quinta-feira, setembro 29, 2005
Tertúlia BD de Lisboa - 250º Encontro
No próximo dia 4 de Outubro, primeira 3ª feira do mês, realiza-se o 250º Encontro da Tertúlia BD de Lisboa.
Homenageado (no caso presente, homenageada): Manuela Bacelar, conhecida fundamentalmente como ilustradora. Todavia, e isso será um aspecto menos conhecido do seu "curriculum", ela fez bandas desenhadas para a revista "Fungagá da Bicharada".
Convidado Especial: João Maio Pinto, um novo da BD, com bandas desenhadas publicadas no fanzine "Mesinha de Cabeceira" (com o subtítulo "Crica ilustrada") e no "Blitz". Neste semanário está actualmente a fazer parceria com o argumentista Esgar Acelerado, realizando em todos os números uma prancha, a cores, para a série "Superfuzz".
A Tertúlia BD de Lisboa reúne um numeroso grupo, uma média mensal de quarenta e tal irredutíveis bedéfilos, que resistem ainda e sempre ao invasor... e às suas constantes ameaças de fechar para obras o Parque Mayer, onde a Tertúlia se realiza.
Se houver algum bedéfilo interessado em participar na Tertúlia, pode telefonar para o organizador, que por acaso é este mesmo bloguista, para o telemóvel 919137027.
Banda Desenhada portuguesa em jornais - Mundo Universitário, um quinzenário gratuito com BD
Com óptima apresentação, num formato tablóide, propício a um bom trabalho gráfico, com todas as páginas profusamente ilustradas e coloridas, este quinzenário de distribuição gratuita atingiu agora o nº 22, datado de 26 de Setembro.
Após um interregno para as férias grandes - até mesmo um jornal, se é universitário, tem direito a férias :) - reapareceu e, como habitualmente, já terá sido distribuido por todas as universidades, de Norte a Sul do país.
Numa das 16 páginas tem algo que justificará o interesse de todos os leitores, mas em especial daqueles que se assumem como bedéfilos. Estamos a falar de uma página (coordenada por este mesmo bloguista/escriba) onde se pode ver/ler uma banda desenhada a cores, num episódio autoconclusivo.
"Há alguém lá em cima que gosta de mim", é o título, bem sugestivo, desta bd da autoria (argumento e desenho) de José Lopes, um jovem de origem africana - nasceu em Nampula, em 1977 - a viver em Portugal desde os quatro anos, tendo adoptado a nacionalidade portuguesa.
Realizado com um grafismo moderno, o episódio tem por base as acções de pessoas envolvidas nos acontecimentos dramáticos de 11 de Setembro de 2001. José Lopes parece, ele próprio, ter vivido, psicologicamente, a situação angustiante.
Esta página existe há meses, e todas as quinzenas tem sido dado espaço a um autor diferente. Anteriormente foram publicadas bandas desenhadas com as seguintes autorias:
Álvaro, Pedro Alves, J. Mascarenhas, Zé Manel, Mota, Ricardo Cabral, Alexandre Algarvio, Carlos Marques, Jorge Coelho, Pepedelrey, Kalika e Carlos Rocha.
E porque o desfile de novos autores da BD portuguesa - e, eventualmente, até por algum consagrado - vai continuar a acontecer numa das páginas do Mundo Universitário, sugere-se aos estudantes, professores, e não só, que procurem na Universidade mais próxima um expositor de cor azul. Está lá disponível e gratuito o Mundo Universitário, sempre com uma bd de tema e estilo gráfico diferente, consoante o autor que realiza a banda desenhada.
Livros sobre BD - Os meus livros (I) - Roteiro Breve da BD em Portugal, por Carlos Pessoa
Os meus livros sobre BD (I)
Inicio aqui uma rubrica onde, a pouco e pouco - alternando com diversos outros assuntos - irei falando da vasta bibliografia que possuo, dando prioridade àqueles mais recentes que vou adquirindo (ou que me vão sendo oferecidos, como é o caso do referenciado neste "post").
Para começar, tem total cabimento registar o aparecimento nos escaparates dos CTT Correios de Portugal do livro Roteiro Breve da Banda Desenhada em Portugal. Portanto, em primeiro lugar nesta rubrica, aparece a mais recente peça da minha vasta colecção.
O "Roteiro..." é obra assinada pelo jornalista Carlos Pessoa, nome conhecido dos leitores do jornal "Público", em geral, e dos bedéfilos em particular, visto que a maioria dos artigos que aparecem sobre BD naquele diário têm a sua asinatura.
O livro, de muito boa apresentação e invulgar formato - quadrado, 24,5x24,5 cm -, apresenta-se com capa cartonada de cor amarela, ilustrada com a ampliação de imagem parcial da personagem Manecas, criação de Stuart Carvalhais.
Numa análise necessariamente breve, ocorre relevar a interessante paginação, a profusa e bem seleccionada ilustração dos temas. Cujo iniciante é, como não poderia deixar de ser, a homenagem ao acto fundador de Raphael Bordallo Pinheiro, arquitecto do primeiro importante edifício da BD portuguesa, ao realizar a obra editada em álbum em 1872 (o primeiro português, só ultrapassado, em precocidade, a nível mundial, pelos álbuns editados pelo professor e pintor suiço Rodolphe Töpffer), sob o histórico título Apontamentos de Raphael Bordallo Pinheiro sobre a Picaresca Viagem do Imperador do Rasilb pela Europa.
Em vertiginosa viagem visual pelo universo da nossa figuração narrativa, Pessoa lança olhares rápidos, mas sempre com textos claros e imagens representativas, sobre as carismáticas revistas e suplementos jornalísticos, desde o início até ao fim do século passado, citando e mostrando imagens de ABC-Zinho, Pim-Pam-Pum (suplemento do jornal O Século), Tic-Tac, O Senhor Doutor, Joaninha (suplemento da revista Modas e Bordados), O Papagaio (cujos derradeiros números foram publicados como suplemento da revista Flama), Diabrete, O Mosquito, Cavaleiro Andante, O Falcão, O Mundo de Aventuras, Titã, Camarada, Lusitas", "Fagulha", "Foguetão", "Zorro", "Jornal do Cuto", "Jacto", "Flecha 2000", "Jacaré", "Spirou", "Nau Catrineta" (suplemento do jornal Diário de Notícias), Quadradinhos (suplemento do jornal A Capital), Tintin, Visão, Lobo Mau, O Mosquito (5ª série), O Fungagá da Bicharada, Selecções BD. Nesta última fase, acho que também merecia aparecer o Jornal da BD (mas sou suspeito, porque coordenei nele o Suplemento BD).
Como se impunha, e seria imperdoável não o fazer, Carlos Pessoa alude aos anos 80, que considera "a travessia do deserto". Por lá passou o camelo que escreve estas linhas, coordenando no jornal Diário Popular o suplemento Tablóide (gostei de ver a reprodução de uma das suas páginas neste livro) com grafismo do título de Jorge Colombo, e a piada de ter sido lá que "nasceu" a personagem Jim del Monaco, criada pela dupla Louro & Simões.
Também os fanzines ocupam merecido espaço, desde o Argon (de 1972) passando por Aleph, Boletim do Clube Português de Banda Desenhada, O Estripador, Nemo, Banda, Nemo, Dossier Top Secret e Graphic, todos estes com direito a reprodução da capa, havendo uns tantos distinguidos com breves referências escritas, designadamente Estripador, O Ovo, Vinheta, Hic, O Estirador, Ruptura, Códradinhos, Ritmo, Protótipo, Eros (este é meu, obrigado pelo destaque), Facada Mortal (o primeiro fanzine editado por uma faneditora, Alice Geirinhas), BD & Roll, Hips e, como diz o autor, com carradas de razão, muitos outros. Por exemplo, o Shock (iniciado por Luiz Beira, continuado por Estrompa), um dos que merecia ter sido lembrado.
Tal como também o autor do livro diz, consciente das limitações da obra, essencialmente divulgatória,
"(...) ficam imediatamente à vista os limites deste livro, que não aspira a mais do que ser uma modesta obra de divulgação de alguns dos marcos deste meio de expressão (...)".
Mas, indubitavelmente, considerando como público alvo a grande maioria que desconhece os vectores fundamentais da História da Figuração Narrativa (popularmente designada, nos anos quarenta e cinquenta, mais precisamente até meados dos anos sessenta, por Histórias aos Quadradinhos), este bloguista, sempre aqui de plantão, considera que o jornalista Carlos Pessoa - doublé de especialista daquilo que modernamente se classifica, incluindo verbetes de dicionários, de Banda Desenhada - passou a ser uma personagem de referência na bibliografia especializada na matéria em causa, com mais este livro.
Críticas e notícias sobre BD na Imprensa (VII) "Cincinato", suplemento jornalístico sobre BD
Começou por ser um fanzine, editado em Viseu pelo então faneditor João Magalhães. Passou mais tarde a integrar, como suplemento, a revista "BI – Banca de Ideias", passou depois, em idêntica forma, para o jornal "Via Rápida".
Actualmente, mantendo-se como suplemento jornalístico, integra o jornal "Notícias de Viseu". Este jornal engloba ainda, semanalmente, o jornal "Diário da Guarda", sendo assim distribuído nas cidades de Viseu e Guarda, com uma tiragem de 14.000 exemplares.
Isto significa que o "Cincinato" com quatro páginas de notícias, críticas e imagens bedéfilas, representa uma forma de divulgação invulgar e abrangente da Banda Desenhada.
Neste 29º número, o "Cincinato" dá grande destaque, na primeira página, a três motivos:
1) Ao BDjornal, reproduzindo-lhe a capa;
2) À obra “Humberto Delgado O General Sem Medo” transposta para a BD pelo incansável e prolífico banda-desenhista José Ruy;
3) E ainda sobrou espaço para uma elogiosa referência ao fanzine “Jazzbanda”, do faneditor que é também o bloguista aqui de plantão.
Vários outros assuntos aparecem inseridos nas restantes três páginas:
Recensões críticas aos mais recentes lançamentos das Edições ASA, onde se inclui uma obra excepcional que se chama “Os Olhos de Chumbo”, de Breccia (desenho) e Oesterheld (argumento).
Comentário acerca da exposição do 5º Aniversário do CNBDI – Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (Amadora).
Síntese do regulamento do concurso de BD & “Cartoon” lançado pelo Moura BD 2005 – 15º Salão de Banda Desenhada.
Um bom trabalho de divulgação, levado a cabo eficiente e persistentemente por João Magalhães.
Festivais, Salões BD e afins - 2ª Mostra de Sintra de Banda Desenhada
Será já no próximo dia 2 de Outubro que se realizará a que será a 2ª Mostra de Sintra de Banda Desenhada, entre as 10h00 e as 19h00, no espaço muito bonito e invulgar do Cine-Teatro "Os Aliados", em São Pedro de Sintra.
Esta efémera Mostra – dura apenas um dia! – será totalmente composta pela exposição de 30 pranchas pertencentes a uma banda desenhada da autoria (argumento e desenho) de José Ruy, cujo título, "A Ilha do Futuro", dá de imediato a ideia de tratar de um tema de Ficção Científica.
quarta-feira, setembro 28, 2005
2000 VISITAS! O BLOGUE VOLTA A ESTAR EM FESTA!
Pela segunda vez o blogue "Divulgando BD" faz uma pequena festa, para a qual são convidados todos os bedéfilos que o têm visitado, e a que, desde já, este bloguista/escriba agradece, muito sensibilizado.
Para a festa comemorativa das 2000 visitas ao blogue correr bem, nada melhor do que servir um bom vinho tinto, marca "Bloguetuga", colheita de 2005. Brindemos, pois:
Viva a tribo dos bedéfilos lusitanos!
Viva a tribo dos bloguistas!
Viva a blogosfera!
quinta-feira, setembro 22, 2005
Festivais, Salões BD e afins (III) - Viseu - XIV Salão de Banda Desenhada
Apesar de algumas intermitências no já longo percurso, este evento viseense conseguiu criar raízes na cidade, mas também afectivas nalguns responsáveis do GICAV–Grupo de Intervenção Cultural e Artística de Viseu.
Assim, ultrapassando as razões pontuais que têm provocado hiatos na sequência cronológica, esse reduzido grupo de entusiastas aparece uma vez mais à cabeça da tarefa organizativa do "Salão Internacional de Banda Desenhada de Viseu", ou "Viseu-BD/05.
Esta 14ª edição será inaugurada na Biblioteca Municipal. no dia 1 de Outubro, às 15 horas, e decorrerá até ao dia 15.
Seguindo as pisadas dos congéneres internacionais na planificação, os organizadores decidiram criar três núcleos, cada um deles em local diferente.
O primeiro ficará situado na Biblioteca Municipal da cidade. Dele constarão duas exposições:
a) "Tex – cowboy e pistoleiro – coleccionar a BD", dedicada àquele herói de papel, emblemático na BD italiana de aventuras, onde se poderá apreciar um panorama impressionante, tanto de edições raras como de peças de "merchandising", que fazem parte duma colecção, provavelmente única no mundo, pertencente ao coleccionador José Carlos Francisco, de Anadia.
b) "Mara", um conjunto de pranchas originais da autoria de Mara Mendes, uma das raras banda-desenhistas portuguesas actuais.
O 2º núcleo situar-se-á no Solar do Vinho do Dão, no Fontelo. Compõe-se de:
a) Obras do Homenageado Estrangeiro, o espanhol Juan Espallardo,
e do Homenageado Português, Augusto Trigo.
b) "Os Mistérios da Serra da Estrela", mostra baseada em dez álbuns de autores portugueses que têm por temática a História daquela região, bem como lendas, tradições e personagens serranas.
c) "Inês de Castro – O mito e a História", pranchas da autoria de um autor de prestígio, Eugénio Silva.
d) "O vinho e a vinha na BD". Imagens recolhidas na BD nacional e estrangeira.
O 3º núcleo será no IPJ – Instituto Português da Juventude, Delegação de Viseu, e terá as seguintes exposições:
a) "Retratos da BD", conjunto de telas que retratam heróis e estilos da Banda Desenhada;
b) "Álbuns em destaque", conjunto de obras sobre os direitos humanos. "Auschwitz", de Pascal Croci; "Maus", de Art Spiegelman; Crianças, de Stassen; e "Sarajevo", de Hermann, são as seleccionadas, e que atrairão aquele público mais sensível aos problemas sociais.
c) "Histórias da Vida Real", síntese composta por histórias publicadas na nossa imprensa;
d) "Will Eisner, homenagem póstuma". O GICAV decidiu homenagear o falecido mestre, consagrado autor de novelas gráficas exemplares.
e) "Tertúlia BDzine", um fanzine editado em Lisboa, premiado no Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora em 2003 e 2004, graças à inclusão de obras de alguns autores/artistas de grande originalidade. A exposição constará das pranchas de várias histórias completas.
f) Exposição das obras participantes ao concurso de bd do GICAV 2005.
Haverá ainda outros motivos de interesse incluídos no evento. É o caso da realização de uma Tertúlia BD, no próprio dia da inauguração, na Livraria da Praça. E no Solar do Dão estará montada uma Feira do livro de banda desenhada.
Uma série de razões para os bedéfilos de todo o país fazerem uma visita a Viseu. A cidade e o Salão BD justificam a viagem.
Nota: Texto em colaboração com o jornal Mundo Universitário
Hungria, Budapeste - BD em imagens
A de chamar a atenção para o "poste" que inseri aquando da minha estada em Budapeste, mais propriamente no sábado, 17 de Setembro, em que falava da BD que por lá tinha encontrado, mas sem acompanhamento de qualquer imagem.
Só agora, em Lisboa, com a ajuda do meu amigo Gastão Travado, é que o texto ficou minimamente ilustrado.
Por conseguinte, os bloguistas bedéfilos que tenham lido o "poste" daquele dia, e tenham estranhado a falta de complemento visual, façam o favor de voltar lá. Agora sim, poderão complementar a leitura com o visionamento das respectivas imagens.
sábado, setembro 17, 2005
Hungria - Banda Desenhada húngara (e não só) vista em Budapeste (I)
Nota: Este texto foi escrito num teclado húngaro, que nao possui os acentos til e circunflexo, nem o c cedilhado
De origem húngara, encontrei:
1) uma revista em formato A5 intitulada "Kis Malac" com várias bd's pornográficas a cores;
2) outra, de formato tipo 'comic-book', a "Mozaik", com apenas uma extensa bd em 36 páginas a cores, inconclusiva apesar da extensao, bem desenhada no registo infantil.
Ambas as revistas, aparentemente, sao totalmente feitas por autóctones. Ainda outra, com histórias da "Mad" e várias de autores húngaros, numa curiosa edicao mista, mas que mostra na capa o Alfred E. Newman na pele de um tal "Betmen", a parodiar o original.
3) Da editora Mozaic (nome igual ao da revista), foi editado um álbum da série "Detektiv Palantak", com desenho (rajzol) de Thorsten Kiecker, e argumento (szoveg) de Hubertus Rufeldt.
4) Da mesma equipa, Kiecker e Rufeldt, há uma versao cómica de Robin Hood, sob o titulo "Robin", editada em álbum cartonado.
5) "Macbeth", uma "Képrégeny" (Banda Desenhada em húngaro) desenhada por Germán Fatime - num álbum brochado de 34 páginas, a cores. O estilo de Germán Fatime mostra-se algo tosco, mas surpreende pela expressividade das personagens.
6) "Szigetvar Ostromi", de Sarlos Endre, que escreveu o argumento, e fez o desenho. Trata-se de novela gráfica de grande extensao,(79 pranchas) num estilo irregular mas atingindo grande dinamica em algumas das imagens.
7) Em desenho muito simples mas desenvolto, Koresmáros Pál assina duas obras:
"Egri Csillagok" - capa a cores, miolo a preto e branco;
"Beszterce Ostroma", capa a cores e conteúdo numa ligeira tonalidade esverdeada.
Ambas de evidente fundo histórico, tema que, tal como acontece em Portugal, continua a ser inesgotável fonte de inspiracao.
Em traducao - desculpem esta grafia, mas já contei no início a estranha história do teclado húngaro -, vi:
"Batman, Ano Um", no tradicional formato de "comic book".
Há também traducoes da Disney:
"Donald Kacsa"
"W.I.T.C.H.", esta a mostrar a implantacao das cinco amigas de poderes excepcionais como grande sucesso internacional.
Mas também:
"Tarzan"
"XIII"
"Sin City"
"Charlie Brown" e "Snoopy", em volumes separados.
"Adam Teremtese", do frances Jean Effel, e a correspondente "Eva Teremtese".
Em versoes originais, adquiri:
a) de origem americana, a "Mad", bem fresca, com carimbo do corrente mes, com as séries habituais;
b) de origem francesa, a "Pif Gadget", nova série da já bem antiga revista, que tem para nós, bedéfilos portugueses veteranos, um interesse especial: Eduardo Teixeira Coelho colaborou nela durante anos, e nela voltara a colaborar recentemente.
A "Pif Gadget" chega aqui com atraso, mas chega, o que nao acontece em Portugal. Primeiro, vi o número 11, datado de Junho. Por pouco falhei a sorte de encontrar o nr. 1o, referente a Maio, onde foi publicada a derradeira banda desenhada de E.T.Coelho, falecido no último dia desse mes.
Na mesma livraria "Press", comprei o nr. 12, que trazia a seguinte nota, dirigida aos presumiveis jovens leitores, que passo a traduzir:
"Homenagem a Eduardo Coelho
Há alguns meses Eduardo Coelho tinha-te oferecido a sua última história, a de um lobo ferido sobrevivendo no Grande Norte canadiano.
Este extraordinário desenhador realista, nascido em 1919 em Portugal, faleceu no fim de Maio em Itália. Ele regalou os teus pais dando vida, na "Pif Gadget", a Robin des Bois, Le Furet, Ragnar le Viking, Erik le Rouge, Ayak...
Tu terás sem dúvida ocasiao de descobrir no teu magazine ou nos seus suplementos algumas das suas mais belas bandas desenhadas."
Ora isto quer dizer, obviamente, que a "Pif Gadget" se prepara para reeditar alguns episódios de séries desenhadas pelo nosso compatriota. Uma boa novidade, obtida por acaso aqui na Hungria.
Edicoes em idiomas estrangeiros:
Mangás em edicoes inglesas, em álbuns de boa apresentacao, de vários autores, nomeadamente de Gosho Aoyame, Takahashi Miyuki, Tajima.
Ainda em edicao inglesa, "Asterix", em álbuns similares aos editados em Portugal;
Em alemao, edicoes no formato tradicional, de "Micky Maus".
sexta-feira, setembro 16, 2005
Jovens Criadores fazem BD
A Rechena nao me disse, foi modesta, mas entretanto soube, via Net, que ela estará representada na BD, juntamente com Cátia Salgueiro, Daniela Reis, Rosa Baptista (3 mulheres 3) e Pedro Burin.
Desconheco o que tem de especial... Bom, antes de mais desculpe o eventual leitor deste "poste", mas o teclado do computador que estou a usar aqui na Hungria nao tem o c com cedilha, nem os sinais ortográficos til e acento circunflexo...
Como dizia, desconheco...
Dizendo doutra maneira afim de evitar o c sem cedilha: nao sei o que tem de especial hoje em dia o Clube Portugues Artes e Ideias para captar mais participacoes de desenhadoras-autoras de BD do que tinha há alguns anos, quando eu fiz parte do júri nos primeiros concursos. Ainda bem que assim está a acontecer, sinal de que as potenciais banda-desenhistas sao actualmente em maior quantidade, e estao mais desinibidas.
Esperemos que o CPAI repita na capital as exposicoes de BD, Ciber Arte, Ilustracao, Literatura, e também as outras. Lisboa merece.
sexta-feira, setembro 09, 2005
CNBDI - 5 anos em exposição
Pois é esse equipamento cultural da Câmara Municipal da Amadora, já com bem visível actividade no âmbito da BD, que se apresta para comemorar o seu 5º Aniversário, inaugurando os festejos no dia 14 deste mês de Setembro, às 19h00, exactamente no local onde funciona o CNBDI (Amadora, Av. do Brasil, 52A), que possui uma área exposicional de boas dimensões.
Será nesse espaço que irão estar visitáveis várias exposições, divididas em dois núcleos.
Num deles estará o acervo composto por pranchas originais adquiridas pelo CNBDI, outras doadas, da autoria de diversos autores.
Entre os portugueses, há obras de Eduardo Teixeira Coelho, José Garcês, José Ruy, Augusto Trigo, Artur Correia, José Carlos Fernandes, Miguel Rocha, João Fazenda.
No núcleo dos autores estrangeiros estarão patentes pranchas de autores que trabalharam argumentos de Alan Moore, bem como imagens realizadas por Lourenço Mutarelli, Luke Ross, Rick Veitch, Seth Fisher, e outros.
No outro núcleo haverá um panorama relativo às exposições que se foram realizando ao longo dos cinco anos que agora se comemoram.
Ao todo, no conjunto dos dois núcleos, os bedéfilos terão possibilidade de visionar uma suculenta retrospectiva composta por cerca de 50 originais, nos estilos mais diversificados.
A "rentrée" bedéfila apresenta-se prometedora.
Para quem ainda não conhece o espaço do CNBDI, que também funciona como Bedeteca e Fanzineteca, é um bom momento para ir até lá.
sábado, setembro 03, 2005
Tertúlia BD de Lisboa
sexta-feira, setembro 02, 2005
Fanzines, esses desconhecidos (IV) Tertúlia BDzine - Os temas propostos aos autores
Inicialmente muito irregular, passou a ser quase mensal nestes anos mais recentes.
Os temas que tem abrangido são bastante diversificados:
16. Poesia em banda desenhada
A abrangência dos temas (imaginados por este mesmo bloguista que daqui vos fala), e a qualidade dos autores/artistas colaboradores, entre consagrados e novos, tem tido bons resultados, quer no acolhimento obtido junto dos "tertulianos" leitores (vários estão a coleccioná-lo), mas também em termos de distinções obtidas exteriormente.
Efectivamente, o TertúliaBDzine foi premiado com o título de "Melhor Fanzine", nos anos 2003 e 2004, pelo Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora.
quinta-feira, setembro 01, 2005
Festivais,salões BD e afins - 1ª Mostra de Sintra de Banda Desenhada
Foi bem sucedida a experiência, realizada no primeiro domingo de Agosto, dedicada aos fanzines de banda desenhada, através de exposição e feira.
Teve apreciável número de visitantes, que demonstraram bastante curiosidade em relação àquele tipo de magazines ilustrados. Daí que se insista na iniciativa, mudando o esquema mas mantendo a BD como "leit-motiv".
Portanto, desta vez vai realizar-se a 1ª Mostra de Sintra de Banda Desenhada.
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Para uma Mostra de Banda Desenhada não há dimensões obrigatórias, depende do contexto em que se insere.
No respeitante a esta "1ª Mostra de Sintra de Banda Desenhada", que engloba extractos de obras de autores consagrados e novos, em face dos limites de espaço - uma simples sala do Cine-Teatro "O s Aliados" - e de tempo, apenas um dia -, seria mais apropriado baptizá-la de "Um Breve Olhar sobre a BD Portuguesa".
Com efeito, o que se patenteia aos visitantes insere-se nesse conceito, e é o seguinte:
1. Imagens digitalizadas, a cores, de pranchas de seis autores portugueses consagrados:
Eduardo Teixeira Coelho, Fernando Bento, José Garcês, José Ruy, Vítor Péon e Eugénio Silva.
2. Pranchas originais de três novos valores:
Álvaro, J. Mascarenhas e Gastão Travado.
Se os organizadores conseguirem mostrar, mensalmente, sínteses visuais semelhantes, isso fará com que os visitantes mais persistentes acabem por visionar um panorama razoavelmente representativo da Banda Desenhada em Portugal.
Esta Mostra insere-se na Feira Ecológica de Sintra. Ambos os eventos decorrem no Domingo, dia 4 de Setembro, entre as 10h00 e as 19h00.
A organização é da responsabilidade do trio:
Feira Ecológica de Sintra
Tertúlia BD de Lisboa
Grupo Extractus
Autor do cartaz da Mostra: Gastão Travado
Local: Cine-Teatro "Os Aliados" - São Pedro de Sintra
1000 VISITAS! HÁ FESTA NO BLOGUE!
Ao Fernando Relvas, que foi quem “decidiu”, lá na Croácia onde se encontra, que eu tinha de ter um blogue, e ele próprio o criou; (*)
Ao Pedro Lino, meu filho, que decidiu alterar a cor rósea com que o blogue tinha sido colorido pela mulher do Relvas, a Nina Govedarica, dando-lhe uma cor mais discreta, e de que eu também gosto mais; e também por ter criado, no dia 22 de Julho, um contador de visitas.
À Guida, empregada do Cybercafé da Avenida do Brasil, que me tem ajudado em pequenas dificuldades;
Ao Gastão Travado, que nestes últimos posts tem tomado a seu cargo a inclusão de imagens.
(*) Para seu castigo, o Relvas recebe na Croácia, sem eu nada fazer para tal, todos os posts do blogue (ainda por cima truncados, com caracteres e sinais ortográficos esquisitos pelo meio). Presumo, talvez erroneamente, que isso estará a acontecer pelo facto de o blogue ter sido criado por ele num computador croata -:)