segunda-feira, janeiro 19, 2015
Mesas-Redondas (XII) - Tema: Charlie Hebdo
Uma mesa redonda dedicada a um tema candente, o ataque fanático ao magazine Charlie Hebdo, vai decorrer num monumento histórico, algo improvável para um evento deste género - o Museu Arqueológico do Carmo.
Derivado desse facto, outros assuntos serão focados, tais como o poder dos cartunes editoriais, liberdade de imprensa e expressão, os contextos históricos da imprensa ilustrada.
Participam nessa mesa redonda: Sara Figueiredo Costa, Nuno Saraiva, Osvaldo Macedo de Sousa e Eduardo Salavisa, com moderação de Pedro Moura.
Reproduzo o texto que foi enviado para os média, incluindo a blogosfera (as separações dos parágrafos são de minha responsabilidade):
O crime perpetrado contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo colocou na ordem do dia junto ao grande público uma discussão que tem tido lugar em círculos especializados.
Qual o papel do cartoon editorial nas democracias modernas, cujas leis de liberdade de expressão permitem um qualquer grau de negociação entre o que se entenderá por "aceitável" e "pertinente", por um lado, e "exagerado" e "ofensivo", por outro.
Se se acreditar numa tal categorização, porém, há que compreender que ambas pertencem a uma longa tradição de trabalhos, e com particular presença na cultura francesa. A questão desta liberdade vai embater noutras questões, como os posicionamentos ideológicos, os ditos limites da imprensa, a censura prévia e as decisões judiciais, assim como a conjuntura actual a nível mundial cujas fricções são vistas por alguns como um "choque de civilizações".
Não é difícil começar uma discussão sem tropeçar em controvérsias ou mesmo afirmações elas mesmas insustentadas, já que tudo isto implica emoções, limites ao nosso conhecimento, posicionamentos extremados, etc.
A comunidade de artistas de banda desenhada, ilustração e cartoon editorial, assim como investigadores e críticos da área têm multiplicado a sua expressão de solidadriedade, assombro e até mesmo incompreensão nos mais variados canais de comunicação.
Alguns dos seus membros não sabem bem como começar a articular o que pensam e sentem, mas sentem também a urgência em fazer algo mais.
Esta é uma oportunidade, entre outras, de dialogar.
Museu Arqueológico do Carmo
Largo do Carmo - Lisboa
Dia 20 de Janeiro, Terça-feira, 18h30
Entrada livre
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Os interessados em ler textos anteriores das rubricas Mesas-Redondas ou Charlie Hebdo, podem fazê-lo clicando nesse item visível em rodapé.
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