quarta-feira, agosto 27, 2014
BD portuguesa em jornais - Jim del Monaco - Autores: Luís Louro e Tozé Simões
Jim del Monaco foi o nome de um herói de BD que prometia animar a banda desenhada portuguesa, criado pela dupla Luís Louro, desenhador, e Tozé Simões (ou António Simões), argumentista, com legendagem de Carlos Dias.
Neste episódio inicial, em seis pranchas, publicadas no suplemento Tablóide editado em 12, 19 e 26 de Outubro, e 2 de Novembro de 1985, no jornal Diário Popular, Jim del Monaco era tratado de uma forma divertida. Os seus autores gozavam com a sua indecisão amorosa, e com os ataques muito directos que lhe fazia a atraente Gina.
Jim del Monaco teve posteriormente vários episódios publicados em álbum, mas não sobreviveria ao abandono da BD por parte do argumentista. Luís Louro continuaria a fazer BD, quer "a solo", quer desenhando sob argumentos de Rui Zink ou Nuno Markl.
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Luís Louro
Síntese biobibliográfica
Luís Alexandre Santos Louro, 14 de Junho de 1965, Lisboa.
Curso de Técnico de Meios Audiovisuais da Escola de Artes Decorativas António Arroio (Lisboa).
Foi galardoado com os troféus: Mosquito (do Clube Português de Banda Desenhada-CPBD) em 1985, como Revelação da BD Portuguesa de 1984; Zé Pacóvio e Grilinho, para Melhor Álbum Português de 1995, e o mesmo troféu, atribuído pelo Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, dedicado ao Prémio Juventude 1995.
Jim del Monaco foi o primeiro herói desenhado por Luís Louro, sob argumento de António Simões (ou Tozé Simões), que protagonizou várias aventuras editadas em álbum com os seguintes títulos: Jim del Monaco (1986), Menatek Hara (1987), O Dragão Vermelho (1988), Em Busca das Minas de Salomão (1989), A Criatura da Lagoa Negra (1991), A Grande Ópera Sideral (1992), O Elixir do Amor (1992), Baja África (1994).
Roques e Folques foi outra série criada pela mesma dupla Louro e Simões, e que teve os seguintes álbuns: O Império das Almas (1989), e A Herança dos Templários, em dois tomos (I-1990 e II-1992, respectivamente).
Vieram a seguir as Estórias de Lisboa, em que se incluiram os episódios O Corvo (1994), Alice (1995) e Coração de Papel (1997), criados a solo por Luís Louro, autor dos argumentos e desenhos, assim como Cogito Ego Sum (2000).
Nesse mesmo ano de 2000, agora de novo com um argumentista, Rui Zink, surge O Halo Casto.
Em 2002, a transformar em imagens sequenciais um argumento escrito por João Miguel Lameiras e João Ramalho Santos, foi a vez de Eden 2.0.
De novo "a solo", em 2003, retomou uma das suas personagens favoritas, em O Regresso do Corvo.
Tem colaborações dispersas em vários tipos de publicações, designadamente em revistas de BD - Mundo de Aventuras (1985), O Mosquito - 5ª série (1985/86), Selecções BD (1989/90, 1999 e 2001), Lx Comics (1991) em revistas de temas diferentes (Valor, 91 a 94; Visão, 95 a 2000; Ego, 1998), e em fanzines: Protótipo (1985), Hyena (1986), um zine espanhol intitulado Un fanzine llamado Camello (1986), Max (1986), Banda (1989/90), e Shock (1989/91).
Colaborou também num jornal, o Diário Popular, no suplemento semanal Tablóide, em Outubro de 1985.
Participou, com outros autores portugueses de BD, na exposição colectiva "Perdidos no Oceano", organizada pelo Festival International de la Bande Dessinée de Angoulême, em 1998.
G.L.
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