Prancha inicial da banda desenhada experimental Estilo, pelo traço de Ricardo Pires Machado, sob palavras de Herberto Hélder
"Se eu quisesse, enlouquecia. Sei uma quantidade de histórias terríveis. (...) Porque, sabe? acorda-se às quatro da manhã num quarto vazio, acende-se um cigarro... Está a ver?(...)".
E assim vão escorrendo as palavras em atmosfera poética, ou não fossem escritas por Herberto Hélder, desabafo de poeta que o grafista Ricardo Pires Machado interpretou em imagens - num registo que se poderá classificar, ao limite, de banda desenhada -. mas que transporta as vivências do poeta para um plano bidimensional, a que os matizes dão volume.
São surpresas ainda de Primavera e Verão deste ano que já caminha para o ocaso: uma é o número oito da revista Textos e Pretextos, a outra a de incluir BD, a cores, em oito pranchas de grafismo experimental-alternativo, sob a estética sequencial recriada por um novel autor-ilustrador.
Ricardo Pires Machado já tem um percurso visível na Figuração Narrativa, e a sua participação nesta magnífica revista vem expô-lo, e à BD, num universo cultural diferente.
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