domingo, dezembro 01, 2013
Tertúlia BD de Lisboa - 354º Encontro - Dezembro 2013
Em Março de 1995, há mais de dezoito anos, na Tertúlia BD de Lisboa, iniciou-se um ciclo intitulado "Editores, Directores, Directores Artísticos, Orientadores Gráficos, Responsáveis Gráficos, Chefes de Redacção e Coordenadores de Revistas de Banda Desenhada". Tenho a convicção de que será inquestionável a importância que tiveram as pessoas que exerceram tais funções, daí que uns tantos desses responsáveis tenham sido homenageados pela TBDL. (*)
Desde Novembro de 2004 - data da mais recente homenagem -, que a citada rubrica não sofria alterações. Chegará no próximo dia 3 de Dezembro o momento de a reatar, sendo José de Freitas, antigo director editorial da Devir, o homenageado, por decisão do quarteto - Álvaro, Inês, Isidro e Moreno - que actualmente dirige aquela tertúlia dedicada à BD.
José de Freitas foi responsável, na editora Devir, durante sete anos, pela edição das revistas da Marvel. A imagem que ilustra o presente "post" foi uma das obras editadas sob responsabilidade do citado especialista. Uma bastante completa autobiografia sua, em duas páginas, pode ser lida aqui na postagem, e também será distribuída a quem estiver presente naquela tertúlia na próxima 3ª feira, no local onde se realiza há vinte e oito anos, o degradado mas ainda carismático Parque Mayer.
(*) Entre outros, foram homenageados os seguintes:
Adolfo Simões Müller (Homenagem póstuma) - Março 1996; António Cardoso Lopes - Junho 95; António Homem Christo - Março 95; António Manuel Couto Viana - Set.95; Carlos Alberto Santos - Ag.97; Carlos Araújo - Jul.97; Cottinelli Telmo(Hom. póstuma) - Jan.96; Henrique Pavão - Jan.97; Jacques Rodrigues - Abr. 2000; João Paulo Cotrim - Nov.99; Jorge Magalhães - Jun.96; José Antunes - Fev.97; José Batista (Jobat) - Nov.97; José Chaves Ferreira - Jul.99; José Garcês - Abr.98; José de Oliveira Cosme (Hom. póstuma) - Set.97; José Ruy - Maio 95; Júlio Isidro - Ag. 2001; Marcelo de Morais - Nov.95; Maria Alice Andrade Santos - Out.95; Maria Emília Brederod Santos - Ag.99; Maria João Duarte - Jan.99; Maria José Pereira - Jan.2001; Mário Correia - Maio 97; Mário Rosário - Nov.96; Nuno Simões Nunes - Jul.96; Orlando Campos - Nov. 2000; Raul Correia (Hom. Póstuma) - Abr.95; Roussado Pinto (Hom. póstuma) - Jul.95; Telmo Protásio - Maio 99; Vasco Granja - Abr.97; Victor Mesquita - Fev.98
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Lista de participantes (fornecida por Inês Ramos, elemento do quarteto que desde Julho de 2013 dirige a TBDL)
1. Adelina Menaia
2. Álvaro
3. Ana Saúde
4. Andreia Rechena
5. António Isidro
6. Clara Lopes
7. Filipe Duarte
8. Gabriel Martins
9. Helder Jotta
10. Hugo Tiago
11. Inês Ramos
12. João Figueiredo
13. João Sequeira
14. João Vidigal
15. José de Freitas
16. Luís Filipe Silva
17. Manuel Valente
18. Miguel Costa Ferreira
19. Moreno
20. Olivier
21. Pedro Bouça
22. Rui Domingues
23. Sá-Chaves
24. Simões dos Santos
25. Victor Jesus
26. Vítor Nascimento
Nota: "A posteriori" adicionei uma fotomontagem focada nos participantes do encontro da tertúlia do dia 3 Dezembro. Autor da fotomontagem: Álvaro
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Os visitantes interessados em ver as anteriores postagens deste tema poderão fazê-lo clicando no item Tertúlia BD de Lisboa incluído em rodapé
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9 comentários:
Não sabia que o José de Freitas, editor da Devir, é filho de Mestre Lima de Freitas, um dos melhores ilustradores portugueses, a que já me referi no meu blogue.
Quanto à sua actividade na BD é digna de nota e de registo e esta Tertúlia dignifica-se com esta homenagem.
Relativamente à Devir - à "primeira" - possuo quase tudo o que foi publicado, enfatizando um livro que já reli umas quatro vezes, da autoria do José Carlos Fernandes "As Aventuras do Barão Wrangel" e os Sin City (que, na verdade, possuo em duplicado, porque tenho as edições originais da Darkhorse).
O José de Freitas falou das colecções Argonauta, mas esqueceu-se de falar das ilustrações das capas da Colecção Vampiro, onde Mestre Lima de Freitas deixou autênticos quadros.
A finalizar, achei curiosa a forma como foi protegida a identidada, na fotografia, das acompanhantes do José de Freitas, no Bairro Alto (presumo, pelo pouco que se vê, ser no Bairro Alto).
Se eu não estivesse tão longe e preocupado com o lançamento do meu livro policial, estaria nessa Tertúlia.
Vão fazer um homenagem ao Freitas por ter conseguido enterrar a Devir com a sua pseudo especialidade.E apesar da devir versao 1.1durou 7 anos mas nao teve o Freitas a frente desde o inicio basta ler os comics da epoca tipo Spawn/Batman.
Caro Santos Costa
A pouco e pouco vou tendo conhecimento da grande abrangência da tua bedeteca pessoal que é ecléctica, tal como tu enquanto autor de BD e escritor.
Apenas uma pequena correcção: tanto quanto me lembro, as estupendas pinturas que embelezavam as capas da colecção Vampiro eram do pintor Cândido Costa Pinto.
Mas dou-te o benefício da dúvida que em alguma fase tenha havido mudança de artista na execução das capas dessa notável colecção e Lima de Freitas tenha sido continuador de Cândido Costa Pinto.
Abraço.
GL
Ora atão boa Noite.
A escolha do Convidado Especial encontra-se há já praticamente meio ano a cargo dos actuais quatro organizadores da Tertúlia.
No caso do José de Freitas a responsabilidade da escolha foi minha.
Portanto competir-me-á responder à questão levantada e posso até desenvolver e descrever os motivos mas... antes disso, seria possível identificar-se?
Obrigado
Álvaro
Optimus ADSL
Caríssimo Geraldes Lino
Mestre Lima de Freitas é um nome incontornável da pintura e da ilustração portuguesas.
Se tiveres ocasião de abrir livros da Colecção Vampiro - cito-te alguns, entre muitos: nºs 120 até ao nº 266, para já - são mais de 100 capas. Um dia destes, posso-te mandar uma lista, porque outro grande ilustrador Cândido Costa Pinto, ilustrou a primeira centena (tenho de averiguar, um por um).
Entre aquelas duas numerações, abre qualquer livro da colecção e, na página 5, lá tens o nome do ilustrador.
Logo, reportando-me ao teu último parágrafo, Lima de Freitas foi continuador de Cândido Costa Pinto.
De qualquer forma, não há outro Lima de Freitas. O José de Freitas poderá esclarecer esta tua dúvida, muito melhor do que eu. Algumas biografias sobre ele não apontam esta grande contribuição do mestre pintor, ilustrador e escritor, que foi LF.
Olha, vou lançar no sábdo o meu primeiro livro policial. Se Mestre Lima de Freitas fosse vivo (faleceu em 1998), andaria à procura dele, custasse o que custasse, para fazer a capa dessa obra.
Abraço
Santos Costa
Volto aqui porque li o comentário do Álvaro e lembrei-me que a ocultação do rosto das raparigas só pode ter sido ideia e arte dele.
Está genial! Parabéns ao Álvaro... ou quem quer que fez o trabalho.
Geraldes Lino
Como ainda estou acordado - como disse o Álvaro aqui há tempos: "vocês não dormem?" - fui ver a biblioteca - para já - parece-me que o Mestre Lima de Freitas começou no nº 113, pois o nº 112ainda é com assinatura de Cândido Costa Pinto.
O nº 113 - se foi a primeira capa de LF na colecção - diz respeito a uma aventura de "O Santo" ( O Santo Enfrenta o Tigre).
Só digo uma coisa: tenho pena que o título "estragasse" a ilustração. É uma capa fabulosa!
Eu? aaa... não vou admitir que fiz aquilo porque uma das moças pode não achar piada nenhuma, passar-se e sei lá...
:)
O Optimus Prime persegue-me há algum tempo com as cenas dele. Deixemo-lo. De qualquer modo, sim, a BD começou comigo na Devir Portugal. Quem foi a Lucca negociar os direitos da Marvel fui eu, em companhia do Zé Rui Fernandes, do Mundo Fantasma (e na altura também do Salão do Porto), em 1998, e quem preparou muito do trabalho do lançamento fui eu. Passou-se mais dum ano até ao lançamento, que só ocorreu em Maio de 99, e por isso não estive envolvido no lançamento, porque de Janeiro a Maio desse ano estive fora de Portugal, numa espécie de sabático, e durante o ano seguinte estive primariamente envolvido com a fundação da Devir Espanha. Mas sim, os primeiros "álbuns" que foram lançados foram-no por mim, os primeiros creio que foram do Conan (ainda meio revistas) e o Saga da Máscara da Medusa, um Tomb Raider da Top Cow, tanto quanto me lembro. A Devir foi extremamente bem enterrada, tanto que ainda hoje existe, em quatro países diferentes, e continua a fazer muitas coisas, entre as quais BD, e a empregar umas 60 ou 70 pessoas. Foi um enterro e tal, tipo morto-vivo.
O Cândido Costa Pinto ilustrou as primeiras 30 e tal (acho....) capas da Argonauta, e continuou mais um pouco na Vampiro. Quando ele foi para o Brasil o meu pai pegou também na Vampiro, e ilustrou as duas colecções anos a fio. O Cândido Costa Pinto foi uma espécie de precursor imagético do surrealismo, próxima duma estética do Dali, como se pode ver em muitas das suas capas da Argonauta. É uma pena que ele tenha desaparecido misteriosamente de circulação, merecia também um lugar na história da ilustração portuguesa. Até logo à noite!
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