terça-feira, novembro 28, 2006

BD portuguesa em jornais, e revistas não especializadas (XLVIII) - Jornal Mundo Universitário - Autor: José Lopes

Prancha da banda desenhada Do Outro Lado do Espelho, da autoria (argumento e desenho) de José Lopes

Pela segunda vez, este jovem autor apresenta uma ficção sequencial de características invulgares, tanto em grafismo como na estética da cor.
Neste jornal Mundo Universitário têm sido reproduzidas bandas desenhadas de numerosos autores portugueses, sempre em quadricromia. Isto significa um desafio (e uma corajosa aposta do M.U.) não muito frequente no panorama português da BD.
E representa igualmente a possibilidade de mostrar, aos jovens universitários (e, quem sabe, a alguns professores) um panorama bastante abrangente da existência de um numeroso e variado naipe de autores lusos de Banda Desenhada.
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"Post" remissivo
Os interessados em visionar bandas desenhadas publicadas anteriormente no jornal Mundo Universitário podem fazê-lo clicando na rubrica Archives, no respectivo mês, localizando em seguida o respectivo dia.
Poderão, assim, conhecer os autores já expostos ao longo de quase dois anos, e que são os seguintes:

40. Pedro Alves (M.U. nº 50) - "post" de Nov. 21
39. Nuno Saraiva (M.U. nº 49) - "post" de Nov. 14
38. Pedro Morais (M.U. nº 48) - "post" de Nov. 8
37. Ferrand, Ricardo (M.U. nº 47) - "post" de Out. 31
36. Algarvio [2ª vez] (M.U. nº 46) - "post" de Out. 24
35. Ricardo Cabral [3ª vez] - (M.U. nº 45) - "post" de Out. 17
34. Álvaro [3ª vez] (M.U. nº 44) - "post" de Out. 11
33. Pedro Massano (M.U. nº 43) - "post" de Out.5
32. Derradé [2ª vez] (M.U. nº 42) - "post" de Set.27
31. Estrompa (M.U. nº 41) - "post" de Jun.8
30. António Valjean (M.U. nº 40) - "post" de Maio,31
29. Pedro Nogueira (M.U. nº 39) - "post" de Maio, 24
28. Ricardo Cabral/desenho, Jorge Cabral/arg. [2ª vez] (M.U. nº 38) - "post" de Maio, 16
27. Pepedelrey [2ª vez] (M.U. nº 37) - "post" de Maio, 12
26. Zé Manel [2º vez] (M.U. nº 36) - "post" de Maio, 8
25. J. Mascarenhas [2ª vez] (M.U. nº 35) - "post" de Maio, 4
24. Cheila (M.U. nº 34) - "post" de Abril,5
23. Pedro Manaças (M.U. nº 33) - "post" de Março, 29
22. Jucifer (Joana Figueiredo) (M.U. nº 32) - "post" de Março, 20
21. Rechena, Andreia) (M.U. nº 30) - "post" de Fev. 14
20. Derradé (M.U. nº 29) - "post" de Fev. 8
19. Pedro Alves [2ª vez ] (M.U. nº 28) - "post" de Jan. 19
18. Álvaro [2ª vez](M.U. nº 27) - "post" de 2005, Dez. 12
17. Luís Valente (M.U. nº 26) - "post" de 2005, Nov. 24
16. Paulo Marques/desenho, Bruno Silva/arg. (M.U. nº 25) - "post" de 2005, Nov.15
15. Fritz (M.U. nº 24) - "post" de 2005, Out. 28
14. Francisco Sousa Lobo (M.U. nº 23) - "post" de 2005, Out. 13

A partir daqui para cima, os "posts" incluem imagens das bandas desenhadas reproduzidas no jornal Mundo Universitário. Ei-las, por ordem cronológica ascendente.

Anteriormente foram editadas treze bedês que, por não me ter ainda ocorrido esta ideia, não aparecem reproduzidas no blogue. Aqui por baixo fica o registo dos respectivos autores (alguns deles já voltaram a ser publicados) e nºs do M.U., para quem as quiser ver (na Biblioteca Nacional, por exemplo):
1. Álvaro (M.U. nº 9) 2. Pedro Alves (M.U. nº 11) 3. J. Mascarenhas (M.U. nº 12) 4. Ricardo Cabral/desenho, Jorge Cabral/argumento (M.U. nº 13) 5. Algarvio (M.U. nº14) 6. Mota (M.U. nº 15) 7. Zé Manel (M.U. nº 16) 8. J. Coelho (M.U. nº 17) 9. Pepedelrey (M.U. nº 18) 10. Carlos Marques (M.U. nº 19) 11. Kalika (M.U. nº 20) 12. Carlos Rocha (M.U. nº 21) 13. José Lopes (M.U. nº 22)

domingo, novembro 26, 2006

Visão (1975/76), revista de Banda Desenhada portuguesa (X) - Falando hoje com... Nuno Amorim

Prancha inicial da banda desenhada "Jim'Tómic", da autoria (argumento e desenho) de Nuno Amorim, reproduzida na revista de BD Visão (nº 8, de 10 Nov. 1975)

Nuno Amorim é outro dos autores de Banda Desenhada que reputo ser imprescindível focar, quando se pretenda falar da extinta revista Visão, de qualidade marcante mas de vida efémera, editada entre Abril de 1975 e Maio de 1976.

Esse autor ainda desconhecido, que viria a ser um dos colaboradores da novel publicação, tinha nascido em Lisboa a 9 de Abril de 1952, e recebera o nome de Nuno José Rosa Fernandes Amorim.

  
Licenciar-se-ia em Arquitectura, na ESBAL-Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (actual FBAUL-Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa), e, a meio das funções que começara a exercer em 1973, num atelier de arquitectos, surgir-lhe-ia a possibilidade de fazer BD na dita revista Visão, quando ela atingia o seu número sete. Passava-se isto em Outubro de 1975.

Debutaria assim o jovem Nuno nessa invulgar e importante publicação, dedicada essencialmente à divulgação de novos autores portugueses, onde reessaltaram os nomes de Victor Mesquita, Pedro Massano, Isabel Lobinho, Zé Paulo, Carlos Barradas, Corujo Zíngaro, Duarte, Zepe e, naturalmente, Nuno Amorim, o entrevistado de hoje.


Outra das pranchas da banda desenhada "Jim'Tómic", a única de Nuno Amorim publicada em quadricromia

G.L.- Para ti, o que significou o aparecimento da revista Visão?
Nuno Amorim - Foi a possibilidade de editar bandas desenhadas com qualidade e bem impressas, e com boa distribuição.

G.L.- Dizes isso porque já conhecias a revista, visto que entraste a meio...
N.A.- Na fase em que eu entrei tinha havido uma mudança editorial que tornou a coisa mais interessante para mim. Aliás, eu entrei em resultado dessa mudança.

G.L.- Em Abril de 1975, fazias nesse mês vinte e três anos, ainda estudavas, ou já estavas a trabalhar?
N.A.- Já trabalhava. Trabalhava como arquitecto, num ateliê de arquitectura, onde estava desde 1973.

G.L.- Quando conheceste a revista Visão, já tinhas bandas desenhadas feitas, e alguma publicada?
N.A.-Sim, já tinha publicado num jornal semanal de Música, chamada Musicalíssimo. Fiz lá uma série chamada "Skeleton", aí uns doze episódios.

G.L.- Como é que surgiu a oportunidade de colaborares na Visão?
N.A.- Não sei, não me lembro, sei que alguém falou comigo, e eu fui lá à redacção, já não me lembro onde era.


Prancha da banda desenhada "Interlúdio - Não pare, não escute, não olhe", a primeira de Nuno Amorim publicada na Visão (nº 7, 10 Out. 1975)

G.L.- O tema das bedês com que colaboraste foi-te sugerido, ou aceitaram tudo o que apresentaste?
N.A.- Havia umas reuniões em que se combinava tratar um tema. Mas eu, quando comecei, levei umas bandas desenhadas, que aceitaram.
Só fiz, para a Visão, umas três ou quatro, uma delas intitulada "Não pare, não escute, não olhe", e outra com o título "Jim'Tómic".


Prancha inicial da banda desenhada "A Lição de História" (in Visão nº 9, de 20 Jan.1976)

G.L.- Que fizeste em BD depois de Maio de 1976, data do fim da Visão?
N.A.- Havia um jornal em que estava o Zepe (que tinha conhecido na Visão, e de quem tinha ficado amigo), chamado Pé-de-Cabra, feito ao modelo do Charlie Hebdo.

G.L.- O que é que fizeste para lá?
N.A.- Não me lembro. Sei que fiz para lá uns desenhos, mas não me lembro o que era.

G.L.- Em vez de BD, o que é que tens feito para ganhar a vida?
N.A.- Trabalhei na publicidade, e também na RTP como gráfico. Agora tenho uma produtora de filmes, a Animais, em que faço, sobretudo, Animação.

G.L.- Então e a Arquitectura?
N.A.- Arquitectura tenho feito só para mim e para amigos. Recuperei três montes no Alentejo, dois deles para mim, outro para um amigo.

G.L.- Há algum projecto de BD que estejas a realizar, ou que gostasses de concretizar, num futuro mais ou menos próximo?
N.A.- Não estou a ver, sinceramente não estou a ver. A vida está tão difícil, e não acredito que a BD seja rentável.


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"Posts" remissivos sobre a revista VISÃO (de Banda Desenhada)
 

2ª Parte - Entrevistas a autores-artistas da revista
(IX) Setembro, 12 - Duarte
(VIII) Julho, 9 - Carlos Barradas
(VII) Junho, 30 - Zé Paulo
(VI) Junho, 15 - Corujo Zíngaro
(V) Junho, 13 - Isabel Lobinho
(IV) Maio, 31- Pedro Massano
(III) Maio, 30-Victor Mesquita 2006

1ª Parte - Textos generalistas acerca da revista:
(II) Dezembro, 11 - (I) Dezembro, 10
2005 (ver acima)

Há ainda outro "post" (data: Junho 19), esse dedicado ao tema Lisboa na Banda Desenhada, em que se podem observar duas imagens (óptimas, vale a pena vê-las) da autoria de Zé Paulo, ambas extraídas da revista Visão

sexta-feira, novembro 24, 2006

BD portuguesa nos fanzines (V) - Autor: Paulo Monteiro

Prancha inicial (1 de 4) da banda desenhada apresentada sob o bonito título Irei ver a amada, da autoria (argumento e desenho) de Paulo Monteiro.(*)

Esta banda desenhada, em quatro pranchas, faz parte do conteúdo do nº 8 do fanzine Barsowia, classificado como Melhor fanzine de 2005, no XXIV Saló Internacional del Comic de Barcelona.

(*) Paulo Monteiro - crítico e ensaísta de banda desenhada, faneditor, ilustrador, autor de banda desenhada, e responsável pela criação e organização do Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja

Última prancha da bd Irei ver a Amada. Em fundo, uma vista urbana de Beja, com a torre de menagem do castelo
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"Post" remissivo

Há outros textos relacionados com este tema, indo à coluna "Archives", visitáveis nas datas indicadas abaixo:

(I) Out.14 - Autores: Pedro Figue (desenho), Daniel Maia (arg.)
(II) Nov. 1 - Autores: Rui Lacas, Pepedelrey, J. Coelho, Pedro Nogueira, Renato Abreu
(III) Nov. 9 - Autores: Aires Melo (desenho), Daniel Maia (argumento)
(IV) Nov. 12 - Autor: José Lopes

Nota: Aos interessados em fanzines, alerta-se para o facto de haver, em relação a este chamado Barsowia (espanhol/galego), um "post" no blogue Fanzines de Banda Desenhada, acessível pelo endereço http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com

terça-feira, novembro 21, 2006

BD portuguesa em jornais, e revistas não especializadas (XLVII) - Jornal Mundo Universitário - Autor: Pedro Alves

Prancha da autoria (argumento e desenho) de Pedro Alves

Esta semana, numa Universidade perto do caro amigo visitante deste blogue, está disponível, gratuitamente, o nº 50 do jornal Mundo Universitário, um periódico semanal que está a divulgar bandas desenhadas de variadas tendências, tanto BD tipo "mainstream" como tipo "alternativa".

Pelos nomes dos autores poder-se-á comprovar essa abrangência. Eis a lista de autores publicados no jornal (agora semanário) Mundo Universitário,
desde o seu nº 9, de 6 de Dezembro de 2004,
por iniciativa deste bloguista, avalizada pelos responsáveis daquele jornal:

39. Nuno Saraiva (M.U. nº 49) - "post" de Nov. 14
38. Pedro Morais (M.U. nº 48) - "post" de Nov. 8
37. Ferrand, Ricardo (M.U. nº 47) - "post" de Out. 31
36. Algarvio [2ª vez] (M.U. nº 46) - "post" de Out. 24
35. Ricardo Cabral [3ª vez] - (M.U. nº 45) - "post" de Out. 17
34. Álvaro [3ª vez] (M.U. nº 44) - "post" de Out. 11
33. Pedro Massano (M.U. nº 43) - "post" de Out.5
32. Derradé [2ª vez] (M.U. nº 42) - "post" de Set.27
31. Estrompa (M.U. nº 41) - "post" de Jun.8
30. António Valjean (M.U. nº 40) - "post" de Maio,31
29. Pedro Nogueira (M.U. nº 39) - "post" de Maio, 24
28. Ricardo Cabral/desenho, Jorge Cabral/arg. [2ª vez] (M.U. nº 38) - "post" de Maio, 16
27. Pepedelrey [2ª vez] (M.U. nº 37) - "post" de Maio, 12
26. Zé Manel [2º vez] (M.U. nº 36) - "post" de Maio, 8
25. J. Mascarenhas [2ª vez] (M.U. nº 35) - "post" de Maio, 4
24. Cheila (M.U. nº 34) - "post" de Abril,5
23. Pedro Manaças (M.U. nº 33) - "post" de Março, 29
22. Jucifer (Joana Figueiredo) (M.U. nº 32) - "post" de Março, 20
21. Rechena, Andreia) (M.U. nº 30) - "post" de Fev. 14
20. Derradé (M.U. nº 29) - "post" de Fev. 8
19. Pedro Alves [2ª vez ] (M.U. nº 28) - "post" de Jan. 19
18. Álvaro [2ª vez](M.U. nº 27) - "post" de 2005, Dez. 12
17. Luís Valente (M.U. nº 26) - "post" de 2005, Nov. 24
16. Paulo Marques/desenho, Bruno Silva/arg. (M.U. nº 25) - "post" de 2005, Nov.15
15. Fritz (M.U. nº 24) - "post" de 2005, Out. 28
14. Francisco Sousa Lobo (M.U. nº 23) - "post" de 2005, Out. 13

A partir daqui para cima, os "posts" incluem imagem da banda desenhada reproduzida no jornal Mundo Universitário.
Quem as quiser ver basta-lhe ir à coluna Archives e clicar no respectivo mês.

Por ordem cronológica:
1. Álvaro (M.U. nº 9) 2. Pedro Alves (M.U. nº 11) 3. J. Mascarenhas (M.U. nº 12) 4. Ricardo Cabral/desenho, Jorge Cabral/argumento (M.U. nº 13) 5. Algarvio (M.U. nº14) 6. Mota (M.U. nº 15) 7. Zé Manel (M.U. nº 16) 8. J. Coelho (M.U. nº 17) 9. Pepedelrey (M.U. nº 18) 10. Carlos Marques (M.U. nº 19) 11. Kalika (M.U. nº 20) 12. Carlos Rocha (M.U. nº 21) 13. José Lopes (M.U. nº 22)

domingo, novembro 19, 2006

Balão de BD - O 1º "balão de fala" na Banda Desenhada, no YELLOW KID, de Richard Felton Outcault, no dia 25 de Outubro de 1896 (2 de 2)

Pormenor do episódio The Yellow Kid and his new phonograph, impresso no New York Journal, datado de 25 de Outubro de 1896
(A prancha está totalmente reproduzida neste blogue, no "post" com data do passado dia 25 de Outubro, cento e dez anos após a publicação original)

É nesta "sunday page", isto é, página dominical, datada de 25 de Outubro de 1896, reproduzida no New York Journal, que, pela primeira vez (na BD) o protagonista da sequência figurativa fala através de um "balão".
The Yellow Kid takes a hand at golf, assim se titula a prancha reproduzida na página dominical do New York Journal, datado de 24 de Outubro de 1897.

Passou-se um ano menos um dia, após o uso do balão de fala na boca do Yellow Kid. Como se depreende, foi um facto visual perfeitamente esporádico: na prancha que acima se reproduz, o único ser falante (através do "balão") é o papagaio, continuando o "puto amarelo" a expressar-se por falas mostradas no bibe.
Prancha publicada na "sunday page" do jornal American Examiner de 7.Julho.1907.
Intitula-se The Yellow Kid. He meets Tige and Mary Jane and.
A frase é completada pela imagem de outro miúdo chamado Buster Brown.

Quando, finalmente, o autor das personagens Yellow Kid e Buster Brown, usa sistematicamente, numa prancha desta última personagem - o miúdo Buster Brown - o "balão de fala da BD", já se passaram quase onze anos.
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O presente "post" representa a parte "2 de 2" do inicial afixado em 25 de Outubro passado, cento e dez anos após o aparecimento do primeiro balão na BD impressa, ou susceptível de o ser, e publicada (*)

Esta expressão termo "impressa, ou susceptível de o ser, e publicada" fica já aqui como resposta a todos os especialistas (alô Silvares) que sabem da existência das filacteras, antepassadas dos "balões de fala da banda desenhada", aparecidas em ícones religiosos e até gravuras de artistas (Hogarth e Rowland, cito de cor, foram pioneiros nessa área).
Mas há que atender ao consenso a que se chegou, internacionalmente, de apenas considerar Banda Desenhada, ou Figuração Narrativa, as obras impressas, ou susceptíveis de o ser (a BD em baixo relevo na Coluna de Trajano não pode ser impressa) e publicadas (desta forma espalhadas, vendidas ou oferecidas, publicamente).

Chegado aqui, acho que se proporciona reproduzir um texto que escrevi como resposta um inquérito sobre esta obra "The Yellow Kid", em que se punha a questão de se considerar esta obra, e esta data. como sendo o início da Banda Desenhada.

Quem estiver com pachorra para ler um texto mais extenso do que o habitual na maioria dos blogues (excepto aqueles, excelentes, onde escrevem os meus pares Pedro Vieira de Moura
(Ler BD - http://lerbd.blogspot.com)
e Sara Figueiredo Costa
(Beco das Imagens - http://becodasimagens.blogspot.com ),
é favor fazer "scroll down".
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"100 anos de BD: Yes ou Non" (1)
(Inquérito realizado pela extinta Associação do Salão Internacional de Banda Desenhada do Porto-ASIBDP, em 1996, cem anos após o aparecimento do "balão da BD").

Perguntas:
1ª - Concorda com a data escolhida para comemorar os 100 anos do nascimento da BD, coincidente com apublicação de The Yellow Kid, de Richard F. Outcault? Porquê?
2ª - Acha importante as comemorações dos 100 anos da Banda Desenhada? Porquê?
3ª - Destaque os três momentos que considera mais importantes na História da Banda Desenhada.

As minhas respostas:
1ª - Não concordo.
Reconheço que o Yellow Kid constituiu valiosa contribuição para a divulgação da banda desenhada, visto que a sua publicação nos jornais americanos permitiu atingir camadas vastas e etariamente heterogéneas de leitores. Mas considero ter sido uma decisão artificial e forçada a escolha dessa obra e, por inerência, a respectiva data, para marcar o nascimento da BD.
Porque o processo para se chegar a tal decisão é pouco conhecido, apesar de histórico no âmbito da banda desenhada, julgo imprescindível saber-se quem a tomou, onde, e quando.
Em 1989 reuniu-se em Lucca, Itália, um grupo de especialistas na matéria, expressamente convidados para o efeito. Foram eles:
Álvaro de Moya (Brasil), Claude Moliterni (França), Claude Bertieri (Itália), David Pascal (Estados Unidos da América), Denis Gifford (Inglaterra), Javier Coma (Espanha), Luís Gasca (Espanha), Maurice Horn (E.U.A.), Richard Marschall (E.U.A.), Rinaldo Traini (Itália) e Vasco Granja (Portugal).
Por informação pessoal de Vasco Granja (que inicialmente defendeu os Apontamentos de Raphael Bordallo Pinheiro sobre a Picaresca Viagem do Imperador do Rasilb pela Europa) e de Claude Moliterni, na votação final apenas Denis Gifford votou contra o Yellow Kid, defendendo inabalavelmente Ally Slopper, personagem pioneira da BD inglesa.
Ficou portanto decidido, por maioria, que The Yellow Kid passaria a ser a origem histórica da banda desenhada, por ter sido a primeira obra a integrar balões, cumprindo dessa forma todos os requisitos por ele exigidos.
Assim passou a constar, ad eternum, que a BD apenas existe desde 1896, data em que as falas daquela personagem começaram a ser sistematicamente inseridas em filacteras, popularmente designadas por balões.
É muito controverso um purismo deste tipo. Tanto mais que, em dezenas de definições de banda desenhada, elaboradas por estudiosos tão credenciados quanto os de Lucca, não existe nenhuma que indique obrigatoriedade do balão.
Obrigatória tem sido a exigência de existir sequência nas imagens, e serem publicadas (ou susceptíveis de o ser).
A considerar-se o balão como elemento absolutamente indispensável, muitas obras de qualidade deixariam de poder considerar-se bandas desenhadas. Como, por exemplo, o Príncipe Valente. Além disso, seria tão absurdo como se, no que concerne ao Cinema, nos quisessem impor o conceito de que a sua origem seria datada a partir do primeiro filme sonoro.

2ª- Não.
Porque não considero que a banda desenhada tenha passado a existir apenas em 1896.

3ª -
Primeiro:
O ano de 1827, quando o professor, escritor e pintor suiço Rodolphe Töpffer realizou, para os seus alunos, a sua primeira histoire en estampes, intitulada Histoire de M. Vieux Bois. Trata-se, indubitavelmente, da primeira banda desenhada. (Ainda não fora impressa nesse ano, mas era susceptível de o ser, e foi-o, em álbum, em 1837, sob o título Les Amours de M. Vieux Bois.

Segundo:
O ano de 1833, quando, pela primeira vez, foi publicada uma banda desenhada. Intitulou-se Histoire de M. Jabot, era também da autoria de Töpffer, e foi editada sob a forma de álbum.
Terceiro:
O aparecimento do balão na boca do Yellow Kid, em 25 de Outubro de 1896.
Foi isso no episódio The Yellow Kid and his new phonograph. E, por coincidência, é aí que pela primeira vez nesta obra, aparecem imagens em sequência, como é obrigatório na linguagem visual da banda desenhada.

Geraldes Lino

(1) - Esta resposta foi uma das várias publicadas no fanzine QUADRADO (nº 3 - Out. 96) pela ASIBDP.´
Todavia, apareceu bastante truncada, alegadamente devido ao facto de uma passagem do texto (onde se nomeiam as personalidades que decidiram qual foi a primeira banda desenhada, onde e quando isso aconteceu) coincidir nesse ponto com a de Manuel Caldas, estudioso de Póvoa de Varzim, enviada anteriormente.
Considerando discutível (no mínimo) qualquer amputação num texto de outrem, sejam quais forem os motivos invocados, e bastante deselegante o facto de não esclarecerem os leitores das razões dos cortes explicitamente assinalados, reproduzi o texto naíntegra no meu fanzine Tertúlia BDzine, nº 8, Janeiro de 1997.

sábado, novembro 18, 2006

Jovens Criadores 2006 - Exposição multidisciplinar no Montijo

Cartaz do evento


Uma faixa no interior do edifício de antiga fábrica desactivada, com a indicação das artes expostas

Como acontece desde há muitos anos, está em andamento o evento baptizado por Jovens Criadores 2006.
Trata-se de organização conjunta das seguintes entidades: CPAI-Clube Português de Artes e Ideias (uma associação privada), IPJ-Instituto Português da Juventude e Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto.

Também, como sucede anualmente, o local escolhido para esta mostra multidisciplinar mudou. A cidade do Montijo foi, desta vez, a seleccionada para acolher os Jovens Criadores, havendo dois espaços a albergar as suas obras:
1. Tobom (Antiga Fábrica Tobom, um grande e velho edfício, com um interior impressionante, cheio de salas e recantos inesperados), na Praça da República;
2. Cine-Teatro Joaquim d'Almeida, na rua homónima.
Um ângulo da exposição de BD, composta pelas pranchas das quatro bandas desenhadas seleccionadas.

A mostra, heterogénea, abarca várias formas de arte. A saber:
1. Artes Plásticas
2. Banda Desenhada
3. Ciber Arte
4. Dança
5. Design de Equipamento
6. Design Gráfico
7. Fotografia
8. Ilustração
9. Joalharia
10.Literatura
11.Moda
12.Música
13.Vídeo

Nota: Por vezes, há alguns jovens que, em conversa comigo, se lamentam:
"Há pouca consideração pela Banda Desenhada, as pessoas dizem que isso é coisa para crianças".
E eu costumo responder:
"As pessoas com mais cultura não dizem isso, e consideram uma arte, ao nível de todas as outras".
Aqui está mais uma prova - e há muitos anos que assim é: no concurso organizado pelo Clube Português de Artes e Ideias, a BD lá está representada, em pé de igualdade com todas as outras artes.
Prancha da autoria de Lucas Almeida, pertencente ao episódio intitulado (com muita graça e ironia) O Jovem Queria Dor

A Banda Desenhada (afinal, é disso que estamos a falar) está representada por:
1. Lucas Almeida
2. Pedro Vieira
3. Pamorim (Pedro?Paulo? Amorim, depreende-se)
4. Ana Madureira

Lucas Almeida já foi focado, através do seu fanzine O Hábito Faz o Monstro, num "post" datado de Maio, 23, no meu outro blogue, o Fanzines de Banda Desenhada (http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com)
Os outros autores (ainda) não conheço.

A mostra, iniciada no dia 15 deste mês de Novembro, estará patente até 15 de Dezembro, entre as 14h e as 20h.
Encerra à 2ª feira.
Mais informações pelos tm 96 378 40 47 e 91 486 74 32

quinta-feira, novembro 16, 2006

Castelos na Banda Desenhada (XV) - Castelo de Lisboa - Autor: Artur Correia

O Castelo de Lisboa (baptizado com o nome de um santo, o Jorge), visto, ou antes, imaginado, por Artur Correia, no capítulo A Gastronomia em Portugal. Dos tempos paleolíticos até à actualidade
A prancha completa, donde foi extraída a vinheta com a visão (bastante imaginativa) do castelo de Lisboa

Em ambos os casos, trata-se de imagens extraídas do livro Nabos na Cozinha. Culinária para principiantes, livro realizado pela dupla Artur Correia (desenho) e António Gomes de Almeida (argumento do humorista, colunista e responsável por várias revistas, que também assina por AGA), com a colaboração (apoio culinário) de Maria José Colaço.

Uma interessante (de cariz claramente humorístico) reconstituição "made by Artur Correia", duma ruela da Lisboa medieval, vendo-se, por uma nesga, o castelo lá no alto.

Apesar de a obra incluir um capítulo dedicado a receitas de culinária, o que interessa aqui ressaltar é o facto de as últimas quarenta páginas serem de banda desenhada, constituindo uma obra à parte, cujo título é: A Gastronomia em Portugal. Dos tempos paleolíticos até à actualidade.

Capa do livro (misto de livro e álbum de BD) editado sob chancela duma casa pequena mas com ideias, a Roma Editora

O livro foi hoje, 16 de Novembro, apresentado ao público no El Corte Inglés, através de um "power point" realizado por António Gomes de Almeida, onde ele e Artur Correia se apresentavam.
A banda desenhada foi comentada por este mesmo bloguista.

terça-feira, novembro 14, 2006

BD portuguesa em jornais e revistas não especializadas (XLVI) - Jornal Mundo Universitáriio - Autor: Nuno Saraiva

Prancha da série de banda desenhada As Aventuras Extra Ordinárias de um Falo Barato, com o anti-herói Zé Inocêncio, da autoria (argumento e desenho) de Nuno Saraiva

Banda desenhada autoconclusiva publicada no semanário gratuito Mundo Universaitário, no seu nº 49, datado de 13 deste mês de Novembro. Exemplar ainda acessível a quem se quiser dar ao trabalho de localizar uns expositores metálicos, de cor azul escura (nas Universidades de Lisboa é onde se encontram), geralmente colocados nos átrios desses estabelecimentos de ensino superior.

Nota: Os jornais podem estar colocados noutros locais das universidades, e parece que - pelo menos em Coimbra, conforme informação de Pedro Morais, autor de BD e ilustrador - podem não estar nesse tipo de expositores
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Lista de autores publicados no Mundo Universitário desde o seu nº 9, de 6 de Dezembro de 2004, por iniciativa deste bloguista, avalizada pelos responsáveis daquele jornal:

1. Álvaro (M.U. nº 9) 2. Pedro Alves (M.U. nº 11) 3. J. Mascarenhas (M.U. nº 12) 4. Ricardo Cabral/desenho, Jorge Cabral/argumento (M.U. nº 13) 5. Algarvio (M.U. nº14) 6. Mota (M.U. nº 15) 7. Zé Manel (M.U. nº 16) 8. J. Coelho (M.U. nº 17) 9. Pepedelrey (M.U. nº 18) 10. Carlos Marques (M.U. nº 19) 11. Kalika (M.U. nº 20) 12. Carlos Rocha (M.U. nº 21) 13. José Lopes (M.U. nº 22)

A partir daqui os "posts" incluem imagem da banda desenhada reproduzida no jornal Mundo Universitário Quem as quiser ver basta-lhe ir à coluna Archives e clicar no respectivo mês
14. Francisco Sousa Lobo (M.U. nº 23) - "post" de 2005, Out. 13
15. Fritz (M.U. nº 24) - "post" de 2005, Out. 28
16. Paulo Marques/desenho, Bruno Silva/arg. (M.U. nº 25) - "post" de 2005, Nov.15
17. Luís Valente (M.U. nº 26) - "post" de 2005, Nov. 24
18. Álvaro [2ª vez](M.U. nº 27) - "post" de 2005, Dez. 12
19. Pedro Alves [2ª vez ] (M.U. nº 28) - "post" de Jan. 19
20. Derradé (M.U. nº 29) - "post" de Fev. 8
21. Andreia Rechena (M.U. nº 30) - "post" de Fev. 14
22. Jucifer (Joana Figueiredo) (M.U. nº 32) - "post" de Março, 20
23. Pedro Manaças (M.U. nº 33) - "post" de Março, 29
24. Cheila (M.U. nº 34) - "post" de Abril,5
25. J. Mascarenhas [2ª vez] (M.U. nº 35) - "post" de Maio, 4
26. Zé Manel [2º vez] (M.U. nº 36) - "post" de Maio, 8
27. Pepedelrey [2ª vez] (M.U. nº 37) - "post" de Maio, 12
28. Ricardo Cabral/desenho, Jorge Cabral/arg. [2ª vez] (M.U. nº 38) - "post" de Maio, 16
29. Pedro Nogueira (M.U. nº 39) - "post" de Maio, 24
30. António Valjean (M.U. nº 40) - "post" de Maio,31
31. Estrompa (M.U. nº 41) - "post" de Jun.8
32. Derradé [2ª vez] (M.U. nº 42) - "post" de Set.27
33. Pedro Massano (M.U. nº 43) - "post" de Out.5
34. Álvaro [3ª vez] (M.U. nº 44) - "post" de Out. 11
35. Ricardo Cabral [3ª vez] - (M.U. nº 45) - "post" de Out. 17
36. Algarvio [2ª vez] (M.U. nº 46) - "post" de Out. 24
37. Ferrand, Ricardo (M.U. nº 47) - "post" de Out. 31
38. Pedro Morais (M.U. nº 48) - "post" de Nov. 8
39. Nuno Saraiva (M.U. nº 49) - "post" de Nov. 14

Dados estatísticos:
1. Foram publicadas, até agora, 39 bandas desenhadas;
2. Participaram 31 autores, sendo 29 desenhadores e 2 argumentistas;
3. Houve 6 desenhadores que já publicaram 2 bedês: Pedro Alves, J. Mascarenhas, Zé Manel, Pepedelrey, Derradé e Algarvio;
4. Houve 2 desenhadores de que já foram publicadas 3 bedês: Álvaro e Ricardo Cabral;
5. Entre os 30 autores participantes houve apenas 3 mulheres (Andreia Rechena, Jucifer-Joana Figueiredo e Cheila).

domingo, novembro 12, 2006

BD portuguesa nos fanzines (IV) - Autor: José Lopes


Uma das pranchas iniciais (a 12ª) da novela gráfica Windigo, do autor-artista José Lopes, também faneditor (o fanzine Doczine, onde se pode apreciar esta obra de figuração narrativa, é por ele editado).

José Lopes tem um excepcional sentido do contraste claro-escuro, que domina com à-vontade nas várias obras de sua autoria, já editadas em fanzines e fanálbuns.

São quase inexistentes as pranchas em que há algum texto a complementar as imagens. Isso porque, visivelmente, José Lopes preferiu fazer-se entender apenas pela mensagem visual. E conseguiu-o.

A 30ª prancha da banda desenhada Windigo
 A 31ª prancha (visível na página 37) que continua a mostrar a sequência em que as personagens principais da novela gráfica estão a visitar uma exposição de pintura
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Mais posts relacionados com o tema BD portuguesa nos fanzines podem ser vistos clicando na coluna Archives, nas datas abaixo indicadas:
(III) Nov. 9
(II) Nov. 1
(I) Out. 14
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Também relacionado com José Lopes e a acima mencionada novela gráfica Windigo, pode ser vista a sua 1ª prancha (no "post" datado de de Nov. 3), e um curto comentário a respeito do autor) no meu blogue
http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com

sexta-feira, novembro 10, 2006

Exposição de Banda Desenhada e Ilustração na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa-FBAUL


Muito apropriadamente, o novel (fundado em Novembro de 2005) Núcleo de Ilustração, Banda Desenhada e Argumento da AEFBAUL (sigla da Associação de Estudantes da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa), que se apresenta pública e simplesmente como IMAGINArte, decidiu organizar uma exposição de Banda Desenhada e Ilustração nas instalações da respectiva Faculdade.
Contactado por André Oliveira, um dos activos membros daquele núcleo (e também argumentista de BD), fui lá hoje ver a exposição.
Merece-me destaque a boa qualidade de algumas das pranchas de BD expostas, da autoria de João Leal ou de Miguel Gabriel, ambos a banda-desenharem sob argumento de André Oliveira, e de João Monteiro.

João Monteiro e João Leal, dois dos jovens artistas participantes na mostra, ficam representados por uma prancha cada (ver abaixo).

Prancha da banda desenhada O Caso do Lobo Mau, da autoria (argumento e desenho) de João Monteiro
Uma das pranchas de BD em exposição, da autoria de João Leal (desenho) e André Oliveira (argumento)
A galeria de arte coordenada pela IMAGINArte, com um aspecto da interessante mostra de Banda Desenhada e Ilustração, patente entre 1 e 15 deste mês de Novembro.

Quem quiser contactar aquele núcleo artístico, pode escrever para
imaginarte.fbaul@gmail.com

Para saber mais sobre as actividades do IMAGINArte, nada melhor do que visitar o blogue
http://diplodocus--voador.blogspot.com

quinta-feira, novembro 09, 2006

BD portuguesa nos fanzines (III) - Autores: Aires Melo (desenho), Daniel Maia (argumento)

Última prancha da banda desenhada Conan. Crónicas de um Bárbaro, da autoria de Aires Melo (ideia original e desenho) e Daniel Maia (argumento adaptado)

Mais uma banda desenhada, a segunda do ciclo de homenagem a Robert E. Howard, através da publicação de "pastiches", realizados por autores da Nova BD Portuguesa, dedicados a heróis criados por aquele escritor.
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Outras pranchas desta mesma bd estão visíveis no blogue Fanzines de Banda Desenhada, cujo endereço indico abaixo
http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com
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Mais "posts" relacionados com o tema BD portuguesa nos fanzines podem ser vistos clicando na coluna Archives, nos meses e datas abaixo indicados:
(I) Out. 14
(II) Nov. 1

quarta-feira, novembro 08, 2006

BD portuguesa em jornais e revistas não especializadas (XLV) - Jornal Mundo Universitário - Autor: Pedro Morais

Episódio de banda desenhada intitulado No Fim do Mundo, da autoria (argumento e desenho) de Pedro Morais

O semanário Mundo Universitário, com distribuição gratuita na maioria das universidades portuguesas, continua a albergar bandas desenhadas curtas autoconclusivas (tipo one shot) de grande diversidade de autores portugueses, maioritariamente representantes da nova BD portuguesa.

Esta semana, no dia 6 de Novembro (2ª feira é o dia de saída do jornal), foi editado o M.U. nº 48.
Nele se pode apreciar uma bedê realizada por Pedro Morais, também aqui reproduzida para fruição dos visitantes deste blogue.

Nota divulgatória destinada em especial para o Pedro Morais e para todos os interessados em obter um exemplar deste jornal, como ele residentes nas proximidades de Coimbra:

Naquela zona, o jornal Mundo Universitário é distribuído nos seguintes estabelecimentos de ensino:

1. Faculdade de Ciências e Tecnologia
2. Faculdade de Economia
3. Faculdade de Direito
4. Faculdade de Letras
5. Faculdade de Medicina
6. Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação
7. Escola Universitária das Artes de Coimbra
8. Instituto Superior Bissaya Barreto
9. Instituto Superior Miguel Torga
10. Faculdade de Teologia (UCP)

Mais uma dica: este jornal é colocado em expositores metálicos, de cor azul escura, no átrio das Faculdades.
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Lista de autores publicados no Mundo Universitário desde o seu nº 9, de 6 de Dezembro de 2004, por iniciativa deste bloguista, avalizada pelos responsáveis daquele jornal:
1. Álvaro (M.U. nº 9)
2. Pedro Alves (M.U. nº 11)
3. J. Mascarenhas (M.U. nº 12)
4. Ricardo Cabral/desenho, Jorge Cabral/argumento (M.U. nº 13)
5. Algarvio (M.U. nº14)
6. Mota (M.U. nº 15)
7. Zé Manel (M.U. nº 16)
8. J. Coelho (M.U. nº 17)
9. Pepedelrey (M.U. nº 18)
10. Carlos Marques (M.U. nº 19)
11. Kalika (M.U. nº 20)
12. Carlos Rocha (M.U. nº 21)
13. José Lopes (M.U. nº 22)
14. Francisco Sousa Lobo (M.U. nº 23)
15. Fritz (M.U. nº 24)
16. Paulo Marques/desenho, Bruno Silva/argumento (M.U. nº 25)
17. Luís Valente (M.U. nº 26)
18. Álvaro [2ª vez] - (M.U. nº 27)
19. Pedro Alves [2ª vez ] - (M.U. nº 28)
20. Derradé (M.U. nº 29)
21. Andreia Rechena (M.U. nº 30)
22. Jucifer (Joana Figueiredo) (M.U. nº 32)
23. Pedro Manaças (M.U. nº 33)
24. Cheila (M.U. nº 34)
25. J. Mascarenhas [2ª vez] - (M.U. nº 35)
26. Zé Manel [2º vez] - (M.U. nº 36)
27. Pepedelrey [2ª vez] - (M.U. nº 37)
28. Ricardo Cabral/desenho, Jorge Cabral/argumento [2ª vez] - (M.U. nº 38)
29. Pedro Nogueira (M.U. nº 39)
30. António Valjean (M.U. nº 40)
31. Estrompa (M.U. nº 41)
32. Derradé [2ª vez] - (M.U. nº 42)
33. Pedro Massano (M.U. nº 43)
34. Álvaro [3ª vez] - (M.U. nº 44)
35. Ricardo Cabral [3ª vez] - (M.U. nº 45)
36. Algarvio [2ª vez] - (M.U. nº 46)
37. Ferrand, Ricardo (M.U. nº 47)
38. Pedro Morais (M.U. nº 48)

Dados estatísticos:
1. Foram publicadas, até agora, 38 bandas desenhadas;
2. Participaram 30 autores, sendo 28 desenhadores e 2 argumentistas;
3. Houve 6 desenhadores que já publicaram 2 bedês: Pedro Alves, J. Mascarenhas, Zé Manel, Pepedelrey, Derradé e Algarvio;
4. Houve 2 desenhadores de que já foram publicadas 3 bedês: Álvaro e Ricardo Cabral;
5. Entre os 30 autores participantes houve apenas 3 mulheres (Andreia Rechena, Jucifer-Joana Figueiredo e Cheila).
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Para quem quiser ver algumas das bandas desenhadas já reproduzidas neste jornal e noutros jornais e revistas, pode ir à rubrica "Archives" e clicar no "post" de Out.31

sexta-feira, novembro 03, 2006

Tertúlia BD de Lisboa - 264º Encontro - 7 Nov. 06

Capa do álbum Tornado - Só me saem dukes!, da autoria (argumento e desenho) de Estrompa

Impreterivelmente, como sempre desde há 21 anos (atrás, como está em voga dizer-se, desnecessariamente, se calhar a copiar o "years ago" dos ingleses), na primeira 3ª feira do mês (Novembro) vai realizar-se mais um encontro da Tertúlia BD de Lisboa.

E, mantendo-se inabalavelmente a localização, num pequeno restaurante do Parque Mayer (não tão pequeno assim: cabe bem lá a média de quarenta e tal bedéfilos que costuma participar nesta associação informal, actualmente a única no seu género em Portugal).

Homenageado: Estrompa
Convidado Especial: João Miguel Lameiras

Estrompa vai ser o primeiro caso de "upgrading". O que quer isto dizer? Simples: Estrompa foi Convidado Especial há cerca de vinte anos, e é elevado agora à categoria superior, i.e., Homenageado.

Como já escrevi em anteriores "posts" acerca da TBDL, a diferença principal entre Homenageado e Convidado Especial tem a ver com a importância da obra realizada na BD e com a idade (teria algo de ridículo homenagear um autor com menos de quarenta anos...). Mas Estrompa já tem agora obra e idade que justifique a categoria de Homenageado.

Além de banda-desenhista, Estrompa é igualmente fanzinista. Herdou de Luiz Beira o fanzine Shock (sobre este zine há um "post" em http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com, datado de Out. 14), onde tem mantido em acção o seu anti-herói Tornado, que também já teve direito a mini-álbum editado em Outubro de 2002 pela Bedeteca de Lisboa, cuja capa está reproduzida no topo do presente "post".

Quanto ao Convidado Especial, João Miguel Lameiras, vai sê-lo na qualidade de argumentista, o que já fez a "solo" e também em equipa com João Ramalho Santos.
Além disso (mas essas facetas não são, por agora, distinguidas) ele tem tido trabalho meritório enquanto crítico e divulgador: fez, durante anos, um programa sobre BD, intitulado Balada do mar salgado, na RUC - Rádio Universidade de Coimbra, e escreve actualmente (sobre BD, claro) no jornal Diário As Beiras.

Mais elementos biográficos serão conhecidos na tertúlia, visto que, como sempre, é distribuído a todos os presentes uma autobiografia (ilustrada com autocaricatura), quer do Homenageado, quer do Convidado Especial.

Algum visitante deste blogue que queira participar no evento que acabo de descrever (sumariamente), pode escrever-me - se for em correio azul, 3ª feira receberei a carta - indicando-me o nº do seu telemóvel, ou mesmo de telefone fixo, que de imediato o contactarei a formalizar o convite e a explicar-lhe o local onde se realiza a TBDL.

O meu endereço:
Apartado 50273
1707-001 Lisboa
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Mais "posts" acerca da Tertúlia BD de Lisboa podem ser lidos nas datas:
2006 - Set. 29, Set. 2, Jul. 28, Jul. 1, Jun. 3, Abril. 24, Março, 30, Março 2

quarta-feira, novembro 01, 2006

BD portuguesa nos fanzines (II) - Autores: Rui Lacas, Pepedelrey, J.Coelho, Pedro Nogueira, Renato Abreu - Fanzine Jazzbanda

É um facto bem conhecido dos fanzinistas do relativamente limitado âmbito abrangido pelos fanzines. Esse factor decorre naturalmente do carácter alternativo que é uma das mais importantes facetas deste tipo de publicações independentes.
Com o aparecimento dos blogues, dos sítios e portais internéticos, onde existem já e-zines e em que são divulgados os zines clássicos, editados em papel, há muito maior divulgação da BD que neles se publica.
Precisamente para contribuir nessa intenção, foi criada neste blogue a presente rubrica. Assim se complementará a divulgação das bedês (e, consequentemente, dos respectivos autores) em publicação nos fanzines de papel. Para o caso, trata-se de autores que participaram no mais recente número do Jazzbanda.

Prancha inicial da banda desenhada Pérolas para Porcos (6 pranchas), da autoria (argumento e desenho) de Rui Lacas
 Prancha inicial da banda desenhada Copo ao Som de um Piano (6 pranchas) da autoria (argumento e desenho) de Pepedelrey
 
Prancha inicial da banda desenhada (4 pranchas) Contrabaixo Solitário (4 pranchas), da autoria (argumento e desenho) de J.Coelho

Prancha inicial da banda desenhada Apontamentos Improvisados e Sincopados (5 pranchas), da autoria (argumento e desenho) de Pedro Nogueira
  Prancha inicial da banda desenhada O Saxofonista de Hamelin, (4 pranchas) da autoria (argumento e desenho) de Renato Abreu
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Neste fanzine Jazzbanda (nº2), a capa e respectivo grafismo são da autoria de Pedro Massano, estando visíveis no blogue "Fanzines de Banda Desenhada", no endereço
http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com

"Post" remissivo - Do mesmo tema há um texto anterior em Outubro, 14, relacionado com os autores Pedro Figue e Daniel Maia divulgados no fanzine Tertúlia BDzine.