Na Bedeteca de Beja foi montada esta semana uma exposição que teve a sua estreia no Pavilhão Internacional da Fête de la BD/Strip Fest - Festival de Banda Desenhada de Bruxelas, entre 14 e 16 de Setembro do corrente ano de 2018.
Estiveram representados nessa mostra na Bélgica, transferida agora para a bedeteca bejense - onde afinal foi congeminada e organizada - vinte e dois autores portugueses contemporâneos de BD, entre argumentistas/guionistas e desenhadores, cujos nomes aqui ficam por ordem alfabética:
André Oliveira, António Jorge Gonçalves, Diniz Conefrey, Fernando Relvas, Filipe Abranches, Francisco Sousa Lobo, Joana Afonso, João Sequeira, Jorge Coelho, Marco Mendes, Maria João Worm, Marta Teives, Miguel Rocha, Mosi, Nuno Duarte, Nuno Saraiva, Osvaldo Medina, Pedro Leitão, Pedro Moura, Ricardo Cabral, Sofia Neto e Sónia Oliveira.
Nota: A exposição estará visitável até 31 de Dezembro de 2018
A exposição resultou de uma parceria entre a Embaixada de Portugal, o Instituto Camões, e o Município de Beja, representado pela Bedeteca de Beja
Autores das imagens a ilustrar o topo do post:
Fernando Relvas, Filipe Abranches, Diniz Conefrey, Miguel Rocha, Marta Teives (desenho)/Pedro Moura (argumento/guião)
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1 comentário:
Antes do mais, esclareço que não me move qualquer animosidade contra quem quer que seja no mundo da BD. Por isso, também esclareço que prefiro comentar como leitor e não como autor.
Posto isto, sobre esta exposição, que considero uma medida de grande valia, porque ultrapassou fronteiras, tenho a dizer que todos os autores cuja obra esteve presente merecem lá estar.
No entanto, quero deixar claro que estranho não ter a mostra sido mais abrangente, pelo menos até ao quarteirão (25), colocando lá autores que, na minha modesta opinião, deviam figurar - já nem falo dos mais clássicos - e que aponto apenas três para o dito número. E são eles, Rui Lacas, João Amaral e José Carlos Fernandes.
O título da mostra aponta para autores “contemporâneos”. Isso significa, na envolvência do adjectivo, que são do mesmo tempo, que vivem na mesma época e que desenvolvem a acção concomitantemente, sem barreiras da faixa etária.
É evidente que estas iniciativas resultam de critérios que imperam nas escolhas e, por vezes, na possibilidade ou não de os autores aceitarem expor os seus trabalhos. Há necessidade de contenção, mormente por conveniência dos espaços disponíveis, estou em crer que tenha sido um destes pormenores a impedirem o leque mais alargado.
Devo ainda dizer que não sou dos que falam através da chamada “dor de cotovelo”: primeiro, porque não tenho obra capaz a expor, nem quero (da última exposição onde estive, em Viseu, nem me dei ao trabalho de recolher os originais); segundo, porque sou um diletante nestas funções, ora tomadas em “full time” para passar o tempo da aposentação profissional e matar o vício. Logo, não passe pela cabeça de ninguém que eu “queria” lá estar. Nem agora nem nunca, fiquemos assim entendidos.
Leva-me a crer que há círculos de amizade ou antagonismo que determinam a inclusão ou exclusão de certos nomes. Não sei. Se erro na conjectura, desculpem-me os responsáveis, porque, tal como a mulher de César, não basta ser séria para todos a considerarem como tal. Não costumo marcar presença, como observador, em eventos ligados à Arte e, para ser sincero, não conheço pessoalmente qualquer dos 22 nomes, a não ser as suas obras. E basta.
De resto, repito, os nomes que lá estão merecem lá estar – todos eles – como merecem que eu tenha na minha Bedeteca a respectiva obra, de todos eles. Para mais – e há essa hipótese – os três nomes de que eu aponto a ausência, nem concordarão com este meu arrazoado. Aponto-os através do meu livre alvedrio, porque aprecio as suas obras.
Por fim, aquilo que devia ter dito em intróito, diz respeito à desculpa para vir mais uma vez ao blog do Lino deixar esta suposta crítica (desculpa lá, caro Amigo), ainda que a mesma tenha sido feita com urbanidade e, porventura, ao arrepio da boa camaradagem autoral ou ainda a mancar por falta de conhecimento da matéria. Não se esqueçam que vesti a pele de leitor. Como autor, nem abria o bico.
Um abraço
Santos Costa
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