sexta-feira, novembro 11, 2005

Fanzines, esses desconhecidos (VII) Fanzine Efeméride - nº1 - Homenagem a Little Nemo

Capa do fanzine "Efeméride"

VERSÃO ON-LINE Clique aqui ao lado, se estiver interessado em ver 18 episódios ao estilo de paródias, imaginadas por autores portugueses em homenagem à obra-prima de Winsor McCay.

Foi logo no início deste ano de 2005, ao manusear uma enciclopédia de BD, que reparei na data do início de publicação, 15 de Outubro de 1905, da obra-prima que é Little Nemo in Slumberland ("O Pequeno Nemo no Reino dos Sonhos" na versão portuguesa, com apenas dois tomos publicados, a edição suspensa por problemas de falência da editora americana. Como se vê, também acontece no rico país do Tio Sam).

Logo de imediato me apareceu uma lâmpada acesa por cima da cabeça (ideia luminosa!): convidar 21 autores para, cada um deles, fazer um episódio à maneira de Winsor McCay, o autor do Little Nemo para o tema que imaginei intitular-se Sonhos de Nemo no Século XXI (daí os vinte e um autores), a fim de os publicar, em formato A3 e a cores (uma ideia dispendiosa, reconheço), num novo fanzine meu, cujo título desde logo estabeleci mentalmente: "Efeméride".

Em conversa com Pedro Mota, um dos responsáveis do Festival, ele próprio autor e especialista de BD, fiquei a saber que o tema do Festival seria "O Sonho", e giraria à volta do Little Nemo. Daí que nos tivesse ocorrido fazer-se uma exposição com as pranchas que eu ia tentar arranjar, de autores novos e consagrados, para a edição do fanzine.

Após quase um ano de ter iniciado os contactos, de desistências e substituições de última hora, o projecto inicial dos vinte e um autores ficou reduzido a dezoito (nada mal: o editor José de Freitas, da Devir, deu-me os parabéns por, dizia ele, calcular a trabalheira que terá sido conseguir obter tantas colaborações, dentro do prazo, ainda para mais, benévolas!).

E em Outubro, mês do "nascimento" do Little Nemo, surgiu o fanzine "Efeméride", e esteve visionável a respectiva exposição Sonhos de Nemo no Século XXI, no Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, e vários dos autores de alguns dos dezoito episódios estiveram a dar autógrafos.

Para quem não viu a exposição nem tem ainda o fanzine, o meu amigo Gastão Travado, assessor técnico de elevada craveira, vai dar especial visibilidade a excertos de todas as pranchas e às sínteses biográficas que escrevi acerca dos autores que comigo benevolamente colaboraram.

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