de autores de BD portugueses e estrangeiros.

Neste fim de semana, ponta final do Salão BD, em que me foi possível estar presente, contactei com todos eles. Como é óbvio, os nossos compatriotas estavam em maioria: andaram por lá os consagrados Victor Mesquita (um dos homenageados do Salão), José Ruy, José Pires, o argumentista Jorge Magalhães, João Amaral, a argumentista belga Monique Roque (viúva do homenageado póstumo, Carlos Roque), a banda-desenhista (de origem francesa) Catherine Labey, radicada em Portugal há muito; e alguns representantes da nova vaga, entre os quais Luís Diferr, Álvaro, Paulo Monteiro, Susa Monteiro, Carlos Páscoa, Véte, João Sequeira, Miguel Ferreira, argumentista (estes dois vencedores do concurso), o divulgador Luiz Beira, o Director do Festival da Amadora, Nelson Dona, e, claro, Carlos Rico, força motriz do Moura BD, ele também autor de BD e cartunista.
Quanto aos estrangeiros, o nome mais importante era o de Tito, embora tenham estado presentes, no primeiro fim de semana, autores granadinos.

Sendo o Salão BD de Moura um simpático evento, mas de pequena dimensão, quase familiar, uns tantos visitantes e os autores convidados acabam por almoçar e jantar juntos, ou a ficar a conversar nas esplanadas. Enfim, como small is good (em várias circunstâncias, eis uma delas), estabelece-se um convívio quase permanente.

Daí que surja a oportunidade de se obter aquilo a que chamo "autógrafos desenhados" com a maior das facilidades.
Assim aconteceu com o espanhol Tito, de que reproduzo o desenho original no topo do "post", e de que acrescento alguns dados biográficos.
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TITO

Síntese biobibliográfica

É curioso o nome artístico adoptado por Tiburcio de La Llave, um espanhol nascido em Valdeverdeja (região de Toledo) a 4 de Maio de 1957, mas que tem feito a sua vida em França, na região parisiense, para onde os pais o levaram quando tinha apenas seis anos.

Em 1974 vamos encontrar o adolescente Tiburcio a frequentar o liceu de Sèvres, como estudante de artes gráficas.

As suas primeiras bandas desenhadas publicou-as num fanzine, intitulado Cyclone, criado por ele mas onde contou com a colaboração de dois dos seus companheiros liceais, Vuillemin e Loustal, hoje igualmente nomes sonantes da BD.

Aos vinte anos começa a trabalhar num estúdio de publicidade, mas a sua atracção pela banda desenhada não se desvanece.

Tanto assim que em 1980 faz a sua estreia profissional com a série Jaunes (sob argumento de Jan Bucquoy), que teve pré-publicação no magazine Aïe!, e continuá-la-á no importante magazine Circus.
Com Soledad - obra que deriva claramente das suas vivências em Espanha, ambientada numa aldeia parada no tempo -, o sistema foi semelhante, ou seja, a série foi de início reproduzida nas páginas de uma das mais importantes publicações francesas de BD, o magazine A Suivre (entretanto desaparecido). Ambas as séries foram mais tarde continuadas noutro magazine francês, o Circus.

Em 1983, sempre a viver nos arredores de Paris, Tito iniciou uma terceira série, Tendre Banlieu, dessa vez ambientada nos meios urbanos, em que narra histórias actuais de crianças que vivem uma infância de horizontes limitados por blocos de edifícios característicos das localidades tipo dormitório - talvez haja aqui um pouco de autobiográfico -, cuja publicação se iniciou no magazine Okapi, direccionado para a juventude, com existência iniciada em 1971.

Num balanço da sua produção, vemos que comporta actualmente um substancial número de álbuns:
Jaunes (sete tomos);

Soledad (também sete tomos, sendo que é desta obra a única parcela editada em álbum em Portugal).

Em forma de pré-publicação, foram divulgados inicialmente, na revista mensal Selecções BD (1ª série, nºs 4, 5 e 6, de Agosto, Setembro e Outubro de 1988) os seguintes capítulos:

"Carmen e Sara", "O Pastor", "A Consciência", "A Solteirona" (este com a colaboração do argumentista Pascal Varali), "A Rebelião" (com apoio de Didier Fischer no argumento), "O Solário", e "A Derradeira Felicidade", reunidos em álbum sob o título deste último capítulo.

Tendre Banlieu, a série de maior projecção, já com vinte tomos publicados, mas nunca publicada entre nós.

Endereço dos blogues de Tito:  
http://lesbddetito.blogspot.com/
http://labdsoledad.blogspot.com/
http://bdtendrebanlieu.blogspot.com/
http://bdjaunes.blogspot.com/

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Legendas para as imagens que ilustram o topo do presente "post" (de cima para baixo):

1. Desenho improvisado com o respectivo autógrafo

2. Retrato recente de Tito extraído do "Facebook"

3. Foto antiga de Tito, reproduzido na revista portuguesa Selecções BD (1ª série, nº 4, Agosto de 1988)

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Os visitantes que tiverem curiosidade de ver as postagens anteriores com desenhos originais dos seguintes autores:

(XV) 2011, Maio, 8 - Tito
2011 - daqui para cima

(XIV) 2010, Nov. 5 - Azpiri, Alfonso; (XIII) 2010, Jun. 2 - Hermann, Jacob Klemencic, Niko Henrichon, Gabriel, Fábio, Hippolyte, Rufus; (XII) 2010, Abr. 9 - Juan Cavia; (XI) 2010, Fev. 26 - Solano López
2010 - daqui para cima

(X) 2009, Dez. 9 - Neal Adams; (IX) 2009, Jun. 10 - Gary Erskine
2009 - daqui para cima

(VIII) Set. 26 - Enrique Breccia (VII) Agosto 3 - Carlos Roque (VI) Maio 19 - John Buscema (V) Abril 13 - Mordillo (IV) Março 25 - Moebius (III) Fev. 11 - Quino (II) Jan. 12 - Manara, Milo 2006 - daqui para cima

(I) Dez. 26 - Aragonés
2005 - daqui para cima

Com facilidade poderão satisfazer essa legítima curiosidade, para o que lhes bastará clicar no item Etiquetas: Autógrafos desenhados visível no rodapé.

quarta-feira, maio 04, 2011

Comic Jam - 29ª prancha

Cadáver Esquisito, "Cadavre Exquis", "Comic Jam" - três expressões diferentes para definir a mesma coisa: uma banda desenhada feita de improviso, sem qualquer ideia prévia a servir de apoio.

No caso concreto, pode-se apreciar uma prancha constituída por seis vinhetas, como foi feito nas vinte e oito pranchas anteriores.

Neste 29º "comic jam" colaboraram os seguintes desenhadores:

1. Nuno Duarte "Outro Nuno"
2. Falcato
3. Pepedelrey
4. Ricardo Tércio "Guima"
5. Estrompa
6. Álvaro

Para o mês que vem há mais.
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Quem estiver interessado em ver as postagens anteriores deste tema poderá fazê-lo clicando no item Comic Jam visível no rodapé

segunda-feira, maio 02, 2011

Tertúlia BD de Lisboa - 322º Encontro





As bandas desenhadas que ilustram o topo deste poste são da autoria (desenho e argumento) de Nuno Duarte, que vai ser o Convidado Especial da Tertúlia BD de Lisboa na próxima 3ª feira, dia 3 de Maio.

Aqui ficam os seus elementos biográficos, como é habitual.

NUNO DUARTE
Nuno Filipe Conceição Duarte nasceu em Lisboa a 23 de Janeiro de 1972. Com jeito congénito para o desenho, logo nos primeiros anos escolares começou a fazer bandas desenhadas influenciado pelos Tio Patinhas e super-heróis da Marvel e da DC.

Aos quinze anos começou a trabalhar como paquete na Agência de Publicidade Lintas, em Lisboa. Mas ao fim de ano e meio passaria a fazer parte dos criativos, como maquetista. Em 1992 participou num concurso de BD organizado pelo Departamento de Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, obtendo o 1º Prémio, repetindo a proeza em 1994.

Nesse mesmo ano passa a exercer as funções de maquetista de paginação no jornal O Dia, onde chegou a fazer ilustrações para alguns artigos do caderno Jovem.

Em 1995 começa a trabalhar no ateliê "Ao Romper da Bela Aurora", que pertencia a José Maria Pimentel, autor do "Vitinho", popular personagem da televisão. É ali que Nuno Duarte dá os primeiros passos na ilustração digital e no tratamento de imagem, além de fazer storyboards para filmes publicitários.

Colaborou no jornal Mundo Universitário (nº 122, de 13 Out. 2008) com uma bd a cores, autoconclusiva, intitulada A Força do Estudo.

Em Janeiro de 2009 participou no fanzine Efeméride (nº4) dedicado ao tema Tintim no Século XXI, obra colectiva em formato A3 e quadricromia, criando o episódio O Amok do Capitão Haddock. Nesse mesmo mês viu publicada a sua primeira obra de fôlego num álbum intitulado Mocifão, também em quadricromia, mas legendado totalmente em inglês, uma opção da editora independente El Pep.

O álbum inclui quinze bandas desenhadas, todas protagonizadas por Mocifão, o herói predilecto do seu criador/desenhador.

Participante habitual na Tertúlia BD de Lisboa, tem colaborado com vinhetas soltas numa brincadeira gráfica de BD improvisada que lá se realiza mensalmente. Duas dessas vinhetas foram incluídas no fanzine Comic Jam (nº 1 - Julho 2009).
Em Novembro de 2010 voltou a ser editado em álbum, com a colectânea de imagens soltas, em policromia, algumas constituindo bedês, do mesmo anti-herói por ele criado, sob o título Mocifão Dia a Dia, Com Azia!

Hoje, 3 de Maio, no dia em que é Convidado Especial da Tertúlia BD de Lisboa, surge uma colaboração sua no fanzine Tertúlia BDzine (nº 159), a bd Eu Sou Uma Nódoa, em quatro pranchas a preto e branco (as quais podem ser todas vistas na anterior postagem deste blogue, e as duas primeiras estão também reproduzidas no topo)

Imagens no topo do "post":
1. Episódio O Amok do Capitão Hadock, publicado no fanzine Efeméride (nº4-Jan.2009)

2 e 3. Página 1 e 2 da bd Eu Sou Uma Nódoa, no Tertúlia BDzine nº 159, de 3 Maio 2011

4 e 5. Mocifão Dia a Dia, Com Azia! (Duas vinhetas/prancha de uma bd composta por 6, incluída naquele álbum editado em Dezembro de 2010)
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"A posteriori", adiciono os nomes dos presentes neste
322º Encontro:

1. Adelina Menaia. 2. Aida Teixeira; 3. Álvaro; 4. Amália Neves;
5. Ana Chagas; 6. Ana Saúde; 7. Ana Vidazinha; 8. André Cardia;
9. Bernardo Silva Pinto; 10. Bruno Martins; 11. Estrompa;
12. Fábio Salgado; 13. Falcato; 14. Gabriel Martins "Loot";
15. Geraldes Lino; 16. Helder Jotta; 17. Hugo Teixeira;
18. Isabel Viçoso; 19. João Figueiredo; 20. José Abrantes;

21. José Lopes; 22. Luís Meireles; 23. Luís Valente;
24. Margarida Mendes; 25. Miguel Ferreira; 26. Miguel Santos;
27. Milhano; 28. Monique Roque; 29. Moreno; 30. Nicole Cyron;
31. Nuno Amado "Bongop";
32. Nuno Duarte "Outro Nuno" (Convidado Especial);

33. Nuno Neves "Verbal"; 34. Nuno Tristão;
35. Paula Orquídea; 36. Paulo Marques; 37. Pedro Bouça;

38. Pedro Manaças; 39. Pepedelrey; 40. Ricardo Tércio "Guima";
41. Rui Batalha; 42. Rui Domingues; 43. Rui Rolo; 44. Sá-Chaves;
45. Sandra Rosa; 46. Simões dos Santos; 47. Teresa Cardia; 48. "Untxura" Nuno Leal;
49. Virgínia Soares
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