quinta-feira, junho 25, 2009

Concurso de Artes Plásticas RESARTE/2009 - Inclui BD, está acessível até aos 35 anos



Como se pode ler no título do "post", a RESARTE - Rede de Expositores de Setúbal, organiza este ano, pela primeira vez, um Concurso de Artes Plásticas que, muito justamente, inclui a Banda Desenhada.
A organização, que engloba diversas entidades oficiais e privadas (designadamente o Museu de Setúbal/Convento de Jesus, Museu do Trabalho Michel Giacometti, etc.), classifica a iniciativa como sendo PRÉMIO DE ARTES.
Vejamos então, em síntese, algumas partes do regulamento:
1) O Prémio de Artes da Resarte terá periodicidade anual.
Tem por finalidade o reconhecimento do mérito e talento de artistas que se distinguem na área das artes, consideradas nas seguintes vertentes:

Arquitectura
Banda Desenhada
Design
Escultura
Fotografia
Ilustração
Infoarte
Instalação
Joalharia
Multimédia
Pintura
Street Art

Uma abrangente iniciativa, digna de elogios, com a correcta intenção de muitos artistas, de diferentes especialidades, poderem participar.
Mas... há sempre um mas, como se costuma dizer. Na alínea Objectivos lê-se o seguinte:
Este concurso tem como objectivo estimular a produção e divulgação dos trabalhos de arte realizados por cidadãos do Distrito de Setúbal, residentes ou estudantes neste distrito.
Nota do bloguista: confesso que não sei (mea culpa) quais as cidades abrangidas pelo Distrito de Setúbal, mas já me chamaram a atenção para o facto de, naquele distrito, estar incluída a cidade de Almada. Nesse distrito estarão também, salvo erro, Barreiro, Montijo e... (agradeço informações).
Que pena não poderem concorrer também os lisboetas, os odivelenses (como já me lembraram), os amadorenses, os sintrenses, isto é, toda a gente da chamada Grande Lisboa.
Podem participar todos os artistas, amadores, estudantes ou profissionais, até aos 35 anos de idade, inclusive.
Só são aceites obras inéditas (sem terem sido sujeitas a outros concursos).
Prazo
A entrega das peças começou a decorrer em 26 de Maio (só agora tive conhecimento deste concurso, graças ao Hugo Teixeira), e termina a 31 de Julho de 2009, data em que encerram as inscrições (ainda há tempo suficiente para os interessados setubalenses, os felizardos ;-D
Entrega dos originais:
Os trabalhos, fichas e demais documentação devem ser entregues na Fundação INATEL - Agência de Setúbal, sito na Praça da República, 2900-507 - Setúbal
Prémios
Serão atribuídos prémios pecuniários às obras apresentadas a concurso classificadas em primeiro e segundo lugr e à revelação.
O PRIMEIRO PRÉMIO, DORAVANTE PRÉMIO CÂMARA MUNICIPAL DE SETÚBAL, TEM O VALOR DE 500€
O SEGUNDO PRÉMIO, DORAVANTE PRÉMIO DELTA CAFÉS, TEM O VALOR DE 250€
O PRÉMIO REVELAÇÃO, DORAVANTE PRÉMIO HERDADE DO VALE DA ROSA, TEM O VALOR DE 150€
AS MENÇÕES HONROSAS TERÃO UM PRÉMIO NÃO PECUNIÁRIO.

13 comentários:

Nuno Amado disse...

Eu continuo a achar piada a estes limites de idade nestes eventos de Culturais... bendita revista Tintim que dizia que a BD era para pessoas dos 7 aos 77 anos!
Este ainda tem a particularidade de ser restritivo quanto ao local onde temos a nossa morada. Não é que eu tivesse intenções de participar, mas poderia querer! Mas não poderia porque tenho 45 de idade e moro em Oeiras!
:S

Anónimo disse...

Eu cá acho é que quem mora em Lisboa (no distrito) tem é que exigir dos seus representantes eleitos, isto é, das Câmaras, das Juntas de Freguesia, etc, etc, que promovam também no seu distrito uma iniciativa desta natureza. Porque é pena que os amadorenses, os odivelenses ou os sintrenses não possam participar em Setúbal (que cria a possibilidade de autores de Sines ou Grandola participarem), mas mais grave é não existir nada em Lisboa. Ou então, se queremos falar em Grande Lisboa, limitavamos-nos à Área Metropolitana, e assim os de Alcácer do Sal não participavam.
A sério. Não estão erradas as restrições. O que está errado é noutros distritos, os responsáveis não seguirem os bons exemplos.
E quanto à idade, sim, é bastante limitativa, mas se calhar o "público alvo" são os "novos talentos".
Um último reparo ao Geraldes Lino. Os Almadenses estão abrangidos.

Abraço Fraterno

João Figueiredo

Fujiman disse...

As Douradas e Sapateiras têm direito à Arte!
E assim se divide o pequeno em minúsculo.

Grande abraço Geraldes, foi bom reencontrar-te em Beja!

Luis Peres disse...

Mais um concurso de Bd com regras á portuguesa.

Geraldes Lino disse...

Obrigado João Figueiredo, por estar atento a este meu blogue, epelos reparos dos odivelenses e de Almada pertencer ao distrito de Setúbal.
Abraço e saudações bedéfilas.

Geraldes Lino disse...

Grande abraço também para ti, caro amigo JCoelho. Apesar de conhecer o teu estúdio, há muito que não nos encontrávamos. Tivemos de ir ao Festival BD de Beja (cada vez melhor!) para nos encontrarmos.
Agradeço-te a visita ao blogue.
Continuas a fazer BD para os Estados Unidos? Um dia destes vou mostrar aqui aquela tua bb lá publicada.

Geraldes Lino disse...

Viva Luís Peres
Já tenho anunciado aqui concursos portugueses sem limites de idade para os concorrentes.
Não conheço o que se faz no estrangeiro, não sei se esta limitação na idade é uma originalidade portuguesa, ou se tal restrição existe noutros países.
Irei tentar saber.
De resto, o Luís Peres, a trabalhar intensamente no seu Príncipe Ziph (já com o 2º álbum terminado), não teria tempo para concorrer (digo eu) mesmo que ainda tivesse menos de 35 anos.
Você nem tempo tem para vir uma noite à capital, a fim de ser o Convidado Especial da Tertúlia BD de Lisboa, para o que já o convidei diversas vezes.
Abraço e saudações bedéfilas.
GL

Geraldes Lino disse...

Viva Bongop
Agradeço a sua visita ao meu humilde blogue.
Embora, de facto, a revista Tintim ostentasse esse "slogan", infelizmente nunca organizou nenhum concurso de BD. Faltou-lhe essa "cereja em cima do bolo" para ter sido uma revista perfeita.
A propósito de cerejas, as conversas (e as ideias) são como as ditas cujas: teria tido imensa piada se a revista Tintin tivesse organizado um concurso com os limites etários entre 7 e 77 anos de idade!
Se eu fosse rico, depois desta conversa, garanto que seria capaz de o fazer!
Abraço e saudações bedéfilas.
GL

Nuno Amado disse...

Re-olá Geraldes
Eu passo sempre por aqui cada vez que fazes um novos post, não te faço uma visita "de vez em quando"...
:D
O que eu quis dizr com "dos 7 aos 77", foi que não devia haver restrições a partir de determinada idade (talvez os 25 anos), e muito menos do local onde se mora! Isso é castração pura! Discordo completamente com o João Figueiredo! Eu conheço um rapaz em Abrantes que pode ser um grande artista, se a câmara dele nunca fizer um concurso local, ele nunca poderá mostrar o seu trabalho! E não me venham com aquele concurso a nível nacional do FIBDA, porque isso é uma pequena altura durante o ano. Daqui a um bocado estamos a fazer concursos de BD apenas para tipo(as) que tenham mais de 1,80m de altura! Tenham dó...
Se é concurso deve ter categoraias bem escalonadas para os mais jovens, e deverá ser concurso aberto para todos os restantes!
Este é a minha opinião!
(Que vale aquilo que vale...)
Por isso é que há muitos artistas que se estão a borrifar para este tipo de eventos... ao fim ao cabo é só para alguns! Seja qual seja o filtro a usar!
A BD deve ser universal e para haver uma grande adesão de autores portugueses devem deixar-se dessas "mariquices", de "regrazinhas" ...
Desculpa, mas eu sou mesmo assim...
Abraço

Geraldes Lino disse...

Viva Bongop
Tens razão em alguns dos aspectos que focas.
Mas tb não te podes esquecer que já existem concursos de BD há muiiitos anos (desde a [como agora se diria, visto que era uma revista] Mundo de Aventuras) já leste o artigo que escrevi acerca do tema? basta clicares no rodapé dos "posts" sobre concursos e vais lá ter), e, portanto, todas as gerações abrangidas, ao logo de todos esses anos (como terá sido o teu caso), tiveram oportunidade de participar nesses concursos.
No concurso da Junta de Freguesia de Amora (de que fiz parte do júri), que durou uns 14 anos, embora fosse bienal, participaram concorrentes de várias partes do país. E no da Amadora, que já existe há 19 anos, e de q tb fiz parte do júri nos primeiros seis anos, tem tido participantes de todo o país.
Repara que, em certa medida, a BD até está algo favorecida em relação a outras manifestações culturais (artísticas e/ou literárias). Não há, que eu saiba, tantos concursos para os poetas, escritores, ilustradores, pintores, cineastas, como há para os desenhadores de BD.
Estamos mal, queremos sempre melhor, é humano, mas tb temos de olhar à volta, e situarmo-nos no contexto.
Abraço e saudações bedéfilas.

Cão Sarnento disse...

Acho que terei de me mudar para o centro. Em comparação, o norte é um deserto no que toca à existência deste tipo de iniciativas.

Geraldes Lino disse...

Desconhecido "Cão Sarnento"
Talvez isso que diga seja uma realidade, mas repare que, neste caso, nem os habitantes de Lisboa têm possibilidade de beneficiar da realização que descrevi no "post", só mesmo os habitantes daquele distrito.
Mas é uma iniciativa muito positiva, que seria bom que fosse imitada noutras partes do país, nomeadamente aí no Norte.

Anónimo disse...

Bongop, ainda bem que descorda de mim, é sinal que não somos "fechados" em termos de pensamento. Respeito inteiramente a sua opinião, que aliás não deixo de descordar, mas também compreendo as "restrições" dos organizadores. Quando disse que os de Lisboa (que muito bem podiam ser de Braga) têm que reivindicar e exigir de quem de direito apoios e oportunidades para darem o seu melhor (em que arte fôr), era exactamente por causa dos abrantinos (mas também podiam ser os albicasterenses) poderem mostrar o que valem nas suas terras. Ou seja, que cada um de nós reivindique e/ou faça o melhor pela arte. O Geraldes Lino divulga-a, outros há que promovem concursos, eu pessoalmente reinvindo para que hajam concursos/mostras/festivais. Como em Odivelas (onde moro), a Câmara não apoia, e no decorrer desta discussão, pensei: Mais do que reivindicar, eu próprio posso fazer a diferença. E estou a pensar em organizar uma iniciativa de BD na minha terra (a ideia ainda está a maturar).
Abraços
João Figueiredo