segunda-feira, setembro 30, 2013

Tertúlia BD de Lisboa - 352º Encontro - Outubro 2013








Assim que se iniciar Outubro, há de imediato mais um encontro da Tertúlia BD de Lisboa. Isso porque é a primeira 3ª feira do mês, e o evento realiza-se nesse dia da semana há 28 anos, sempre no Parque Mayer, um espaço em que ainda se vislumbram alguns vestígios do prestígio do passado.

Na lisboeta tertúlia - que se realiza no único restaurante que ainda lá se mantém aberto - há sempre um Convidado Especial, um autor de BD, obviamente, e o deste mês chama-se Miguel Costa Ferreira, argumentista, ou seja, um dos que eu chamo "avis rara" da banda desenhada, por serem muito poucos, e representam o autor menos visível da dupla desenhador/argumentista.

Para o conhecer melhor, ficam, a ilustrar a presente postagem, quatro imagens:

1ª - Capa de um álbum, com a banda desenhada "Psicose", da autoria de João Sequeira (desenho) e Miguel Costa Ferreira (argumento);
2ª - 1ª página do fanzine Tertúlia BDzine nº 179 de 1 Out. 2013 (que será distribuído gratuitamente a todos os participantes), com a bd "The Road", desenhada por João Sequeira, sob argumento de Miguel Costa Ferreira;
3ª - Programa da TBDL com texto autobiográfico do argumentista e ex-blóguer;
4ª - O conto "A Lesma", também do Convidado Especial da TBDL.

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Lista de participantes (fornecida por Inês Ramos, elemento do quarteto que agora dirige a TBDL)

1. Álvaro
2. Ana Saúde
3. António Isidro
4. Carla Costa
5. Cátia Alves
6. Cristina Costa Amaral
7. Falcato
8. Filipe Duarte
9. Helder Jota
10. Hugo Moreira
11. Hugo Tiago
12. Inês Ramos
13. João Amaral
14. João Antunes
15. João Sequeira
16. José Abrantes
17. Luís Nogueira (Quico)
18. Manuel Valente
19. Miguel Costa Ferreira
20. Moreno
21. Nuno Duarte
22. (Outro) Nuno Duarte
23. Pedro Bouça
24. Pedro Vieira
25. Pepedelrey
26. Sá Chaves
27. Simões dos Santos
28. Sónia Oliveira
29. Victor Jesus


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Os visitantes interessados em ver as anteriores postagens deste tema poderão fazê-lo clicando no item Tertúlia BD de Lisboa incluído em rodapé 

domingo, setembro 29, 2013

Sem Palavras (II)




Sem balões de fala, nem legendas didascálicas, tampouco cartuchos de texto auxiliares, uma banda desenhada fica muda, mas não ininteligível. Sendo Vuillemin um autor inteligente, com forte sentido de humor, a sua produção tem grande incidência neste género em que se especializou. O "gag" que ilustra a presente postagem é facilmente compreensível com o simples visionamento das imagens.

"Sem Palavras" representa um tipo de BD que tem tido grandes cultores, tanto no passado como hoje em dia. Porque, inquestionavelmente, é uma forma de a fazer ultrapassar a barreira das diferentes línguas, e poder ser legível em qualquer parte do mundo.

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VUILLEMIN

Síntese biobibliográfica

Philippe Vuillemin (8 de Setembro de 1958, Marselha, França) iniciou-se na BD em 1977.  Desde então fez bandas desenhadas curtas para os magazines L'Écho des Savanes, Hara Kiri e Charlie Mensuel. Irreverente, tem escolhido para alvo da sua virulência figuras gradas da sociedade, de Lech Walesa ao Papa.

"Sales Blagues" - piadas mais ou menos "sujas", criadas por Reiser e Coluche, desenhadas por Vuillemin -, constituem importante componente da sua produção, mas a obra que lhe deu especial visibilidade  foi "Hitler= SS", sob argumento de Jean-Marie Gourio e que, publicada em álbum em 1987, criou grande controvérsia, por tratar um tema melindroso, os campos de extermínio nazis.

Dado o seu visual algo efeminado, tanto nas feições suaves como na longa cabeleira encaracolada, Vuillemin representou o papel da personagem andrógina Alexina no filme "Le Mystère Alexina", de René Ferret, em 1985.

Em 1994 e 1996 concretiza dois projectos dirigidos a um público mais jovem - "Voir la Mer" e "Pit-bull contre Zoulous", com argumento de Thierry Dedieu.

Sob chancela da Albin Michel - editora onde granjeou grande prestígio -, são editadas duas obras que reunem as suas bandas desenhadas dispersas: "Monde Merveilleux de Vuillemin" (1995) e "Chefs-d'Ouvre de Vuillemin" (1997). 

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Esta banda desenhada foi extraída da já desaparecida revista espanhola 
Totem el Comix nº 46 de 1989 (não tem data visível, apenas está deduzível numa homenagem gráfica a Mel Blanc, indicando 1908-1989) .
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Os interessados em ver a postagem anterior deste tema, poderão facilmente fazê-lo clicando no item Sem Palavras visível no rodapé.

quarta-feira, setembro 25, 2013

Tertúlia de BD em Londres



Surpresa! Há em Londres uma realização congénere da Tertúlia BD de Lisboa. Quem me deu conhecimento do facto foi o Carlos Páscoa - arquitecto e autor de BD - que se encontra a trabalhar na capital inglesa.

A tertúlia londrina adoptou o nome de The Comica Social Club, e reúne-se mensalmente - tal como a nossa -, mas em dia diferente do mês. Enquanto que a  de Lisboa, desde 1985, tem o seu dia na primeira 3ª feira de cada mês, a de Londres, desde 2010,  marca o respectivo "social gathering" desde 2010, na última 4ª feira do mês. 

Ou seja: hoje! 

E como o início do encontro é às 19h, já estarão os "tertulianos" ingleses (e talvez um português) no pub "Phoenix Artists Club", na Charing Cross Road, em pleno centro de Londres. 
No início são cerca de 20 pessoas - descreveu Carlos Páscoa - mas vão entrando mais a pouco e pouco, entre editores, jornalistas, autores de BD, ficando o bonito pub completamente apinhado.

Vejamos como é que o meu amigo Páscoa iniciou o contacto com a tertúlia londrina: quis o acaso que ele conhecesse David Lloyd (sim esse mesmo, o desenhador de "V for Vendetta" , parceiro do argumentista Alan Moore, dois autores ingleses de nomeada), num evento de BD em Londres, o "Comica".

Em face do portfólio do nosso compatriota, Lloyd convidou-o de imediato a colaborar na revista  "online" Aces Weekly, e está próxima a publicação de um episódio escrito e desenhado por ele, que prometeu dar-me conhecimento atempadadmente.

Mas voltando ao tema-base do presente "post": a tertúlia The Comica Social Club, organização do bem conhecido Paul Gravett  e do seu amigo Peter Stanbury - este também responsável pelo festival londrino "Comica"-  tem início às 19h, repetindo o que já escrevi acima, e termina às 22h.

"Infelizmente, o dono do pub costuma insistir por volta dessa hora para fechar a sala, basicamente 'pondo as pessoas na rua' ", como me conta Carlos Páscoa.

Comentário meu, a fechar:
No Parque Mayer, no restaurante A Gina, felizmente isso nunca aconteceu. Apesar de a tertúlia terminar às 23h, o pessoal vai ficando a conversar até próximo da meia-noite, e por vezes ultrapassa mesmo essa hora tardia para a maior parte dos estabelecimentos similares.
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Para saber mais acerca do webmag Aces Weekly, basta visitar o site abaixo indicado.

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Três das fotos feitas hoje por Carlos Páscoa através de telemóvel, nas quais se vêem: 1) Uma parte do espaço do "pub", ainda vazio; 2) os "tertulianos" londrinos em pleno convívio; 3) as peças de BD que irão fazer parte do sorteio
Fotos recebidas em anexo ao email que me enviou, e que tomo a liberdade de reproduzir abaixo.

Caro Lino,
Junto envio algumas fotos que tirei do evento. Não estão com muito boa qualidade, pois foram tiradas do meu telemóvel. No entanto já dá para perceber o ambiente da coisa.

Hoje, pela primeira vez, foi feita uma sessão de mini-palestras, a que deram o nome de Chatbox, em que cada pessoa faz uma divulgação de um tema que ache interessante em apenas 10 minutos. Hoje foram duas pessoas, Paul Gravett, que falou sobre a composição da prancha, e um outro autor que não me recordo, que falou sobre um outro autor que ele achava interessante.
No final da sessão, falei com Paul Gravett, que se lembra de si. Ele está mais ou menos a par do panorama bedéfilo em portugal, já esteve no FIBDA várias vezes, e sabe da existência do festival de Beja. Foi uma conversa extremamente animada e interessante, e ele é a pessoa mais parecida com o Lino que já conheci por estes lados :)
Com os melhores cumprimentos,
Carlos Páscoa

segunda-feira, setembro 23, 2013

Literatura em BD (I) - A Lei da Vida (The Law of Life), de Jack London


Hesitei entre integrar a adaptação à banda desenhada desta obra literária do escritor americano Jack London numa nova etiqueta intitulada "Literatura em BD", ou inseri-la na já existente "Curtas de BD".
Optei pela primeira hipótese.

Mas é irrelevante tal pormenor. O que importa, afinal, é poder-se apreciar o profundo sentido humanístico da trama ficcional, criada pelo escritor neste seu conto curto, "The Law of Life", e a estupenda adaptação gráfica de Zenetto, um quase desconhecido para os bedéfilos de hoje.

A Lei da Vida (The Law of Life)
Autor do conto: John Griffith Chaney aka Jack London, 1876/1916
Adaptação à BD por Zenetto (desenhos), Jorge Magalhães (texto), Catherine Labey (legendagem)
Publicação no Almanaque O Mosquito - 1986
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Zenetto

Síntese biobibliográfica 

José Neto nasceu em Lisboa, a 21 de Fevereiro de 1956.

Começou a trabalhar muito cedo, em 1970, na Agência Portuguesa de Revistas como legendador. Ali esteve empregado até 1973, data em que foi extinto o ateliê da APR.
Passou a trabalhar no regime de "free lancer".

Tem bandas desenhadas no suplemento Pim-Pam-Pum, do jornal O Século, colaborou na revista Mundo de Aventuras (5ª série) e no Almanaque O Mosquito (edição anual de 1986).

Foi homenageado na Tertúlia BD de Lisboa em Setembro de 1992.

quinta-feira, setembro 19, 2013

Teaser (I) - BD "Requiem" - Novo episódio para Dog Mendonça e Pizzaboy


Está em elaboração mais um episódio - o terceiro, intiulado "Requiem" - da popular obra de banda desenhada "As Fantásticas Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy", resultante de uma bem sucedida parceria luso-argentina formada pelo português Filipe Melo, argumentista (e cineasta, e músico), e pelos argentinos Juan Cavia, desenhador, e Santiago Villa, colorista.

Trabalhando à distância - Melo em Lisboa, Cavia e Villa em Buenos Aires -, mas bem próximos graças às modernas tecnologias, têm como desiderato conseguir terminar muito brevemente o "Requiem", o que os obriga a desenvolver frenética actividade - em especial Filipe Melo, "enclausurado" em casa, dedicado quase em exclusivo a escrever o argumento e o guião, este com os respectivos diálogos - de forma a que a obra possa ser editada em Portugal em 2014, sob chancela da Tinta-da-China, e também no próximo ano nos USA em edição da Dark Horse -, sem perder de vista que a obra será lançada no já muito próximo 24º Amadora BD/2013, com abertura de portas a 25 de Outubro. O trio de autores estará presente no lançamento do álbum no dia 3 de Novembro, no decorrer do Festival.

Para os bedéfilos que já conhecem os dois volumes anteriores, aqui ficam três pranchas  - 46, 54 e 63, de cima para baixo - do terceiro episódio, a servirem de "teaser" ou, se preferirem, de aperitivo gráfico.

Os meus agradecimentos a Filipe Melo, pela amabilidade de me ter enviado tão excelente material, que permite a este blogue a novidade de apresentar uma ante-estreia com uma espécie de "trailer", ou não seja o Filipe também cineasta.    




Ficam igualmente visíveis a capa e contracapa do livro editado nos USA (amável oferta de Filipe Melo) contendo a versão americana da primeira parte desta ambiciosa obra em três tomos.

Como curiosidade, reproduzo a ficha técnica:

Published by Dark Horse Books
A division of Dark Horse Comics Inc.
10956 SE Main Street
Milwawkie OR 97222

DarkHorse.com

First edition May 2012

Printed at Shanghai Offset Printing, Guangdong Province, China
(Muito curioso este pormenor de uma editora americana encomendar a impressão deste livro a uma impressora chinesa!)

segunda-feira, setembro 16, 2013

Conferências sobre BD



Realizam-se no próximo dia 18 de Setembro (4ª feira), com início às 10h00, 
as 3ªs. Conferências de Banda Desenhada em Portugal - CBDPT/2013.

Citando o texto de apresentação do evento, provavelmente escrito pelo seu fundador e coordenador, Pedro Vieira de Moura, "As CBDPT são organizadas pelo Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras de Lisboa e o Laboratório de Estudos de Banda Desenhada, e contam com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, a Reitoria da Universidade de Lisboa, o Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora e a Nouvelle Librairie Française" - fim de citação.

Relevantes apoios aqueles, que dão o seu aval ao evento, tão importante para o aprofundamento de vários aspectos da BD, abrangidos pelo alinhamento do programa estabelecido pelo organizador (também ele participante) que é o seguinte: 

10h00 Sessão de Abertura
10h15 Ann Miller, «Consensus and dissensus in bande dessinée» (em inglês, sem tradução)

10h55 Renaud Chavanne, «Composition de la bande dessinée» (em francês, sem tradução)

10h45 intervalo curto


Sessão 1 – Cruzamentos de territórios
12h05 Maria Clara Carneiro «O elogio da montagem:cinema, quadrinhos, literatura»
12h25 Renatta Pascoal, «A Arquitectura Russa na Banda Desenhada»

Almoço



Sessão 2 – Forma e figura

14h30 Hugo Almeida, «Transformações morfológicas na banda desenhada: Parasyte, de Iwaaki Hitoshi»

14h50 Ana Matilde Sousa e Joana Tomé, «Provas de contacto: dispositivos hápticos em Heart of Thomas, de Moto Hagio»


Pausa


Sessão 3 – Indisciplinando a história

15h20 Sofia Leal Rodrigues, «O papel do cartoon no primeiro modernismo português»

15h40 João Paulo Guimarães, «A Transmissão d’ A Paródia para O Inimigo Público»

16h00 Domingos Isabelinho, «Héctor Germán Oesterheld na Editora Columba»


Pausa


Sessão 4 – Auto-representações e margens

16h20 Maria Clara Carneiro, «Narrativas contemporâneas, das artes à margem»

16h40 Pedro Moura, «Fantasmas de tinta, representações visuais do trauma em Binky Brown, de Justin Green»


Coffee break


Sessão 5 – Colaboração e recepção de linguagens visuais

17h30 Conceição Pereira, «Do cadavre exquis ao comic jam»

17h50 Pedro Cruz, «Fanzine de bd e literacia visual»


Encerramento
 
Nota 1
O início das sessões é às 10h00, diferentemente do que diz o cartaz (da autoria de Marta Monteiro). 
O local em que decorrem as sessões é, como informa o cartaz, a  
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - Sala 52

Nota 2
A entrada é pública e gratuita

Nota 3 
a) A palestra de Conceição Pereira (Sessão 5) foca o "Comic Jam" feito na Tertúlia BD de Lisboa-TBDL, e que ela conhece apenas por tê-lo visto neste blogue, visto que nunca foi àquela tertúlia
              
b) Pedro Cruz, que focará os fanzines de BD (também na sessão 5), já participou na TBDL e por isso colaborou no "comic jam" três vezes:
"Comic Jam" nº 53, de 5 Junho, nº 51 de 3 de Abril, e nº 50 de 6 de Março. 
Quem os quiser ver vá à coluna "Etiquetas" e clique no item Comic Jam.

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Quem estiver interessado em ver quais os temas que têm sido tratados anteriormente, basta clicar no item Conferências sobre BD visível no rodapé  

quarta-feira, setembro 11, 2013

Curtas de BD (Autores portugueses - X) - Carlos Barradas



Os estilos, grafismos e temas das bandas desenhadas que surgiram na revista de BD Visão, editada em Lisboa em meados da década de setenta do século passado, nada tinham a ver com a BD tradicional portuguesa, nem com a dos super-heróis, tampouco com as séries europeias de aventuras ou com as personagens humorísticas muito frequentes na BD franco-belga.

Um exemplo do que se passava na inovadora Visão (*) está aqui à vista: uma bd curta de Carlos Barradas, com o título "Viver Não Custa..."

Admito que talvez me tenha lembrado desta bd, cujo tema é o vampirismo, pelo facto de hoje, 11 de Setembro, se iniciar o MOTELx - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa na sua 7ª edição, no lisboeta cinema S.Jorge.

 (*) Nº3, de 1 de Maio de 1975
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Os interessados em ver as nove postagens anteriores deste tema, poderão facilmente fazê-lo clicando no item Curtas de BD (Autores portugueses), visível no rodapé.

terça-feira, setembro 10, 2013

Concurso de BD da Amadora




24º CONCURSO 
NACIONAL 
DE 
BANDA DESENHADA
AMADORA 2013

Na sua 24ª edição, o Concurso Nacional de Banda Desenhada - Amadora 2013 
tem como pontos fundamentais 
os seguintes: 


- O Tema é livre
 

- Cada banda desenhada tem de ser realizada em 4 pranchas (originais e inéditas), a preto e branco ou a cores.
O formato das pranchas pode ser em A4 ou A3
(Note-se que não podem ser assinadas pelos autores, ao invés estes poderão deixar nelas espaços em branco para incluirem as assinaturas posteriormente)

- A data limite para entrega das bandas desenhadas participantes é  
20 de Setembro 
(sim, faltam apenas onze dias, ainda dá para fazerem quatro pranchas, ou para aproveitarem alguma bd que tenham feito recentemente, e ainda inédita).

Os pormenores constam do regulamento que podem ler em seguida:


REGULAMENTO
(Escrito consoante o AO90 pela entidade organizadora)

1) ENTIDADE PROMOTORA

a) Em busca de novos valores, incentivando a produção da Banda Desenhada e proporcionando a sua apresentação pública, a Câmara Municipal da Amadora, (CMA) promove o presente concurso de Banda Desenhada, inserido no 

24º Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada ‘2013, 
a decorrer nesta cidade 
entre os dias 25 de Outubro e 10 de Novembro.
 

2) TEMA DO CONCURSO

a) Na edição de 2013, o tema do concurso é “ Tema Livre”.

3) CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO

a) Podem concorrer todos os autores que tenham mais de 12 anos.

b) Os concorrentes podem apresentar bandas desenhadas 

realizadas individualmente ou em equipa, 
com texto em língua portuguesa.

c) Cada concorrente, ou equipa, pode participar com uma banda desenhada.

d) Os concorrentes são divididos em três escalões etários, conforme as idades, consideradas à data marcada como dia limite para receção das bandas desenhadas.

e) Os escalões são ordenados dentro dos seguintes limites:
Escalão A - dos 17 aos 30 anos

Escalão A+  - a partir dos 31 anos 

(sem BDs publicadas em álbum e que nunca tenham sido premiados pelo Amadora BD).
Escalão B - dos 12 aos 16 anos

f) Caso haja prorrogação de prazo, é considerada a nova data para efeitos de cumprimento dos limites etários estabelecidos.

g) Em relação às equipas, a colocação no respetivo escalão é feita atendendo à idade do mais velho dos seus elementos.

 

4) ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

a) Cada banda desenhada é constituída por 4 pranchas originais inéditas, produzidas nos últimos dois anos, e que podem ser a preto e branco ou a cores.

b) O formato das pranchas a concurso deve ser A4 (210x297mm) 

ou A3 (420x297mm).
c) As quatro pranchas têm de estar numeradas.


d) A primeira e a última prancha, sendo o princípio e fim da narrativa, deverão apresentar caraterísticas próprias da linguagem da 9ª arte, nomeadamente: esclarecer graficamente o início da história da primeira página com cabeçalho e título ou outra forma que o autor julgue mais adequada; 

o final da narrativa na última página deverá ser claro.

e) Os concorrentes devem ter a noção que, em caso de publicação, as legendas, textos de balões e restante letragem terão de ser legíveis no formato A4, em particular os que originalmente são feitos em A3 que terão de ser reduzidos para metade, pelo que o júri tomará em conta este fator na seleção dos trabalhos;

f) Os textos, quando os houver, devem ser apresentados, quer pelos concorrentes portugueses quer pelos estrangeiros, em português (exceção para expressões avulso, onomatopeias ou estrangeirismos). 

A legendagem tem que ser facilmente legível por todas as pessoas.

g) Os erros ortográficos e gramaticais pesarão nas decisões do júri, especialmente em caso de empate entre dois ou mais concorrentes.
h) Os autores devem fazer duas fotocópias de cada prancha, ficando uma em seu poder e enviando a outra juntamente com o original.
i) As pranchas não podem estar assinadas. Os concorrentes devem deixar um pequeno espaço em branco em cada uma delas a fim de posteriormente as assinarem, para efeitos de exposição ou publicação.
j) No caso de se tratarem de pranchas feitas anteriormente e já assinadas, a assinatura deve ser coberta por uma tira de papel opaco ou por um guache branco.

k) Todas as pranchas e respetivas cópias devem estar numeradas legivelmente e identificadas com o pseudónimo e escalão no verso.

l) O pseudónimo deve ser totalmente original, não podendo ter sido utilizado anteriormente pelo(s) autor(es).

5) CALENDÁRIO

a) A data limite para entrega dos trabalhos na CMA – CNBDI 

é o dia 20 de Setembro de 2013 até às 17:00horas.
 

b) No caso das bandas desenhadas serem enviadas pelo correio, independentemente da data constante no carimbo dos correios, os participantes / autores nacionais e do estrangeiro terão de se assegurar que a BD concorrente chegará à organização sedeada no CNBDI da Amadora até 20 de Setembro de 2013, independentemente da data do selo de correio nacional ou internacional.

c) Os trabalhos que cheguem depois desta data, não serão considerados pelo júri, sendo devolvidos ao(s) concorrente(s).

d) A CMA - CNBDI não se responsabiliza por qualquer trabalho que chegue após o dia da reunião de Júri, independentemente da data de carimbo dos correios.

e) Os trabalhos que não forem premiados serão devolvidos pela CMA por correio registado aos concorrentes.

f) A CMA não se responsabiliza pelos trabalhos que não forem levantados nas respetivas estações dos correios.

g) A partir do dia 22 de Dezembro a CMA / Amadora BD não se responsabiliza pelo estado de conservação e pela devolução dos trabalhos que não forem levantados nas respetivas estações dos correios.

6) INSCRIÇÃO

a) Para efeitos de participação, os concorrentes devem recortar ou fotocopiar o cupão publicado nestas normas, preenchê-lo e enviá-lo juntamente com uma fotocópia legível do Cartão de Cidadão [ou Bilhete de Identidade (BI) + cartão de Número de Identificação Fiscal, (NIF, vulgo Cartão de Contribuinte)].

b) Os concorrentes deverão acompanhar obrigatoriamente os trabalhos de uma biografia e foto do(s) respetivo(s) autor(es).

c) As inscrições apenas se consideram válidas após a receção da obra concorrente e de todos os documentos solicitados, não sendo suficiente o envio do cupão.

d) As dúvidas poderão ser esclarecidas por telefone pelo 21.436.9055 ou 21.436.9057 ou por email para 

amadorabd@cm-amadora.pt

e) Os trabalhos concorrentes, devem ser enviados ou entregues diretamente até 20 de Setembro de 2013 (dias úteis, entre as 10:00 e as 17:00 horas), a:

24º Concurso de BD

Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada

CMA/DIC – Recreios da Amadora – Avª Santos Matos, nº 2

2700-748 AMADORA/PORTUGAL


7) EXPOSIÇÃO DE OBRAS

a) Todos os trabalhos inscritos para o concurso estão sujeitos a pré-seleção do júri em função do espaço disponível para exposição.

b) A montagem e desmontagem da exposição com os trabalhos que participam no concurso e selecionados pelo júri é da exclusiva responsabilidade da CMA.

c) A exposição estará patente durante o 24º Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada.

d) A organização faz o seguro de todas as obras presentes. É também da sua responsabilidade instalar no recinto da exposição um sistema de vigilância.

8) JÚRI

a) O júri deste concurso é constituído pelo diretor do Amadora BD que o preside, um autor de BD, um autor do Cartoon, um argumentista, um crítico e estudioso de BD, um crítico e estudioso do Cartoon/Caricatura, um representante da imprensa, um criador e investigador de fanzines, o comissário da exposição central do Amadora BD e um professor de uma escola secundária da Amadora.

b) Ao júri cabe realizar a pré-seleção para exposição, decidir e ordenar os trabalhos premiados.

c) Ao júri reserva-se o direito de não atribuir qualquer ou algum dos prémios se o mérito dos trabalhos não o justificar.

d) O júri reúne em Outubro de 2013.

e) Das decisões do júri não haverá recurso.

9) PRÉMIOS

a) Porque a BD é antes de mais uma arte para ser fruída através da sua publicação, a organização, realizará todos os esforços com o objetivo de editar os trabalhos premiados.

b) Os prémios pecuniários são distribuídos da seguinte forma:

ESCALÃO A ESCALÃO A+ ESCALÃO B

1º Prémio –  € 1.000,00 Prémio Único – € 1.000,00 1º Prémio – € 750,00

2º Prémio – € 750,00 2º Prémio – € 600,00

3º Prémio – € 600,00 3º Prémio – € 500,00

c) Será evitado pelo júri a atribuição de mais que um prémio para o mesmo lugar.

d) Caso se justifique, o júri poderá distinguir alguns trabalhos com a designação de Menção Honrosa, sem a atribuição de prémios ou troféus.

10) NOTAS FINAIS

a) Os originais das bandas desenhadas premiadas são propriedade da entidade promotora.
 

b) Todos os concorrentes têm direito a catálogo do Festival e entrada livre em todas as iniciativas do Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada, devendo para tal identificar-se e solicitá-lo na recepção do evento.

c) Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pela entidade organizadora, não havendo recurso das decisões do Júri.

d) A apresentação dos trabalhos representa a aceitação plena das presentes normas regulamentares por parte dos concorrentes a este concurso.  



FICHA DE INSCRIÇÃO


CONCURSO BD ESCALÃO A o   A+ o   

ESCALÃO B o CONCURSO CARTOON C o  C+ o

Pseudónimo

Nome

Morada

Código Postal _______ - _____        Data de Nascimento

Tel. (casa) Tel. (Trabalho)

Telm. E-mail:

Foto: Biografia







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sábado, setembro 07, 2013

Coleccionadores e Colecções de BD (XI) - Santos das Neves














Continuo a reproduzir as entrevistas que fiz, nos idos dos anos oitenta do século passado, a coleccionadores de banda desenhada.

Apesar de isto ter sido há quase três décadas, julgo que haverá ainda bastante interesse, da parte dos aficionados da BD mais antigos, pela leitura das descrições de situações curiosas na aquisição de revistas antigas e colecções, contadas pelos entrevistados, como é o caso de Santos das Neves, um coleccionador nascido em Moçambique, e por isso era em Lourenço Marques (actual Maputo) que comprava as revistas de BD que lá chegavam.

Segue-se a entrevista, publicada na revista Coleccionando (nº 3- 2ª Série - Dezembro 1986)

A ilustrar o "post" reproduzo capas de revistas citadas por ele (de cima para baixo):

1 - Jacaré - Ano I / Nº5 /25 de Junho de 1974
2 - O Falcão - Nº61 -  11 de Fevereiro de 1960
3 - Jornal da BD - Ano II - Nº72 - 15 de Dezembro de 1983 
4 - Zorro - Nº118 - Ano 3 - 9 de Janeiro de 1965
5 - Jornal do Cuto - Nº105 - 1 de Abril de 1974
6 - O Mundo de Aventuras - Nº60 -5de Outubro de 1950
7 - Flecha 2000 - Nº19 - Maio de 1985
8 - O Mosquito - Nº9 - V Série - Outubro de 1985

Reproduzo também: 
 - Uma das duas páginas da revista onde foi publicada a entrevista
- A foto do entrevistado
- A capa da revista Coleccionando


Segue-se a entrevista, publicada na revista Coleccionando (nº 3- 2ª Série - Dezembro 1986)

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 O IMPREVISTO ACONTECE

DENTRO DE UMA CAPA VELHA E NOJENTA
UMA COLECÇÃO IMPECÁVEL

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Às vezes acontecem coisas destas... Decidindo-se, embora com repugnância, a agarrar naquele volume de capa apodrecida, Santos das Neves acabou por ter uma bela surpresa: dentro dela, a colecção completa do Jacaré, que parecia ter acabado de sair da máquina.
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José Carlos Santos das Neves é o nosso entrevistado de hoje. 
Apreciador de banda desenhada desde criança, continua como sempre a ver/ler com agrado as aventuras dos "heróis de papel", e também a coleccionar as respectivas revistas.
Não possui colecções particularmente valiosas; a sua presença nesta rubrica deve-se ao facto de ser um coleccionador persistente na recuperação de revistas antigas, sem deixar de se interessar pelas actuais. Ou seja: não ficou saudosisticamente limitado às publicações da sua infância.
Nascido em Moçambique, na Beira, a 16 de Março de 1946, viveu desde pequeno em Lourenço Marques (como fez questão de exigir que assim ficasse escrito, e não Maputo), fez os seus estudos secundários no Colégio Nun'Álvares, em Tomar, onde completou o antigo 5º Ano dos Liceus, e é hoje empregado bancário em Lisboa.
Estes são alguns dados biográficos de Santos das Neves, coleccionador de BD. Desde quando?

- Tinha eu nove anos. Comecei pelo "Mundo de Aventuras" desde o primeiro número.Também coleccionei as revistas "Foguetão", "Condor" e "Ciclone".

- Era o senhor que as comprava?

- A maioria comprava o meu pai.

- Não tinha dificuldade em conseguir todos os números? [Relembro que o entrevistado morava na cidade de Maputo - nota minha actual] 

- Não, porque ia um barco de cá para lá, eu ia logo fazer uma visita às papelarias.

- Das revistas que coleccionava nessa fase, qual a que tem maior significado sentimental para si?

- O "Mundo de Aventuras". Os exemplares vinham fechados, e eu não os cortava. Recordo-me perfeitamente de os estar a desdobrar com todo o cuidado para os ler.

- Quais as colecções portuguesas que tem completas?

- Números Especiais do Mundo de Aventuras, Zorro, Jacaré, Grilo, Colecção Grilo, Enciclopédia "O Mosquito", Spirou (1ª e 2ª séries), Jaguar, Pantera Negra, Mão Negra, Jornal do Cuto, Era Uma Vez o Homem, Hulk, Homem-Aranha, O Leão (suplemento do Titã), Tico, Diablo Smith, Adam & Evans, Jonah Hex, Shadow, Colecção Herói, Espaço 1977/78, Tarzan, Filho de Tarzan, Super Heróis, Edição Marvel, Lince, Flecha 2000, Caminho das Estrelas, Rick Cat, Heróis da TV, Grandes Aventuras de Flash Gordon.
Do Mundo de Aventuras tenho da 2ª à 5ª série totalmente; falta-me portanto só a 1^série.

- E estrangeiras?

- Não tenho colecções completas. Só compro quando vejo que há alguma história que me interessa. É o caso das revistas que trazem Mandrake e Fantasma. Por isso só tenho números alternados.
Mas reconheço que, geralmente, têm cores bonitas e desenhos perfeitos.

- Entre as várias colecções portuguesas que possui (mesmo incompletas), quais as que considera mais valiosas?

- Para mim são a "Ciclone" e "Mundo de Aventuras". A "Ciclone" é uma colecção quase impossível de se fazer. Só tenho alguns números que me arranjou o Raul Ribeiro. 
Considero também bastante valiosa a colecção completa do "Mundo de Aventuras", de que os primeiros 44 números são excepcionalmente difíceis de conseguir. É a única parte que me falta praticamente toda.

- Qual é a revista de BD mais antiga que possui?

- O "Mundo de Aventuras" nº25,  de 2 de Fevereiro de 1950.

- Não possui revistas editadas em Moçambique?

- Que me lembre não havia. Nem mesmo a nível da Mocidade Portuguesa. 

- Qual a colecção que lhe deu, ou está a dar, mais dificuldades em completar?

- O "Falcão", de que ainda me falta o nº82; os "Álbuns do Cavaleiro Andante", incompletos por me faltarem os números editados no Natal de 1953 e Abril de 1955; o "Foguetão", de que me faltam alguns números da casa dos 500; e a tal 1ª série do "Mundo de Aventuras".

- Está neste momento a coleccionar alguma revista portuguesa de BD?

- O "Mundo de Aventuras", o "Condor" e "Super Heróis".

- Então e "O Mosquito" da 5ª série, renascido em Abril de 1984?

- Ah, é verdade! "O Mosquito" também, mais os respectivos Almanaques.

- E o "Jornal da BD"?

- Interrompi no nº 130. 

- Porquê?

- Era já muita despesa na altura, e como andava a comprar BD antiga, tive de optar, e deixei de comprar o "Jornal da BD". Mas penso vir ainda a completar a colecção.

- Tem alguma recordação ligada a qualquer das revistas que possui?

- Eu gostava muito de ler as bandas desenhadas do "Mundo de Aventuras" da 1ª fase, especialmente o "Johnny Hazard", que em certa altura começou a chamar-se João Tempestade.
Eu tenho um irmão gémeo e, quando a minha mãe nos via no quarto, muito sossegados, já sabia que estávamos a ler bandas desenhadas, religiosamente. A gente vivia aquelas aventuras com emoção.

- Na sua infância, ou adolescência, terá havido uma fase em que aguardava ansiosamente o aparecimento da sua revista preferida. Ocorre-lhe algo desse período da sua vida relacionada com isso?

- Nós lá em Moçambique, como o meu pai trabalhava na alfândega, passávamos a vida a perguntar-lhe quando é que chegava um barco da Metrópole, visto que eram os barcos que levavam as revistas e os jornais para lá. 

- Qual o preço mais elevado que pagou por uma peça portuguesa?

- Cheguei a pagar "Números Especiais do Cavaleiro Andante" a 500$00 cada, há ano e meio, mais ou menos.

- Colecciona álbuns de BD?

- Sim.

- Qual o critério que segue?

- Colecciono por personagens. As minhas preferidas, e de que tenho todos os álbuns, são: Alix, Axle Munshine, Valerian, Simon du Fleuve, Ramiro, Tenente Blueberry, Estrumpfes, Spirou e Fantasio, Cori o Grumete, Scarlett Dream e Náufragos do Tempo.
Além das revistas e dos álbuns, também tenho a colecção do suplemento editado pelo jornal "A Capital", o "Quadradinhos" (1ª série). Os últimos números, do 101 ao 109, tenho-os em fotocópias.

- Já que fala de jornais: não havia bandas desenhadas nos jornais moçambicanos?

- Havia um jornal lá em Lourenço Marques, o "Notícias" que, ao Domingo, tinha um suplemento que trazia o "Flash Gordon" (que nessa altura era o "Relâmpago"), o "Príncipe Valente", e também aquela banda desenhada cómica "Os Sobrinhos do Capitão", tudo a preto e branco. Eu coleccionava esse suplemento.

- Colecciona mais alguma coisa?

- Eu coleccionava miniaturas de carros antigos. Mas agora desisti, devido ao seu preço muito elevado. Neste momento, para além da BD, só colecciono Budas. 
Por acaso tenho aqui um, que acabo de comprar por 400$00.

- Lembra-se de alguns episódios pitorescos na sua actividade de coleccionador de BD?

- Lembro-me de que encontrei a colecção do "Jacaré" na Feira da Ladra, com uma capa muito foleira, dum tecido tão velho que até parecia podre. Agarrei no volume com repugnância, devido ao seu aspecto nojento. 
Afinal de contas as revistas estavam impecáveis, pareciam mesmo novas!
Há ainda outro episódio que gostaria de contar: o meu filho, quando tinha doze anos, lia as revistas e nunca as arrumava. Então eu disse-lhe que ia vendê-las, e fiz um telefonema ao Raul Ribeiro, fingindo que queria vender as minhas colecções, e até combinei o preço de venda à frente dele. Teve uma crise de choro!
A partir daí, é escusado, nem deixa as irmãs lerem as revistas, vai logo guardá-las. Tem medo que elas as deixem desarrumadas... além de não gostar que amarrotem as capas.

- E recordações tristes relacionadas com as suas colecções, tem algumas?

- Eu vim de Moçambique estudar para o Colégio Nun'Álvares, em Tomar, e estive lá durante quatro anos.
Quando voltei para Moçambique, a minha mãe tinha vendido as minhas revistas todas, juntamente com os jornais velhos, ao quilo.
Foi o maior desgosto que tive na minha vida, até hoje. Nem gosto de falar nisso.
Também os tais suplementos do jornal "Notícias" que eu coleccionava, me desapareceram. Suponho que a minha mãe os terá atirado para o lixo...

- Qual o destino que prevê, ou que desejaria, para as suas colecções?

- O meu filho já tem também o bichinho da BD, e será ele o continuador. 
Ele também já tem heróis preferidos: Fantasma e Mandrake. Por enquanto ainda não compra, porque tem só 14 anos e a mesada é curta, mas quando vê alguma coisa boa, avisa-me!

- Qual a influência para a BD resultante da existência dos coleccionadores?

- Valoriza-as. Infelizmente valoriza-as de mais, o que dá origem ao oportunismo e subida de preços das colecções antigas.

Geraldes Lino 
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