
Bill Watterson, que tinha iniciado a série Calvin & Hobbes a 18 de Novembro de 1985, decidiu terminá-la cerca de dez anos depois, em 31 de Dezembro de 1995, faz hoje precisamente dez anos.
Eu conheci a série no primeiro número do jornal Público, que comprei por curiosidade, como faço sempre que sai um novo jornal.
Desde essa data, devido à qualidade do jornal, mas em especial atraído por aquela primeira tira de Calvin & Hobbes, passei a ser leitor compulsivo e assíduo do jornal e da série.
Leio/vejo desde então as peripécias do duo - mais as participações esporádicas da amiga (?) Susie, da mãe, do pai (um grande cromo, também ele) e da "baby-sitter" Rosalyn.
As transformações do tigre, em boneco de peluche (gosto mais do que de pelúcia) ou num verdadeiro, consoante há ou não presença de alguém além do amigo inseparável Calvin, é um achado genial de Watterson, entre outros factores que fascinam na leitura das tiras diárias, a preto-e-branco, ou nas páginas dominicais, a cores.
O sucesso da série fez com que, a certa altura,estivesse a ser publicada em 2400 periódicos, simultaneamente.
Apesar disso, Watterson resolveu "matar" as suas personagens, em litígio com a Agência Universal Press Syndicate, por se recusar a comercializar as personagens.
Admire-se a posição personalizada do autor, lamente-se o desaparecimento das suas personagens.

BILL WATTERSON
Síntese biográfica
Bill Watterson (aliás, William B. Watterson II) nasceu em Washington, D.C., em 1958.
É licenciado em Ciências Políticas.
Foi galardoado com o troféu Reuben, por duas vezes (1986 e 1988), na qualidade de "Melhor Cartunista do Ano".
(Note-se que, em inglês dos E.U.A., os autores de cartunes e de bandas desenhadas são classificados unicamente como cartunistas ou "cartoonists").