Ilustração por autor de BD (III) - Victor Mesquita

Os dois tomos da importante obra de BD, Eternus 9 ("Um Filho do Cosmos" e "A Cidade dos Espelhos"), fizeram de Victor Mesquita um autor de grande prestígio na banda desenhada portuguesa.

Todavia, como a BD em Portugal é uma arte maldita, escassamente editada e mal remunerada, Mesquita, para conseguir sobreviver unicamente à base do desenho, numa atitude meritória e corajosa, decidiu fazer umas tantas ilustrações dedicadas a Super-Heróis, para enviar à Marvel. Anda a fazer pela vida, que na área das artes em geral, nunca é fácil.

E enquanto aguarda resposta - negativa ou positiva, mas hão-de dizer alguma coisa -, o meu amigo Victor Mesquita decidiu pôr ilustrações dessas à minha disposição, para eu as divulgar neste blogue.
É o que estou exactamente a fazer, e aqui ficam para apreciação dos visitantes...

E para ver as imagens ampliadas, sabem o que têm de fazer: clicar-lhes em cima, e tornar a clicar com o cursor já em forma de lente.

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VICTOR MESQUITA

Biobibliografia

Victor Manuel da Silva Mesquita nasceu em Lisboa, a 18 de Abril de 1939. Como habilitações literárias possui frequência do Curso Industrial.

Victor Mesquita estreou-se na BD em 1957, com Nos Caminhos do Passado, uma banda desenhada cujo argumento tinha sido escrito por José de Oliveira Cosme, e que foi publicada na prestigiada e popular revista Mundo de Aventuras.

Foi depois para Moçambique, viveu também na África do Sul, mas voltou a Lisboa e à BD, e em 1973 estava a colaborar na revista Jacto, com a adaptação à figuração narrativa da vida de uma personagem histórica, dando-lhe o título de Viriato.

Ainda nesse mesmo ano, na revista Cinéfilo, aparece a bd Navegadores do Infinito, que voltaria a ser reproduzida nas revistas Mosquito (V série) e Selecções BD (1ª série, nº 12) e num álbum.

Em 1 de Abril de 1975 surge a revista Visão, onde, apenas nos primeiros cinco números (sairia em seguida), desenvolveria intensa actividade: seria director, colaboraria como argumentista com os desenhadores André e Zé Paulo, e como autor completo (desenhador e argumentista) iniciaria a sua obra de referência Eternus 9, mas faria também Matei-o a 24, ambas as obras inacabadas na revista, vindo a terminar mais tarde a primeira, de forma a poder ser publicada em álbum em 1979. Nesse mesmo ano colaboraria na revista infantil Fungagá da Bicharada, com a bd Um por todos...todos perus, sob argumento de Júlio Isidro.

Editado em 1984, fora dos circuitos habituais, sob o apoio de um banco português, Oito Séculos de História de Portugal foi um livro bilingue (português e francês), uma raridade editorial em que colaboraram vários autores, franceses e portugueses, Victor Mesquita entre eles.

Onze anos depois, em 1995, voltaria a ser publicado, pelo álbum Trilogia com Tejo ao fundo, composto por três episódios: Navegadores do Infinito (repetição, agora a cores), A Ilha da Bruma, outra repetição, visto que tinha sido editado antes na revista-suplemento do semanário Expresso, tal como acontecera ao terceiro episódio do álbum, O Homem que não se chamava Hemingway.

Em 1996 o seu nome surge de novo, dessa vez incluído num álbum colectivo intitulado Síndrome de Babel e Outras Estórias, sendo dele a bd que deu título ao álbum. Posteriormente, em edição de autor, foi publicado em livro o conto Síndroma de Babel, que tinha servido de base à banda desenhada homónima

Em Outubro de 2008 é publicada uma nova edição de Eternus 9. Um Filho do Cosmos, por uma editora que se preparou de imediato para lançar a sequela Eternus 9. A Cidade dos Espelhos, novidade editorial que aconteceu em Outubro de 2010.

A propósito destes dois andamentos de Eternus 9, Victor Mesquita fez uma palestra na Tertúlia BD de Lisboa no dia 1 de Março de 2011.
No mesmo encontro participou no "Comic Jam" intitulado "No dia em que...", criando a vinheta inicial desse "cadáver esquisito" que se realiza mensalmente na TBDL.

No que se refere a participação em exposições, pranchas originais ou reproduções fotográficas de obras suas estiveram patentes em várias, uma das quais em França, em 1998, no Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême, e outra na mostra colectiva "Tinta nos Nervos", no Museu da Colecção Berardo/Centro Cultural de Belém, entre Janeiro e Março de 2011.

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Os visitantes interessados em ver as anteriores postagens deste tema - em que já entraram Luís Diferr e Nuno Saraiva - poderão ter acesso a elas clicando no item Etiquetas: Ilustração por autor de BD inserido na caixa que está aqui por baixo no rodapé

Curtas de BD (Autores portugueses - VII) Tiago Baptista

"Uma pequena história sobre uma pequena conversa entre um homem de barro que sai e entra de telas e um tipo com algumas coisas a fazer" é o extensíssimo título desta curta banda desenhada de apenas duas pranchas.

Tiago Baptista foi quem criou a pequena mas muito estranha peça de BD, com um enredo insólito, centrado na angústia da falta de inspiração momentânea do artista que tem várias telas vazias à sua frente.

"Tenho estado a pensar nestas coisas da pintura, da imagem e da criação", responde ele a uma tosca  personagem de barro que acaba de sair de uma das telas e o cumprimenta: "Olá! Então? Isto vai ou não vai? Não pintas?"

Apercebemo-nos que há aqui um subtil cruzamento entre a trama da banda desenhada e a dificuldade do próprio autor da bd em desenvolvê-la, acabando por se estabelecer um diálogo entre ele e a personagem fictícia. Tiago Baptista consegue assim construir inesperada finalização, imbricando ambas as tramas - a real de que ele próprio é personagem fora da prancha, e a que se desenrola no papel que sabemos ter sido ele a construí-la, embora não o tenhamos visto - numa única.

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A presente banda desenhada foi publicada originalmente na Oficina do Cego, revista alternativa, não numerada, apenas constando MMXI como data de edição.
A reprodução da bd neste blogue foi autorizada pelo autor, Tiago Baptista, e pela editora da Oficina do Cego, Isabel Baraona.  

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Tiago Baptista

Síntese biográfica

Tiago Baptista nasceu em Leiria em 1986. 

Estudou Artes Plásticas na Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha.

Vencedor do Prémio Fidelidade Mundial Jovens Pintores em 2009. 

Das suas exposições destacam-se: 

Em 2012 Prédios, árvores e uma luz bonita, Sede do coletivo a9)))), Leiria e Tem calma, o teu país está a desaparecer, Galeria Zé dos Bois, Lisboa; 

Em 2011 Guimarães Arte Contemporânea 2011, Palácio Vila Flor e Laboratório das Artes, Guimarães; 

Em 2010 A culpa não é minha - Obras da Coleção António Cachola, Museu Coleção Berardo, Lisboa; 

Em 2008 Dysfunctional (the titles of exhibitions still sound better in English), Atelier-Museu António Duarte, Caldas da Rainha e Anteciparte ’08, Museu da Cidade, Lisboa.

É autor de BD e editautor de fanzines.


Vive e trabalha em Lisboa.


Os seus blogues:

www.bloguedotiagobaptista.blogspot.pt

www.fanzinesemartelos.blogspot.pt

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Para os menos experientes, só para esses, aqui fica uma dica: para aumentar suficientemente as imagens, de forma a poderem ler as legendas, terão de clicar duas vezes sobre elas (na segunda vez o cursor toma a forma de lente).

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Os interessados em ver as cinco postagens anteriores deste tema, poderão facilmente fazê-lo clicando no item  Curtas de BD (Autores portugueses), visível no rodapé.

Conferências sobre BD

Rodolphe Töpffer, suiço nascido em Geneva em 1799, professor e pintor, é considerado o criador da banda desenhada, graças às suas histórias ilustradas sequencialmente, com legendas didascálicas, que mostrava aos seus alunos. 

Após ter recebido elogios de Goethe, Töpffer editou "M. Jabot", em 1833, que é por isso geralmente considerada a primeira bd surgida publicamente, embora ele tivesse desenhado antes, em 1827, o episódio "M. Vieuxbois", mas só editado posteriormente.

É logo este o primeiro tema do programa das Conferências de Banda Desenhada em Portugal, tratado por David Kunzle, estudioso de renome internacional na área da Figuração Narrativa em geral, e na de Töpffer em particular.

Estas conferências, criadas por Pedro Vieira de Moura (*) vão realizar-se em dois dias, 22 e 23 do corrente mês de Setembro, no Institut Français-Portugal (ex Instituto Franco-Português), contando igualmente com o apoio da Nouvelle Librairie Française.

Também como suporte da iniciativa surge uma nova entidade: o Laboratório de Estudos de Banda Desenhada (LEBD), com base em Lisboa, que tem por finalidade apoiar pessoas interessadas em estudar a BD, ou que necessitem de acompanhamento especializado em trabalhos académicos, designadamente teses de mestrado ou até doutoramentos.

Já como projecto seguinte, o LEBD, anuncia a publicação daquilo que classifica como livro-fanzine, intitulado Rei Rubro, que será preenchido por ensaios académicos sobre banda desenhada, ilustração e animação.

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Esmiuçando o programa destas promissoras 1ªs Conferências de Banda Desenhada em Portugal, teremos, logo pelas 09h30 de 22 de Setembro, quinta-feira, a apresentação, provavelmente por Pedro Moura, das conferências e respectivos convidados e, seguidamente, as palestras:

1. "Rodolphe Töpffer*, diletante", por David Kunzle (em língua inglesa);
*É o rosto de Töpffer uma das ilustrações visíveis no topo do "post"
2. "Patchwork de estilos: o fim do dogma da homogeneidade gráfica". Palestrante: Thierry Groensteen (em língua francesa).

Às 11h50

Após intervalo de vinte minutos, reiniciam-se as palestras, inseridas no tema "O Artefacto Literário" que terão a participação de:

Maria Cristina Álvares, que falará sobre "A figura do herói na BD franco-belga clássica";

Daniel Seabra Lopes, que desenvolverá as suas ideias sobre o tema "Na margem da aventura: Pratt".

Alexandra Dias apresentará "O Diário de K. e a Intertextualidade".

Pausa para almoço.

Às 15h00

2ª parte das apresentações, com a participação de:

Cláudia Pinto, "Marvels e Kingdome Come: A Re-Mitificação da América";

José Marmeleira, "Vãs epifanias: rock e banda desenhada".

Após intervalo, haverá às 16h10, uma mesa-redonda em que participará o Grupo de Investigação de Banda Desenhada. Confesso que desconheço este colectivo, decerto ainda recente, e cujos nomes dos componentes não são indicados.

E termina assim o primeiro dia das conferências.

Dia 23, sexta feira, segundo dia
Início: 10h30
Sara Figueiredo Costa falará sobre "Castelao e o Galeguismo".
Nuno Marques apresenta "In the Shadow of the Towers' e 'M-11 La Novela Grafica' como momentos de silêncio entre o ruído da tragédia".
A terminar, João Miguel Lameiras falará de "Era uma vez na Argentina: entre o esquecimento e a memória"

Às 11h50 interrompem-se as apresentações, que recomeçam
às 12h00 com:
João Ramalho Santos - "Ciência e Banda Desenhada";
logo a seguir,
João Mascarenhas debruça-se sobre "Tintin, a aventura na Lua, o conhecimento científico e a BD".

Depois do almoço, retomam-se as palestras,
às 15h00,
desenvolvendo-se as apresentações em torno da rubrica:
"Autores Portugueses"
Participantes:
João Caetano, "Lugares de Fronteira: Carlos Alberto Santos";
Conceição Pereira, "Arte fragmentada (José Carlos Fernandes");
Álvaro Matos, "Política e BD na I República".

16h30
Pedro Moura: "Elementos estéticos em The Cage, de Martin Vaughn-James;
Diniz Conefrey: Percepção narrativa no advento da bd abstracta";
Domingos Isabelinho: "A banda desenhada portuguesa no campo alargado do O Escritor a A História Dramática de um Ovo".

Às 17h40 é o encerramento das conferências, havendo a hipótese de um extra: a projecção de uma curta de cinema de animação.

Conclusão deste bloguista:
O programa tem inquestionavelmente suficientes temas de interesse para atrair boa audiência, apresenta uma equipa de qualidade, onde ressaltam nomes de críticos em actividade na imprensa e na blogosfera, que preenchem dois dias de palestras diversificadas e prometedoras de picos de interesse.
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A posteriori

EXPOSIÇÃO
Complementar das conferências

No fim do dia juntámo-nos na esplanada da cafetaria para uma informal mesa redonda, após o que tive a oportunidade de ver, pormenorizadamente, uma pequena mas valiosa exposição de livros de BD distribuída por três vitrinas.
Eis os títulos das peças:

1ª Vitrine
- The Early Comic Strip - Autor: David Kunzle
- The Comic Strip. The Nineteenth Century - David Kunzle
- Rodolphe Töpffer. The Complete Comic Strips - Compiled, translated and annotated by David Kunzle
- Father of the Comic Strip. Rodolphe Töpffer - David Kunzle
- Comic Strips and Consumer Culture. 1890-1945 - Ian Gordon
- Comic Books as History. The Narrative Art - Joseph Witek
- Dicionário Universal da Banda Desenhada. Pequeno Léxico-Disléxico - Leonardo De Sá
- Des Comics et des Hommes. Histoire Culturelle des comic books aux Etats-Unis - Jean-Paul Gabilltet
- Masters of the Ninth Art. Bandes Dessinées and Franco Belgian Identity - Mattew Screen

2ª Vitrine
- Comics & Ideology - Matthew F. MacAllister and Ian Gordon
- The objet culturel non identifié - Thierry Grooensteen
- Système de la bande dessinée - Thierry Grooensteen
- La bande dessinée depuis 1975 - Thierry Grooensteen
- Töpffer. L'Invention de la bande dessinée - Textes réunis et presentés par Thierry Groensteen e Benoit Peeters
- Comic Art (revista) - nº8 - Buenaventura Press
- Composition de la Bande Dessinée - Renaud Chavanne
- Graphic Women. Life Narrative & Contemporary Comics - Hillary L.Chute

3ª Vitrine
- Linguaggi del Fumetto - Daniele Barbieri
- Le rire de Tintin. Essai sur le comique Hergéen - Thierry Grooensteen
- Communications (revista - nº 24, 1976) - Artigos de Pierre Fresnault-Deruelle e outros
- Formes et Politique de la Bande Dessinée - Autor: Jan Baetens
- Principes des littératures dessinées - Harry Morgan
- Fac-Simile. Essai paratactique sur le nouveau réalisme de la bande dessinée - Bruno Lecigne, Jean Pierre Tomine
- Lire Tintin. Les Bijoux ravis - Benoît Peeters
- Tintin Schizo - Pierre Sterckx
- Lire la Bande Dessinée - Peeters
- Les Métamorphoses de Tintin - Apostolidès
- Astérix ou la Parodie des Identités - Rouvière

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(*) Pedro Vieira de Moura é, no actual momento do panorama da banda desenhada em Portugal, uma das personalidades em maior destaque, a que fiz justa referência no "post" de 16 de Junho do corrente ano.

Para além do seu excelente blogue LerBD, seleccionado pelo jornal Público, há que relevar, especialmente, as invulgares iniciativas a que, num curto prazo de meia dúzia de anos, aparece ligado o seu nome: um programa de televisão (VerBD, Agosto de 2005), uma exposição de BD portuguesa no Museu da Colecção Berardo/Centro Cultural de Belém (Tinta nos Nervos, Janeiro a Março de 2011), e agora, ainda o ano não terminou, estas Conferências de Banda Desenhada em Portugal (22 e 23 de Setembro), no Institut Français - Portugal.
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Para ver as anteriores postagens deste tipo de temas - em especial para ver o 1º texto sobre este ciclo de conferências, onde se divulga o seu regulamento e quais os membros do júri que seleccionaram as ditas conferências e respectivos conferencistas, bastará clicar no item Palestras, Conferências sobre BD que está visível aqui no rodapé

Exposições BD avulsas (IX)

"O Livro dos Dias", assim se intitula a obra de banda desenhada de Diniz Conefrey, que será apresentada ao público, enquanto exposição das respectivas pranchas inéditas, na Casa da América Latina, em Lisboa (Av. 24 de Julho, 118-B).

A inauguração da mostra, que comportará uma conferência de Miguel Conde - investigador e professor na Universidade Católica Portuguesa -, terá lugar no próximo dia 20, terça feira, pelas 18h30.

Os interessados em visionar as pranchas originais da BD poderão fazê-lo naquele equipamento cultural até 4 de Outubro, data do encerramento da exposição.
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DINIZ CONEFREY

Biobibliografia

Carlos Diniz Guedes Pacheco Conefrey, 1965, Lisboa.

É ilustrador e autor de banda desenhada. Frequentou o curso de Iniciação ao Desenho na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa, entre 1990 e 1993.

Autor talentoso, tem obra diversificada na área de BD, com início em fanzines seus - Ktulu,o primeiro, Aquatarkus e Gasp (cujo significado era "Gérmenes Amotinados sobre o Papel") - e em vários de amigos - Azul BD3, Banda, BD&Roll, Dossier Top Secret, Eros, Hamburguer - mas igualmente em jornais diversos, designadamente Barlavento, Blitz, A Bola, Expresso, e nas revistas Lx Comics (nºs 2, 3 e 4) e Biblioteca (nºs 3 e 4).

Merecem destaque, nestas publicações, as bandas desenhadas "Notas de um bibliotecário sobre a leitura", "Saldos" e "Miragens", no semanário Expresso (1990, 1991 e 1992, respectivamente); "O Pacífico Bar", "Ruivo no Desemprego" e "Ruivo Rendez-vous", no semanário Blitz, (1991 e 1992) em que Ruivo mostrava potencialidades para personagem marcante na BD portuguesa.

Em 1991 teve a sua estreia em álbum de autoria colectiva, "Noites de Vidro", seguido por "Vida de Preto" (1992), também de autores vários, tal como "Síndrome de Babel", com edição em 1996, e "Uma Revolução Desenhada: o 25 de Abril e a BD" (1999). Álbuns seus em exclusivo são os intitulados "Arquipélagos" (2001), este composto pela adaptação de dois textos do poeta Herberto Helder, e "O Livro dos Dias: Cochquixtia, o Despertar" (2003), realizado com o apoio de uma (entretanto extinta, infelizmente) Bolsa de Criação Literária do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, e de que agora o autor apresenta um 2º tomo.

É autor do livro "Curso de Banda Desenhada", excelente compilação de textos e imagens didácticas de técnicas e linguagem da BD integrantes dos cursos por si ministrados na Fundação Calouste Gulbenkian (1995 e 1998).

Em 2001 fez a sua primeira incursão em obra ilustrada para a infância, no livro "El-Rei D. Joaquim e a Rainha D. Maria", escrito por José Gil Vicente, e que Diniz Conefrey  também coloriu, de forma brilhante, com lápis de cera. Em 2007 voltou a trabalhar para o mesmo escalão etário, ao fazer as ilustrações do livro "O Mosteiro de Alcobaça".

Tem igualmente BD publicada em língua estrangeira: "Lissabon Lisboa Lisbonne Lisbon" e "Encre du Polvo" (aavv).

Publicou recentemente bandas desenhadas curtas nas revistas mexicanas de literatura e arte, Textofilia (nº14) e Letra en Ruta (nº3).

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Para ver as anteriores postagens referentes a este tema, bastará clicar no item Exposições BD avulsas visível no rodapé. Também poderão ver mais biografias clicando no item Biografias e entrevistas, igualmente inserido no rodapé.

Festivais, salões BD e afins - (Lisboa) - Anipop

Anipop, enquanto evento mix, teve origem em 1999. A iniciativa, dedicada ao Animê (Cinema de Animação de origem japonesa), à Mangá (BD ao estilo dos desenhadores japoneses) e ao Cosplay, teve continuidade em 2000 e 2002, nestes anos com o apoio da Casa da Juventude das Mercês (não queiram saber o que eu, entusiasta da banda desenhada. seja qual for a origem, tive de andar, e a quantas pessoas perguntar, até dar com o local do evento...).

Chegámos a 2011 - entretanto houve mais edições, uma delas na Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras - e soube ontem, nas minhas andanças no universo virtual da maravilhosa Internet, que há de novo um evento Anipop, mais uma vez em organização da associação homónima, dedicado a formas de arte oriundas do Japão, desta vez no conceituado espaço do Museu do Oriente, nos dias 16, 17 e 18 Setembro.

A mangá, como não poderia deixar de ser, estará também presente, e de forma honrosa, pela participação do enciclopédico (conhecedor de BD em geral e da Mangá em particular) Pedro Athouguia Bouça. Ele participará numa mesa redonda em companhia de Hugo Teixeira, autor de BD, sob moderação de Ricardo Andrade. A finalidade principal será definir o que é mangá, e fazer a destrinça entre a mangá "made in Japan", a genuína, e a que se vai fazendo pela Europa, Portugal incluído.

A mesa redonda está marcada para as 13h de sábado,17, dia e horário pouco propício a eu poder estar presente. Mas farei o possível, e aqui fica o aviso também para quem estiver disponível.

Comic Jam (33º)

O célebre dirigível Hindenburg - popularmente conhecido na época por "zepeline", por influência do nome da construtora alemã  Zeppelin - foi escolhido como elemento-base da vinheta inicial para uma prancha de banda desenhada colectiva por Ana Saúde, convidada especial da Tertúlia BD de Lisboa neste mês de Setembro.

Já se sabe que nestas bedês tipo "cadáver esquisito", as peripécias nunca seguem uma ideia linear, depende da imaginação de cada autor participante.

Neste "comic jam" mensal, de que a presente prancha é a 33ª já publicada aqui no blogue, houve os seguintes colaboradores:

1. Ana Saúde - Convidada Especial da TBDL e elemento do Grupo Entropia
2. Melanie Romão
3. José Abrantes
4. Lito Silva - ilustrador e autor de BD angolano, de passagem por Lisboa
5. João Sequeira "JAS"
6. Paulo Marques - elemento do Grupo Entropia

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Aviso aos visitantes menos experientes

Para ampliar convenientemente a ilustração do topo, terão de clicar duas vezes em cima da prancha: uma, para a primeira ampliação; a seguinte, já com o cursor em forma de lente, para ampliar ao máximo.
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Para ver os 32 improvisos de BD anteriores basta clicar no item Comic Jam visível no rodapé

Festivais, Salões BD e afins - (Viseu) - BD 2011

Vários heróis da BD - - Mafalda, Tintim, Spirou, Obélix, Tex, Marsupilami, Schtroumpfs (ou Smurfs, para quem preferir o nome americanizado) - preenchem o divertido cartaz, da autoria de António Mata, que anuncia o XVII Salão Internacional de Banda Desenhada de Viseu.
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Actualmente, trata-se do único evento dedicado à BD a norte de Lisboa. Apesar de algumas interrupções, o Salão viseense tem conseguido sobreviver a diversas dificuldades e constrangimentos, graças ao apoio do GICAV - Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu, sendo que, desta vez, estabeleceu uma parceria com a Expovis.

Com inauguração a 10 de Setembro, sábado, pelas 17h, no Pavilhão Multiusos da Feira de S. Mateus - onde conto estar presente -, o Salão BD estará aberto até 21 do mesmo mês.

A duração de doze dias permitirá aos apreciadores de BD viseenses, bem como aos forasteiros, uma visita atenta às várias exposições, concentradas no núcleo expositivo da Feira de S. Mateus, com excepção da que é dedicada a Corto Maltese.
Já agora, um reparo: faria todo o sentido que a figura de Corto estivesse representada no cartaz, coisa que, estranhamente, não acontece. Terá havido problemas de direitos de imagem? Mas, nesse caso, a figura de Tintin ainda é mais susceptível de melindres com os detentores dos direitos, o casal Nick e Fanny...

Continuando a falar do conteúdo do Salão, é inquestionável que os interessados na arte da Narração Figurativa terão a possibilidade de visionar reproduções de pranchas de BD de diversas obras, incluídas nos seguintes temas:

- 2º Centenário do historiador e escritor Alexandre Herculano
Compõem este tema imagens da autoria de vários autores portugueses, a saber: Fernando Bento, Jobat, Victor Mesquita, José Ruy, Eduardo Teixeira Coelho, José Garcês, José Antunes, Baptista Mendes, Augusto Trigo, José Pires.

- As Cidades do Velho Oeste (Tex)
Concretamente, "As Cidades do Tex" é a obra que constituirá a base da citada exposição.
A propósito desta mostra, Fabio Civitelli estará presente em Viseu. Será a única participação de autor estrangeiro no evento.

- As Cidades dos Sonhos (em redor das obras de Schuiten e Peeters)

Uma exposição que constitui homenagem a esta obra singular, representativa do sofisticado nível estético atingido pela banda desenhada europeia, bem representados pela dupla François Schuiten (desenhador) e Benoit Peeters (argumentista).

- Cidades da Ambição - Cenários Intemporais

Exposição constituída por imagens de grandes nomes da BD europeia, entre os quais Didier Convard e Gilles Chaillet (VINCI), e Milo Manara/Jodorowsky (BÓRGIA).

- Cenários Intemporais - Portugal

Nesta mostra estarão imagens de Banda Desenhada da autoria de Eugénio Silva, José Garcês, Luís Louro, Victor Mesquita, José Ruy, José Pires, Filipe Andrade (sob argumento de Filipe Pina) e Luís Correia. Também de Ilustração - aliás de extraordinário nível - de Luís Diferr, que trabalhou sob supervisão de Jacques Martin, na obra "Portugal".
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- Eugénio Silva - Prémio Anim'Arte BD 2010
Exposição constituída por imagens extraídas de várias obras deste autor, cujos títulos mais representativos são "Matias Sándor", "Eusébio o Pantera Negra", "Inês de Castro" e "O Crime de Arronches", este último baseado numa peça teatral de Henrique Lopes de Mendonça.

- Tintin - Hergé
Sob produção do Arq. António Mata, o herói da poupa e restantes comparsas - onde sobressaem o Capitão Haddock e o cão Milou - estarão presentes em Viseu.

- As Cidades nas aventuras de Alix
Nesta exposição comissariada pelo Dr. Luís Fernandes, os visitantes do Salão terão ocasião de percorrer, visualmente, cidades antigas, reais ou imaginadas, desde Roma à "cidade proibida" dos imperadores chineses, pertencentes ao percurso urbano das aventuras de Alix Graco, herói criado por Jacques Martin (falecido em 2010).

- Fábula de Veneza
Cenários urbanos, especificamente de Veneza, visitada por Corto Maltese na obra "Fábula de Veneza", constitui o fulcro da exposição dedicada à notável personagem criada por Hugo Pratt, patente num bar/restaurante de Viseu, "O Lugar do Capitão", que Pratt e o seu alter-ego Corto decerto gostariam de conhecer, se tivessem estado em Viseu, nas suas andanças pelo mundo.

Conto lá ir ver a exposição e jantar, juntando assim o útil ao agradável...

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Aviso aos visitantes menos experientes
Para ampliar convenientemente a ilustração do topo, terão de clicar duas vezes em cima do cartaz: uma, para a primeira ampliação; a seguinte, já com o cursor em forma de lente, para ampliar ao máximo.

Tertúlia BD de Lisboa

Estamos no 26º ano da existência da Tertúlia BD de Lisboa. Vai haver mais um encontro, o 326º, no qual participarão pessoas de várias idades mas com um denominador comum: o gosto pela banda desenhada.

Faz parte do programa mensal haver um autor de BD consagrado ou novo, respectivamente, Homenageado ou ainda apenas Convidado Especial - neste segundo caso trata-se de um incentivo. Que, desta vez, recai sobre a jovem Ana Saúde, muito inclinada inicialmente para a mangá, mas actualmente a tornar-se mais abrangente, indo também buscar influências à BD europeia.

É com ela que teremos o verdadeiro momento de tertúlia. Ouvi-la-emos falar de si própria, do seu início, das partilhas de experiências gráficas com outros autores, e das suas esperanças na área da figuaração narrativa.
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ANA SAÚDE

Biobibliografia

Ana Margarida Asseiceiro da Saúde nasceu no ano de 1982, em Lisboa, onde completou o ensino secundário na área da informática.

Nos últimos anos escolares começaram os seus contactos com a BD.e, através de pressões do seu grupo de colegas e amigos, começou a fazer as suas primeiras bandas desenhadas, com fortes influências das mangás de vários mangakas japoneses, nomeadamente Yoshiyuki Sadamoto, Hiroyuki Asada, Clamp e Yoshitoshi Abe.

Sentindo necessidade de aumentar os seus conhecimentos técnicos e artísticos, fez vários cursos na área do Webdesign e Development, assim como, durante seis meses, frequentou um curso de Ilustração e BDno Centro de Arte & Comunicação Visual - Ar.Co.

Em 2005 organizou dois eventos relacionados com animação e cultura japonesa.

Em 2006 entrou em contacto com os "Comics", onde recebeu influências de alguns autores da BD americana.

Em 2007 iniciou a sua colaboração com o Grupo Entropia, sendo já hoje um dos pilares desse colectivo dedicado à Banda Desenhada e Ilustração.

Como autora de de BD, o seu currículo - com início em 2007 - inclui as seguintes participações:

2007 - No fanzine Funzip (#4), com a bd "Parque Infantil" (4 pranchas a p/b), sob argumento de João Veiga;

2008 - Novamente com argumento de João Veiga, fez a bd "A Descoberta" (4 p.a p/b), publicada no fanzine Tertúlia BDzine (nº 130);

2009
- Participou na revista Celacanto (nº1) com a banda desenhada de sua autoria completa (argumento e desenho), intitulada "Consciência" (2 p.a p/b);
- Voltou a colaborar no fanzine Funzip (Edição Especial) com a bedê "Post Scriptum" (7 p.a p/b) , sob argumento de XPeTO, fazendo também o design e a paginação do zine;
- Publicou duas bandas desenhadas no seu próprio blogue: "Badaladas" (2p a p/b) e "Destino Universal" (4 pranchas ainda não arte-finalizadas), ambas as bedês com argumento de Nuno Sarmento;

2010
- Participou uma segunda vez na revista Celacanto (nº2) com a bd "Uivo do Passado" (2 p.a p/b), em colaboração com diferente argumentista, Miguel Martins;
- De novo a trabalhar para o Funzip (#5), fez a bd "Escolhas" (5 p.a p/b), wm colaboração com o argumentista Pedro Rito;

2011
- Fez a bd "Mediterrâneo" (4 p.a cor) apoiada em argumento de Nuno Sarmento, para o nº 3 (ainda não publicado) da revista Celacanto;
- Com o argumentista Miguel Ferreira desenhou a bd "Cybershell" (6 p.a p/b) para o Funzip #6, sendo igualmente de sua autoria design e paginação;
- Colaborou segunda vez no Tertúlia BDzine (nº 164) com a bd "A Lesma" (4p.a p/b);
- A bd "A Idade da Inocência" (4p.a cor), de novo com o argumentista Miguel Ferreira, participou na exposição "Universos da Entropia", mas vai ser passada a preto e branco para ser publicada no fanzine Shock:
- Entre 2008 e 2011 colaborou cinco vezes no "Comic Jam" (mais conhecido por "Cadáver Esquisito"), realizado mensalmente na Tertúlia BD de Lisboa, com uma vinheta em cada um dos seguintes episódios: "O dia em que o André Oliveira foi...", "O dia em que a tertúlia fez 24 anos", "O dia em que o Ricardo Correia foi...", "O dia de Natal na tertúlia" e "O dia em que Ana Saúde foi...".
Os dois primeiros episódios mencionados foram incluídos no fanzine Comic Jam (#1-Jul 09), que englobava as dez pranchas realizadas nos encontros da TBDL entre Agosto de 2008 e Junho de 2009.
- A bd em quatro pranchas a cores, intitulada "Nos Bastidores: Chameleon", de sua autoria completa (argumento, desenho e colorização), destina-se ao Tertúlia BDzine, onde será publicada num próximo número.
- Ainda em 2011, Ana Saúde foi distinguida na Tertúlia BD de Lisboa na categoria de Convidada Especial.

- Os seus espaços internéticos:
http://www.astsunami.net/
http://bdembd.blogspot.com/
http://nekoi-chan.deviantart.com
http://kzine.grupoentropia.net/

Nota: As imagens que ilustram o presente "post" são da bd "Nos Bastidores: Chameleon", da autoria de Ana Saúde, com argumento dela e de Nuno Sarmento.
Por problemas técnicos não foi possível pôr a banda desenhada completa
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Lista de presenças na TBDL
(Anotação feita a posteriori)

1. Abílio Pereira
2. Adelina Menaia
3. Aida Teixeira
4. Alexandre Rodrigues
5. Álvaro
6. Ana Saúde - Convidada Especial
7. Ana Vidazinha
8. André Oliveira
9. Bruno Martins
10.David Ribeiro
11.Fernando Wintermantel
12.Fil
13.Filipe Duarte
14. Gastão Travado
15.Geraldes Lino
16.Guilherme Mendes
17.Hugo Teixeira
18.Inácia da Silva
19.João Figueiredo
20.João Gundersen
21.João Paulo Sá-Chaves
22.João Sequeira
23.João Vasco Leal
24.José Abrantes
25.Lito Silva (Autor angolano de BD)
26.Luís Pinto-Coelho
27.Manuel Fernandes
28.Maria José Pereira
29.Melanie Carichas
30.Miguel Ferreira
31. Miguel Sousa Ferreira
32.Milhano
33.Moreno
34.Paulo Marques
35.Pedro Bouça
36.Rechena
37.Rui Domingues
38.Sandra Rosa
39.Suzana Fernandes
40.Teresa Régio
41.Viçoso, Isabel
42.Virgínia Soares
43. Vítor Hugo Nascimento

Banda Desenhada portuguesa em revistas não especializadas em BD (XLVI)

Caso invulgar na BD portuguesa o de Luís Pinto Coelho. Com efeito, para além da sua actividade profissional na área da Publicidade, ele concilia duas componentes lúdicas bem diversas: a da sua paixão pelas motocicletas, e a compulsão incontrolável por fazer BD (esta até lhe é bem remunerada, com a limitação de o ser apenas uma vez por mês...).

Mas o curioso deste study case é que as suas bandas desenhadas têm a ver com a citada paixão pelas motas, visto que há muitos anos faz bedês autoconclusivas de uma página na revista da especialidade, a "Motociclismo" (passe a publicidade involuntária).

E o título da série (já com vários álbuns publicados) não permite dúvidas acerca do tema-base: "As Odisseias de um Motard - Aventuras e Desventuras de um Motociclista Português".

(O presente episódio foi reproduzido no nº 244-Agosto de 2011, da revista mensal Motociclismo. Aqui faço a devida vénia de agradecimento aos editores e ao autor).

Nota: O sobrenome Coelho teve um início na BD lusitana ao mais alto nível, graças a Eduardo Teixeira Coelho (ou E.T.Coelho, ou ETC), e tem actualmente dois seguidores - em registos bem diversos, que fique claro: Luís Pinto Coelho (a nível nacional) e Jorge Coelho (ou JCoelho), este já com repercussão internacional.
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LUÍS PINTO COELHO

Síntese biobibliográfica

Luís de Almeida e Vasconcelos Pinto-Coelho (Lisboa, 1959).

Iniciou-se publicamente na BD em 1990, no Moto-Jornal.

Dois anos mais tarde, no nº14 da revista Motociclismo, debutou a série "Odisseias de um Motard", que tem mantido a persistente cadência de aparecer impreterivelmente numa prancha mensal, em episódios autoconclusivos, a cores, com o seu herói de estimação, Tom Vitoín (nome originado na expressão técnica "V-Twin").

Aquelas "odisseias" estão recolhidas em álbuns (com idêntico título ao do usado na revista), editados nos anos 1996, 1999 e 2003. Talvez pelo facto de nessa altura o editor ainda não pensar em continuação, o primeiro não está numerado, enquanto que os outros já se apresentam sob os números 2 e 3. sendo que o nº4 foi lançado a 4 de Março de 2011, apesar de a data da edição ser a de Janeiro.

Além destes, fez também em 2003, sob argumento de Elisabete Jacinto (sim, a condutora de camiões em ralis), "Os Portugas no Dakar", única obra até hoje em que não é autor completo (nos restantes quatro são dele todas as componentes da BD: argumento, desenho, legendagem e colorido).

Em 1995 foi Convidado Especial da Associação Informal Tertúlia BD de Lisboa. Doze anos e cinco álbuns depois (em Março de 2007) teve direito a justo upgrading, passando ao nível mais elevado da TBDL através da atribuição do Diploma de Honra, que o classifica como Homenageado da Tertúlia BD de Lisboa.
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