sábado, agosto 12, 2006
Críticas e Notícias de BD na Imprensa (XIII) - Diário de Notícias - Crítico: João Miguel Tavares
O primeiro dos super-heróis, artigo de página inteira da autoria de João Miguel Tavares
No jornal Diário de Notícias, o jornalista João Miguel Tavares já teve uma rubrica semanal de crítica/divulgação sobre banda desenhada. Agora escreve quando calha e o assunto o provoca. O que terá acontecido com o aparecimento do filme "Super-Homem - O Regresso", suscitando-lhe extenso e excelente artigo, publicado no suplemento "6ª" do matutino Diário de Notícias, de 12 de Agosto, onde esboça um retrato sociológico do super-herói dos quadradinhos, e lhe traça o percurso, desde o papel ao celulóide, passando pelas ondas hertzianas.
Citando - com a devida vénia ao autor - o esclarecedor texto, eis um excerto:
"(...) Estes [Siegel e Shuster], curiosamente, mantiveram a primeira versão de Super-Homem dentro de limites aceitáveis, acrescentando-lhe uma consciência social bastante progressista para a altura e apostando forte na irascível Lois Lane, eterna paixão de Clark Kent e uma das mais fortes presenças femininas na BD americana.
Só que, como quase sempre acontece, a criatura acabou por engolir os criadores, e diante do sucesso avassalador de Super-Homem as abordagens à personagem multiplicaram-se. Em 1941 estava na rádio (foi aí que se popularizou o hoje clássico: "Look! Up in the Sky!It's a Bird, it's a plane, it's Superman!"); em 1948 apareceu pela primeira vez em filme (era tudo tão rupestre que, quando tinha de voar, o Super-Homem transformava-se em desenho animado); em 1951 ganhou a sua própria série de televisão (George Reeves foi o primeiro Homem de Aço convincente); em 1966 foi parar à Broadway (um fracasso); e em 1978 surgiu o filme com Christopher Reeve e a caução intelectual de Marlon Brando (pago a peso de ouro), que proporcionou à Warner o maior êxito da sua história."
"À medida que o Super-Homem diversificava os seus suportes, ia-se tornando cada vez menos significativo no campo da BD, e as revistas foram perdendo popularidade até ao dia em que a DC Comics decidiu matar o Super-Homem, às mãos de uma personagem chamada Doomsday. The Death of Superman foi lançado em Janeiro de 1993 e vendeu uns espantosos seis milhões de exemplares, o número mais elevado na história dos comics. Claro que ele ressuscitaria ainda nesse ano, e em 1996 casava-se com Lois Lane. (...)"-------------------------------------------------
"Post" remissivo
Desta rubrica "crítica de banda desenhada nos jornais" foram referenciados anteriormente os seguintes jornais e respectivos críticos:
2006
IV) Abril, 18 - JL-Jornal de Letras, Artes e Ideias, por João Ramalho Santos
(III) Março, 8 - Jornal de Notícias, por F. Cleto e Pina
2005
(II) Dez., 21 - Jornal As Beiras, por João Miguel Lameiras
(I) Dez.,13 - Jornal de Almada, por Luiz Beira
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