sábado, janeiro 31, 2009

Tertúlia BD de Lisboa - 294º Encontro - Convidado Especial: Mário Freitas


Prancha do episódio Refundação (Super Pig nº 4) desenhada por Carlos Pedro e arte-finalizada por Mário Freitas.

Mais um encontro da associação informal Tertúlia BD de Lisboa, cujo programa, como sempre, é dividido em três partes:
1ª - Jantar (entre as 20h00 e as 21h30)
2ª - Sorteio interactivo de BD, onde se sorteiam peças (álbuns, revistas e fanzines) oferecidas pelos próprios "tertulianos", que assim permite não só uns momentos de entretenimento, como também permitir o contacto entre quem oferece a peça e quem a recebe.
3ª - Todos os presentes ficarem a conhecer, não só pessoalmente como através de auto-apresentação escrita e oral, o Convidado Especial do encontro. Que vai ser:

MÁRIO FREITAS
Mário Miguel Rocha de Freitas nasceu em Lisboa, a 9 de Maio de 1972. Licenciou-se em Gestão pelo I.S.E.C., mas, após ter trabalhado na especialidade relacionada com o seu curso superior, acabou por optar pela profissão de editor-livreiro, sendo proprietário da Livraria Kingpin of Comics, e responsável pela chancela editorial Kingpin Comics, acumulando isso com actividades criativas na BD, como argumentista, legendador e arte-finalista.
Criou argumentos para:
a) ... a Revista Super-Pig, do nº 1 ao nº 4, na totalidade do seu conteúdo bedístico;
b) ... uma bd em 3 horas com o título "Rivais";
c) ... uma bd em 2 horas com o título "Terror Artist";
d) ... a bd "Conveniências", numa só prancha autoconclusiva, a cores, no jornal Mundo Universitário;
e) ... o episódio "Ícone"(uma prancha autoconclusiva, a cores, em formato A3), publicado no nº 3 do zine Efeméride, integrado no título genérico "Super-Homem no Século XXI";
f) ... a bd em quatro pranchas "O Último Resistente do Parque Mayer", pulicada no fanzine Tertúlia BDzine;
g9 ... a bd "A Última História do Omnimaledicente" a publicar no fanzine Bizarro Especial 10 Anos".
Enquanto arte-finalista tem a seu crédito:
a) Revista Super-Pig nºs 1, 2 e 4;
b) C.A.O.S., livro 3;
c) A bd em 3 horas "Rivais";
d) A bd em 2 horas "Terror Artist";
e) No Tertúlia BDzine, a bd "Tertúlia do Horror apresenta 'O Monstro do Pântano";
f) O episódio "Ícone" no fanzine Efeméride nº3, dedicado ao tema "Super-Homem no Século XXI".
Como legendador, foi responsável pelas bedês em que fez argumentos e artes-finais antes mencionadas.

terça-feira, janeiro 27, 2009

Banda Desenhada portuguesa nos jornais (CX) - Mundo Universitário - Vários autores

Autor: Pedro Alves
Autor: J. Mascarenhas
Autor: Ricardo Cabral
Autor: Algarvio
Autor: Mota
Autor: Zé Manel
Autor: JCoelho
Autor: Pepedelrey
Autores: Carlos Marques (desenho), Sílvia Matos Lemos (argumento)

Autor: Kalika (banda desenhada baseada em poema de Herberto Helder)

Autor: Carlos Rocha

Autor: José Lopes

Autor: Francisco Sousa Lobo
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Maldita crise. O semanário gratuito Mundo Universitário não lhe escapou. 
Voltou a ser quinzenário, como tinha sido no início, e reduziu o número de páginas. Ora aqui é que está o busílis: com o corte nas páginas, alguma coisa teria de ser sacrificada. 
Adivinha-se o resto: a Banda Desenhada, que estava ali por acaso, foi uma dessas "coisas"
.
Ainda há pouco tempo, em Dezembro, tinha festejado aqui no blogue a chegada à centésima bedê. 
Mal sabia eu que iria receber tão triste notícia, dada precisamente pela pessoa que tinha aceite a minha proposta, há quatro anos, de publicar uma bd em cada número: a actual directora do jornal, a jornalista Raquel Louçã Silva.
.
Acabou o espaço privilegiado que a BD ocupou nas páginas do MU: a cores e no bom formato tablóide.
Com a reprodução destas bandas desenhadas, as únicas que tinham ficado de fora, por terem sido as primeiras a serem publicadas no jornal, fica visível a totalidade da colaboração, a que os visitantes do blogue terão acesso ao clicar no item "Banda Desenhada portuguesa nos jornais" colocado no rodapé desta postagem.

Exposição 80 Anos de Tintim na Lousã - Tintin e Hergé (XI)



A notícia diz tudo. É só clicar em cima, para ampliar e facilitar a leitura (como sabem todos os habituais, os chamados navegadores da Net).
Aproveito para aconselhar aos tintinófilos (e bedéfilos em geral) uma ida ao Museu Dr. Louzã Henriques, na Lousã, apreciar a excelentíssima exposição 8o Anos de Tintim, organizada por Carlos Sêco.
Ou CarloSêco, assinatura artística deste cartunista, professor, director do semanário Trevim e, o que mais nos interessa neste caso, dono de invejável colecção de álbuns, revistas, livros e peças diversas, tudo isso relacionado com Tintin e Hergé.
A exposição está visitável até ao próximo mês de Fevereiro, dia 15.
E é, perdoe-se-me o chavão, uma exposição "a não perder". Ou ainda, outro chavão muito em voga, "incontornável"!

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Concurso Europeu BD sem limite máximo de idade!


De quando em vez lá surge um concurso que permite a participação de todos, sem a terrível e convencional barreira da idade, estamos a falar da máxima, aquela que mais afecta os autores de banda desenhada, que muito barafustam por serem considerados velhos discriminados e votados ao ostracismo depois dos 30.
De maneira diferente pensa a União Europeia, que, em Portugal, promove a iniciativa através da Oikos. Temos assim uma entidade a nível europeu que olha para o talento dos autores-artistas de BD e não para os respectivos B.I.s, e encara a BD com a clarividente noção de como esta arte pode ser veículo importante para passar determinada mensagem. Cuja aparece explícita no título do concurso:
UNIÃO EUROPEIA E CIDADANIA (2009)
Regulamento (síntese) deste Concurso Europeu de Banda Desenhada:
Idade e data limite
1) Idade autorizada para os concorrentes: a partir dos 10 anos, sem limite máximo de idade;
2) Data limite para entrega das obras a concurso: 27 Fevereiro 2009 (ou seja: as bandas desenhadas participantes têm de chegar à sede da "Oikos - Cooperação e Desenvolvimento", impreterivelmente, até àquela data.
3) Os candidatos devem participar individualmente.
Importante:
Este concurso permite a todos os cidadãos da União Europeia, ou cidadãos de país terceiro que residam na U.E., exprimirem-se sobre a sua própria experiência de vida enquanto cidadãos integrados num dos seus 27 Estados Membros .
Prémios
1º prémio Europeu = 6.000€
2º " " = 4.000€
3º " " = 2.000€
Além destes prémios pecuniários, os três vencedores terão direito a uma viagem a Bruxelas, com início num sábado, 9 de Maio (Dia da Europa), até 11 de Maio (2ª fª), inclusive, dia em que decorrerá a cerimónia de atribuição dos prémios.
Os vencedores serão seleccionados de acordo com os seguintes critérios:
- adequação da mensagem ao objectivo
- qualidade gráfica
- clareza da mensagem
- originalidade da obra
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REGRAS ACERCA DA REALIZAÇÃO DA BD
a) Os participantes têm de criar uma banda desenhada de uma só prancha, sem texto (a chamada "bd muda" ou "bd sem palavras"), que transmita a ideia-tema, "a cidadania na União Europeia".
Notas -
1) Se a banda desenhada não for criada por computador, deverá sê-lo numa folha de papel A4. Esta folha deve ser enviada por correio ou entregue pessoalmente ao coordenador nacional, e não deve ser dobrada, pois poderá vir a ser reutilizada no futuro.
2) Se a banda desenhada for criada por computador, deverá sê-lo em formato PostScript.
Se se utilizar um outro formato, a banda desenhada deverá ser, em seguida, executada para o dito formato PostScript, de modo a que seja entregue ao coordenador nacional em CD/DVD.
Neste último caso, a fim de se facilitar uma reutilização da bd, o CD/DVD deverá conter as duas versões (a PostScript e a versão do formato do software utilizado para a sua criação).
Finalmente, e para facilitar a avaliação da obra concorrente, esta deverá ser impressa numa folha de papel A4, que se juntará ao CD/DVD
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As inscrições podem ser feitas no "site"
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Para mais informações, contactar:
Joana Dias
OIKOS - Cooperação e Desenvolvimento
Rua Visconde Moreira de Rey, 37
Linda-a-Pastora
2790~447 Queijas
Portugal
Tel.: 21 882 36 30
Fax: 21 882 36 35

domingo, janeiro 18, 2009

Banda Desenhada portuguesa nas revistas não especializadas em BD (XXXII) - Jazz.pt - Autor: C. Zingr


Prancha de bd autoconclusiva (*), componente da série Carne Viva, desenhada por C. Zngr, desta vez sob argumento e guião de Teixeira Moita
(*) O título da rubrica é "Cartoon", o que não impede que a consideremos "BD"


A prancha aqui postada foi extraída (com a devida vénia, como é de uso dizer-se na circunstância) da revista bimestral Jazz.pt, categorizada revista dedicada ao tema implícito no título.
Como nem só de BD vive qualquer bedéfilo (há, além de apreciadores de várias outras artes, os melómanos que dão preferência ao jazz), informa-se a quem comprar a revista que nela se fica a saber que, em Seia, irá decorrer o 5º Festival Internacional Jazz & Blues, na respectiva Casa Municipal de Cultura. 
Para os apreciadores de jazz e do blues, a informação de que o evento terá lugar em 27/28 de Fevereiro, e 6/7 de Março 2009. 
E na área dos eventos jazísticos, pode ler-se extensa notícia acerca de "Portugal Jazz", um festival itinerante que inclui o septeto do Hot Clube de Portugal. Merece destaque, igualmente, uma entrevista com Maria João e Mário Laginha.
No que se refere à BD, sempre do músico e autor de BD Carlos "Zíngaro", há outras pranchas desta mesma série (e, obviamente, da citada publicação) , que foram reproduzidas na rubrica indicada no título da presente postagem, na sua maioria da autoria completa (desenho e argumento do citado autor/artista, que assina C.Zngr). Para as ver basta clicar no título inserido na caixa "Etiqueta para esta mensagem", localizada no rodapé do "post".
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Quem não o conhecer minimamente, pode passar a conhecê-lo, também minimamente... mas com fotografia, numa muito curta entrevista que lhe fiz em 2006, basta ir à coluna da esquerda na "home page", e localizar na rubrica "Categorias", a alínea "Visão - Revista portuguesa de banda desenhada (1975-76)" e clicar nela, claro.
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Em seguida, para ver mais BD portuguesa em revistas que nada têm a ver com o assunto, basta voltar à coluna da esquerda, às "Categorias", e clicar no item "Banda Desenhada portuguesa nas revistas não especializadas em BD"

sábado, janeiro 10, 2009

Tintim "nasceu" há 80 anos - Tintin e Hergé (X)

Capa do primeiro álbum das aventuras de Tintin, publicado em 1930, um ano após a criação da personagem

Tintim, a personagem
A 10 de janeiro de 1929 "nasceu" Tintim (aportuguesamento de Tintin, nome original, como sabem todos os bedéfilos que aqui estiverem a ler), no episódio Les Aventures de Tintin, Reporter au pays des soviets.
Perfazem-se hoje 80 anos, conta redonda propícia a considerar-se efeméride. E é devido a esse hoje tão badalado acontecimento nos média - até na SIC, viva! -, que estou aqui a postar o presente texto, a que se seguirão mais alguns (ainda não sei quantos, mas o título que dei ao "post" é esclarecedor: 2009, Ano Tintim.
Mas convém acrescentar já (a paciência dos leitores na internet é escassa) que a 16 de Abril de 1936, tínhamos em Portugal a presença da iniciante personagem, na revista O Papagaio. E vem "a talhe de foice" (esta "frase feita", ou "chavão" da língua portuguesa, parece ter sido criada de propósito para se encaixar no episódio) dizer que a publicação entre nós foi feita a cores, coisa inédita em toda a Europa. Fruto da circunstância que, num posterior "post" (no próximo dia 16 de Abril, espero não me esquecer) , esclarecerei. O facto é que aconteceu.
Vamos lá então por partes:
1) Les Aventures de Tintin, Reporter au Pays des Soviets é, apenas assim, o título do primeiro episódio - impresso a preto e branco -protagonizado pelo jovem repórter.
2) Em 1930 é editado o primeiro álbum, de capa colorida, mas igualmente com o episódio impresso a preto e branco, com o título (ligeiramente diferente do que tinha sido escrito por Hergé) Les Aventures de Tintin, reporter du "Petit Vingtième" au Pays des Soviets, sob chancela de Les Editions du Petit "Vingtième" , e assim se percebe a alteração feita ao título com que o episódio tinha sido originalmente publicado naquele suplemento editado pelo jornal Le XXe Siècle, editado em Bruxelas.
Ainda mais um pormenor: como se pode ver, ao ampliar-se a imagem da capa, sob o nome da editora (criada, quiçá, de propósito para a edição do álbum...), aparece o respectivo endereço: 11, Boulevard Bischoffsheim, Bruxelles, local que suscitará romaria obrigatória aos tintinófilos ferrenhos e amantes desse tipo de folclore; até não estranharia que a associação Les Amis de Hergé já lá tivesse afixado uma placa...
3) Em 1973, a editora Casterman cria a colecção Archives Hergé, em cujo volume de estreia é feita a reedição deste episódio inicial das aventuras de Tintim.
4) Em 1981, a mesma Casterman começa a editar uma colecção de álbuns em fac-simile, igualmente iniciada pela aventura de estreia do "herói" localizada no país dos sovietes (embora dele pouco se visse, o que seria impensável anos mais tarde, quando o autor-artista se documentava exaustivamente, por fotografias, acerca dos locais da acção das posteriores aventuras).
5) Registe-se, por mera curiosidade, que este episódio foi o único que manteve sempre a impressão a preto e branco. Isto porque Hergé nunca o redesenhou, contrariamente ao que fez com os outros vinte e dois completos (fica de fora o "Alph'Art"), a que além disso acrescentou cor aos que, inicialmente, também tinham sido impressos apenas a preto e branco.
6) A 31 de Julho de 1982, a edição portuguesa da revista Tintin iniciava a publicação desse episódio no seu nº 12 (15º Ano), em versão fiel à original - obviamente a preto e branco. Todavia, não seria ainda dessa vez que os bedéfilos portugueses iriam conhecer a história na totalidade, visto que a citada revista deixaria de ser editada, em definitivo, no seu nº 21 - 15º Ano, a 2 de Outubro de 1982.
Ficaram publicadas apenas 20 páginas, de um total de 138, tantas quantas tem a edição original.
Hergé, o autor
1) Hergé, como sabem todos os amantes da BD, é um pseudónimo baseado no som das letras iniciais do nome do autor belga Georges Remi, por ordem inversa (R, G).
Também já há muitos bedéfilos que sabem da existência do intercalar apelido Prosper.
Todavia, graças ao estudo editado em Abril de 1999, intitulado Tracé RG - Le Phenomène HERGÉ, da autoria de H. van Opstal, ficou a saber-se o que o autor belga sempre tinha calado: o seu nome completo, Georges Prosper Remi Remi.
Assim mesmo, com o apelido final duplicado.
2) Georges Remi fez os seus estudos secundários num colégio religioso. Enquanto adolescente, fez algumas histórias para a revista Le Boy-Scout belge. Foi aí que, em Dezembro de 1924, apareceu pela primeira vez o seu pseudónimo, o tal Hergé que para sempre passaria a usar.
3) Georges Remi, aliás Hergé, nasceu a 22 de Maio de 1907 em Etterbeek, e faleceu a 3 de Maio de 1983.
Geraldes Lino
(GL)
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Nota 1 - Para ficarem visíveis todos as postagens anteriores acerca deste mesmo tema, basta clicar-se no item "Tintin e Hergé" que aparece no rodapé deste "post".
Nota 2 - Há ainda outro "post" que tem a ver com este tema, mas que está incluído numa outra categoria intitulada "Autor de BD em contacto pessoal com o seu herói" [(II) - Hergé e Tintin], afixado em 18 Abril 2006.

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Comic Jam - 3ª, 4ª e 5ª pranchas


5ª prancha do "Comic Jam"
Data da realização: 6 Janeiro 2009

Autores:
1ª vinheta: Artur Varela (Homenageado neste dia, ele mesmo a iniciar o "jam" com uma das personagens recorrentes nas suas bandas desenhadas, o burro (1), retratando-se ele próprio, e dizendo: "hoje vou ser ó menageado" (2)
2ª vinheta: Ricardo Cabral
3ª vinheta: Ana Maria Baptista
4ª vinheta: Ricardo Correia
5ª vinheta: Nelson Martins
6ª vinheta: J. Mascarenhas
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4ª prancha do "Comic Jam"
Data da realização: 4 Novembro (291º encontro da tertúlia)

Autores:
1ª vinheta: Diogo Carvalho (Convidado Especial da TBDL neste dia)
2ª " : Sónia Carmo
3ª " : João Leal
4ª " : José Lopes
5ª " : Paulo Marques
6ª " : Miguel Marreiros
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3ª prancha do "Comic Jam"
Data da realização: 7 Outubro (290º encontro da tertúlia)

Autores:
1ª vinheta: André Oliveira (Convidado Especial da TBDL neste dia)
2ª " : Ricardo Reis
3ª " : Mariana Perry
4ª " : Vasco Gargalo
5ª " : Ana Saúde
6ª " : Pedro Alves
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(1) Como se pode ver na ilustração da autoria de Artur Varela para a capa do álbum "Piolheira Blues", reproduzida na postagem do dia 6 de Janeiro, o burro é uma personagem omnipresente nas suas bandas desenhadas, apresentando-se ele próprio, neste "comic jam", sob esse aspecto asinino;
(2) Sei que tenho fama de rigoroso no que se refere à ortografia dos textos das bandas desenhadas, e não só. Por isso, calculo a estranheza de quem ler esta frase "hoje vou ser ó menageado". Mas brincar com a língua portuguesa, num contexto humorístico, é diferente de cometer erros ortográficos graves e repetidamente, em textos sérios.
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Além do encontro e troca de impressões com autores de banda desenhada, consagrados e novos, na Tertúlia BD de Lisboa há também tempo e imaginação para que os participantes colaborem em iniciativas que têm a ver com a BD.
É o que está a acontecer com o "Comic Jam" (improviso gráfico, ao estilo da BD, realizado por vários autores sem argumento prévio, algo como o célebre "cadavre exquis" criado pelos surrealistas), iniciado em Agosto (1ª prancha), em Setembro a 2ª, em Outubro a 3ª, e que acaba de ter mais duas realizadas em Novembro de 2008 (a 4ª) e em Janeiro de 2009 (a 5ª).
Em Dezembro não houve, porque a minha ideia é a de que a primeira vinheta de cada prancha deva ser realizada pelo Homenageado ou Convidado Especial, conforme o que estiver a acontecer nesse mês.
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As duas pranchas anteriores estão facilmente visíveis, basta clicar no item "Comic Jam" visível no rodapé deste "post".

domingo, janeiro 04, 2009

Tertúlia BD de Lisboa - Ano XXIII - 293º Encontro - Homenageado: Artur Varela



Capa e vinheta do álbum The Piolheira Blues, da autoria de Artur Varela

Tertúlia BD de Lisboa - Programa do dia 6 de Janeiro 2009
Homenageado: ARTUR VARELA
Como sempre acontece, desde há vinte e três anos e uns tantos meses, haverá mais uma edição desta tertúlia lisboeta.
Síntese biográfica do homenageado:
Artur António Varela nasceu em Almodôvar, em 1937.
A sua formação inclui curso na Escola de Artes Decorativas António Arroio e curso de Escultura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Em Paris frequentou a École des Beaux Arts durante um ano. Em seguida foi para a Holanda, onde participou nos "Ateliers 63", na cidade de Haarlem. Viveu também em Amesterdão, e ali trabalhou em escultura e pintura até finais dos anos 80, altura em que voltou para Lisboa.
A sua primeira incursão na Banda Desenhada foi na António Arroio, onde fez a história de um "cow-boy", Jim do Deserto, que entra num bar e em vez de uísque pede um copo de leite, mas ameaçando que quem fizesse algum comentário levaria um tiro. Criava assim uma espécie de anti-herói de "western" à portuguesa, gozando com os preconceitos da época.
Só muito mais tarde (Nov. 2002) volta à BD, criando Zé Messias, Deputado para o [fanzine] Zundap, personagem caricatural que iria dar título à sua primeira obra de fôlego, em 2005, num álbum de 36 páginas a preto e branco, em formato A5.
Reincidindo com a mesma personagem, Artur Varela faz outra novela gráfica sob o título The Piolheira Blues-Memórias dum Povo Extinto, com o subtítulo Deputado Zé Messias Presidente i Doutor, também editado em álbum, desta vez com capa em cartolina de cor e formato A4, que viria a ter uma 2ª edição, ainda em 2005, sempre sob chancela de Edição Zundap, dirigida por José Feitor.