sexta-feira, agosto 08, 2008

Fernando Pessoa na Banda Desenhada... e não só (VIII) - Autores: Miguel Moreira e Catarina Verdier







Julgo que ainda não será exequível desenhar directamente no espaço internético específico da blogosfera, mas nada impede os banda-desenhistas de lá fazerem a estreia das suas bandas desenhadas. 

Graças a esse aproveitamento pragmático das potencialidades do espaço virtual da internet, é possível apreciar extensa e interessante abordagem, via BD, da personalidade e da obra de Fernando Pessoa, no blogue intitulado "Aventuras de Fernando Pessoa, Escritor Universal" (*).

Tem por autor principal Miguel Moreira, que escreve o argumento e desenha as imagens sequenciais, coadjuvado por Catarina Verdier, responsável pela colorização.
Uma ideia original, que está a tomar corpo desde Outubro de 2007, onde, através da BD, se vai acompanhando o evoluir de Fernando Pessoa, enquanto ser humano e criador de poesia.
Também criador de heterónimos... 

Por exemplo, a génese de C. R. Anon, aliás, Charles Robert Anon - é mostrada, no blogue anteriormente citado, numa meia prancha de BD datada de 1 Jul. 08, logo seguida pela descoberta do poeta americano Walt Whitman, e da sua obra seminal "Leaves of Grass", na bem fornecida biblioteca do liceu onde estudava o jovem Fernando António Nogueira Pessoa.
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 Claro que os desdobramentos psicológicos do ortónimo Fernando Pessoa tinham de ser focados, como acontece na referência a Álvaro de Campos, na composição "Gostava de gostar de gostar", justamente postada a 13 de Junho de 2008, na celebração dos cento e vinte anos após o nascimento do genial poeta.
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(Esta obra, criada na blogosfera, no blogue já antes referido, está registada na Inspecção-Geral das Actividades Culturais. 
Confesso que não fazia ideia que se pudessem registar as obras criadas de raiz na internet
E, se calhar, poucos bloggers o saberão. Digo eu...)

(*) Endereço do blogue Aventuras de Fernando Pessoa, Escritor Universal: http://lmigueldsm.blogspot.com/
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As postagens anteriores abaixo indicadas podem ser vistas de imediato, na totalidade, clicando no texto de cor castanha, seguinte à palavra "etiquetas" (Fernando Pessoa na Banda Desenhada) indicada sob cada "post".

(VII) Julho 27 - Autor: Derradé
(VI) Julho 20 - Autores: Nuno Frias, Ricardo Reis, João Vasco Leal, Cristiano Baptista, André Oliveira
(V) Julho 12 - Autora: Ana Filomena Pacheco
(IV) Julho 6 - Autor: Laerte
(III) Junho 22 - Autor: João Chambel
(II) " 18 - Autor: Rafa Infantes
(I) " 13 - Autor: José Abrantes
2008 - Daqui para cima

8 comentários:

Nuno Amado disse...

Olá Geraldes!
O post que aparece referido no link para o teu blog é automático... cada vez que mexes no blog aparece o novo post que fazes, costuma ser certinho... não sei o que sucedeu! :(
Sim já vi o teu texto em relação ao meu blog, só terás uma imprecisão, eu gosto mais de FB que de Comics (embora não seja racista...), postando sobre comics e fazendo de vez em quando um sobre FB, consigo que os "amantes" de comics tenham algum interesse pelo FB ! O que é óptimo, diga-se!

Miguel Moreira disse...

Olá Geraldes Lino.

A banda-desenhada "As Aventuras de Fernando Pessoa, Escritor Universal..." não foi "directamente" escrita, desenhada e colorida para o "espaço internético específico da blogosfera". É simplesmente mais divertido divulgá-la desta forma e muito mais barato do que numa fanzine (desde que se tenha computador, o que, graças a Deus, a minha pobre avó conseguiu dar-me antes de falecer).

Tenha pena que a ordem de algumas meias-páginas na sua apresentação tenha sido trocada: a 1ª a contar de cima vem logo a seguir à 2ª a contar de baixo; a 2ª a contar de cima vem depois da que está imediatamente por baixo... Foi propositado da sua parte?

Quanto à minha adaptação do referido poema, gostava de referir outra adaptação de um curto poema, intitulado "Natal" que foi publicada no blogue em Dezembro de 2007, mas que foi criada em 2004 se não estou em erro. Gosto muito dela.
Outras estão planeadas, algumas feitas, mas provavelmente só serão conhecidas dos leitores quando o livro for editado (sobre isto mais não digo, que o segredo é a alma do negócio).

Geraldes Lino disse...

Viva Miguel Moreira
Agradeço a sua rectificação, e vou corrigir o texto. Pela minha parte, tb lhe faço uma correcção, que, espero, aceite com "fair play" idêntico ao meu: o vocábulo fanzine é do género masculino (em português de Portugal, em português do Brasil, em espanhol-castelhano, em francês).
Agradeço que vá ao meu blogue e clique na categoria "Língua Portuguesa em mau estado na BD, no 'cartoon', na 'internet' e nos fanzines", onde pderá ler um "post" sobre o tema. Tema esse que a geração recente (a que julgo que você pertence) está a tornar polémico (os fanzines existem em Portugal desde Janeiro de 1972, iniciados com o Argon) e, de há uns anos a esta parte, creio que por um fenómeno de iliteracia, (desculpe, o Miguel Moreira é indubitavelmente uma pessoa culta, mas "no melhor pano cai a nódoa"), por muitos jovens não conhecerem a etimologia da palavra (um magazine, "zine", feito por um 'fan', em português 'fã") aderiu à relativamente recente "moda" de transformar em feminino uma palavra que até já tem verbete no dicionário da Porto Editora (8ª edição, de 1998) onde diz: Fanzine, s.m.
Saudações bedéfilas.
GL

Geraldes Lino disse...

Pronto, Bongop, admito a imprecisão que apontas, e já alterei ligeiramente o texto relacionado com o teu blogue. Vai lá ver e diz qq coisa.
Não me podes dar o teu contacto (tlm ou email)?
Onde é que vives (Nazaré?) Encontrámo-nos em Leiria, não foi?

Nuno Amado disse...

Olá Geraldes
Sim já vi a alteração eheheh
O meu mail é nuno_amado@hotmail.com e moro em Oeiras!

Geraldes Lino disse...

De novo, Viva Miguel Moreira.
Pelo facto de não ter dado resposta ao meu comentário, presumo que ficou chateado com a correcção linguística que lhe fiz em relação ao neologismo
"fanzine", chamando-lhe a atenção para o facto de se tratar de um substantivo do género masculino que, devido à iliteracia galopante (isto é, forte incidência na falta de conhecimento do correcto sentido das palavras) o levou a escrever "as fanzines" em vez de "os fanzines".
Com o estreito contacto que tenho, de há muitos anos, com os desenhadores-artistas da BD, conheço bem esse tipo de reacção: vocês não gostam nada de ser corrigidos na língua portuguesa. Mas assim como eu não tenho veleidades de competir convosco no campo da criatividade artística, assumo sem falsas modéstias que sei mais da língua portuguesa do que a maioria dos desenhadores (não queira saber a quantidade e a gravidade dos erros ortográficos e gramaticais que corrijo nas bandas desenhadas que me entregam para a rubrica BD do semanário Mundo Universitário ou para os meus fanzines".
Espero, portanto, que aceite com desportivismo a coreccção que lhe fiz, com espírito positivo, para não ser mais um (ainda por cima, pessoa com btt nível cultural) a embarcar neste vírus da asneira linguística.

Miguel Moreira disse...

Geraldes Lino,
acho que presume mal... De facto não achei importante responder ao seu comentário, mas parece que o senhor quer inevitavelmente que eu diga algo acerca da polémica troca de género; assim sendo, adianto-lhe que tal correção não me ofendeu de maneira nenhuma, até porque foi, confesso-lhe, uma brincadeira minha por saber ser para si uma "questão" sensível. Para além de btt culto, como diz, também tenho algum sentido de humor.... e por isso gosto de me divertir. Espero que não o ofenda.
Fiquei, isso sim, desgostoso por ver que a ordem das meias-páginas apresentadas no seu "post" dificulta a leitura das mesmas. Para quem preza, tão bem, a língua portuguesa e, claro, o seu sentido, tal não deixa de ser perturbador. Não acha?

Geraldes Lino disse...

Viva Miguel Moreira
Já alterei o meu texto, em conformidade com a sua crítica. Perceber-se-á - digo eu -, que você fez (e continua a fazer) a sua banda desenhada, e que a vai expondo no seu blogue, em estreia.
Quanto à alteração da ordem das pranchas, não estou agora com possibilidades técnicas de realizar qq correcção, mas não deixarei de a fazer.
Espero que quando houver novidades acerca da edição do livro que englobará a sua obra, espero que esta nossa ligeira altercação não me impeça de ser informado. Quem sabe se não irei aí ao Porto (?) para estar presente no lançamento de uma obra tão imprevisível.