Do vasto acervo de desenhos originais que me têm sido oferecidos por autores de BD, retirei agora este da autoria de Juan Zanotto, nome que em Portugal nunca foi muito divulgado.
Embora, como se poderá constatar pelos elementos biobibliográficos que coligi, se tenha tratado de autor de prestígio a nível internacional.
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JUAN ZANOTTO
Síntese biobibliográfica
Nascido em Itália, Turim, em 26 Setembro de 1935, Juan Zanotto passou a viver na Argentina, Buenos Aires, a partir dos doze anos, onde estudou na North American School of Art.
A partir de 1953 começou a trabalhar em BD na Editorial Codex, para a qual fez westerns, como foi o caso de, sob argumento de Alfredo Grassi, "Ric de la Frontera", em 1955, sendo que, logo no ano seguinte, o ainda muito jovem Zanotto iniciaria "El Mundo del Hombre Rojo". Graças a estas boas provas iniciais, foi-lhe possível começar a trabalhar para a agência (syndicate) inglesa Fleetway.
Em 1965 tornou-se director artístico (apenas com 30 anos!) da Codex, editora na qual se iniciara; e em 1974 passou a exercer as mesmas funções nas Ediciones Record, editora da revista Skorpio, lançada no mesmo ano. Foi para aquela revista que Zanotto criou "Zenga" (conhecido em Itália como "Yor), um caçador do período neozoico, uma das suas personagens mais importantes, em colaboração com o argumentista Diego Navarro (um dos numerosos pseudónimos do argentino Eugenio Zappietro).
Em 1976, no nº 40 da revista Tit Bits, é iniciada a publicação da obra "Wakantanka", cujo argumento era da autoria do já à data muito conceituado Hector Oesterheld, que ainda antes de acabar de escrever aquele argumento foi sequestrado por ordem da ditadura militar, tendo desaparecido para sempre, pelo que a finalização do texto ficou a cargo de Carlos Albiac.
Esta obra voltaria a ser publicada num suplemento do nº 8, de 1991, da revista Skorpio (revista que, em edição brasileira, chegou a ser distribuída em Portugal).
Nos anos de 1980, o talentoso banda-desenhista produziu várias obras, designadamente "Barbara", "Penitenciaria" (esta com argumento do conceituado Ricardo Barreiro), "Falka", "Tagh" (sob argumento do italiano Alfredo Grassi), "Nueva York, año cero" e "Cronicas del Tiempo Medio" (argumentista: Emilio Balcance).
Ainda na mesma década de 1980, a editora americana Eclipse republicaria as duas últimas obras citadas. E na década seguinte Zanotto criaria as novelas gráficas "Warman" e "Starlight", em parceria com o argumentista Robin Wood, para a Marvel.
Zanotto faleceu na Argentina, a 13 de Abril de 2005.
Fontes: "La Historieta Argentina - Una historia", de Judith Gociol e Diego Rosenberg, e site "Lambiek Comiclopedia"
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Os interessados em apreciar os dezasseis desenhos incluídos nesta categoria, referentes a originais que me foram oferecidos por autores de BD (Aragonés, John Buscema, Manara, Mordillo, Moebius, Neal Adams, Quino, Solano López, entre muitos outros), poderão fazê-lo clicando no item Etiquetas: Autógrafos desenhados inserido no rodapé.
Embora, como se poderá constatar pelos elementos biobibliográficos que coligi, se tenha tratado de autor de prestígio a nível internacional.
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JUAN ZANOTTO
Síntese biobibliográfica
Nascido em Itália, Turim, em 26 Setembro de 1935, Juan Zanotto passou a viver na Argentina, Buenos Aires, a partir dos doze anos, onde estudou na North American School of Art.
A partir de 1953 começou a trabalhar em BD na Editorial Codex, para a qual fez westerns, como foi o caso de, sob argumento de Alfredo Grassi, "Ric de la Frontera", em 1955, sendo que, logo no ano seguinte, o ainda muito jovem Zanotto iniciaria "El Mundo del Hombre Rojo". Graças a estas boas provas iniciais, foi-lhe possível começar a trabalhar para a agência (syndicate) inglesa Fleetway.
Em 1965 tornou-se director artístico (apenas com 30 anos!) da Codex, editora na qual se iniciara; e em 1974 passou a exercer as mesmas funções nas Ediciones Record, editora da revista Skorpio, lançada no mesmo ano. Foi para aquela revista que Zanotto criou "Zenga" (conhecido em Itália como "Yor), um caçador do período neozoico, uma das suas personagens mais importantes, em colaboração com o argumentista Diego Navarro (um dos numerosos pseudónimos do argentino Eugenio Zappietro).
Em 1976, no nº 40 da revista Tit Bits, é iniciada a publicação da obra "Wakantanka", cujo argumento era da autoria do já à data muito conceituado Hector Oesterheld, que ainda antes de acabar de escrever aquele argumento foi sequestrado por ordem da ditadura militar, tendo desaparecido para sempre, pelo que a finalização do texto ficou a cargo de Carlos Albiac.
Esta obra voltaria a ser publicada num suplemento do nº 8, de 1991, da revista Skorpio (revista que, em edição brasileira, chegou a ser distribuída em Portugal).
Nos anos de 1980, o talentoso banda-desenhista produziu várias obras, designadamente "Barbara", "Penitenciaria" (esta com argumento do conceituado Ricardo Barreiro), "Falka", "Tagh" (sob argumento do italiano Alfredo Grassi), "Nueva York, año cero" e "Cronicas del Tiempo Medio" (argumentista: Emilio Balcance).
Ainda na mesma década de 1980, a editora americana Eclipse republicaria as duas últimas obras citadas. E na década seguinte Zanotto criaria as novelas gráficas "Warman" e "Starlight", em parceria com o argumentista Robin Wood, para a Marvel.
Zanotto faleceu na Argentina, a 13 de Abril de 2005.
Fontes: "La Historieta Argentina - Una historia", de Judith Gociol e Diego Rosenberg, e site "Lambiek Comiclopedia"
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Os interessados em apreciar os dezasseis desenhos incluídos nesta categoria, referentes a originais que me foram oferecidos por autores de BD (Aragonés, John Buscema, Manara, Mordillo, Moebius, Neal Adams, Quino, Solano López, entre muitos outros), poderão fazê-lo clicando no item Etiquetas: Autógrafos desenhados inserido no rodapé.
10 comentários:
A propósito de bd argentina, uma notícia sobre una edição de um editor português para Espanha com o grande José Luis Salinas:
www.bloguedelos300.blogspot.com
Sr. Anónimo
Ponto prévio: detesto este hábito de os visitantes se esconderem no anonimato.
Em todo o caso, o seu anonimato foi parcial,visto que deixou o endereço do seu blogue, o www.bloguedelos300.blogspot.com
no qual vi que assina Leónidas (pseudónimo, outra vez, a dar com o título 300...).
Mas finalmente tenho a agradecer-lhe a novidade que li no seu blogue: o grande editor Manuel Caldas (amigo meu que muito prezo) está a trabalhar na recuperação da excelente obra "Cisco Kid", de José Luis Salinas.
Vou já telefonar ao Caldas a reservar um exemplar para mim.
Abraço.
(e deixe-se de anonimatos)
Geraldes Lino
O anonimato é a arte mais nobre dos que querem ficar anónimos
ó Lino!
SMS não é desculpa para pontapés na gramática, ai, ai, ai, ai...
(ó p'ra mim a corrigir o Lino, ehehehe)
Ó Toonman:
Falas em pontapés na gramática mas não me dizes quais, nem tão pouco qual o sms a que te referes.
Mas já agora, visto que foi num sms, porque é que não me fizeste essa observação também por sms?
Mas agora que estamos nesta área dos comentários públicos, agradeço que me esclareças, quais os pontapés na gramática que dei.
Estou com muita curiosidade, e sempre pronto a aprender...
Abr.
GL
Não percebo porquê tanta irritação contra os anónimos! Então diga-me lá, Geraldes Lino, faz algum sentido o senhor dar aos visitantes do seu blogue o direito ao anonimato e depois não só ralhar-lhes por eles o usarem mas também zangar-se todo? Não faz sentido nenhum, claro. E também não acredito que o Geraldes Lino não seja suficientemente inteligente para não encontrar, o senhor mesmo, algumas razões muito simples e absolutamente lógicas para uma pessoa querer ficar no anonimato. Não falo de acções como atirar pedras, claro, porque essas são más acções; falo de acções que não são más. Tenho ou não razão?
Se não quer anonimatos, então altere nas definições do blogue tal possibilidade.
E, afinal, qual a diferença entre alguém usar o anonimato ou um nome qualquer? Nenhuma, claro, a não ser a de que deixam de implicar ele (o que já não é mau). Posso, muito bem, assinar como Leónidas e não ser Leónidas nenhum, e muito menos o Leónidas do tal blogue espanhol. Afinal, como vê, eu sou (ou pareço) português.
Parabéns pelo seu blogue.
A prupósito de erros no que o Lino escreve…
Sim senhor, tão bem os dá. Por ezemplo, usa a palavra “acervo” ignorando o Acordo Urtográphico. Saiba entam que “acervo” agora se escreve “asservo” e que todas as palavras com “c” com prenúncia de “s” passaram a escrever-se com dois éçes. Trata-se duma medida que como tantas outras visa simplificar a língua e aumentar o suçeço escolar da miudajem.
Não leve a mal a correção, foi feita cum boa intenssão.
Muito interessante a biografia dum autor que desconhecia. O autografo de abertura e fantastico
Sr. Anónimo português Detesto que se use o anonimato na internet porque não percebo a razão para as pessoas não se identificarem normalmente. Como você diz, sou capaz de me aperceber de razões que levem as pessoas a usar o anonimato, geralmente negativas (ataques pessoais, etc.). O que não é o caso da sua chamada de atenção para a notícia acerca do próximo trabalho do notável editor português Manuel Caldas, inserida no blogue espanhol bloguedelos300. Foi até muito positiva a sua intervenção, que lhe agradeço de novo. Mas dar-me-ia bastante mais prazer agradecer a alguém identificado por um nome, mesmo desconhecido para mim, do que agradecer a um anónimo. Quanto a restringir o acesso a anónimos, já em tempos me aconselharam isso, relativamente a uma grande discussão que se estabeleceu nesta área de comentários, em que houve um anónimo que usou de agressividade excessiva. Mas como considero inalienável a liberdade de expressão, aqui na blogosfera ou em qualquer outro meio público de comunicação, e porque tenho este blogue há seis anos e nunca tive problema grave com qualquer anónimo, tenho-o mantido aberto até mesmo a quem não gosta de se identificar. Saudações.
Caro Vasco Guerra
Agradeço a sua visita e o seu agradável comentário.
Abraço.
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