Ao falar-se de um autor com enorme experiência de trabalhar nas diversas vertentes que compõem a banda desenhada, em especial duas - escrever o argumento-guião e passá-lo a imagens sequenciais -, um nome vem de imediato à baila: José Ruy.
Com efeito, na sua extensíssima bibliografia, uma percentagem considerável das obras tem sido realizada integralmente pelo prolífico e completo autor, começando pelo argumento/guião, passando pelo desenho das personagens e cenários, chegando à legendagem e acabando na colorização.
Ou seja: uma tarefa de diversidade multímoda, que nos comics dos Estados Unidos da América é distribuída por uma equipa de três ou quatro elementos - o que escreve o argumento e o passa a guião, o que desenha a lápis, o que passa a tinta (inker), o legendador, e finalmente o colorista, quando a obra é a cores -, no caso concreto de José Ruy é ele quem se encarrega de todas as tarefas, com raras excepções para a escrita do argumento.
É desta experiência que ele irá falar, "as suas histórias e experiências nas várias revistas em que colaborou e por onde passou", como reza o texto distribuído aos média, onde se incluem os blogues.
Só não compreendo o motivo porque é que o desenho que ilustra esse texto (que se pode ver no topo deste post) é de Dan Maia e não de José Ruy.
José de Matos-Cruz será o moderador da sessão que vai decorrer a 17 de Setembro, Sábado, pelas 16h00, na Biblioteca Municipal de S. Domingos de Rana, mais concretamente na Bedeteca José de Matos-Cruz.
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JOSÉ RUY
Síntese biobibliográfica
José Ruy Matias Pinto nasceu na Amadora a 9 de Maio de 1930.
Cursou Artes Gráficas na Escola António Arroio, onde foi discípulo de Mestre Rodrigues Alves, e frequentou habilitação a Belas-Artes.
Iniciou-se como desenhador com apenas 14 anos na revista infanto-juvenil O Papagaio, tendo publicado ao longo da sua carreira numerosos álbuns de banda desenhada, com destaque para Fernão Mendes Pinto e a sua Peregrinação, Os Lusíadas, Autos de Gil Vicente, Porto Bomvento, e História (actualizada) da Amadora.
Tem colaborado em diversos jornais e revistas, nomeadamente em O Papagaio, O Mosquito, (de que editou e dirigiu a 2ª série), Cavaleiro Andante e Selecções BD.
Expôs com sucesso em vários países da Europa, na China, no Japão e no Brasil.
Foi o primeiro autor a ser galardoado com o Prémio de Honra do Festival de Banda Desenhada da Amadora, em 1990. No ano seguinte foi distinguido com a Medalha Municipal de Ouro de Mérito e Dedicação da sua cidade natal.
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