terça-feira, abril 28, 2009

Banda Desenhada portuguesa nos fanzines (XXX) - Autor: André Oliveira


Reprodução parcial (2ª e 3ª pranchas) da bd O Reis Vai Louco, estando as restantes (1ª e 4ª) no blogue http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com

Muito provavelmente, o autor desta banda desenhada "O Reis Vai Louco" (o trocadilho perturba, à primeira vista, parecendo quase uma gralha), que usa como nome artístico André Oliveira, não prosseguirá hipotética carreira na BD como desenhador. 

Com efeito, o seu pendor mais visível é o de argumentista (e, consequentemente, guionista, ambas as tarefas são complementares), e tem sido a escrever ficções para outros (Ricardo Correia, Mariana Perry, Ricardo Reis, Miguel Marreiros, que me lembre assim de repente) que ele tem sobressaído, não só pela fértil imaginação que demonstra, como também pela versatilidade nos temas que trata.
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quarta-feira, abril 22, 2009

Fernando Pessoa na Banda Desenhada... e não só (XI) - Autora: Mariana Capela



Haverá quem não aceite como BD esta mescla de desenho/fotografia... Eu costumo classificar o género, de que Claeys terá sido um precursor (e há quantos anos o conheci num álbum, nunca editado em Portugal, de desenho sobre fotografia), costumo classificar, dizia, como "banda desenhada-fotografada".

O que interessa para aqui é o invulgar resultado estético obtido por Mariana Capela, admiradora de Fernando Pessoa, que inseriu esta curta peça sequencial figurativa num site com o titulo "Fernando Pessoa Poeta e Fingidor" (*) feito por professores/as, mas assinado por alguém que usa o pseudónimo "weteam".

Como esclarece a citada bloguista, "existe um texto escrito por Bernardo Soares, semi-heterónimo de Fernando Pessoa, que explica muito bem esta BD"
E logo de seguida reproduz o citado texto, de que apenas mostro aqui um excerto:
"Não tenho sentimento nenhum político ou social, tenho porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa (...)"
Bernardo Soares, Livro do Desassossego, vol.I

Este alter-ego de Fernando Pessoa, o "poeta-núcleo-central", teve direito ao seguinte comentário:
"O meu semi-heterónimo Bernardo Soares, que aliás em muitas coisas se parece com Álvaro de Campos, aparece sempre que estou cansado ou sonolento, de sorte que tenha um pouco suspensas as qualidades de raciocínio e de inibição, aquela prosa é um constante devaneio. É um semi-heterónimo porque, não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela. Sou eu menos o raciocínio e a afectividade".

(*) Se o interesse pelo mencionado site foi suficientemente forte, o respectivo endereço e o meu comentário estão visíveis através de um simples clic na categoria/etiqueta "Banda Desenhada na Internet (Portugal) - Blogues, sítios e portais de BD - de A a Z", que dará acesso a uma extensa listagem por ordem alfabética de blogues, sítios e portais de BD (e alguns mistos na Parte II), estando este "Fernando Pessoa Poeta e Fingidor" exactamente na mencionada segunda parte, visto tratar-se de espaço internético de diferente tema, todavia com focagem na BD, embora esporádica.
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As postagens anteriores podem ser vistas de imediato, na totalidade, clicando no item Fernando Pessoa na Banda Desenhada inserido no rodapé deste "post".

domingo, abril 19, 2009

Banda Desenhada portuguesa nos jornais (CXII) - Sol/revista-suplemento Tabu - Autor: Nuno Saraiva


Duas pranchas do episódio autoconclusivo A Abstinência, da série Na Terra Como no Céu, realizada semanalmente por Nuno Saraiva
in semanário Sol, no seu suplemento-revista Tabu nº 134, de 4 Abril 09
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O Cardeal Patriarca de Lisboa, Policarpo da Silva (para quem estranhar eu não escrever "Dom Policarpo da Silva", também ninguém escreve "Dr. Cavaco Silva", porquê essa subserviência em relação a estes senhores da igreja?). 

Mas dizia eu que Policarpo da Silva, cardeal, passou agora a concordar com o Papa ao dizer que. de facto, o preservativo não resolve o problema da sida.

Quer dizer que perfilha a teoria do papa e da igreja, a qual aconselha que a solução é a estrita monogamia, para os casados, enquanto que para os solteiros, viuvos e divorciados, exige a abstinência sexual... 
Aliás, esta teoria já teve há uns anos um seguidor, deputado do CDS-PP, que defendeu na Assembleia da República a ideia peregrina que só se deveria ter relações sexuais para efeitos de procriação...

Nuno Saraiva mostra, em excelente banda desenhada, a sua opinião relativamente à posição do Papa (e agora, por extensão, ao cardeal português, sr. Silva, como diria o tonitruante Alberto João Jardim), em que satiriza a posição da Igreja em relação ao sexo.

sexta-feira, abril 17, 2009

Gatos na banda desenhada portuguesa (IV) - Autora: Tânia Guita



Procurando a Luz, por Tânia Guita
in fanzine Luminus Fantasia

Tânia Guita faz banda desenhada ao estilo japonês, ou seja, com as características formais da mangá. Mas não deixa de ser banda desenhada portuguesa, porque feita em Portugal por desenhadora lusa, tanto quanto o é uma bd de super-heróis feita cá por compatriotas nossos, como, em épocas anteriores, estavam na moda as histórias aos quadradinhos de "cowboys" (geralmente em luta com os "peles-vermelhas", que eram sempre apresentados como sendo os maus da fita), afinal de contas um tema tão estranho à realidade portuguesa como são hoje essas histórias contadas nas mangás.
A mangá apresenta, como se sabe, uma estética muito específica. Mas o mais original desta pequena narrativa em forma de bd é o facto de o principal intérprete ser um gato, e ele apresentar as características (quase) sempre presentes nas imagens da mangá: boca muito grande e muito aberta, olhos enormes. Mas tudo isso com uma elegãncia estilística que fazem aguardar com curiosidade mais mangás desta novel mangaka.
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Para ver mais imagens de mangás publicadas neste fanzine, é favor visitar o seguinte endereço:
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quarta-feira, abril 15, 2009

Mangá "made in" Portugal (IX) - Mangaka: Catarina Guerreiro






Catarina Guerreiro tem, inquestionavelmente, talento para o desenho, sendo uma das várias jovens a realizar bandas desenhadas ao estilo da banda desenhada japonesa, a chamada mangá. 
Além disso, tem aquela capacidade invulgar de meter-se em realizações que dão trabalho, como seja a de editar um fanzine, o Luminus Fantasia, onde funciona como editautora - ou seja, além de editora é autora.

Nesta área da BD estilo mangá, ela é classificável como "mangaka". Sei que está já a preparar mais um número do seu fanzine, onde colaboram mais duas "mangakas".

A mangá é um estilo gráfico, mas também o conteúdo dessas bandas desenhadas - influenciadas nas congéneres nipónicas - tem uma linha ficcional bem característica, que a Catarina Guerreiro assimilou de forma invulgar.

Ficamos a aguardar novas provas, tanto como faneditora, como autora. 
O que parece estar para breve, dado que a Catarina (residente no Algarve) está a projectar o lançamento do Luminus Fantasia nº 2 na inauguração do V Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja, no último fim de semana de Maio (mais propriamente, aqui ficam as datas: 30 de Maio a 14 de Junho.
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Para ver outras vinhetas desta mangá, bem como a capa do fanzine Luminus Fantasia onde se pode apreciar uma excelente ilustração a cores da própria editora, basta ir ao blogue Fanzines de Banda Desenhada, no endereço:
http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com/
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Para ver mais postagens anteriores, basta clicar no item Mangá made in Portugal indicado no rodapé
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Apenas para ver quem já colaborou neste tema, aqui fica uma lista de nomes:

(VIII) Nov. 15 - Autora: Inês Freitas
(VII) Out. 29 - Autora: Inês Freitas
(VI) Set. 8 - Autores: Hugo Teixeira (desenho), Vidazinha (argumento)
(V) Março 11 - Autor: Hugo Teixeira
2007 - Daqui para cima

(IV) Dez. 8 - Autora: Vanessa Nobre
(III) Dez., 8 - Autor: João Paulo Baptista
(II) Julho, 8 - Autores: Pedro Roxo Nogueira (desenho), Paula Cunha (argumento)
(I) Junho, 28 - Autores: Ana Freitas (desenho), Nuno Duarte (argumento)
2006 - Daqui para cima

domingo, abril 12, 2009

Banda Desenhada portuguesa em revistas não especializadas em BD (XXXVI) - "Playboy" - Autor: Nuno Saraiva



Palm! Os desatinos de Palmela Andrade é o título desta banda desenhada, autoconclusiva, em duas pranchas, da autoria de Nuno Saraiva
(O que terá Pamela Anderson a ver com esta personagem, além da semelhança de nomes próprios?)

E aí está um apoio, imprevisível e impensável, à banda desenhada nacional, num corpo de papel especializado em mostrar corpos bonitos femininos nus, como é apanágio desta revista. Qual?

Estou a falar da Playboy, que passou a marcar presença em edição portuguesa, cujo Nº 1 saíu no princípio deste mês de Abril, incluindo uma bd de duas pranchas, a cores, da autoria de Nuno Saraiva, que é, neste momento, o mais activo banda-desenhista português no que concerne à publicação periódica de BD.
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Para ver postagens anteriores deste mesmo tema, basta clicar no item indicado em rodapé

quarta-feira, abril 08, 2009

Comic Jam - 8ª prancha

A presente prancha, 8ª da série "Comic Jam", teve, como sempre, aa.vv, ou seja, autores vários participantes da 276ª edição da Tertúlia BD de Lisboa. 
Eis os nomes:

1ª vinheta - Sá-Chaves (o próprio Convidado Especial da TBDL, João Paulo Sá-Chaves)
2ª vinheta - André Reis
3ª vinheta - Filipe Duarte [Gonçalves]
4ª vinheta - Fil [Luís Filipe Lopes]
5ª vinheta - Falcato [Miguel Falcato Alves]
6ª vinheta - Nuno Duarte (o "Outro Nuno", como às vezes ele se identifica, visto haver um homónimo argumentista de BD, já muito conhecido, além de colaborador das Produções Fictícias.

Já descrevi, em postagens anteriores relacionados com este tema (para as ver, basta clicar no título "Comic Jam", no rodapé sob esta prosa) qual o "modus faciendi" e a finalidade deste divertimento gráfico levado a efeito mensalmente na Tertúlia BD de Lisboa.
Como os caros amigos visitantes compreenderão, as imagens constantes destas pranchas não têm uma sequencialidade muito visível, já que cada vinheta é realizada por um autor diferente, que a concebe a seu bel-prazer.
Para agravar a possibilidade de compreensão, a maior parte das pranchas entretanto realizadas (a presente é a 8ª) centram-se, por vezes, em pessoas ou factos apenas conhecidos dos participantes na TBDL (factor muito bem definido na língua inglesa como "private joke").
É o caso flagrante da prancha reproduzida no topo deste poste: há referências visuais ao auto-retrato do Convidado Especial (constante da folha distribuída a todos os presentes, que aqui se mostra), e à informação contida na sua autobiografia acerca da colaboração com que participou na publicação libanesa Blue Steel (o que constituiu uma surpresa para a "tertuliana" Safaa Dib, nascida no Líbano), que teve oportunidade de constatar os bons conhecimentos de Sá-Chaves acerca do seu (dela) país de origem.

segunda-feira, abril 06, 2009

Tertúlia BD de Lisboa - 296º Encontro - Convidado Especial: Sá-Chaves





Nos Montes da Lua, por Sá-Chaves (aqui, com J.P. a anteceder o apelido de família)
in Tertúlia BD de Lisboa Boletim - edição comemorativa dos 20 anos da Tertúlia BD de Lisboa - Junho 2005

Ciclo: Nova BD portuguesa (*)
Convidado Especial
SÁ-CHAVES

"João Paulo de Azevedo Gomes Sá-Chaves, nasci em Lisboa, em 1973, onde (ainda) resido e trabalho."
Assim faz a sua apresentação o Convidado Especial da Tertúlia BD de Lisboa do encontro deste mês, a 7 de Abril, que, na BD, usa assinar Sá-Chaves (no início assinava J.P.Sá-Chaves).
Como habilitações literárias possui o Curso Técnico-Profissional de artes Gráficas e Comunicação.
Entre as actividades que já exerceu conta-se a de ilustrador free-lancer, tendo atingido nível elevado ao colaborar com a publicação libanesa Blue Steel, título de uma série de livros sobre veículos blindados, visto ser a ilustração militar uma das suas paixões (as restantes são: História, Arqueologia e BD).
Em relação a esta última, talvez devido à sua dispersão pelas outras, os resultados são ainda escassos (espera-se que o Diploma da TBDL lhe sirva de incentivo). Ei-los:
- BD sem título (pecha habitual nos principiantes), em prancha única a preto e branco, na revista Selecções BD (nº 20-2ª série-Jan.2000);
- "Call Me", bd com 4 p. a p/b, no fanzine Funzip (nº 1 - Dez. 2004);
- "Nos Montes da Lua", bd a p/b em 5 pranchas, publicada no fanzine Tertúlia BD de Lisboa Boletim, edição comemorativa dos 20 anos da Tertúlia BD de Lisboa - Junho 2005;
- "Empusa", extensa bd, ainda incompleta, de que foram publicadas 8 pranchas no fanzine Funzip (nºs 3 e 4, de Abril e Dezembro 2006, 4 pranchas em cada número).
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Para se verem postagens anteriores, basta clicar na etiqueta Tertúlia BD de Lisboa, inscrita no rodapé

sexta-feira, abril 03, 2009

Castelos na Banda Desenhada (XXIV) - Fictício

Não perco uma ocasião para me deixar deslumbrar pela imagem de qualquer castelo, isto sem ser sócio da Associação Portuguesa Amigos dos Castelos. Ainda na semana passada conheci mais um, o de Melgaço, gostei de ver aquele resto de muralha arredondada, de subir à sua Torre de menagem, sentir-me um pouco em viagem no tempo. Claro que esse gosto profundo tem algumas raízes precisamente em bandas desenhadas - os castelos medievais, desenhados por mestre Harold Foster na saga do Príncipe Valente, tiveram contribuição importante. Ao dar uma volta ao acaso por peças da minha colecção, folheei a obra de muito boa qualidade intitulada Passeio ao Fim do Mundo, desenhada por Vicomte, sob argumento de Makyo. Há bastante tempo que não mexia neste tema (de hoje a oito dias fará precisamente um ano, constatei agora ao ver o "post" anterior). Mas, ao reler (na diagonal, confesso) os dois primeiros tomos, encontrei no segundo, "O Grande País", o bem imaginado (e excelentemente desenhado, num bem conseguido contrapicado) castelo que Arthis, personagem fulcral da obra, encontra, ao conseguir escapar-se da estranha prisão.

quarta-feira, abril 01, 2009

Concurso de Banda Desenhada - GICAV 09 - Viseu

"Se eu fosse um super-herói"
Eis o tema obrigatório para uma banda desenhada que qualquer autor,
com mais de 6 anos e menos de 30
(divididos em 3 escalões - o 1º dos 6 aos 12, o 2º dos 13 aos 16, e o 3º dos 18 aos 30),
queira realizar para o 4º Concurso de Banda Desenhada
integrado no XVI Salão Internacional de Banda Desenhada de Viseu - GICAV -2009
(O Salão BD deste ano, que será realizado entre o final de Setembro e início de Outubro, terá dois temas: "Universo dos Super-heróis" e "Mangá").

Além do tema para o concurso, há mais regras que os participantes terão de ter em atenção:

1) Os concorrentes deverão usar como argumento uma história obrigatoriamente inédita;
2) A banda desenhada será feita numa única prancha, formato A3 ou A4, a cores ou a preto e branco;
3) A data limite de entrega é 15 de Maio (de 2009, obviamente)

As obras participantes deverão ser enviados por correio ao GICAV (ou entregues pessoalmente), utilizando a seguinte morada:
GICAV
Rua João Mendes (vulgo rua das bocas) nº 51 - 2º andar
3500-142 VISEU
(para qualquer esclarecimento adicional, pode ser contactado o GICAV pelo nº 968844772)

Atenção às exigências habituais dos concursos:
1) As pranchas só podem ser assinadas por pseudónimo;
2) A identidade do autor (nome verdadeiro, data de nascimento, morada completa, telefone) deverá ser colocada dentro de envelope fechado, com o registo do pseudónimo no exterior.

Prémios
1º Prémio (em cada escalão): 50€ + 2 álbuns BD + diploma + publicação da bd
2º Prémio (em cada escalão): 25€ + 1 álbum BD + diploma + publicação da bd

Nota do bloguista: Só agora divulgo o regulamento do presente concurso porque, pessoalmente, considero ser mais actuante fazer divulgação deste tipo de iniciativas com maior proximidade da data limite estabelecido para entrega das bedês participantes.
Parto do princípio de que o anúncio do concurso feito com demasiada antecedência pode facilmente cair no esquecimento por parte dos interessados.
Agora, a faltar apenas mês e meio para a data limite de entrega, tenho a convicção (baseada em larga experiência e conhecimento dos autores de BD), que os interessados em concorrer se sentirão mais facilmente pressionados. Além de que é tempo mais do que suficiente para fazerem uma prancha, mas já não se podem desleixar...