Prancha (a 5ª de 7) da autoria de João Maio Pinto, excerto da bd (sem palavras) Pennies from Heaven
O Mesinha de Cabeceira, neste passo tornado "Popular", é um fanzine - aliás, mais prozine, afinal o editor é, em certa medida, um profissional da BD, visto que trabalha numa Bedeteca... - apresenta edição de alto nível estético, com colaboração artística de valor no panorama portuga.
A capa e uma prancha estão visíveis há algum tempo já, no meu outro blogue, o Fanzines de Banda Desenhada (http://fanzinesdebandadesenhada.blogspot.com) .
Agora aqui, apenas como "teaser" para a aquisição da peça, ficam visionáveis pranchas (uma de cada, e é um pau) de todos os participantes.
Excepção feita para o André Lemos, autor da prancha da bd Ícones Populares, em exposição virtual no blogue acima citado.





Truculento, desconcertante, gozão, são alguns dos adjectivos que caracterizam o Pepedelrey (pseudónimo que nós, os que o conhecemos há muitos anos, simplificamos para Pepe), é o autor de uma das mais extensas bedês (oito, pranchas, oito!) que enchem esta mesinha de cabeceira de papel (zine também já chamado, em maré de alternância, por "meseira de cabecinha"). O Pepe é assim: sempre assoberbado de trabalho, constantemente a queixar-se da falta de tempo, mas quando lhe dá uma veneta, sai obra de visionamento recorrente obrigatório. Só lhe faltou, neste caso, ser o autor do argumento, parte realizada por Nuno Duarte, alguém de créditos já firmados nessa área.

Se há títulos compridos, este então é compridíssimo, tipo fusão entre grafismo, título e legenda. E o desafio "ao bruto que suava" (só entenderá quem vir/ler a peça) apenas termina no fim da segunda prancha. Onde se prova que também as palavras podem ser eróticas.
Sim, João Chambel, editor de antigo e invulgar fanzine, salvo erro o Uivo da Selva (cito de cor, e a minha memória é uma caca), já andou em tempos pelos trilhos da BD. Todavia, sem favor, a prancha reproduzida acima, é de excelente nível, embora, claro, tenha mais a ver com Ilustração. Mas está lá a componente sequencial logo que se visiona a prancha seguinte e, hélas, última. Volta, Chambel (caro amigo e vizinho), a BD não te esquece.

Sucessos Pop ilustrados #5 - Quem és tuuuuuuuuuu? Uma balada de David Dryfountain, com desenho de José Feitor, e texto de S.G.
Há muitos anos houve um semanário intitulado Sete que tocava vários sectores da arte e da cultura, onde cabia, obviamente, a banda desenhada. O Fernando Relvas, agora na Croácia onde passou a viver, se fizer aqui uma visitinha, vai lembrar-se das obras excepcionais que por lá andou a espalhar; bem assim os manos Colombo, o Vasco (sempre cá, ainda bem) e o Jorge agora lá nos States.
E, em especial - para o caso que quero focar - o António Jorge Gonçalves, que fez muitas bedês do género para o título genérico Disco na Prancheta.
Aliás, foi deste último, e da ideia que na altura desenvolveu, que me lembrei ao ler/ver esta balada dum tal David Dryfountain (David Fonteseca, traduzindo literal e humoristicamente...), desenhada - e bem, com muito humor, em traço descontraído - por José Feitor que, a descansar do seu [fanzine] Zundap (não confundir com a [mota] Zundapp) vai fazendo umas incursões pela figuração narrativa, sempre dizendo que a especialidade dele é mais, tipo, ilustração. Yessssss.
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"Post" remissivo
Acerca do tema "BD portuguesa nos fanzines", podem ser vistos neste blogue mais "posts" indo à coluna "Archives", visitáveis nas datas indicadas abaixo:
(VI) Dez. 20 - Nuno Sarabando
(V) Nov. 24 - Paulo Monteiro
(IV) Nov. 12 - Autor: José Lopes
(III) Nov. 9 - Autores: Aires Melo (desenho), Daniel Maia (argumento)
(II) Nov. 1 - Autores: Rui Lacas, Pepedelrey, J. Coelho, Pedro Nogueira, Renato Abreu
I) Out.14 - Autores: Pedro Figue (desenho), Daniel Maia (arg.)
Nota: Aos interessados em fanzines, alerta-se para o facto de haver, em relação a este chamado Barsowia (espanhol/galego), um "post" no blogue Fanzines de Banda Desenhada, no mês de Novembro (dia 24).
6 comentários:
Só para dizer que a "ficcionalização" da história do Jorge Coelho não é dele mas sim de Marte, vulgo Marcos farrajota; assim como a de Pepedelrey que é escrita por Nuno Duarte.
Estranha esta omissão do Lino em mencionar os argumentistas!!!
Olá Adalberto Barreto, tens toda a razão em censurar-me. Por acaso até costumo chamar a atenção, nas minhas conversas sobre BD, do papel difícil e ingrato dos argumentistas. Mas, por omissão (involuntária) acabei por prejudicar esses dois espécimes raros que trabalham como argumentistas. O Marcos Farrajota ("Marte") às vezes também desenha, mas, neste caso, teve o trabalho menos visível, o de ficcionar, e eu não o mencionei.
Os meus pedidos de desculpa ao Marte e ao Nuno Duarte.
Obrigado, Adal.
Sempre a mesma coisa ó Lino!!!!
Pá, quando puderes passa no estúdio para falarmos, pá.
Sabes, isto do pá é bué da fixe da usare.
Bem...
Os argumentistas não tem o papel ingrato na produção de bd's ou de cinema ou de cinema d'aimação ou de seja lá do que for. Os gaxos são a estrema direita em pessoa, os pequenos ditadores que nos roubam as horitas de descanso e de convivio com a familia!!!! Ok, já chega.
Abrações
Pepe
À falta de e-mail para onde mandar a informação que presumo lhe/vos interessará, informa-se aqui na caixa de comentários:
A Editora O Mundo em Gavetas lança, a 30 de Janeiro, no ANA Museu, um livro de BD portuguesa, intitulado "O 13ª PASSAGEIRO", com texto e guião por José António Barreiros e quadradinhos por Carlos Barradas.
Livro misto, a narrativa é algo ficcionada na BD, mas contada com rigor histórico no texto. O leitor segue, a par e passo, a estadia, em Lisboa, na Linha do Estoril e na zona de Sintra, no final de Maio de 1943, do actor Leslie Howard (de «E Tudo O Vento Levou», entre muitos outros filmes), que viria a morrer, em circunstâncias nunca esclareciase analisadas na obra, ao ser abatido, pelos alemães da Luftwaffe, o avião civil em que regressava a Inglaterra depois de ter estado em missão de divulgação da propaganda Aliada em Portugal e Espanha.
A capa, alguns quadradinhos e mais
informação disponível no nosso site:
http://www.omundoemgavetas.com
Pedidos mais de informação:
omundoemgavetas@gmail.com
pela editora,
Liliana Palhinha
Pepe, não tens cura, man. Espero que o Adal e o Nuno não passem aqui pelos "comments". Se o fizerem, lixados como devem ter ficado com a minha lacuna em relação a ambos, e agora com o teu ataque, os gaijos quando nos apanharem a jeito vão-nos fazer num molho de brócolos. Porta-te bem, man, não me lixes mais a vida :-(
Meu caro:
parabéns pelo trabalho de Angoulême e tudo omais.
Lutando pela sua dama vai-te conferindo o ímpar papel de escudeiro de sua majestade.
Tenho notícias para te dar. Contata-me.
Abração,
Vick Meskal.
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