sexta-feira, julho 28, 2006

Tertúlia BD de Lisboa - 261º Encontro - 1 de Agosto de 2006

Uma das sete pranchas da bd Super Esquadra, assinada por João Lázaro, o Convidado Especial do 261º Encontro da Tertúlia BD de Lisboa

Como sempre desde há 21 anos, na primeira 3ª feira de cada mês, realiza-se mais um encontro de bedéfilos (autores, editores, faneditores, estudiosos, investigadores, críticos, divulgadores, coleccionadores e leitores em geral).

Por acaso a primeira 3ª feira de Agosto é logo no dia 1.

Costuma haver um Homenageado e/ou um Convidado Especial. Mas individualidades para o nível de homenageados começam a escassear, após vinte anos de actividade mensal ininterrupta da TBDL.

Assim, teremos apenas um Convidado Especial: João Lázaro.

Trata-se de um autor ainda novo, mais dedicado à Ilustração do que à Banda Desenhada. Apesar dessa preferência, João Lázaro tem várias bandas desenhadas publicadas, como aconteceu com as tiras de BD, a cores, editadas durante dois anos pela revista MID, e com a bd Super Esquadra, a sua participação na obra colectiva Para além dos Olivais ( álbum editado pela Bedeteca de Lisboa para a colecção "Visitas Guiadas") e 25 Anos do 25 de Abril, uma série de bandas desenhadas surgidas no jornal Público em 1999, uma delas de sua autoria.

Portanto, os habituais bedéfilos participantes (uma média de 40) nesta tertúlia mensal irão ter a possibilidade de conhecer pessoalmente o Convidado Especial João Lázaro, e complementar esse conhecimento físico com a leitura da sua autobiografia (ilustrada com autocaricatura ou auto-retrato) e, eventualmente, obter, um desenho original por ele realizado que será sorteado entre os presentes, como é da tradição na tertúlia.

Como habitualmente (quase a ritmo mensal), será distribuído gratuitamente a cada "tertuliano" dois números do "slimzine" Folha Volante* (um com notícias sobre BD, e outro com bedês de autores portugueses "pirateadas" de jornais e revistas diversas); aos presentes será também oferecido, pelo organizador da TBDL, mais um exemplar do fanzine Tertúlia BDzine* (o nº 104, que terá data de 1 de Julho), com uma banda desenhada da autoria de Carlos Almeida, pintor e professor viseense apreciador de BD.

*Ambos os fanzines podem ser vistos no blogue
http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com

terça-feira, julho 25, 2006

Autor de BD em contacto pessoal com o seu herói (III)- Milton Caniff e Terry

Milton Caniff autocaricaturou-se ao lado de Terry

O primeiro "herói de papel" criado por Milton Caniff chamou-se Dickie Dare. 
Mas foi com Terry ("Terry and the pirates") que ganhou notoriedade. 

Após problemas com a Agência para a qual trabalhava, Caniff criou Steve Canyon, divulgado em Portugal na revista Mundo de Aventuras, desde o seu número inicial, lançado em 1949, mas sob um nome diferente: Luis Ciclón. 

Assim mesmo, sem nada a ver com a língua portuguesa: nem Luís, com acento agudo no i, nem Ciclone, sem acento no o e com e no fim . 
E porquê? Porque foi via Espanha que a série foi importada, e foi com esse nome espanholado que foi publicado em Portugal...

É igualmente do autor americano a criação da sensual heroína Male Call, que Caniff doou como contribuição pessoal para o esforço bélico (concretamente, para entretenimento dos soldados americanos) na Segunda Grande Guerra Mundial.



Autocaricatura de Milton Caniff, sentado no seu cavalete, com os cotovelos em cima da prancha, "rodeado" por personagens de sua autoria



Milton Caniff (nascido nos U.S.A. em 28 de Fevereiro de 1907, falecido a 3 de Maio de 1988
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"Post" remissivo

Deste mesmo tema há já mais dois "posts". Para os visionar, clicar na coluna Archives, no ano e meses indicados no índice abaixo indicado:

2006
(I) Fev. 27 - Chester Gould e Dick Tracy
(II) Abr. 18 - Hergé e Tintin

Num outro ângulo ligeiramente diferente, mas com semelhanças de conceito, há neste blogue outros "posts" onde o autor participa como personagem. Eis os autores e datas dos "posts", localizáveis na coluna Archives

2005
(I) Out., 25 - Uderzo (desenhador) e Goscinny (argumentista)
(II) Nov., 16 - João Maio Pinto (desenhador) e Esgar Acelerado (argumentista)
2006
( III) Maio, 5 - Robert Crumb
(IV) Junho, 16 - Nuno Saraiva
(V) Julho, 7 - Augusto Trigo

domingo, julho 23, 2006

Fanzines, esses desconhecidos (XXXV) - Tertúlia BDzine

Terceira prancha da bd Shô Pau Por Um Punhado de Enchidos

Da autoria de PeF (pseudónimo, claro, de um talentoso novo autor da BD portuguesa), foi publicada a banda desenhada, sob título algo desconcertante, no nº 103 do fanzine Tertúlia BDzine.
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Quem estiver interessado em ver mais pormenores (capa, outra prancha e ficha técnica) do dito fanzine, basta clicar no endereço abaixo indicado
http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com

sábado, julho 22, 2006

"Post" remissivo abrangente - Guia cronológico para consulta de alguns dos temas tratados neste blogue

A planificação que desenvolvo neste blogue privilegia a existência de vários temas, que vão sendo acrescentados, de quando em quando, por novos "posts".

Obviamente, cada visitante terá preferência por algum (ou alguns) deles, e este "post" remissivo terá por principal função facilitar a respectiva localização.

Outra das funções será a de dar visibilidade aos temas tratados há já algum tempo e que, por isso mesmo, se encontram - como dizer? - escondidos na rubrica "Archives".

Lista de alguns dos temas, e respectivas datas em que foram afixados os "posts":

1. Autógrafos desenhados
Registo gráfico de desenhos que possuo autografados pelos seus autores, muitos deles de grande prestígio. Afixarei, nesta exposição virtual, os desenhos que me foram oferecidos, desenhados expressamente para mim, quer em folhas soltas, quer nas páginas de rosto dos álbuns onde estão publicadas as obras.

2005
(I) Dez., 26 - Autor: Aragonés
2006
(II) Jan., 12 - Autor: Milo Manara; (III) Fev.,11 - Quino; (IV) Março, 25 - Moebius; (V) Abril,13 - Mordillo; (VI) Maio, 19 - John Buscema


2. Autor de BD como personagem da sua banda desenhada
Um tema que sempre me chamou a atenção, este de os autores/artistas da BD - aliás como noutras artes, designadamente pintura (estou a lembrar-me do quadro "As Meninas" e de Velásquez a mostrar-se a ele próprio no acto de pintar) e cinema (quem não viu o realizador Hitchcock a passear por algum dos seus filmes?) - se incluirem na própria obra. Os exemplos são inúmeros... Como, "post" a "post", aqui ficará demonstrado.

2005 - (I) Out., 25 - Uderzo (desenhador) e Goscinny (argumentista); (II) Nov., 16 - João Maio Pinto (desenhador) e Esgar Acelerado (argumentista)

2006 - (III) Maio, 5 - Robert Crumb; (IV) Junho, 16 - Nuno Saraiva; (V) Julho, 7 - Augusto Trigo

3. Autor de BD a contracenar com o seu herói - Com semelhanças em relação à anterior, esta rubrica engloba cenas em que o autor-artista se autoretrata ou autocaricaturiza, em diálogo com o seu herói, mas fora da banda desenhada.

2006 (I) Fev.,27 - Chester Gould e Dick Tracy; (II) Abril, 18 - Hergé e Tintin

4. Castelos na banda desenhada (fictícios e reais) - Tema para mim apaixonante desde sempre, que me tem levado a deslocar-me a locais quase desertos, serve-me agora de tema propiciador à amostragem de excelentes enquadramentos, tanto de autores portugueses como de estrangeiros.

2005 - (I) Nov., 7 - Autor: António Vaz Pereira; (II) Nov., 10 - Castelo de Faro - Autor: José Garcês; (III)Nov.,17 - Castelo de Trancoso - Autor: Fernando Santos Costa; (IV)Dez.,22 - Autor: Harold Foster

2006 - (V) Jan., 6 - Autor: José Morim; (VI) - Jan., 18 - Autor: Jean Giraud; (VII) - Fev.,10 - Autor: F. de Felipe; (VIII) Abril, 20 - Castelo de Almada - Autor: Victor Borges (desenho), Machado-Dias (argumento); (IX) Maio, 26 - Autor: Walter Booth; (X) Julho, 6 - Autor: Bilal; (XI) Julho, 13 - Castelo de Sabugal - Autor: Manuel Morgado (desenho), Marcos Osório (argumento)

5. Linguagem e convenções gráficas da BD - Picado e Contrapicado - Através da leitura e, quase em simultâneo, visionamento de bandas desenhadas, faz-se a aprendizagem da fruição da Arte Sequencial. O que não impede que haja cursos, e professores, obviamente, a chamarem a atenção para a linguagem da Banda Desenhada. Não é intenção didáctica e/ou pedagógica a desta rubrica, mas tão somente a de explorar as imagens de excepcional beleza que há em muitas obras banda-desenhísticas, e que, não raro, passam despercebidas aos leitores/visionadores mais apressados - ou apenas mais embrenhados - na trama ficcional. Aconselha-se, sinceramente, a visita (através de clicagem na rubrica Archives) às imagens seleccionadas para ilustração do tema, da autoria dos autores-artistas mencionados nos seguintes "posts":

2006

(I) Março, 17 - Autores: Phill Jimenez e Andy Lanning; (II) Abril, 11 - Autor: Gibrat; (III) Abril,11 - Autor: Gibrat; (IV) Maio, 7 - Autor: Rui Lacas; (V) Maio, 9 ~Autor: Moebius; (VI) Maio, 13 - Autor: Victor Mesquita; (VII) Junho, 11 - Autor: Joe Sacco

6. Lisboa na Banda Desenhada

Sobre este tema escrevi há alguns anos um artigo na revista Atlantis, e comissariei uma exposição intitulada Lisboa na BD, que beneficiou de grande visibilidade, por ter tido por palco privilegiado o Museu da Cidade. Por ser um assunto que me entusiasma bastante - pois engloba dois motivos que me são caros, Lisboa e Banda Desenhada -, resolvi desenvolvê-lo mais uma vez, agora no universo internético, por intermédio do meu querido blogue. O que já fiz através de "posts" visíveis por consulta na coluna Archives, nas datas a seguir indicadas:

2006

(I) Maio,21 - Autor: Victor Mesquita; (II) Junho, 19 - Autor: Zé Paulo; (III) Julho, 18 - Autores: António Jorge Gonçalves (desenho), Nuno Artur Silva (argumento)

7. Língua portuguesa em mau estado: na Banda Desenhada, no "Cartoon", nos fanzines e na internet

De repente sinto uma estranha sensação de estar no papel de "advogado do diabo", ou seja, ao fazer críticas de índole ortográfica à BD, parece que decidi atacar a Banda Desenhada, como se a BD fosse o "mau da fita" das incorrecções ortográficas... Que fique claro: Tenho bem a noção da frequência de erros na literatura, nos jornais, nas legendas da televisão (ui!!) e dos filmes. Todavia, como o meu blogue tem a ver com BD, é nela que mais bato. Mas, para não ser considerado uma espécie de "5ª coluna" ataco igualmente o "Cartoon", os fanzines e a internet.

2005

(I) Out. 27 - "Vê-mo-nos" (??) erro na obra "Pequeno Nemo no reino dos sonhos", tradução portuguesa de "Little Nemo in Slumberland"

(II) Nov. 12 - "pareçe" (??), "esqueçendo" (??), erro repetido no comentário de um visitante do blogue "Kuentro"

(III) Nov. 28 - "gingeira" (??), erro detectado num "cartoon" assinado por "Avis Rara"

(IV) Dez. 11 - "Benvindo" (??), erro muito comum, neste caso detectado na banda desenhada "A família Slacqç" publicada na revista de BD "Visão"

2006

(V) Jan. 7 - "Inflacção" (??), erro publicado no balão de um "cartoon"

(VI) Jan. 16 - "Uma" (??) fanzine. A asneira da moda, mudar-se o género masculino dos fanzines para o feminino. Erro detectado no fanzine "Aqui no Canto"

(VII) Fev. 22 - "Univos" (??), assim apareceu escrito no balão de um "cartoon" publicado no suplemento "O Inimigo Público"

(VIII) Março, 10 - Se não "poderem" (??), e, obviamente, no volume dedicado ao "Príncipe Valente", da novel editora "Livros de Papel", deveria estar escrito "se não puderem"

(IX) Abril, 15 - "Alcançar-mos" (??)

(X) Maio, 29 - Não "teve" representada (??), um erro que reflecte a maneira actual de falar dos portugueses, mas que é grave quando se escreve, o que aconteceu no "site" da Marinha Portuguesa, em espaço cultural

(XI) Junho, 23 - "Ter-mos" (??). E nós, apreciadores da obra Korrigans, de Civiello (desenho) e Mosdi (argumento), a termos de apanhar com erros destes (e não me venham dizer que é uma simples gralha devida ao computador, porque estou farto de ver repetir esta confusão verbal). Desta vez detectei o insistente erro no episódio Os Filhos da Noite, primeiro da acima citada série Korrigans, publicada pela editora VitaminaBD.

terça-feira, julho 18, 2006

Lisboa na Banda Desenhada (III) - Terreiro do Paço submerso - Autores: António Jorge Gonçalves (desenho), Nuno Artur Silva (argumento)

António Jorge Gonçalves, a desenhar, e Nuno Artur Silva, a escrever, criaram uma obra de referência na banda desenhada portuguesa, a que deram o título "As Aventuras de Filipe Seems, Detective Particular", iniciada pelo episódio "Ana".

Lisboa surge aqui como cenário, embora transformada visionariamente. É dessa minha cidade que, em mais um "post", a homenageio - usando a criatividade e talento imagético do meu amigo António Jorge, numa composição em que, muito provavelmente, foi cúmplice das ideias do seu imaginativo argumentista, Nuno Artur Silva (esse mesmo, o actual homem forte das Produções Fictícias).


O pessoal mais antigo conhece esta vasta e extraordinariamente bonita praça, por Terreiro do Paço. Todavia, o seu nome oficial é, como se sabe, Praça do Comércio.
Seja como for, o desenhador-criativo co-autor de Ana, recriou todo o pombalino espaço arquitectónico, dando-lhe uma impressionante dimensão aquática.


"Gostava de vaguear, sem rumo, pelas ruas da cidade crepuscular", pensamento poético com que se apresenta a primeira vinheta da belíssima prancha da página 38 da obra em apreço. Que, dada a excelência de imagens com que foi realizada, voltará a ser focada nesta rubrica "Lisboa na Banda Desenhada".

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"Post" remissivo
Deste mesmo tema Lisboa na Banda Desenhada, visitável por simples clicagem na rubrica "Archives", há os seguintes "posts" anteriores:

(I) Maio, 21 -Autor: Victor Mesquita
(II) Junho, 19 - Autor: Zé Paulo

2006 - Daqui para cima

quinta-feira, julho 13, 2006

Fanzines, esses desconhecidos (XXXIV) - O Voo da Águia (volume 2)

Última página do fanzine O Voo da Águia (nº2)

Um excelente trabalho de comparação entre imagens desenhadas por dois mestres ingleses, Reg Perrott e Walter Booth, feito por José Manuel Vilela a fechar este segundo número do seu fanzine O Voo da Águia, dedicado totalmente à obra homónima de Reg Perrott
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Aos interessados neste autor Reg Perrot, na obra O Voo da Águia, e no respectivo fanzine (capas dos nºs 1 e 2, e mais uma prancha da bd), basta-lhes clicar no endereço abaixo indicado:
http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com

Castelos na Banda Desenhada (XI) - Sabugal - Autores: Manuel Morgado (desenho), Marcos Osório (argumento)

Como Manuel Morgado desenhou Duarte d'Armas a desenhar o castelo de Sabugal em 1509

É óbvio que este tipo de obras criadas com o suporte visual da banda desenhada, pecam sempre, em maior ou menor percentagem, por uma fatal descontinuidade, fruto da necessidade de visualizar inúmeros factos e cenas históricas.

Segundo esse prisma, Manuel Morgado plasma em imagens eficientes o que conta Marcos Osório, autor do texto/argumento desta obra:

"Em 1509, D. Manuel I manda o seu escudeiro Duarte d'Armas visitar as fortalezas da raia portuguesa, a fim de se inteirar do seu estado de conservação. Acompanhado de um criado, percorreu a cavalo a maioria das praças fronteiriças, registando-as em desenho. Nesta região, Duarte d'Armas desenhou apenas os castelos do Sabugal e de Vilar Maior, com grande pormenor."

Permito-me comentar: já manuseei uma cópia desse famoso livro, peça inestimável para o conhecimento do aspecto que ofereciam os castelos no início do século XVI. Claro que qualquer apaixonado pelo tema, como comigo acontece, sofre com a ideia do vandalismo que se abateu sobre a maioria deles, fazendo com que, de muitos reste apenas uma torre e/ou curtos panos de muralhas.

As pedras, optimamente aparelhadas, foram servindo para construir igrejas, casas senhoriais, e outras que tais. Foi um fartar vilanagem durante séculos...
Outra imagem bem reconstituída, pelo jovem desenhador Manuel Morgado, do castelo de Sabugal, já sem barbacã. Vê-se ainda uma ponte sobre o rio Côa, ponte essa que, como se aprende pelo bem documentado texto, passou a constituir, por ordem de D. Dinis, a estrema que separava as vilas de Sabugal e Sortelha.
Uma imagem do castelo de Sabugal quando, por ordem do rei D. Dinis, estava em construção a Torre de Menagem.
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Castelo de Sabugal
Autores: Manuel Morgado (desenho)/Marcos Osório (argumento)
Edição da Câmara Municipal de Sabugal

Álbum cartonado, com capa e miolo a cores
Capa e 44 páginas
Formato A4
Data da edição: Junho 2006

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"Post" remissivo

Textos anteriores, dedicados a este tema Castelos na Banda Desenhada, podem ser vistos clicando no respectivo mês na rubrica Archives.

Datas de publicação e outros elementos:
2006

(X) Junho, 7 - Fictício - Autor: Bilal
(IX) Maio, 26 - Fictício - Autor: Walter Booth
(VIII) Abril 20 - Castelo deAlmada-Autor:Victor Borges

(VII)Fev.10 - Fictício - Autor: F. de Felipe

(VI) Jan.18- Fictício-Autor: Moebius

(V) Jan.06- Fictício - Autor: José Morim

2005

(IV) Dez.22- Fictício - Autor: Harold Foster

(III)Nov.17 - Castelo de Trancoso-Autor: Fernando Santos Costa

(II)Nov.10 - Castelo de Faro-Autor: José Garcês

(I)Nov.7 - Fictício - Autor: António Vaz Pereira

segunda-feira, julho 10, 2006

Fanzines, esses desconhecidos (XXXIII) - Sketch Book - BD Magazine

Prancha da bd Emo Boys, por Raquel Laranjo

Poderá hesitar-se na classificação atribuível a esta peça, se banda desenhada, se texto com ilustrações. Por mim, apesar de por vezes já me terem considerado um purista, admito classificar Emo Boys como banda desenhada, com a ressalva de o ser ao limite, com uma malha gráfica a atingir o espaço máximo da elipse, lá onde a sequência, em termos de imagem, deixa de existir.
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Quem estiver interessado em ver mais em pormenor este fanzine, a solução (fácil) é clicar no endereço abaixo indicado:
http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com

domingo, julho 09, 2006

Visão, revista de Banda Desenhada Portuguesa (VIII) - Falando hoje com... Carlos Barradas

Viver não custa, título da bd a cores da autoria (desenho e argumento) de Carlos Barradas, publicada na revista Visão (nº3, de 1 de Maio de 1975)

Após entrevistas com Victor Mesquita, Pedro (Pedro Massano), Isabel Lobinho, Corujo Zíngaro e Zé Paulo, é hoje a vez de Carlos Barradas.
Para completar o lote dos Nove Magníficos (uma versão minha, mais abrangente), falta ainda entrevistar Duarte, Nuno Amorim e Zepe. Lá chegaremos.
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CARLOS BARRADAS (Carlos Manuel Barradas Teixeira, Lisboa, Fevereiro de 1947)

Carlos Barradas e eu encontrámo-nos em Oeiras, onde vive. Fomos até às docas lá do sítio para a nossa conversa. Que, como tem sido hábito, começou pela pergunta:

- O que significou para ti a Visão?
CB - Foi uma maneira de fazer uns bonecos, de deitar cá para fora a criatividade que a gente tinha.
A propósito de Visão: sabes como aquilo apareceu?

- Já alguém me contou uma vez. Dá-me a tua versão.
CB - Carlos Soares, que era jornalista e foi o argumentista daquela história dos ceguinhos publicada lá na revista Visão (nota do bloguista-entrevistador: a bd Clave Sem Sol, de que mais abaixo se reproduz a primeira prancha), foi meu colega no Liceu D.João de Castro. Ele adorava os meus desenhos, e as caricaturas que eu fazia.
Um dia perguntou-me se eu não queria fazer uma revista de banda desenhada, porque ele conhecia uma pessoa com "massas" - era construtor civil, e constou-se mais tarde que talvez quisesse arranjar uma coisa qualquer em que não se importava de ter prejuízos, porque seria um subterfúgio em relação a obter vantagens nos impostos.
E assim surgiu a hipótese de haver uma revista de boa qualidade para publicar BD portuguesa em Portugal.

- Julgo que isto - a história do início da Visão - nunca tinha sido escrita, fica agora registada, preto no branco, pela primeira vez. Mas voltando à questão acerca do que significou para ti aquela revista de BD...CB - Foi importante, fez descobrir uma data de gente da BD que estava escondida. A Visão foi uma montra para mostrar o produto nacional, que era tão bom como o dos outros, apesar de que nós não tínhamos escola como os franceses e os belgas.

- Em Abril de 1975, estudavas ou trabalhavas?
CB - Estudava. Estava na Escola Superior de Belas Artes e no IADE.

Foto recente (Maio 06) de Carlos Barradas

- Que fizeste em BD depois de 1976, após o fim da Visão?
CB - Fiz O Capital em Banda Desenhada, editado pelo maluco do Sérgio Guimarães - sim, ele era mesmo louco, era personagem para um filme de Almodôvar, se o Almodôvar o tivesse conhecido, teria feito um filme sobre a vida dele. Depois trabalhei com o Mário Henrique Leiria - também outra personagem - ele escrevia e eu desenhava, outras vezes fazia eu um desenho e ele escrevia uma história inspirada no desenho.
A seguir surgiu a ideia do Henrique Espírito Santo, produtor de Cinema, de fazer um álbum em BD para explicar como é que se faz um filme, desde a pré-produção, produção, rodagem, pós-produção, etc., os passos todos. Era uma coisa mais ou menos didáctico-pedagógica. Entretanto, como ainda não havia editora, e iam aparecendo outros trabalhos, a coisa foi ficando para trás, e olha...

- Em vez de BD, o que é que tens feito para ganhar a vida?
CB - Trabalhei como realizador e produtor - mais realizador do que produtor - na RTP, durante vinte e tal anos.
Agora estou a trabalhar como "free-lancer", a fazer de tudo - ilustração, "design", logos.
Quando saí da RTP ainda estive como Art Director da TV Medicina - um canal codificado só para médicos - e colaborei com a NBP para realizar a novela "A Filha do Mar".
Nos tempos mais recentes, em banda desenhada apenas participei naquele álbum Novas "fitas" de Juca & Zeca, que tu próprio editaste.


- Há algum projecto de BD que estejas actualmente a realizar, ou que gostasses de concretizar num futuro mais ou menos próximo?CB - Estou agora com uma hipótese de projecto que talvez se concretize - depende do orçamento - porque a editora achou o preço por prancha, que eu quero, muito caro.
Um canalizador, um marceneiro, ganham mais que nós, autores de BD.
Mas, convenhamos, eles, os editores, também sabem em que é que se vão meter, porque o mercado da Banda Desenhada é um mercado em que se vende pouco. 


Clave sem sol, título da bd da autoria de Carlos Barradas (desenho) e Carlos Soares (argumento), publicada na revista Visão nº 1, de 1 de Abril de 1975-----------------------------------------------------------------------------
"Posts" remissivos sobre a revista VISÃO de Banda Desenhada:
1ª Parte - Textos generalistas acerca da revista: 2005-(I) Dezembro, 10; (II) Dezembro, 11
2ª Parte - Entrevistas a autores-artistas da revista:
2006
(III) Maio, 30-Victor Mesquita
(IV) Maio, 31- Pedro Massano
(V) Junho, 13 - Isabel Lobinho
(VI) Junho, 15 - Corujo Zíngaro
(VII) Junho, 30 - Zé Paulo
Há ainda outro "post" (data: Junho 19), este dedicado ao tema Lisboa na Banda Desenhada, em que se podem observar duas imagens (óptimas, vale a pena vê-las) da autoria de Zé Paulo, ambas extraídas da revista Visão

Mangá "made in" Portugal (II) - Autores: Pedro Roxo Nogueira (desenho), Paula Cunha (argumento)

5ª prancha da bd em estilo mangá A Esfera de Tudo

Quem fez o desenho e deu a cor a esta mangá foi Pedro Nogueira (o nome todo é Pedro Roxo Nogueira, acrescento, para que não se confunda com outro Pedro Nogueira, autor-artista portuense, já com obra editada desde há bastantes anos), sob argumento de Paula Cunha. O título da mangá, composta por dez pranchas a cores, é A Esfera de Tudo, reproduzida no fanzine Sketch Book (nº2, de Março de 2006), de que há um "post" no blogue http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com com data de Abril, 15).
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"Post" remissivo
Há outro texto sobre este tema Mangá "made in" Portugal:
2006
(I) Junho, 28 - Autores: Ana Freitas e Nuno Duarte

sexta-feira, julho 07, 2006

Autor de BD como personagem da sua banda desenhada (VI) - Autor: Augusto Trigo

 
Augusto Trigo, visto por ele próprio como personagem na pele do cronista que escreve uma gesta histórica.

Primeira vinheta da prancha inicial da banda desenhada "Luz do Oriente", com desenhos de Augusto Trigo e argumento de Jorge Magalhães.
Trata-se do volume nº 16 da colecção Antologia da BD Portuguesa, da Editorial Futura (1986).

Nota do bloguista-escrevinhador: ao folhear o volume, deparou-se-me, na última página, uma biografia de Augusto Trigo assinada por mim, coisa de que já não me lembrava de todo...

 
Prancha inicial da obra Luz do Oriente, criada em desenho por Augusto Trigo, sob argumento de Jorge Magalhães

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"Post" remissivo
Desta rubrica Autor de BD como personagem há mais os seguintes "posts" (datas e autores):
(I) 2006 - Maio, 5 - Crumb; (II) Junho, 26 - Nuno Saraiva

Outra rubrica parecida, Autor de BD em contacto pessoal com o seu herói, tem os seguintes "posts" (datas e autores):
(I) 2006 - Fev. 27 - Chester Gould e Dick Tracy; (II) Abril, 18 - Hergé e Tintim

Fanzines, esses desconhecidos (XXXII) - All-Girlzine

Prancha da banda desenhada A viagem de Guida, da autoria de Carla Pott (desenho) e Alain Corbel (argumento)

Esta bd , de apenas três pranchas, significa a estreia de Carla Pott na Banda Desenhada, ela que já tem créditos firmados na Ilustração. Pelo que me disse Alain Corbel (um francês radicado em Portugal), terá sido por pressão dele (e por ter elaborado ele próprio o argumento), que Carla Pott se decidiu a fazer esta experiência na BD.
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Os interessados em visionarem a capa deste fanzine All-girlzine,e também uma prancha de bd da autoria de Rosa Baptista, além da ficha técnica (editor, respectivo contacto, etc.) terão de, simplesmente, clicar no endereço abaixo indicado.
http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com

quinta-feira, julho 06, 2006

Castelos na Banda Desenhada (X) - Fictício - Autor: Bilal

Castelo criado por Bilal (sob ideia/argumento de Christin) para a obra Le Vaisseau de pierre

Um condomínio de luxo, um hotel cinco estrelas? O que quer que seja, é o futuro reservado ao castelo. E também a velha ponte (medieval? romana?), que ainda é possível visionar na imagem anterior, está condenada, em nome de especulações e interesses imobiliários, assim como de manobras subterrâneas que contam com a conivência de políticos venais.
Onde é que eu já vi algo parecido com isto?
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"Post" remissivo
Textos anteriores, dedicados a este tema Castelos na Banda Desenhada, podem ser vistos clicando no respectivo mês na rubrica Archives.
Datas de publicação e outros elementos:
2006
(IX) Maio, 26 - Fictício - Autor: Walter Booth
(VIII) Abril 20 - Castelo deAlmada-Autor:Victor Borges
(VII)Fev.10 - Fictício - Autor: F. de Felipe
(VI) Jan.18- Fictício-Autor: Moebius
(V) Jan.06- Fictício - Autor: José Morim
2005
(IV) Dez.22- Fictício - Autor: Harold Foster
(III)Nov.17 - Castelo de Trancoso-Autor: Fernando Santos Costa
(II)Nov.10 - Castelo de Faro-Autor: José Garcês
(I)Nov.7 - Fictício - Autor: António Vaz Pereira

sábado, julho 01, 2006

Tertúlia BD de Lisboa - XXI Ano - 259º Encontro

Capa do álbum da autoria de António Sacchetti, homenageado este mês pela Tertúlia BD de Lisboa

Num "post" datado de 2005, Jul. 31, a razão da existência desta Tertúlia BD de Lisboa como associação informal foi esclarecida, basta clicar na coluna "Archives" para sacar do já volumoso arquivo deste blogue alguns elementos esclarecedores acerca do que é, e como funciona, esta associação informal.

Na próxima 3ª feira, dia 4 de Julho, lá estarão , seguramente, cerca de 40 (um pouco mais ou um pouco menos) bedéfilos, para jantarem, participarem num sorteio de peças de banda desenhada e, por fim, conversarem, fazerem perguntas, ao homenageado da noite, dessa forma desenvolverem e justificarem a componente tertulianística.

E quem é o Homenageado?
Chama-se António Sacchetti, e é autor da obra em banda desenhada Viagem à Costa da Mina 1479-1480, editada em álbum no ano de 1997 pelo Grupo de Trabalho do Ministério da Educação para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.

Vamos a ver como decorrerá esta sessão da tertúlia, tendo em atenção que tem estado a decorrer, no recinto do Parque Mayer, a transmissão do Mundial de futebol, com imensos adeptos a assistir, e na 4ª feira vai realizar-se um jogo que começará exactamente à hora em que se inicia a TBDL.

Não há-de ser nada.