quinta-feira, julho 06, 2006

Castelos na Banda Desenhada (X) - Fictício - Autor: Bilal

Castelo criado por Bilal (sob ideia/argumento de Christin) para a obra Le Vaisseau de pierre

Um condomínio de luxo, um hotel cinco estrelas? O que quer que seja, é o futuro reservado ao castelo. E também a velha ponte (medieval? romana?), que ainda é possível visionar na imagem anterior, está condenada, em nome de especulações e interesses imobiliários, assim como de manobras subterrâneas que contam com a conivência de políticos venais.
Onde é que eu já vi algo parecido com isto?
---------------------------------------------------
"Post" remissivo
Textos anteriores, dedicados a este tema Castelos na Banda Desenhada, podem ser vistos clicando no respectivo mês na rubrica Archives.
Datas de publicação e outros elementos:
2006
(IX) Maio, 26 - Fictício - Autor: Walter Booth
(VIII) Abril 20 - Castelo deAlmada-Autor:Victor Borges
(VII)Fev.10 - Fictício - Autor: F. de Felipe
(VI) Jan.18- Fictício-Autor: Moebius
(V) Jan.06- Fictício - Autor: José Morim
2005
(IV) Dez.22- Fictício - Autor: Harold Foster
(III)Nov.17 - Castelo de Trancoso-Autor: Fernando Santos Costa
(II)Nov.10 - Castelo de Faro-Autor: José Garcês
(I)Nov.7 - Fictício - Autor: António Vaz Pereira

9 comentários:

Anónimo disse...

Caro Geraldes Lino, lembro-me bem desta história de Bilal e Christin. Fazia parte de um triptico que os autores fizeram para a colecção "lendas e actualidade" da Dargaud.
Mas o meu primeiro contacto com Bilal foi através de umas histórias curtas publicadas no Jornal da BD. Já agora deixe-me perguntar-lhe: foi o Geraldes Lino o responsábel pela publicação dessas histórias no Jornal da BD?

Geraldes Lino disse...

Caro João Dias (que não tenho o prazer de conhecer pessoalmente). No Jornal da BD, de que fui colaborador (criei a rubrica "Suplemento BD", onde escrevi artigos, dei notícias, fiz entrevistas, e respondi às cartas dos leitores sob o pseudónimo de bedéfilo), em matéria de publicação de BD, apenas fui o "culpado" do seguinte: 1) de lá ter sido publicada uma bd de José Abel, de que eu tinha o álbum (1º vol., "No País dos Sovietes", comprado em Angoulême; 2)de lá ter sido publicada a primeira obra de Arlindo Fagundes, "La Chavalita", que os editores não queriam publicar porque o Jornal da BD era todo a cores (más, porque o papel era mau) e essa bd era a preto e branco, mas consegui que José Ruy lhe desse uma cor azul, com várias tonalidades, e assim foi já aceitaram publicá-la; 3) e ainda uma bd publicada graças a um outro álbum que eu tinha trazido de Angoulême, o "Cruzeiro Citroën", de Moebius, álbum esse que era uma edição especial, limitada, que me tinham oferecido, e que eu cedi para a publicação, e - que doam para sempre as mãos a quem ficou com ele -, nunca mais o vi.
Bilal, e esse tríptico de que fala, foi publicado por influência da Meriberica/Liber (como então se chamava a editora) e que tinha sido quem tinha iniciado a publicação da revista "Jornal da BD", não tendo tido eu qq influência nessa publicação, nem nas ditas histórias curtas, embora eu sempre insistisse com os editores (primeiro com o sr. Telmo Protásio, depois com o funcionário do Expresso que ficou a dirigir o Jornal da BD, o Dr. Alexandre Cordeiro)que as bedês curtas eram bastante aconselháveis.

Anónimo disse...

Obrigado por ter respondido Geraldes Lino...por acaso já nos vimos e falamos pessoalmente, mas óbviamente que não se lembra de mim. Foi há muitos anos num salão de banda desenhada do Porto, penso que na altura ainda se publicava o jornal da BD porque chegamos a falar da sua colaboração aí...e olhe que o seu pseudónimo era o ardina e não o bedéfilo-:)
O Jornal da bêdê era uma publicação com muitas limitações (a começar pelo péssimo papel) mas teve os seus méritos, entre os quais avulta o de ter divulgado muitas histórias da Métal Hurlant. Quando me falou da bd do José Abel veio-me à memória a recordação vaga desse história que julgo ter lido na altura e fiquei com curiosidade de a reler. É capaz de me dizer em que volume foi publicada?
Um grande abraço e parabéns pela divulgação que continua a fazer da BD!

Geraldes Lino disse...

Caro João Dias, tem toda a razão, de facto o pseudónimo que eu usei a responder às cartas dos leitores, nesse Suplemento BD, foi de facto o de "ardina". O pseudónimo "bedéfilo" usei, na mesma função, mas numa outra revista que talvez você tb tenha conhecido, a "Selecções BD". Respondi às cartas dos leitores tanto na 1ª série (44 números), como na 2ª série, em tempo ainda bastante recente.
Quanto ao José Abel, dele me tinha falado o argumentista Jean-Luc Fromental, em Angoulême, dizendo-me que um autor português chamado José Abel iria colaborar numa nova revista que ia ser lançada sob o título "Métal Hurlant Aventure". Fiquei espantado, por ser autor de que eu nem sequer conhecia o nome, o que se tratava de um facto pouco vulgar...
Um dia, na TV, apercebo-me de que está a ser entrevistado exactamente um artista chegado a Portugal que tinha colaborado com Spielberg, e que era autor de BD.
Telefonei para lá, ficaram de dar o meu contacto ao José Abel que, amavelmente, me telefonou mais tarde.
Conhecemo-nos pessoalmente e, mais tarde, propus-lhe a publicação na revista, como agora se diria, na (visto que se trata de uma revista), "Jornal da BD".
Ainda tentei mais tarde que fosse publicado em álbum (o JBD já tinha acabado) o 1ºe o 2º volume que entretanto saira, mas o editor que eu contactei achou o tema demasiado político. Entretanto José Abel, que vivera um ano em Portugal com a mulher, voltou para Paris e, subitamente, com uma doença estranha, morreu.
Para lhe dizer em que números foi publicada terei de procurar no Jornal da BD, mas terei muito gosto em ajudá-lo. Mas quer dizer que o João Dias afinal não tem a dita cuja revista que por acaso se chamava jornal...

Anónimo disse...

Tenho muitos volumes do Jornal da BD, mas não tenho todos e tenho ainda 2 ou 3 por encadernar...só lhe perguntei porque pensei que pudesse saber a resposta de cor. Não faz mal eu mesmo vou ver entre os meus volumes se encontro essa BD do José Abel. Triste história a do seu autor que acabou por morrer prematuramente sem atingir o devido reconhecimento.
Já agora Geraldes Lino, aproveitando este diálogo, deixe-me perguntar-lhe: o que acha do panorama actual da BD franco-belga? Quais são os autores (e/ou obras) que mais admira? Enfim, sempre me pode deixar alguma recomendação se for caso disso:-)
Um abraço

Anónimo disse...

Caro Geraldes Lino, afinal sempre preciso da sua ajuda. Estive a procurar a história do José Abel nos volumes que tenho do JBD e não a encontrei. Se puder então dizer-me em que volume ela foi publicada agradeço, pois vou tentar encontrar esse volume noutro lado.
Pode contactar-me através do seguinte email:
pedrovpd@hotmail.com

Obrigado!

Unknown disse...

Ao procurar a continuação da BD em questão, vim de encontro a este blog que logo adicionei aos favoritos.

"Aux Mains des Soviets" de José Abel e Charpier, foi publicado no 18º volume do JBD - nºs 137 a 144


Agradeço qualquer informação sobre onde/como encontrar outras publicações dos mesmos autores.

Geraldes Lino disse...

Hoje, por mera curiosidade, resolvi dar uma volta pelos "posts" antigos. E encontrei um comentário de um visitante que assina Gustavo, a dizer que iria adicionar este blogue aos seus favoritos.
Gostaria de saber que blogue ou sítio ou portal é o seu, para tb o visitar. Claro que, passado ranto tempo, é improvável que dê com este meu apelo.

Geraldes Lino disse...

Hoje, 5 de Abril 09 estou numa de reler alguns comentários a postagens antigas.
E achei piada ao apelo que fazia ao visitante Gustavo (que, se calhar, nunca o leu), porque não o conhecia.
Agora já nos conhecemos, não é verdade Gustavo Carreira "Bongop"?