Chester Gould, o criador da personagem Dick Tracy, desenhou-se a ser observado pelo seu próprio herói (desenho extraído do livro "Comics and their Creators")
Autocaricatura realizada pelo autor/artista Chester Gould em 1942, com a curiosidade de ter desenhado o seu próprio herói, Dick Tracy, a interpelá-lo com ar crítico, dizendo-lhe:
"Ouve, tem de haver mais acção - histórias melhores, legendagem mais curta (balões mais curtos) - e raparigas (personagens femininas) mais bonitas".
Nota do bloguista-editor: Já existe aqui no blogue a rubrica "O Autor dentro da BD" (com entradas em Nov.16 e Out.25 de 2005).
Como facilmente se depreende, na rubrica agora iniciada, a situação é diferente; a única semelhança com a anterior é o facto de o autor se apresentar em autocaricatura. Porque, neste novo enfoque, autor e personagem estão situados fora da banda desenhada.
segunda-feira, fevereiro 27, 2006
sábado, fevereiro 25, 2006
BD portuguesa em revistas não especializadas em BD - "Vega" - Autor: Richard Câmara
Reprodução parcial (uma prancha de um total de duas) do primeiro episódio da série "As Inusitadas Aventuras do Capitão Vega"
Continua-se nesta rubrica a manter o propósito de incluir aquelas revistas que, projectadas, cada uma delas, para a publicação dos mais díspares temas, dedicam algum espaço - normalmente uma página apenas - à BD.
Trata-se, neste caso, de uma publicação que se debruça sobre actividades marítimas. E, no meio do seu bem apresentado miolo, surge uma bd de duas pranchas, a cores.
Escrita e desenhada por Richard Câmara, a banda desenhada reproduzida nas páginas 74 e 75 deste número intitula-se "As Inusitadas Aventuras do Capitão Vega", com este primeiro episódio subtitulado "Camarões aos Milhões!"
Logicamente, e como os título e subtítulo deixam prever, o tema insere-se no ambiente marítimo.
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RICHARD CÂMARA
Síntese biobibliográfica
Richard Câmara nasceu na Bélgica, concretamente em Bruxelas, corria o ano de 1973. Tendo vindo para Portugal, licenciou-se em Arquitectura na Faculdade de Arquitectura, Universidade Técnica de Lisboa (1997).
Actualmente está a residir em Madrid, embora com frequentes regressos a Lisboa.
Foi bolseiro do Programa de Bolsas de Criação Literária do IPLB/MC - Instituto Português do Livro e das Bibliotecas do Ministério da Cultura, para um projecto de adaptação de contos tradicionais marroquinos em Banda Desenhada (2002/2003).
Possui Cursos de Cinema de Animação, Ilustração Infantil e Banda Desenhada do CITEN -Centro de Imagem e Técnicas Narrativas, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1998 - 2001).
Foi Monitor de "workshops" de Banda Desenhada para crianças e adultos com o CITEN e o Sector educativo do CAM - Centro de Arte Moderna, ambos pertencentes à Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (2002 - 2004).
Participou em concursos desde 1995, onde obteve várias distinções,designadamente:
Prémio BD "Melhor Argumento" e selecção para exposição no "Fumetto Internationale Comix - Festival de Luzern, Suiça (2004);
3º Prémio de Banda Desenhada no concurso "Cena d'Arte 2001", Lisboa (2001);
1º e 2º Prémios de Ilustração, no concurso "Ambiente", da Faculdade de Economia do I.S.C.T.E. (1997);
2º Prémio de BD no 1º Concurso Internacional "Cidades Geminadas", em Póvoa de Varzim (1996);
1º Prémio de Cartoon no 6º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora (1995).
Tem as seguintes bandas desenhadas publicadas em álbum:
"A Caixa Vermelha", sob argumento de Miguel Valverde, no álbum "Memórias 10" - Edição do CITEN, em 2005;
"BZZzzZT",na colecção Lx Comics, da Bedeteca de Lisboa, e "O Capuchinho Vermelho - na versão que as crianças mais gostam" (Edições Polvo), ambas em 2003;
Outros tipos de trabalho, essencialmente na área da Ilustração, estão dispersos por diversas publicações, entre as quais:
Diário de Notícias (DN Jovem), Expresso (Suplementos "Economia", "Vidas" e "Única"), Independente, Público (Edição Público Ilustrado) e Combate.
Colaboração, desde 2003, no fanzine de BD e Ilustração Milk & Wodka (Zurique);
Participação, em 2001, na Antologia Internacional de BD e Ilustração "Mutate & Survive".
Algumas das exposições para as quais teve obras seleccionadas:
Colectiva "As minhas primeiras 80 mil palavras: Dicionário Ilustrado", no 6º salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada (2005);
Individual referente à obra "O Capuchinho Vermelho", no Salão Lisboa (2003);
Colectiva do livro "BZZzzZT" na Bedeteca de Lisboa (2003);
BD e Ilustração "Mutate & Survive", da Associação Chili Com Carne (2001);
"40" International Knokke-Heist Cartoon Festival, Bélgica (2001)
Tem elementos biográficos publicados no "Catálogo de Autores de Banda Desenhada Portuguesa"), uma edição do CNBDI - Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem, Amadora.
Continua-se nesta rubrica a manter o propósito de incluir aquelas revistas que, projectadas, cada uma delas, para a publicação dos mais díspares temas, dedicam algum espaço - normalmente uma página apenas - à BD.
Trata-se, neste caso, de uma publicação que se debruça sobre actividades marítimas. E, no meio do seu bem apresentado miolo, surge uma bd de duas pranchas, a cores.
Escrita e desenhada por Richard Câmara, a banda desenhada reproduzida nas páginas 74 e 75 deste número intitula-se "As Inusitadas Aventuras do Capitão Vega", com este primeiro episódio subtitulado "Camarões aos Milhões!"
Logicamente, e como os título e subtítulo deixam prever, o tema insere-se no ambiente marítimo.
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RICHARD CÂMARA
Síntese biobibliográfica
Richard Câmara nasceu na Bélgica, concretamente em Bruxelas, corria o ano de 1973. Tendo vindo para Portugal, licenciou-se em Arquitectura na Faculdade de Arquitectura, Universidade Técnica de Lisboa (1997).
Actualmente está a residir em Madrid, embora com frequentes regressos a Lisboa.
Foi bolseiro do Programa de Bolsas de Criação Literária do IPLB/MC - Instituto Português do Livro e das Bibliotecas do Ministério da Cultura, para um projecto de adaptação de contos tradicionais marroquinos em Banda Desenhada (2002/2003).
Possui Cursos de Cinema de Animação, Ilustração Infantil e Banda Desenhada do CITEN -Centro de Imagem e Técnicas Narrativas, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1998 - 2001).
Foi Monitor de "workshops" de Banda Desenhada para crianças e adultos com o CITEN e o Sector educativo do CAM - Centro de Arte Moderna, ambos pertencentes à Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (2002 - 2004).
Participou em concursos desde 1995, onde obteve várias distinções,designadamente:
Prémio BD "Melhor Argumento" e selecção para exposição no "Fumetto Internationale Comix - Festival de Luzern, Suiça (2004);
3º Prémio de Banda Desenhada no concurso "Cena d'Arte 2001", Lisboa (2001);
1º e 2º Prémios de Ilustração, no concurso "Ambiente", da Faculdade de Economia do I.S.C.T.E. (1997);
2º Prémio de BD no 1º Concurso Internacional "Cidades Geminadas", em Póvoa de Varzim (1996);
1º Prémio de Cartoon no 6º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora (1995).
Tem as seguintes bandas desenhadas publicadas em álbum:
"A Caixa Vermelha", sob argumento de Miguel Valverde, no álbum "Memórias 10" - Edição do CITEN, em 2005;
"BZZzzZT",na colecção Lx Comics, da Bedeteca de Lisboa, e "O Capuchinho Vermelho - na versão que as crianças mais gostam" (Edições Polvo), ambas em 2003;
Outros tipos de trabalho, essencialmente na área da Ilustração, estão dispersos por diversas publicações, entre as quais:
Diário de Notícias (DN Jovem), Expresso (Suplementos "Economia", "Vidas" e "Única"), Independente, Público (Edição Público Ilustrado) e Combate.
Colaboração, desde 2003, no fanzine de BD e Ilustração Milk & Wodka (Zurique);
Participação, em 2001, na Antologia Internacional de BD e Ilustração "Mutate & Survive".
Algumas das exposições para as quais teve obras seleccionadas:
Colectiva "As minhas primeiras 80 mil palavras: Dicionário Ilustrado", no 6º salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada (2005);
Individual referente à obra "O Capuchinho Vermelho", no Salão Lisboa (2003);
Colectiva do livro "BZZzzZT" na Bedeteca de Lisboa (2003);
BD e Ilustração "Mutate & Survive", da Associação Chili Com Carne (2001);
"40" International Knokke-Heist Cartoon Festival, Bélgica (2001)
Tem elementos biográficos publicados no "Catálogo de Autores de Banda Desenhada Portuguesa"), uma edição do CNBDI - Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem, Amadora.
quarta-feira, fevereiro 22, 2006
Língua Portuguesa em mau estado: na BD, no Cartoon, nos Fanzines e na Internet (VII) - "Univos"?
"Univos", não; Uni-vos, sim.
Com a devida vénia ao autor e ao jornal Público, de cujo suplemento "O Inimigo Público" nº 126, de 17 de Fevereiro, se reproduz o cartune visível acima.
Que, antes de mais, fique claro: tenho grande consideração ao nível artístico (bem como pessoal) pelo banda-desenhista e cartunista Nuno Saraiva.
Isto não impede que chame a atenção para o erro constante da frase "Ricos e Pensionistas Univos!".
Pode parecer apenas gralha, mas eu conheço o rapaz Saraiva há muitos anos, e sei como ele esgota a concentração no desenho, e se balda por vezes no texto.
Se eu fizesse pontaria para toda a legendagem de "Filosofia de Ponta", obra bem escrita, literariamente falando, pelo saudoso Júlio Pinto...
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"Post" remissivo
Deste mesmo tema há 6 "posts" afixados anteriormente, nas seguintes datas:
2005 - Out. 27 - "vê-mo-nos"; Nov.12 - "pareçe"; "esqueçendo"; Nov. 28 - "gingeira";
Dez.11 - "Benvindos"; 2006, Jan.7 - "Inflacção"; Jan. 16 - "Uma" fanzine;
Etiquetas:
Lingua (Língua) portuguesa em mau estado
segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Fanzines, esses desconhecidos (IX) -Tertúlia Lisboa dos Fanzines - Encontro de 21 Fevereiro
Fanzines, esses F(8 Capa do livro The World of Fanzines, de Fredric Wertham
Amanhã, terceira 3ª feira do mês, é dia de encontro de fanzinistas - editores de fanzines, antigos ou actuais, e autores/colaboradores deste tipo de magazines.
Como tema de conversa levarei o livro The World of Fanzines: A Special Form of Communication - uma raridade, que tive a sorte de conseguir comprar à "Amazon" (sob as instruções técnicas do amigo J.J.Monsanto, que me ajudou a preencher os requisitos exigidos), em Março de 1999, pelo preço-pechincha de US$35.99, mais 5.95 de transporte de Seattle para Lisboa. Um momento inesquecível quando recebi o livro!
Acerca do livro e do seu famoso autor, Fredric Wertham - com triste fama no mundo da Banda Desenhada -, direi mais alguma coisa no meu outro blogue fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com
Amanhã, terceira 3ª feira do mês, é dia de encontro de fanzinistas - editores de fanzines, antigos ou actuais, e autores/colaboradores deste tipo de magazines.
Como tema de conversa levarei o livro The World of Fanzines: A Special Form of Communication - uma raridade, que tive a sorte de conseguir comprar à "Amazon" (sob as instruções técnicas do amigo J.J.Monsanto, que me ajudou a preencher os requisitos exigidos), em Março de 1999, pelo preço-pechincha de US$35.99, mais 5.95 de transporte de Seattle para Lisboa. Um momento inesquecível quando recebi o livro!
Acerca do livro e do seu famoso autor, Fredric Wertham - com triste fama no mundo da Banda Desenhada -, direi mais alguma coisa no meu outro blogue fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com
sábado, fevereiro 18, 2006
Revistas com Banda Desenhada (I) - Periférica
Os três primeiros passos, de um total de dez, para escrever um romance à maneira de António Lobo Antunes
Não há, neste momento, aquilo a que se possa chamar com propriedade, uma revista de banda desenhada - com periodicidade, distribuição a nível nacional, colaboradores remunerados, trabalhos gráficos sem ar de improvisos desgarrados -, pese embora a existência de algumas publicações que se autoproclamam dentro desse âmbito.
Mas há várias revistas que, não sendo da especialidade, inserem alguma BD entremeada com textos ficcionais e outros, de índole diferente.
É o que acontece na revista Periférica - Ano IV - Nº 14 - Inverno de 2006, na rubrica "Manual de Instruções para Crimes Banais", nas páginas 48 e 49, onde aparece o tema "Escreva o seu próprio romance Lobo Antunes em apenas dez passos", sendo de Hugo Pena o desenho, e de Jorge Pedro Ferreira o argumento.
A forma como foi planificada a apresentação da peça, com vinhetas sobre textos didascálicos, seguindo as imagens uma sequência visível - mesmo que algo espaçada -, permite classificá-la como banda desenhada ao limite.
Dela se reproduzem, remontadas, três vinhetas de um total de dez. Apenas um acepipe para quem quiser ver a peça inteira...
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À laia de posfácio...
Na pequena aldeia de Vilarelho, Concelho de Vila Pouca de Aguiar, na parte Sul da Serra de Padrela, planalto de Jales, escondida neste Portugalito, editou-se uma revista denominada "Periférica". E, considerando que os focos culturais mais intensos do dito cujo pequenino país, são Lisboa e Porto, o local donde ela emergiu pertence à periferia da cultura, teoricamente falando.
Contrariando tal hipótese, ali nasceu a Periférica, que teve quatro anos de vida, período de tempo que tanto se pode considerar longo, como curto - tem tudo a ver com o habitual período de vida das revistas culturais. Até mesmo entre as que se editam nas urbes mais importantes do país, poucas são as que sobrevivem muito tempo (e se sobrevivem, é porque estão amparadas a entidades sólidas, tipo "Vértice" e Editorial Caminho).
Assisti, em Lisboa, em pleno Bairro Alto, na saudosa livraria "Ler Devagar", à apresentação da revista. Não me recordo do nome das pessoas que lá estiveram a falar acerca da novel publicação, dos seus propósitos e esperanças.
Claro que não perdi a ocasião de lhes perguntar se a banda desenhada também seria contemplada nas páginas da Periférica. Responderam que sim, embora com parcimónia. E assim aconteceu.
Neste derradeiro número publicado, além das tiras que reproduzi (parcialmente) aqui no blogue, na entrada que fiz ontem, e da bd que mencionei, feita em oito pranchas por Pascal Thivillon, houve ainda espaço para uma bd em duas pranchas (num total de dez vinhetas), dedicadas, em tom satírico, ao processo literário de António Lobo Antunes, de que reproduzo um curtíssimo excerto de três imagens.
Para se perceber que não se trata de uma especial animosidade contra aquele escritor, antes uma caricatura abrangente, anunciava-se - para um próximo número que já não será publicado - "receita para a escrita do seu romance Saramago em apenas nove passos".
Quanto eu gostaria de ver mais essa lição do bem imaginado "Manual de Instruções para Crimes Banais".
Não há, neste momento, aquilo a que se possa chamar com propriedade, uma revista de banda desenhada - com periodicidade, distribuição a nível nacional, colaboradores remunerados, trabalhos gráficos sem ar de improvisos desgarrados -, pese embora a existência de algumas publicações que se autoproclamam dentro desse âmbito.
Mas há várias revistas que, não sendo da especialidade, inserem alguma BD entremeada com textos ficcionais e outros, de índole diferente.
É o que acontece na revista Periférica - Ano IV - Nº 14 - Inverno de 2006, na rubrica "Manual de Instruções para Crimes Banais", nas páginas 48 e 49, onde aparece o tema "Escreva o seu próprio romance Lobo Antunes em apenas dez passos", sendo de Hugo Pena o desenho, e de Jorge Pedro Ferreira o argumento.
A forma como foi planificada a apresentação da peça, com vinhetas sobre textos didascálicos, seguindo as imagens uma sequência visível - mesmo que algo espaçada -, permite classificá-la como banda desenhada ao limite.
Dela se reproduzem, remontadas, três vinhetas de um total de dez. Apenas um acepipe para quem quiser ver a peça inteira...
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À laia de posfácio...
Na pequena aldeia de Vilarelho, Concelho de Vila Pouca de Aguiar, na parte Sul da Serra de Padrela, planalto de Jales, escondida neste Portugalito, editou-se uma revista denominada "Periférica". E, considerando que os focos culturais mais intensos do dito cujo pequenino país, são Lisboa e Porto, o local donde ela emergiu pertence à periferia da cultura, teoricamente falando.
Contrariando tal hipótese, ali nasceu a Periférica, que teve quatro anos de vida, período de tempo que tanto se pode considerar longo, como curto - tem tudo a ver com o habitual período de vida das revistas culturais. Até mesmo entre as que se editam nas urbes mais importantes do país, poucas são as que sobrevivem muito tempo (e se sobrevivem, é porque estão amparadas a entidades sólidas, tipo "Vértice" e Editorial Caminho).
Assisti, em Lisboa, em pleno Bairro Alto, na saudosa livraria "Ler Devagar", à apresentação da revista. Não me recordo do nome das pessoas que lá estiveram a falar acerca da novel publicação, dos seus propósitos e esperanças.
Claro que não perdi a ocasião de lhes perguntar se a banda desenhada também seria contemplada nas páginas da Periférica. Responderam que sim, embora com parcimónia. E assim aconteceu.
Neste derradeiro número publicado, além das tiras que reproduzi (parcialmente) aqui no blogue, na entrada que fiz ontem, e da bd que mencionei, feita em oito pranchas por Pascal Thivillon, houve ainda espaço para uma bd em duas pranchas (num total de dez vinhetas), dedicadas, em tom satírico, ao processo literário de António Lobo Antunes, de que reproduzo um curtíssimo excerto de três imagens.
Para se perceber que não se trata de uma especial animosidade contra aquele escritor, antes uma caricatura abrangente, anunciava-se - para um próximo número que já não será publicado - "receita para a escrita do seu romance Saramago em apenas nove passos".
Quanto eu gostaria de ver mais essa lição do bem imaginado "Manual de Instruções para Crimes Banais".
sexta-feira, fevereiro 17, 2006
Blogues aos quadradinhos
Com a devida vénia a quem de direito, reproduzem-se neste "post" excertos de duas tiras (verticais), não assinadas, mas cujo estilo é exactamente o mesmo da bd "Lado a Lado" (oito pranchas a preto e branco), onde é indicado Pascal Thivillon como autor.
As duas tiras (que, completas, são compostas por quatro vinhetas cada), tal como a bd "lado a Lado", são reproduzidas na revista "Periférica" (www.periferica.org) nº 14 - Inverno de 2006, sua derradeira aparição.
"E pronto". A frase é explícita, e completa a excelente composição da capa do derradeiro número da revista Periférica, dando exactamente esse ar de algo que acaba nesse preciso momento. Ou que, por agora, nada mais há a fazer.
"Periférica", por insólito que pareça, foi propriedade do Grupo Desportivo e Cultural de Vilarelho, caso único em Portugal de uma revista de muito bom nível, tanto gráfico como de conteúdo, editada numa quase improvável localidade, praticamente posta no mapa pessoal de cada um dos seus leitores pela existência da periférica publicação.
Tendo em atenção as suas intenções literárias, culturais e artísticas, sem nada a ver com a Banda Desenhada, pode dizer-se que esta teve nas suas páginas um espaço, embora exíguo,inquestionavelmente digno.
Aliás, a "Periférica" ainda voltará a este blogue, exactamente devido a outra colaboração verbo/icónica (do verbo encarregou-se Jorge Pedro Ferreira, a componente icónica teve a autoria de Hugo Pena) que, não sendo linearmente banda desenhada, dela está muito próxima.
terça-feira, fevereiro 14, 2006
Jornais com Banda Desenhada (IV) - Mundo Universitário - 13 Fev. - Autora: Andreia Rechena
Uma banda desenhada de estética próxima da corrente alternativa
Número 30, o mais recente do quinzenário gratuito "Mundo Universitário", inclui uma banda desenhada cujo tema, basicamente, é o amor. Ou não datasse esta edição do jornal de 13 de Fevereiro, véspera do "dia dos namorados".
Claro que no mundo imaginário da autora/artista Andreia Rechena (primeira mulher a colaborar nesta página do M.U. dedicada à BD) abundam as figuras misteriosas, e a personagem feminina da banda desenhada O Amor é cego, a obsessão um bocadinho vesga oscila entre um ser demoníaco - com a cabeça de serpente a sair-lhe das costas -, e o robô, isto por causa dos fios metálicos e respectivas fichas que se lhe ligam ao corpo. Qual das componentes será mais forte? Ou estaremos perante um misto de ambas as coisas? Só a criadora deste ser atraente mas misterioso poderá esclarecer o intrigante dualismo.
A única certeza que podemos ter é a de que o jovem, que tantos anos sonhou com aquela "rapariga", não faz ideia do que está iminente acontecer-lhe.
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Andreia Sofia Dionísio Rechena, cujo nome artístico ainda oscila entre A Rechena (assim mesmo, sem ponto a seguir à letra inicial) e aquele com que, desta vez, assinou a presente bd, nasceu em Monsanto, Idanha-a-Nova, em Maio de 1979.
Já participou em concursos:
Amadora, duas vezes, uma delas tendo obtido uma menção honrosa, e no organizado pelos Jovens Criadores, onde foi incluída na selecção final e na correspondente exposição.
Em exposições, teve pranchas na intitulada "Urbe Fiction", organizada em Almada, no local expositivo do "Ponto de Encontro", pertencente ao Centro Cultural; no CEM - Centro em Movimento, em duas mostras individuais, uma de BD, outra de Ilustração; numa outra organizada pelo CITEN, do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian; nas exposições terminais dos concursos do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, bem como da colectiva concernente ao Concurso dos Jovens Criadores, realizada em Amarante.
Tem bandas desenhadas reproduzidas nas seguintes publicações:
BD Jornal, fanzines Tertúlia BDzine e Cyber Extractus. Acrescente-se agora: uma bd no jornal Mundo Universitário. Tem igualmente bedês publicadas nos blogues "Zarzanga" e "Caixa de Fósforos".
Na área da Ilustração, colaborou nos fanzines Funzip e Windigo. Ilustrou também o Mapa de Actividades Infantis do CEM, fez uma colecção de postais para o Festival de Banda Desenhada de Pinhal Novo e, desde 2004, faz ilustrações para a "Agenda Lunar" editada na Lousã por Susana Martins.
Número 30, o mais recente do quinzenário gratuito "Mundo Universitário", inclui uma banda desenhada cujo tema, basicamente, é o amor. Ou não datasse esta edição do jornal de 13 de Fevereiro, véspera do "dia dos namorados".
Claro que no mundo imaginário da autora/artista Andreia Rechena (primeira mulher a colaborar nesta página do M.U. dedicada à BD) abundam as figuras misteriosas, e a personagem feminina da banda desenhada O Amor é cego, a obsessão um bocadinho vesga oscila entre um ser demoníaco - com a cabeça de serpente a sair-lhe das costas -, e o robô, isto por causa dos fios metálicos e respectivas fichas que se lhe ligam ao corpo. Qual das componentes será mais forte? Ou estaremos perante um misto de ambas as coisas? Só a criadora deste ser atraente mas misterioso poderá esclarecer o intrigante dualismo.
A única certeza que podemos ter é a de que o jovem, que tantos anos sonhou com aquela "rapariga", não faz ideia do que está iminente acontecer-lhe.
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Andreia Sofia Dionísio Rechena, cujo nome artístico ainda oscila entre A Rechena (assim mesmo, sem ponto a seguir à letra inicial) e aquele com que, desta vez, assinou a presente bd, nasceu em Monsanto, Idanha-a-Nova, em Maio de 1979.
Já participou em concursos:
Amadora, duas vezes, uma delas tendo obtido uma menção honrosa, e no organizado pelos Jovens Criadores, onde foi incluída na selecção final e na correspondente exposição.
Em exposições, teve pranchas na intitulada "Urbe Fiction", organizada em Almada, no local expositivo do "Ponto de Encontro", pertencente ao Centro Cultural; no CEM - Centro em Movimento, em duas mostras individuais, uma de BD, outra de Ilustração; numa outra organizada pelo CITEN, do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian; nas exposições terminais dos concursos do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, bem como da colectiva concernente ao Concurso dos Jovens Criadores, realizada em Amarante.
Tem bandas desenhadas reproduzidas nas seguintes publicações:
BD Jornal, fanzines Tertúlia BDzine e Cyber Extractus. Acrescente-se agora: uma bd no jornal Mundo Universitário. Tem igualmente bedês publicadas nos blogues "Zarzanga" e "Caixa de Fósforos".
Na área da Ilustração, colaborou nos fanzines Funzip e Windigo. Ilustrou também o Mapa de Actividades Infantis do CEM, fez uma colecção de postais para o Festival de Banda Desenhada de Pinhal Novo e, desde 2004, faz ilustrações para a "Agenda Lunar" editada na Lousã por Susana Martins.
segunda-feira, fevereiro 13, 2006
Banda Desenhada estrangeira nos jornais (I) Calvin & Hobbes no Dia dos Namorados
ALGO DE ESTRANHO ACONTECEU AQUI. O "POST" ORIGINAL TINHA UM TEXTO ACERCA DE CALVIN & HOBBES, COM AS RESPECTIVAS IMAGENS,
HOJE, 2 SET.2013 PASSEI POR AQUI E VI QUE ESSE "POST" TINHA SIDO SUBSTITUÍDO (POR QUEM? PORQUÊ? COMO?
As Aventuras de Rock Rivers é o título da banda desenhada que vai começar a ser publicada, já no próximo sábado, dia 14 de Abril, no jornal Diário de Notícias.
É uma iniciativa ligada ao festival "Rock in Rio", como se depreende pelo título.
O argumentista da bd é Carles Santamaria (jornalista, director do Salão Internacional de Banda Desenhada de Barcelona, desde 2005), e faz equipa com o desenhador Pere Pérez, ambos a desenvolverem uma trama em que, além do herói Rock Rivers, também entra um tal Hellvansinger ("cantor do diabo"?), o mau da fita, ou melhor, da bd, para fazer a vida negra ao nosso herói.
E o que tem bastante originalidade é o facto de os leitores do jornal serem convidados a participar no desenvolvimento da trama.
Pronto, lá terei de, no próximo sábado, comprar o DN em vez do Público...
Aqui fica a novidade, a iniciar nova rubrica neste blogue. Entretanto, quem quiser saber mais novidades, pode consegui-lo no endereço
http://rockinriolisboa.sapo.pt/noticias/as-aventuras-de-rock-rivers-banda-desenhada-com-acao-intriga-e-conspiracao
Até dá direito a visionar um animado vídeo, com entrevista aos autores, em que entra também a charmosa Roberta Medina. Vale a pena ir até lá.
sábado, fevereiro 11, 2006
Autógrafos desenhados (III) - Autor: Quino
Desenho original realizado por Quino de improviso - Outubro de 1980, no bar do Hotel Napoleon, Lucca, Itália
Estávamos (eu e os meus amigos Vasco Granja e António Alfaiate) em Itália, na pequena cidade fortificada de Lucca, não muito longe de Pisa e Florença, na Toscana.
Lucca tinha sido a iniciante, em 1966, dos eventos dedicados à Banda Desenhada. Em 1980, realizava-se o décimo-quarto Salone Internazionale dei Comics (o termo tradicional é fumetto, fumetti no plural, mas para baptizarem o Salão de forma mais internacional, usaram "comics"), e como não era apenas a BD em causa, acrescentaram ao título del Cinema d'Animazione e dell'Illustrazione. Todavia, de forma bem mais sintética, escreviam nesse ano Lucca 14.
Com deslumbramento, em especial pela minha parte (o António Alfaiate já era quase "veterano" nestas andanças), eu ia ouvindo os nomes dos autores presentes, em conversas de acaso, ou nos debates, colóquios e mesas redondas.
O contacto casual com Quino, a simpatia personificada, foi um momento inesquecível. Também havia uma coisa que facilitava a comunicação entre ambos: já por essa altura eu dominava razoavelmente o idioma espanhol (castelhano, na realidade), língua materna dele.
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QUINO
Síntese biográfica
Joaquin Salvador Lavado, conhecido pelo nome artístico de Quino, nasceu em Mendoza, Argentina, em Julho de 1932, tendo passado a viver em Buenos Aires, aos vinte e dois anos de idade.
Os seus inícios foram como ilustrador humorístico, até que, em 1964, se inicia na banda desenhada com a criação de Mafalda.
Por estranho que pareça aos incomensuráveis admiradores da personagem e da série, Quino decidiu abandoná-las em 1973. E até hoje, manteve-se inamovível da decisão.
Portanto, Mafalda "viveu" apenas nove anos, os suficientes para que, ainda hoje, os seus livros se continuem a vender.
Quino já esteve em Portugal, na Amadora e em Lisboa, e não houve quase ninguém que não lhe perguntasse pela Mafalda, a menina precoce e contestatária que mantinha com os pais e amigos da sua idade diálogos que, no fundo, tinham a ver com o tipo de problemática característica dos adultos que se preocupam com o que se passa à sua volta.
Claro que a série, sempre conhecida pelo nome da personagem principal, está protagonizada por várias crianças que, tal como Mafalda, fazem observações ou perguntas perturbantes aos adultos, como acontece na série Peanuts ou, mais tarde, com Calvin & Hobbes.
É esse o sortilégio de tais séries, que ganham uma dimensão crítica de que só se apercebe quem as conhece bem, e quem as lê atentamente.
Um exemplo disso é o seguinte diálogo entre o pequeno Joaquin e o avô:
-"Abuelo... tu casa es tuya, no? - pergunta Joaquin.
-Por supuesto, la compré quando iba a nacer tu papá.
-Es decir que antes te podias comprar un caserón y ahora papá sólo puede alquiar este departamentito de mala muerte.
-Era otra economia antes, nene.
-Abuelo, te puedo hacer otra pergunta?
-Para eso estoy, Joaquincito, a ver...
-Po qué los otros países mejoraran y éste empeoró? Por qué dejaste que nos hicieran esto?"
Será que aquela personagem criada por Quino estava a falar da Argentina ou de Portugal?
Estávamos (eu e os meus amigos Vasco Granja e António Alfaiate) em Itália, na pequena cidade fortificada de Lucca, não muito longe de Pisa e Florença, na Toscana.
Lucca tinha sido a iniciante, em 1966, dos eventos dedicados à Banda Desenhada. Em 1980, realizava-se o décimo-quarto Salone Internazionale dei Comics (o termo tradicional é fumetto, fumetti no plural, mas para baptizarem o Salão de forma mais internacional, usaram "comics"), e como não era apenas a BD em causa, acrescentaram ao título del Cinema d'Animazione e dell'Illustrazione. Todavia, de forma bem mais sintética, escreviam nesse ano Lucca 14.
Com deslumbramento, em especial pela minha parte (o António Alfaiate já era quase "veterano" nestas andanças), eu ia ouvindo os nomes dos autores presentes, em conversas de acaso, ou nos debates, colóquios e mesas redondas.
O contacto casual com Quino, a simpatia personificada, foi um momento inesquecível. Também havia uma coisa que facilitava a comunicação entre ambos: já por essa altura eu dominava razoavelmente o idioma espanhol (castelhano, na realidade), língua materna dele.
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QUINO
Síntese biográfica
Joaquin Salvador Lavado, conhecido pelo nome artístico de Quino, nasceu em Mendoza, Argentina, em Julho de 1932, tendo passado a viver em Buenos Aires, aos vinte e dois anos de idade.
Os seus inícios foram como ilustrador humorístico, até que, em 1964, se inicia na banda desenhada com a criação de Mafalda.
Por estranho que pareça aos incomensuráveis admiradores da personagem e da série, Quino decidiu abandoná-las em 1973. E até hoje, manteve-se inamovível da decisão.
Portanto, Mafalda "viveu" apenas nove anos, os suficientes para que, ainda hoje, os seus livros se continuem a vender.
Quino já esteve em Portugal, na Amadora e em Lisboa, e não houve quase ninguém que não lhe perguntasse pela Mafalda, a menina precoce e contestatária que mantinha com os pais e amigos da sua idade diálogos que, no fundo, tinham a ver com o tipo de problemática característica dos adultos que se preocupam com o que se passa à sua volta.
Claro que a série, sempre conhecida pelo nome da personagem principal, está protagonizada por várias crianças que, tal como Mafalda, fazem observações ou perguntas perturbantes aos adultos, como acontece na série Peanuts ou, mais tarde, com Calvin & Hobbes.
É esse o sortilégio de tais séries, que ganham uma dimensão crítica de que só se apercebe quem as conhece bem, e quem as lê atentamente.
Um exemplo disso é o seguinte diálogo entre o pequeno Joaquin e o avô:
-"Abuelo... tu casa es tuya, no? - pergunta Joaquin.
-Por supuesto, la compré quando iba a nacer tu papá.
-Es decir que antes te podias comprar un caserón y ahora papá sólo puede alquiar este departamentito de mala muerte.
-Era otra economia antes, nene.
-Abuelo, te puedo hacer otra pergunta?
-Para eso estoy, Joaquincito, a ver...
-Po qué los otros países mejoraran y éste empeoró? Por qué dejaste que nos hicieran esto?"
Será que aquela personagem criada por Quino estava a falar da Argentina ou de Portugal?
sexta-feira, fevereiro 10, 2006
Castelos na Banda Desenhada (VII) - Os fictícios - Autor: F.de Felipe
Esta imagem pertence a El Hombre que Rie, obra em Banda Desenhada da autoria de F. de Felipe, baseada no romance "O Homem Que Ri", de Victor Hugo.
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FERNANDO DE FELIPE
Síntese biobibliográfica
Fernando de Felipe Allué, Saragoça, 1965.
Autor de BD residente em Barcelona, onde lecciona cinematografia.
Participou no Bustrófedon, grupo renovador da banda desenhada aragonesa, nos anos oitenta.
F. de Felipe, nome artístico que usa para assinar as suas bandas desenhadas, é um autor essencialmente interessado em temas de ficção científica, o que não o tem impedido de entrar noutros géneros.
A obra escrita por Victor Hugo El Hombre Que Rie, com guião/adaptação literária de sua lavra, foi inicialmente publicada na revista Zona 84, entretanto deixada de publicar por Toutain Editor, o mesmo que lançou o álbum donde foi extraída a vinheta acima reproduzida, cuja vem aumentar a respectiva série temática constante deste blogue.
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"Post" remissivo
Neste tema "Castelos na Banda Desenhada" podem ser vistas imagens de castelos reais e fictícios dos seguintes autores:
(I) Fictício - António Vaz Pereira
(II) Faro - José Garcês
(III) Trancoso - Santos Costa
(IV) Fictício - Harold Foster
(V) Fictício - José Morim
(VI) Fictício - Moebius
quinta-feira, fevereiro 09, 2006
1º Concurso de banda desenhada infanto-juvenil de Colares - Regulamento (e não só)
É a primeira vez (que eu saiba) que, em Colares, se realiza um concurso de banda desenhada, com a especial característica de ser direccionada a uma faixa etária específica, a que engloba apenas as crianças e os adolescentes.
O que significa que o concurso estará acessível a duas faixas etárias, sendo o das crianças (1º escalão) destinado a quem tenha entre 8 e 11 anos, e o dos adolescentes (2º escalão) aos candidatos com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos.
O que significa que o concurso estará acessível a duas faixas etárias, sendo o das crianças (1º escalão) destinado a quem tenha entre 8 e 11 anos, e o dos adolescentes (2º escalão) aos candidatos com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos.
Este concurso vai ser efectuado de uma forma bastante original, creio até que será o primeiro em Portugal com este "modus faciendi": os concorrentes ficarão reunidos no dia 4 de Março nas instalações do Sport União Colarense (Largo de Colares, junto à Igreja Matriz), entre as 9 horas da manhã e as 13h30, hora a que serão recolhidas as bandas desenhadas nesse período de tempo.
Uma informação importante: o tema é livre.
Claro que os concorrentes já podem levar as ideias bem arrumadas na cabeça, a tarefa a realizar na prática será a de as transformarem em imagens sequenciais.
O tempo que cada concorrente terá para a concretização da banda desenhada é, portanto, apenas quatro horas e meia, mas a organização apenas indica como sendo quatro o número máximo de pranchas (formato A4) e não indica o mínimo, o que significa que pode ser apenas uma prancha, a cores ou a preto e branco.
Haverá prémios para as três melhores bandas desenhadas, seleccionadas por um júri composto por Paulo Marques, novel autor/artista de BD, Filipa Vaz, estudante do 4º ano de Belas Artes, Fernando Wintermantel, organizador da Feira Ecológica de Sintra e o editor do blogue que está agora a visitar.
O prémio mais valioso será o que consiste na publicação das bedês no "site" Entropia, um sítio de divulgação artística. Claro que dos resultados do concurso, incluindo o nome dos vencedores, se dará aqui notícia.
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Mas o evento tem mais que se lhe diga.
Após a finalização das bandas desenhadas, às 13h30, haverá intervalo para almoço.
Depois, às 15h00, os concorrentes e acompanhantes poderão assistir, gratuitamente, ao espectáculo "Que Sensação", um musical baseado na peça "Wicked", da Broadway, interpretado por Fátima Mota e Márcio Inácio, membros da Associação Primo Canto.
Claro que esta versão será muito simples e bem mais curta - durará apenas 20 minutos! - e é essencialmente dirigido às crianças, mas de igual modo agradará aos adolescentes e aos adultos.
Pelas 16h00 será o momento de anunciar os nomes dos vencedores, e ser-lhes-ão entregues os respectivos prémios.
Esta iniciativa artística e cultural teve a inestimável colaboração da Alagamares, Associação Cultural com sede exactamente em Galamares.
quarta-feira, fevereiro 08, 2006
Jornais com Banda Desenhada (III) - Mundo Universitário - 30 Jan. - Uma b.d. de Derradé
Bubas, personagem caricatural da autoria de Derradé, numa cena inserida no contexto universitário
Quarenta mil exemplares é a tiragem do jornal Mundo Universitário. Como aqui já foi mencionado, trata-se de um quinzenário com distribuição gratuita nas universidades de todo o país.
A 30 de Janeiro saíu mais um número, o 29, onde aparece reproduzida uma bd de índole caricatural, localizada no universo estudantil universitário. "Derradé", o autor, teve pois a preocupação de ambientar o episódio no ambiente onde o jornal é lido.
Tendo em conta a vasta massa de leitores do Mundo Universitário, esta página dedicada à BD tem, inquestionavelmente, um grande interesse para a divulgação da arte da Figuração Narrativa.
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"Derradé" é um pseudónimo extraído das iniciais D.R.D., correspondentes a Dário Rui Duarte, nome quase completo deste autor. Para se completar, falta escrever André antes de Duarte, o que significa estarmos perante alguém que se identifica por quatro nomes próprios, quatro!
Dário Rui André Duarte, lisboeta desde Outubro de 1971, é autor que privilegia o humor, tanto no desenho, caricatural, como nos temas satíricos que prefere.
"Derradé", autor completo da personagem Bubas (escreve os argumentos e traça os desenhos), nem sempre fez cartunes ou bandas desenhadas sozinho. De facto, ele trabalhou bastante em parceria com o argumentista "Geral" (ou melhor: Mário Cavaco), mas também no mesmo registo humorístico.
Não por acaso, ambos foram editores do "The Badsummerboy's Fanzine", e fundaram as "Produções de Marda" (nada de confusões: "Mar" de Mário Cavaco, "Da" de Dário:-), das quais saíu o "slimzine" "www", sendo ele a solo o editor de outro "slimzine", o "Stress".
Durante muito tempo colaborou, sob argumentos de "Geral", no jornal regional Notícias de Alverca, de onde extraíu as tiras de bd para o fanzine "In Prensa".
"Derradé" tem uma licenciatura em Matemáticas Aplicadas o que, obviamente, nada tem a ver com o seu jeito inato para o desenho, nem tão-pouco para o senso de humor que destilam as suas bedês.
Quarenta mil exemplares é a tiragem do jornal Mundo Universitário. Como aqui já foi mencionado, trata-se de um quinzenário com distribuição gratuita nas universidades de todo o país.
A 30 de Janeiro saíu mais um número, o 29, onde aparece reproduzida uma bd de índole caricatural, localizada no universo estudantil universitário. "Derradé", o autor, teve pois a preocupação de ambientar o episódio no ambiente onde o jornal é lido.
Tendo em conta a vasta massa de leitores do Mundo Universitário, esta página dedicada à BD tem, inquestionavelmente, um grande interesse para a divulgação da arte da Figuração Narrativa.
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"Derradé" é um pseudónimo extraído das iniciais D.R.D., correspondentes a Dário Rui Duarte, nome quase completo deste autor. Para se completar, falta escrever André antes de Duarte, o que significa estarmos perante alguém que se identifica por quatro nomes próprios, quatro!
Dário Rui André Duarte, lisboeta desde Outubro de 1971, é autor que privilegia o humor, tanto no desenho, caricatural, como nos temas satíricos que prefere.
"Derradé", autor completo da personagem Bubas (escreve os argumentos e traça os desenhos), nem sempre fez cartunes ou bandas desenhadas sozinho. De facto, ele trabalhou bastante em parceria com o argumentista "Geral" (ou melhor: Mário Cavaco), mas também no mesmo registo humorístico.
Não por acaso, ambos foram editores do "The Badsummerboy's Fanzine", e fundaram as "Produções de Marda" (nada de confusões: "Mar" de Mário Cavaco, "Da" de Dário:-), das quais saíu o "slimzine" "www", sendo ele a solo o editor de outro "slimzine", o "Stress".
Durante muito tempo colaborou, sob argumentos de "Geral", no jornal regional Notícias de Alverca, de onde extraíu as tiras de bd para o fanzine "In Prensa".
"Derradé" tem uma licenciatura em Matemáticas Aplicadas o que, obviamente, nada tem a ver com o seu jeito inato para o desenho, nem tão-pouco para o senso de humor que destilam as suas bedês.
sábado, fevereiro 04, 2006
Tertúlia BD de Lisboa - XX Ano - 255º Encontro - 7 Fevereiro 2006
Capa do álbum que contém 45 episódios a cores de O Patinho e os seus amigos - Autor: Rui Cardoso
Com a presença especial de Rui Cardoso (*), autor com obra publicada inicialmente em revista, depois em álbum, sob o título O Patinho e os seus amigos, e projectada na televisão (quem não conhece a série televisiva Os Patinhos, de cariz infantil?), estaremos, em boa confraternização bedéfila, no Parque Mayer, a fim de prestarmos destaque público, informal, a um autor de banda desenhada infantil, um quadrante da arte da Figuração Narrativa nem sempre devidamente valorizado.
Lá estaremos, no espaço possível, um restaurante, para uns tantos - costumam ser cerca de quarenta pessoas - nos reunirmos. Quando digo "espaço possível", tenho de esclarecer o que quero dizer.
E o que quero dizer é o seguinte: a minha ideia inicial - quase utópica, por implicar investimento económico mensal praticamente impossível de obter - era a de organizar uma reunião mensal num espaço onde houvesse uma mesa e uma cadeira em cima de um estrado, para o autor que fosse o homenageado ficar bem visível para todos os presentes, que se sentariam numa espécie de plateia a ouvi-lo e, no fim, a dialogar com ele. Digamos, um colóquio mensal, que duraria para aí cerca de duas horas.
Para isso seria necessário alugar um espaço, primeira dificuldade. Depois, teria de ser num período de tempo antes ou depois do jantar, num dia útil (fim de semana não, porque, em especial no verão, há sempre saídas de Lisboa).
Se fosse antes de jantar, a começar aí por volta das sete da tarde, a maior parte dos participantes começaria a debandar quando se aproximassem as oito, hora de ir para casa, para a refeição em família, ou outra coisa qualquer.
Se o encontro fosse marcado para as nove, nove e meia da noite, em dias de invernia só lá estaria meia dúzia de pessoas, o que seria quase uma ironia para um encontro cuja finalidade principal é a de homenagear um autor ou, no caso dos mais novos, lhes dar um incentivo.
Portanto, a fim de conseguir quorum, digamos assim, para a finalidade pretendida, decidi que teria de arranjar um estratagema. E, para juntar cerca de quarenta portugas, e mantê-los no local entre as 20h00 e as 23h00, teria de se começar por um jantar, a parte necessária mas não suficiente, nem importante, da tertúlia. Tanto assim que há quem lá apareça mais tarde, só para conviver e participar nas 2ª e 3ª partes, ou seja, o "Sorteio BD" - sempre com boas surpresas e bastante divertida -, e na parte final, que é a verdadeira tertúlia, a conversa com o homenageado e/ou convidado especial.
E quando se esteve em presença de um Rui Zink, ou um Nuno Markl, por exemplo dois dos muitos autores que por lá já passaram, a conversa animada esteve garantida. Vamos a ver como será com Rui Cardoso.
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(*) Rui Cardoso, de nome completo Rui Manuel Zeferina Cardoso, nasceu na Azambuja em Setembro de 1968, frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa - ESBAL, até ao 3º ano de Design de Comunicação. Começou a ser conhecido na BD, em termos de divulgação pública, sob o pseudónimo "Ruca", num concurso organizado pelo Clube Português de Banda Desenhada-CPBD, na década de 1980, e a sua iniciante obra demonstrou qualidade suficiente para os responsáveis da, então significativamente activa, colectividade, a publicarem no seu fanzine "Boletim do CPBD".
Anos mais tarde, surge na televisão uma série - que regressou ao chamado "pequeno ecrã" - denominada Os Patinhos, que teve publicação na revista "TV Guia" a partir de 4 de Setembro de 1999, e de que tenho recortes até 8 de Setembro de 2000, não posso afirmar que tenha acabado a publicação nessa data.
As pranchas com episódios foram publicados posteriormente - Novembro de 2000 - nas páginas de um álbum brochado, em formato 33,5x40cm, ligeiramente superior a A4, intitulado O Patinho e os seus amigos, tendo em rodapé o subtítulo Aventuras em banda desenhada, álbum esse com a chancela TV Guia Editora, de que desconheço outras incursões na BD.
Rui Cardoso, noutra área, a cinematográfica, tem já significativa filmografia. Quem quiser saber mais qualquer coisa sobre isso, basta ir ao google e escrever animanostra rui cardoso. Porque aqui, neste blogue, fala-se é de BD :-)
Com a presença especial de Rui Cardoso (*), autor com obra publicada inicialmente em revista, depois em álbum, sob o título O Patinho e os seus amigos, e projectada na televisão (quem não conhece a série televisiva Os Patinhos, de cariz infantil?), estaremos, em boa confraternização bedéfila, no Parque Mayer, a fim de prestarmos destaque público, informal, a um autor de banda desenhada infantil, um quadrante da arte da Figuração Narrativa nem sempre devidamente valorizado.
Lá estaremos, no espaço possível, um restaurante, para uns tantos - costumam ser cerca de quarenta pessoas - nos reunirmos. Quando digo "espaço possível", tenho de esclarecer o que quero dizer.
E o que quero dizer é o seguinte: a minha ideia inicial - quase utópica, por implicar investimento económico mensal praticamente impossível de obter - era a de organizar uma reunião mensal num espaço onde houvesse uma mesa e uma cadeira em cima de um estrado, para o autor que fosse o homenageado ficar bem visível para todos os presentes, que se sentariam numa espécie de plateia a ouvi-lo e, no fim, a dialogar com ele. Digamos, um colóquio mensal, que duraria para aí cerca de duas horas.
Para isso seria necessário alugar um espaço, primeira dificuldade. Depois, teria de ser num período de tempo antes ou depois do jantar, num dia útil (fim de semana não, porque, em especial no verão, há sempre saídas de Lisboa).
Se fosse antes de jantar, a começar aí por volta das sete da tarde, a maior parte dos participantes começaria a debandar quando se aproximassem as oito, hora de ir para casa, para a refeição em família, ou outra coisa qualquer.
Se o encontro fosse marcado para as nove, nove e meia da noite, em dias de invernia só lá estaria meia dúzia de pessoas, o que seria quase uma ironia para um encontro cuja finalidade principal é a de homenagear um autor ou, no caso dos mais novos, lhes dar um incentivo.
Portanto, a fim de conseguir quorum, digamos assim, para a finalidade pretendida, decidi que teria de arranjar um estratagema. E, para juntar cerca de quarenta portugas, e mantê-los no local entre as 20h00 e as 23h00, teria de se começar por um jantar, a parte necessária mas não suficiente, nem importante, da tertúlia. Tanto assim que há quem lá apareça mais tarde, só para conviver e participar nas 2ª e 3ª partes, ou seja, o "Sorteio BD" - sempre com boas surpresas e bastante divertida -, e na parte final, que é a verdadeira tertúlia, a conversa com o homenageado e/ou convidado especial.
E quando se esteve em presença de um Rui Zink, ou um Nuno Markl, por exemplo dois dos muitos autores que por lá já passaram, a conversa animada esteve garantida. Vamos a ver como será com Rui Cardoso.
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(*) Rui Cardoso, de nome completo Rui Manuel Zeferina Cardoso, nasceu na Azambuja em Setembro de 1968, frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa - ESBAL, até ao 3º ano de Design de Comunicação. Começou a ser conhecido na BD, em termos de divulgação pública, sob o pseudónimo "Ruca", num concurso organizado pelo Clube Português de Banda Desenhada-CPBD, na década de 1980, e a sua iniciante obra demonstrou qualidade suficiente para os responsáveis da, então significativamente activa, colectividade, a publicarem no seu fanzine "Boletim do CPBD".
Anos mais tarde, surge na televisão uma série - que regressou ao chamado "pequeno ecrã" - denominada Os Patinhos, que teve publicação na revista "TV Guia" a partir de 4 de Setembro de 1999, e de que tenho recortes até 8 de Setembro de 2000, não posso afirmar que tenha acabado a publicação nessa data.
As pranchas com episódios foram publicados posteriormente - Novembro de 2000 - nas páginas de um álbum brochado, em formato 33,5x40cm, ligeiramente superior a A4, intitulado O Patinho e os seus amigos, tendo em rodapé o subtítulo Aventuras em banda desenhada, álbum esse com a chancela TV Guia Editora, de que desconheço outras incursões na BD.
Rui Cardoso, noutra área, a cinematográfica, tem já significativa filmografia. Quem quiser saber mais qualquer coisa sobre isso, basta ir ao google e escrever animanostra rui cardoso. Porque aqui, neste blogue, fala-se é de BD :-)
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